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Psicologia Institucional: O Papel do Psicólogo nas Instituições

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Bleger (1984) psiquiatra e psicanalista apresenta a psicologia Institucional que perpassa desde psicoterapia a ação social, tendo a sua atuação em prevenção e promoção a saúde a partir dos grupos, instituições e comunidades; afirma que é necessário gerar uma inquietude acerca da psicologia e da profissão do psicólogo. A prática do psicólogo é o cerne imprescindível, ele é um observador fenomenológico, e que faz parte do grupo, onde ele compartilha de modelos e ideias pré-verbais na prática ao qual está inserido. 
A psicologia institucional abrange o agrupamento dos fenômenos, enquanto grupo institucional circunstancias para estudos e ação profissional, um campo de atuação na vida do indivíduo, examinando desde a dinâmica a instituição. Quando a instituição solicita a atuação na qualidade de psicólogo institucional passa por processo de conflito maturidade ou insight, e o papel do psicólogo na instituição é o conhecimento da sua presença estabelecendo os objetivos.
Cada instituição tem seus objetivos específicos e a sua própria organização, com a qual tente a satisfazer ditos objetivos. Ambos (fins e meios) tem que ser perfeitamente conhecidos pelo ou pelos psicólogos, como ponto de partida para decidir seu ingresso como profissional na instituição. Toda instituição tem objetivos explícitos tanto como objetivos implícitos ou, em outros termos, conteúdos manifestos e conteúdos latentes. [...] Se bem que é certo que se torna de grande utilidade para o psicólogo conhecer os objetivos explícitos de uma instituição para decidir e realizar sua tarefa profissional, não é menos certo que os latentes ou implícitos às vezes só aparecem como consequência do estudo diagnóstico que realiza o próprio psicólogo. (BLEGER, 1984, p. 41)
Bleger destaca que o principal papel do psicólogo dentro da instituição deve abarcar dois pontos o ser humano em sua totalidade e a conduta ética tanto da parte do psicólogo quanto da instituição e que nada deve colocar em risco em ambas as partes. O seu papel enquanto psicólogo institucional é de assessorar e promover a saúde e o bem estar, como um profissional de relação entre as pessoas e vinculação humana, estudando a relação dos fenômenos entre a organização e as intenções da instituição. (BLEGER, 1984, p 44)
Levando em consideração que a atividade exercida em uma instituição, a finalidade 
 não pode ser junto com todos os membros 
tivos'aos quais não deve renunciar em nenhum caso. Os objetivos particulares, imediatos ou específicos se referem a aspectos do problema central, mas estudados e manejados em função da unidade e totalidade da instituição~O psicólogo não pode trabalhar com todos os integrantes ou todos os organismos da instituição ao mesmo tempo nem tampouco isto é de desejar; por isso, devem-se examinar os "pontos de urgência" sobre os quais intervir como objetivos imediatos. Este esclarecimento sobre os objetivos diferencia nitidamente, já desde o ponto de partida, o psicólogo trablhando em uma instituição do psicólogo trabalhando no âmbito da psicologia institucional. O primeiro realiza uma tarefa que se lhe encomenda realizar; o segundo diagnostica a situação e se propõe agir sobre os níveis ou fatores que detecta como sendo realmente de necessidade para a instituição. O primeiro serve, com freqüência, de fator tranqüilizante ("há um psicólogo trabalhando"), enquanto que o segundo não aceita dito papel e é, basicamente, um agente de mudança. O primeiro é um empregado; o segundo é um assessor ou consultor com total independência profissional. Como é fácil entender, os objetivos mediatos tampouco são fixos ou imóveis e sim que podem e devem mudar à medida que se desenvolve a tarefa
 
Referencia
BLEGER, José. Psico-higiene e psicologia institucional. Porto Alegre: Artmed, 1984

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