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CNJ O CNJ tem como missão aperfeiçoar o sistema judiciário brasileiro, promovendo maior eficiência e transparência na prestação jurisdicional. Tem competência para elaboração de relatórios estatísticos a respeito de processos e sentenças (inciso IV), sobre a situação do Poder Judiciário e a atuação do próprio Conselho (inciso V). O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é presidido pelo Presidente do STF e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do STF. Observe que o Vice-Presidente do STF não é membro do CNJ. O Presidente do STF irá presidir o CNJ independentemente de qualquer indicação ou nomeação. O simples fato de ser Presidente do STF já basta para que ele presida, também, o CNJ. Entre as atribuições do presidente do CNJ estão: · decisão de voto em caso de empate; · representação do Conselho diante de órgãos e autoridades; · convocação e direção dos trabalhos em Plenário; · ser responsável pela organização, administração e funcionamento geral do CNJ. O CNJ compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida uma recondução. Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal e devem ter mais de 35 anos e menos de 66 anos, não diz nada de nato ou naturalizado. Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas anteriormente, caberá a escolha ao STF. Um membro do CNJ pode perder seu mandato quando: · For condenado em crime de responsabilidade pelo Senado; · Tiver uma sentença judicial transitada em julgado. · Receber declaração de invalidez pelo Plenário do CNJ; · For alterada a condição funcional e institucional em que foi originalmente indicado. O Ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes: a) Receber as reclamações e denúncias, de interessados, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários; b) Exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; c) Requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios. Junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da OAB. Competência para julgar seus membros (CNJ). · Crimes de responsabilidade - Senado Federal (art. 52, II, da CF/88) · Crimes comuns - não há previsão de foro especial, cada membro será julgado de acordo com sua origem (STF, STJ, TRT e outras) pelo tribunal correspondente. Ex: os Ministros dos Tribunais Superiores serão julgados pelo STF. Competências do CNJ As competências do CNJ estão previstas diretamente no texto constitucional (art. 103-B, § 4º) e estão relacionadas ao exercício do controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Destaque-se que as atribuições constitucionais do CNJ não são exaustivas; é plenamente possível que o Estatuto da Magistratura crie novas atribuições para o Conselho. 1) Zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura; 2) Zelar pelos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência por parte da administração pública direta e indireta dos poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios; 3) Definir aspectos da gestão do Poder Judiciário, como o planejamento estratégico, os planos de meta e os programas de avaliação institucional; 4) Receber reclamações contra membros ou órgãos do Judiciário; e 5) Julgar processos disciplinares contra membros do Judiciário, incluindo os juízes, assegurando ampla defesa e podendo aplicar sanções administrativas. CNJ ainda desenvolve e coordena diversos programas em âmbito nacional como: · Metas do Judiciário: Programa de metas a serem cumpridas pelos tribunais brasileiros, buscando maior eficiência nos serviços prestados à sociedade. · Lei Maria da Penha: Série de ações por parte do Judiciário para o enfrentamento da violência contra a mulher. Entre eles, a Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, criado em 2017. · Conciliação e Mediação: Movimento que incentiva a criação de órgãos especiais em mediação e meios alternativos de resolução de conflitos no Judiciário. · Justiça Aberta: Sistema de consulta que facilita ao cidadão encontrar informações sobre a localização de instituições a serviço do Poder Judiciário, como varas cíveis, tribunais e cartórios. · Justiça em Números: Fonte oficial de estatísticas do Judiciário, que desde 2004 divulga através de dados, a realidade da justiça no Brasil. · Audiências de Custódia: Projeto em parceria com o Ministério da Justiça e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) lançado em 2015. Seu objetivo é garantir a rápida apresentação de presos a um juiz nos casos de prisão em flagrante. Exercícios: (TCU – 2015) Dado o princípio da especialidade, a competência do Conselho Nacional de Justiça para apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados por membros do Poder Judiciário exclui a competência de outros órgãos de fiscalização e controle para fazê-lo, salvo a do próprio Poder Judiciário, se no exercício da função jurisdicional. Comentários: A competência do CNJ para apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados por membros do Poder Judiciário não exclui a competência do Tribunal de Contas da União (TCU). É o que se depreende a partir da leitura do art. 103-B, § 4º, II, CF/88. Questão errada. (TJDFT – 2015) O CNJ, além de suas atribuições de natureza administrativa, detém competência para apreciar a constitucionalidade de atos administrativos (função jurisdicional), por estar incluído entre os órgãos do Poder Judiciário brasileiro. Comentários: Embora o CNJ integre o Poder Judiciário, ele não exerce função jurisdicional. Nesse sentido, não tem competência para apreciar a constitucionalidade de atos administrativos, mas tão-somente a sua legalidade. Questão errada. (STJ – 2015) O controle administrativo exercido pelo CNJ é subsidiário e pressupõe prévia atuação dos tribunais ordinários. Comentários: O controle administrativo do CNJ independe da atuação prévia dos tribunais. O CNJ exerce suas atividades sem prejuízo da competência disciplinar e correicional (correção de um erro, reparação de falha) dos tribunais. Questão errada. (STJ – 2015) O controle interno exercido pelo CNJ não alcança atos de conteúdo jurisdicional emanados de tribunais. Comentários: O CNJ é órgão de controle interno do Poder Judiciário. É responsável pelo controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Sua atuação não alcança atos de conteúdo jurisdicional. Questão correta. (PC / GO – 2015) Um dos ministros do STF exercerá obrigatoriamente a função de ministro-corregedor do CNJ, também chamado de corregedor nacional de justiça. Comentários: O Ministro do STJ é que exercerá a função de Ministro Corregedor do CNJ. Questão errada. (PC / GO – 2015) O mandato dos membros do CNJ possui 4 anos de duração. Comentários: O mandato dos membros do CNJ é de 2 (dois) anos, admitida uma recondução. Questão errada. (MPE-SC – 2014) Junto ao Conselho Nacional de Justiça oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Comentários: Segundo o art. 103-B, § 6º, CF/88, o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da OAB oficiarão junto ao CNJ. Questão correta. 2 Resumo by Lu
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