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CENTRO UNIRVERSITÁRIO UNIRB ENSINO REMOTO AULA 1 Eugène Delacroix: A liberdade guiando o povo Chamamos de ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de caráter. Oscar Wilde DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II DOCENTE: ELIANE COSTA DOS SANTOS BAPTISTA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASI LEIRO 1. INTRODUÇÃO De acordo com Uadi Bulos, a Constituição de 1988 “qualificou a organização do Estado brasileiro como político-administrativa”. 2.FORMAS DE ESTADO 2.1. CONCEITO De acordo com Marcelo Alexandrino, o “[...] conceito de forma de Estado está relacionado com o modo de exercício do poder político em função do território de um dado Estado [...]”. 3.2. FORMAS CLÁSSICAS DE FORMAS DE ESTADO: 3.2.1. Estado unitário (ou simples) define-se como um único centro de poder político no respectivo território, podendo “[....] assumir a feição de Estado unitário puro ou Estado unitário descentralizado administrativamente”. 3.2.1.1.O ESTADO UNITÁRIO, APRESENTA-SE DAS SEGUINTES FORMAS: a) Estado unitário puro (ou centralizado), segundo Marcelo Alexandrino, “[...] é aquele em que as competências estatais são exercidas de maneira centralizada pela unidade que concentra o poder político [...]”. b) Estado unitário descentralizado administrativamente (ou regional), de acordo com Marcelo Alexandrino, “[...] é aquele em que as decisões políticas estão concentradas no poder central, mas a execução das políticas adotadas é delegada por este a pessoas e órgãos criados para esse fim administrativo. 3.2.1.2. Estado federado, segundo Marcelo Alexandrino, o “[...] Estado federado (federal, complexo ou composto) é caracterizado por ser um modelo de descentralização política, a partir da repartição constitucional de competências entre as entidades federadas autônomas que o integram. O poder político, em vez de permanecer concentrado na entidade central, é dividido entre as diferentes entidades federadas dotadas de autonomia”. 4. DISTINÇÃO ENTRE SOBERANIA E AUTONOMIA A origem etimológica da palavra autonomia vem do grego “autos” (próprio) e “nomos” (normal). Nas lições de UadiBulos, “é a capacidade das ordens jurídicas parciais gerirem negócios próprios dentro de uma esfera pré-traçada pelo Estado Federal, que é soberano”. 4.1.Características da autonomia x soberania (quadro explicativo) AUTONOMIA SOBERANIA Auto-organização Una Auto-administração Indivisível Autogoverno Absoluta Autolegislação Imprescritível, irrenunciável, perpétua 5.CONFEDERAÇÃO 5.1. CONCEITO Segundo Marcelo Alexandrino, a confederação consiste numa “[...] união dissolúvel de Estados soberanos, que se vinculam, mediante a celebração de um tratado, sob a regência do Direito Internacional [...]”. 5.2. Confederação x federação (quadro explicativo de Marcelo Alexandrino) FEDERAÇÃO CONFEDERAÇÃO Constituição Tratado Autonomia Soberania Indissolubilidade (vedada a secessão) Dissolubilidade (direito de secessão) 9. A FEDERAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 (art. 1°e 18) 9.1. ORIGEM DO FEDERALISMO 9.1.1. Os EUA e a Constituição norte-americana de 1789. a) Federação americana – formada de fora para dentro (movimento centrípeto). 9.2. FORMAÇÃO DO FEDERALISMO NO BRASIL 9.2.1. Surgimento do federalismo no Brasil a) Federação brasileira – formada de dentro para fora (movimento centrífugo). 9.2.2. FORMAÇÃO DO FEDERALISMO a) Por agregação. b) Por desagregação 10.Características da Federação: pontos comuns (segundo Pedro Lenza) • Descentralização política: “a Constituição prevê núcleos de poder político, concedendo autonomia para os referidos entes”. • Repartição de competência: “garante a autonomia entre os entes federativos e, assim, o equilíbrio da federação”. • Constituição rígida como base jurídica: “fundamental a existência de uma Constituição rígida no sentido de garantir a distribuição de competências entre os entes autônomos, surgindo, então, uma verdadeira estabilidade institucional”. • Inexistência do direito de secessão: “não se permite, uma vez criado o pacto federativo, o direito de separação, de retirada [...]. Eis o princípio da indissolubilidade do vínculo federativo”. • Soberania do Estado federal: “a partir do momento que os Estados ingressam na Federação perdem a soberania, passando a ser autônomos”. • Intervenção: “diante de situações de crise, o processo interventivo surge como instrumento para assegurar o equilíbrio federativo e, assim, a manutenção da Federação”. • Auto-organização dos Estados-Membros: “através da elaboração das Constituições Estaduais”. • Órgão representativo dos Estados-Membros: “no Brasil, de acordo com o art. 46, a representação dá-se através do Senado Federal”. • Guardião da Constituição: o STF, no Brasil. • Repartição de receitas: “assegura o equilíbrio entre os entes federativos (arts. 157 a 159)”. 10.1. FEDERALISMO NO BRASIL Segundo Pedro Lenza, “a Federação no Brasil surge com o Decreto n.1 de 15.11.1889, decreto esse instituidor, também, de forma republicana de governo. A consolidação veio com a primeira Constituição Republicana, de 1891, que em seu art. 1º. Estabeleceu: “A nação Brazileira adopta como fórma de governo, sob o regimen representativo, a República Federativa proclamada a 15 de novembro de 1889, e constitue-se, por união perpetua e indissolúvel das antigas províncias, em Estados Unidos do Brazil”. REFERÊNCIAS LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2020. FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2019. MASSON, Nathalia. Manual de Dieito Constitucional. Salvador: JusPODIVM, 2019. MENDES, Gilmar. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2019. MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2020. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 6ª. Ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO. PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do Estado, dos Poderes, e histórico das Constituições. São Paulo: Saraiva, 2019. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 18). SILVA E NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2019. SILVA, José Afonso da.Curso de Direito Constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2019. VARGAS, Denise. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
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