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1 P1 P2 P3 P4 CAPÍTULO VIII ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS I. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS QUANTO À ESTATICIDADE Já foi visto que uma peça estrutural pode ser classificada em: � Hipostática � Isostática � Hiperestática Esta classificação se dá de acordo com os graus de liberdade existentes, a vinculação e o número de restrições que ela impõe. No caso das vigas (caso de carregamento plano) teremos sempre 3 graus de liberdade (GL) por barra e portanto para que ela permaneça em equilíbrio temos de ter no mínimo 3 restrições vinculares (R). Assim, as estruturas são classificadas em: GL > R Hipostáticas GL = R Isostáticas GL < R Hiperestáticas Neste capítulo, vamos discorrer a respeito das vigas hiperestásticas, em especial, das vigas contínuas. O aparecimento destas vigas em estruturas de concreto é frequente e podemos citar como exemplo as vigas de contorno de uma edificação. 2 Momentos Deformadas + II. VIGAS CONTÍNUAS Considerando uma viga bi-apoiada (isostática), podemos analisar que, a criação de prolongamentos nos apoios melhora o seu desempenho. Conclusão: Quando as extremidades de uma viga isostática recebem momentos contrários aos desenvolvidos no vão, observamos que as deformações do ponto médio diminuem e que a curvatura sobre os apoios se inverte. Podemos, por analogia, observar que em uma viga contínua, sobre os apoios, também há a inversão do giro. Isto se deve ao fato de que cada vão da viga funciona como se estivesse engastando (restringindo o giro) do seu adjacente devido a continuidade. + - 3 A B B C C D O fato de termos fibras superiores tracionadas nos trechos sobre os apoios nos indica a presença de momento negativo. Estaticamente poderíamos dividir uma viga contínua em trechos isostáticos, em que esta restrição ao giro seria substituida pelo momento desenvolvido correspondente. Observe-se que o momento desenvolvido sobre os apoios é único, de forma que se unirmos de novo o conjunto, voltamos a situação original. Se conhecidos estes momentos poderíamos calcular uma viga contínua facilmente,isolando cada um dos trechos entre apoios da estrutura e aplicando em suas A B C D MB MC 4 extremidades os momentos negativos que existem sobre os apoios intermediários. Os momentos de apoios seriam então as grandezas que devem ser calculadas, o que diferencia uma viga simplesmente apoiada de uma viga contínua. O cálculo destes momentos de dá, adicionando condições de compatibilidade às condições estáticas desenvolvidas. Ex: Para calcularmos a estrutura acima possuímos as seguintes aquações: Condições de equilíbrio da estática: ΣΣΣΣFx =0 ΣΣΣΣFy =0 ΣΣΣΣM =0 Condições de compatibilidade de deslocamentos: O giro relativo das tangentes à linha elástica em B é igual a zero Com este sistema de equações resolve-se facilmente a estrutura acima. A continuidade de uma viga melhora o seu desempenho, isto é, a estrutura apresentará menores deformações e esforços internos, logo podemos projetá-la com seções menores ( mais econômicas) do que seria necessário às vigas isostáticas. O diagrama de Momentos Fletores de uma viga contínua segue o seguinte modelo: A B C 5 -------- Fibras tracionadas Nas estruturas de concreto, as armaduras longitudinais devem absorver os esforços de tração correspondentes, desta forma, a armadura longitudinal de tração da viga acima deve estar posicionada de acordo com o diagrama de momentos, sempre do lado das fibras tracionadas.
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