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Princípios Gerais da Economia

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Prof. Dr. Vanderlei da Silva
UNIDADE II
Princípios Gerais
da Economia
Conceitos gerais:
 A Ciência Econômica estuda as atividades econômicas que envolvem o emprego 
de moeda e a troca entre indivíduos, empresas e governo.
 Observa o comportamento das empresas que produzem de modo eficiente, 
reduzindo custos para obter lucros. 
 Aborda, ainda, o comportamento do consumidor, tendo em vista os preços, a 
renda de que dispõe e a oferta de bens e serviços.
 A Economia é o estudo de como os homens e a 
sociedade decidem, com ou sem a utilização do dinheiro, 
empregar recursos produtivos escassos, que poderiam ter 
aplicações alternativas, para produzir diversas 
mercadorias ao longo do tempo e distribuí-las para 
consumo, agora e no futuro.
Principais conceitos econômicos: da teoria à prática
 O ponto de partida é pensar na renda que obtemos com nosso trabalho.
 Trabalhamos em alguma atividade produtiva e participamos dela; desse trabalho, 
recebemos nossa renda que será distribuída entre todas nossas necessidades 
de consumo. 
 Nosso orçamento particular é composto por renda que é recebida do trabalho e 
gasta nas mais diversas modalidades de consumo. 
 Após alocar a renda entre todas essas categorias de 
despesa, ainda pode ter sobrado uma parcela a ser 
utilizada em consumo para consumo futuro, 
ou seja, poupança.
 A mesma lógica se aplica à economia familiar.
Como as questões econômicas se relacionam ao nosso dia a dia
 Todos os gastos que um indivíduo efetua para manutenção da vida. 
 Assim, para cada indivíduo conseguir efetuar todos os seus pagamentos, cada 
parcela de renda deve ser destinada para cada uma das categorias de gasto. 
 Assim, a economia estuda o emprego de recursos escassos entre usos 
alternativos, com o fim de obter os melhores resultados.
Por esse motivo, qualquer que seja a forma de organização da atividade econômica 
de uma comunidade, seus objetivos são muito semelhantes: 
 busca-se otimizar a satisfação do indivíduo, de um lado, e, 
de outro, maximizar a eficiência produtiva.
O que se entende por cesta de consumo
 Essa teoria, que estuda as organizações lucrativas, procura responder como as 
empresas combinam a utilização dos fatores de produção necessários à criação de 
coisas úteis e o quanto gastam para produzir bens e serviços.
 Quando a empresa adquire os meios de produção, ela tem um custo com a 
produção, composto pelo preço de cada uma das mercadorias que adquire e as 
quantidades das mercadorias adquiridas. Portanto, ela tem um custo de produção, 
uma despesa com sua produção.
 Ao vender o que produz, recebe em troca certa quantia de 
dinheiro, ou seja, a receita de vendas, que nada mais é do 
que a multiplicação de duas variáveis: o preço da 
mercadoria e a quantidade de mercadorias vendidas. 
Assim, as receitas e as despesas empresariais formam o 
orçamento empresarial.
A Teoria da Firma
 Por obrigações do governo, temos que ele deve prover bens públicos à sociedade.
 Ainda, o governo legisla a respeito de questões trabalhistas ou contratuais e 
também arrecada recursos da população na forma de impostos. 
 Portanto, o governo, por meio de sua arrecadação, aufere uma receita. 
 Para prover bens públicos à sociedade, esse governo também tem custos com tal 
provisão, ou seja, ele gasta e tem despesa com sua atividade. 
 Tratamos, então, do orçamento do governo, orçamento do setor público, 
representado por suas receitas e despesas.
As obrigações do governo
 Salvo algumas exceções, não podemos afirmar que nossa família tradicional 
adquire tudo aquilo que tem vontade. 
 O mesmo ocorre com as empresas e os governos.
 Por que não podemos afirmar isso? Pelo simples fato da escassez. 
 Qual escassez? A escassez de recursos necessários para a aquisição de todas as 
mercadorias disponíveis ao consumo. 
 Assim, o estudo da escassez é considerado o problema econômico fundamental.
 A Ciência Econômica procura responder a um grande 
problema e estudá-lo: o da escassez de recursos 
comparado à enorme quantidade de mercadorias que 
cada indivíduo deve consumir.
Problema econômico fundamental
Os recursos produtivos, também denominados fatores de produção, são:
 O fator de produção terra é representado pelas terras destinadas à agricultura e à 
pecuária, ou seja, terras cultiváveis, florestas, minas e outros produtos 
provenientes da utilização do solo. 
 O trabalho é representado pela mão de obra humana empregada na produção de 
mercadorias ou na prestação de serviços.
 O capital financeiro, ou seja, o dinheiro necessário para 
dar impulso a qualquer empreendimento industrial, 
comercial ou de qualquer outro tipo, representa o capital 
como fator de produção necessário. Também 
consideramos como capital as máquinas, os 
equipamentos e as instalações. Assim, o capital pode 
ter a forma monetária e também a forma física.
Os fatores de produção no sistema capitalista
 Por tecnologia, entendem-se as máquinas e os equipamentos necessários à 
produção das mais diversas mercadorias. 
 Também chamamos de tecnologia as técnicas de produção utilizadas pelas 
empresas, ou seja, o know-how relativo à técnica de produção e ao 
conhecimento científico. 
 A capacidade empresarial é representada pelas 
habilidades, pelas competências e pelas ações 
empresariais necessárias; quer dizer, os frutos do 
empreendedorismo dos empresários ou daquelas pessoas 
disponíveis a empreender um novo investimento ou aptas 
a abrir uma empresa.
Os fatores de produção no sistema capitalista
 Cada um dos fatores de produção – quando empregados na produção de qualquer 
mercadoria – deve receber alguma remuneração. 
 À remuneração do fator de produção terra, damos o nome de aluguel.
 À remuneração do fator de produção trabalho, chamamos salário. 
 O capital recebe sua remuneração sob a forma de juros. 
 A tecnologia utilizada na produção de mercadorias recebe a remuneração em 
forma de direito à propriedade (royalties).
 A capacidade empresarial recebe lucros na forma de remuneração.
 Os fatores de produção utilizados na economia são 
remunerados e a essa remuneração, vista como um todo, 
damos o nome mais amplo de renda.
A remuneração dos fatores de produção
 Para as empresas venderem sua produção, é necessária a existência de 
consumidores capazes de comprá-la, isso somente será possível se eles tiverem 
recursos suficientes, aos quais já denominamos como renda.
 Empresas destinam bens e serviços para o consumo das famílias → famílias 
geram receitas para as empresas, provenientes do consumo de bens e serviços → 
famílias destinam fatores de produção às empresas → empresas geram receitas 
para as famílias, provenientes da utilização de fatores de produção.
 As empresas, para produzirem suas mercadorias, 
necessitam, muitas vezes, adquirir bens intermediários ou 
de capital de outras empresas. Portanto, as empresas, 
além de serem vendedoras, também são compradoras; 
empreendendo, então, um relacionamento entre os fluxos 
monetários e reais entre elas mesmas.
O fluxo circular da renda e do produto
Qual estudo é considerado o problema econômico fundamental?
a) Da inflação.
b) Da escassez.
c) Do trabalho.
d) Do capital.
e) Da produção.
Interatividade
Qual estudo é considerado o problema econômico fundamental?
a) Da inflação.
b) Da escassez.
c) Do trabalho.
d) Do capital.
e) Da produção.
 O estudo da escassez é considerado o problema 
econômico fundamental. A ciência econômica procura 
responder a um grande problema e estudá-lo: o da 
escassez de recursos comparada à enorme quantidade de 
mercadorias que cada indivíduo deve consumir.
Resposta
 O que e quanto produzir? A questão referente ao que e quanto produzir diz 
respeito a quais mercadorias devem ser produzidas pelas empresas de um país e 
em que quantidades. Responder a esse questionamento significa conhecer o tipo 
de mercadoria que é procuradapor uma coletividade e as quantidades dessa 
mercadoria que são (ou serão) consumidas.
 Como produzir? A questão referente a como produzir diz respeito à mobilização 
de esforços, ou seja, a qual técnica de produção utilizar na produção 
de determinadas mercadorias. 
Responder a esse questionamento significa conhecer as 
tecnologias disponíveis. Afinal, quanto usar de cada recurso 
disponível, de forma a obter o máximo, evitar desperdícios e 
ter garantida a sustentabilidade da produção?
Como administrar os recursos escassos de forma a atender às 
necessidades ilimitadas
Para quem produzir? 
 A questão referente a para quem produzir diz respeito às opções políticas que, 
necessariamente, devem ser feitas. A quem priorizar? A qual segmento da 
sociedade devemos atender? De todas as demandas feitas por uma sociedade, 
qual deve ser prioritária e qual deve ser postergada? Quais são, afinal, as 
necessidades mais prioritárias e a quem devemos atender primeiro? 
 Dessa forma, o como produzir diz respeito à alocação de esforços. 
 Assim, além de assegurarem uma quantidade 
suficientemente grande de esforço social, as instituições 
econômicas da sociedade devem garantir uma alocação 
viável desse esforço social. Portanto, a pergunta referente 
a para quem produzir diz respeito à distribuição 
do produto.
Como administrar os recursos escassos de forma a atender às 
necessidades ilimitadas
 O custo de qualquer recurso é o valor que os economistas chamam de custo de 
oportunidade: o valor mais alto daquilo que os mesmos recursos poderiam ter se 
fossem produzidos em outro lugar. 
 Assim, o conceito de custo de oportunidade diz respeito às quantidades de uma 
mercadoria que deixam de ser produzidas para que sejam produzidas maiores 
quantidades de outra mercadoria. 
O custo de oportunidade pode ser entendido também como uma taxa de sacrifício: 
 Para satisfazer às necessidades de consumo da 
sociedade por uma maior quantidade de determinada 
mercadoria, devemos sacrificar essa mesma sociedade 
com a menor produção de alguma outra mercadoria.
O custo de oportunidade
 Um sistema econômico pode ser definido como a forma política, social e 
econômica pela qual está organizada uma sociedade.
 Basicamente, temos duas formas de organização da atividade econômica: 
uma descentralizada, predominante nas economias ocidentais capitalistas; 
e outra centralizada, adotada numa economia socialista.
Os elementos que compõem o capitalismo:
 capital; 
 propriedade privada dos meios de produção, dada a 
existência do capitalista; 
 divisão do trabalho por meio da especialização do trabalho 
e da mecanização da produção;
 existência da moeda.
Os sistemas econômicos
 Também chamada de economia de mercado, reúne três elementos principais: livre 
iniciativa, presença do Estado e elementos de uma economia capitalista. 
 No caso da livre iniciativa, nenhum agente econômico – empresas como 
produtoras ou vendedoras de mercadorias ou famílias como fornecedoras de 
fatores de produção e consumidores de mercadorias – preocupa-se em 
desempenhar o papel de gerenciar o bom funcionamento do sistema de preços.
 Ocupa-se, isso sim, em resolver, isoladamente, seus 
próprios negócios e sobreviver apenas no ambiente 
concorrencial imposto pelos mercados, tanto na venda e 
na compra de produtos finais como na dos fatores de 
produção. Há uma espécie de mão invisível agindo sobre 
os mercados, operando como um coordenador das 
atividades econômicas e sociais.
A organização econômica de forma descentralizada
 Na forma centralizada, quem responde ou decide o problema econômico 
fundamental – o que será produzido e quanto, como será produzido e para quem 
será produzido – é um órgão planejador central. 
 O princípio que norteia essas decisões é o socialista, que prevê que cada um deve 
contribuir/consumir de acordo com sua capacidade e seu trabalho. 
Organização econômica de forma mista:
 O tipo de sistema da maior parte das economias nos dias 
de hoje é misto e combina características das economias 
de mercado e das centralizadas. 
 A economia mista é uma economia de mercado, mas o 
governo desempenha um papel significativo na alocação 
dos recursos.
A organização econômica de forma centralizada
 Entende-se por política econômica a forma com que o governo interfere na 
economia e na vida dos agentes econômicos.
 A política econômica é adotada em função do planejamento e dos objetivos de 
cada governo. 
 Tratamos, então, da macroeconomia, que procura estudar, entender e explicar a 
economia em seu agregado, em seu todo. 
 A preocupação principal da macroeconomia se concentra na geração de renda em 
um país, bem como em sua distribuição. 
 Para que os objetivos governamentais sejam atingidos, 
cada governo se utiliza da política econômica, que pode 
ser do tipo expansionista ou contracionista.
A política econômica
 É aquela que dá condições de crescimento de renda, emprego e produção.
 São medidas adotadas pelo governo que favorecem o crescimento econômico de 
forma a aumentar as condições de produção, distribuição e consumo da produção.
 Trata-se, então, de um ciclo ascendente em que mais produção gera mais renda e 
mais renda gera mais produção.
 De modo contrário, políticas contracionistas ou restritivas são utilizadas quando o 
governo percebe a necessidade de frear o crescimento da renda, da produção 
e/ou do consumo. 
 Assim, ocorre quando medidas que desfavorecem 
produção e emprego são adotadas.
A política econômica expansionista 
 A moeda: é um artigo utilizado para efetuar trocas. Dá-se moeda em troca de algo. 
Trabalhamos em troca de moeda. O termo designa moedas metálicas e papel-
moeda, as cédulas que utilizamos. A especial característica que a moeda reúne é 
a de ser aceita em qualquer situação. 
 Funções da moeda: a moeda desempenha uma de suas principais funções: ser 
intermediária de trocas (meio de trocas). Além de servir como intermediária de 
trocas, ela exerce ainda outras duas funções básicas: servir como unidade de 
conta e também como reserva de valor. 
 Uma última função desempenhada pela moeda é servir de 
reserva de valor. De posse de unidades monetárias e 
dada a existência de mercados à vista e a prazo, seu 
possuidor tem o direito de reservar tal moeda para 
consumo ou para pagamento futuro.
A política monetária
 Dentre elas estão as econômicas, entendidas como custo de estocagem e custo 
de transação negligenciável ou próximo de zero. 
 Significa que, para manter moeda, seu custo é zero e que transportar moeda 
também tem custo zero. 
 As outras características da moeda, as físicas, dizem que a moeda deve ser 
divisível, durável, que apresente dificuldade em falsificação, que exista 
manuseabilidade e que também seja favorecida sua transportabilidade. 
 Somente reunindo características físicas e econômicas, a 
moeda consegue exercer suas funções de intermediária 
de trocas, unidade de conta e reserva de valor.
As características particulares da moeda 
Assinale a alternativa que corresponde ao conceito que diz respeito às quantidades 
de uma mercadoria que deixam de ser produzidas para que sejam produzidas 
maiores quantidades de outra mercadoria. 
a) Custo de oportunidade.
b) Custo de produção.
c) Políticas contracionistas.
d) Organização da atividade econômica.
e) Economia de mercado.
Interatividade
Assinale a alternativa que corresponde ao conceito que diz respeito às quantidades 
de uma mercadoria que deixam de ser produzidas para que sejam produzidas 
maiores quantidades de outra mercadoria. 
a) Custo de oportunidade.
b) Custo de produção.
c) Políticas contracionistas.
d) Organização da atividade econômica.
e) Economia de mercado.
 O conceito de custo de oportunidade diz respeito às 
quantidades de uma mercadoria que deixam de ser 
produzidas para que sejam produzidas maiores 
quantidades de outra mercadoria.Resposta
 Desde a Antiguidade, os povos a utilizam para efetuar trocas de mercadorias. 
 Inicialmente, as trocas eram efetuadas de forma direta, pois o homem vivia em 
pequenas comunidades, nas mais primitivas culturas, em que a economia 
funcionava à base de escambo. Foram utilizadas como moedas mercadorias o 
gado, o fumo, o azeite de oliva, os escravos e o sal, dentre outros produtos.
 Para que uma mercadoria possa ser utilizada como 
moeda, ela deve apresentar as características de 
durabilidade, divisibilidade e homogeneidade; bem como 
facilidade no manuseio e no transporte, características 
que não eram reunidas em alguns dos exemplos 
anteriormente citados, apesar de as moedas mercadorias 
terem facilitado um pouco a vida dos agentes.
A Era da Mercadoria Moeda ou Moedas Mercadorias
 Outra forma de moeda utilizada pelas sociedades antigas foram as moedas 
preciosas, representando a Era da Moeda Metálica ou do Metalismo, notadamente 
pelo uso do ouro e da prata. 
 Também fizeram parte desse período o cobre, o bronze e o ferro. O ouro, em 
barra, tem um valor incorporado. O mesmo ocorre com as unidades de prata. 
 São mercadorias que, por não apresentarem depreciação, carregam seu valor ao 
longo dos tempos, permitindo às pessoas guardá-las para serem utilizadas em 
trocas de mercadorias no melhor momento. 
 Apesar de mais se assemelharem às funções e às 
características da moeda, são também mercadorias que, 
para serem trocadas por outras, dependem da dupla 
coincidência de desejos.
A Era da Moeda Metálica
 A sua origem está na solução encontrada para que os comerciantes pudessem 
realizar os seus empreendimentos comerciais. 
 Em vez de partirem carregando a moeda metálica, levavam apenas um pedaço de 
papel denominado certificado de depósito, que era emitido por instituições 
conhecidas como “Casas de Custódia”, e onde os comerciantes depositavam as 
suas moedas metálicas, ou quaisquer outros valores, sob garantia. 
 Tal modalidade de moeda, um papel, um certificado de depósito, 
desempenhava boa função. 
 Tinha nele incorporado um valor representativo, 
inicialmente com lastro de 100% e garantia de aceitação, 
uma vez que representava ali uma determinada 
quantidade de valor.
A Era da Moeda-Papel
 A moeda manual é criada pela autoridade monetária e chega às mãos da 
coletividade via bancos comerciais.
 Esses últimos são responsáveis pela expansividade dos meios de pagamento pela 
criação de moeda escritural pelos bancos comerciais a partir do recebimento de 
depósitos à vista. 
 Por meio de uma operação contábil, dá-se a criação de 
meios de pagamento e tal atividade aparece no balancete 
do Banco Comercial, no qual, a título de exemplo, no lado 
do passivo são registrados valores de depósitos 
recebidos, e no lado do ativo são registrados todos os 
empréstimos concedidos a partir dos recursos recebidos 
pelos depósitos à vista.
A moeda bancária
 Entende-se por política monetária toda ação tomada pelo Banco Central com 
relação ao padrão monetário de um país. 
 O Banco Central, considerado autoridade monetária em qualquer país, além de 
demais funções, tem a função de preservar o valor da moeda ao longo do tempo. 
 É responsável pelo controle direto da liquidez no sistema econômico de 
determinado país. 
 Para o Banco Central desempenhar suas funções, alguns instrumentos de política 
monetária podem ser adotados. 
 São eles: emissão de moeda, administração da taxa de 
juros, coeficiente de recolhimento compulsório, operação 
de redesconto, operação de open market e seleção do 
crédito.
A política monetária
 A emissão monetária é a forma primária de controle monetário por parte do 
governo, pois expande e contrai o volume de moeda disponível na economia de 
acordo com seus objetivos. 
 Entende-se por recolhimento compulsório a reserva legal determinada pelo Banco 
Central. Trata-se da parcela dos depósitos à vista e a prazo que os bancos devem 
manter em caixa ou junto ao Banco Central. 
 Outro instrumento de política monetária é a operação de open market ou, se 
preferir, operação de mercado aberto. 
 É com esse instrumento que o Banco Central efetua 
leilões de venda e compra de títulos públicos, ou seja, 
arrecada recursos com a sociedade.
Os instrumentos de política monetária
 No Brasil atual, o principal instrumento de política monetária utilizado é a 
administração da taxa de juros. 
 Podemos entender por juros o custo da moeda, do dinheiro. 
 O juro é uma variável muito importante na economia e, por essa razão, um dos 
mais importantes instrumentos de política monetária. 
 Assim, dada uma taxa de juros mais elevada num tempo qualquer, o custo do 
dinheiro fica também mais elevado. O mesmo ocorrerá com o custo do crédito. 
 Quando os empresários não investem na produção e os 
consumidores não adquirem produtos, resulta em queda 
de produção de mercadorias, do emprego e da geração 
de renda. 
 A economia entra, então, num processo 
recessivo, contracionista.
A administração da taxa de juros
 Ela define o quanto o governo irá arrecadar e o quanto poderá gastar. O governo 
necessita da política fiscal para poder prover a sociedade de bens públicos. 
 Um dos princípios da tributação, chamado princípio dos benefícios, diz que as 
pessoas deveriam pagar os impostos com base nos benefícios que recebem dos 
serviços do governo. 
 Por sua vez, o princípio da capacidade de pagamento versa que os impostos 
deveriam ser cobrados de acordo com a possibilidade que o agente tem de 
suportar o imposto. 
 Outro princípio, o da neutralidade, requer que o sistema 
tributário não provoque uma distorção da alocação de 
recursos e que, dessa forma, não prejudique a eficiência 
do sistema.
A política fiscal
 Política cambial: é a política responsável pelo fluxo de moeda internacional no 
país. O controle da quantidade de moeda estrangeira é feito pela taxa de câmbio. 
A taxa de câmbio é a relação existente entre duas moedas de diferentes países. 
Ela pode ser valorizada ou desvalorizada. 
 Portanto, a taxa de câmbio reflete as necessidades de unidades monetárias 
nacionais para adquirir uma unidade monetária de uma moeda estrangeira. 
 Política de rendas: é um tipo de política utilizada pelo governo que procura 
melhorar a distribuição da renda e a justiça social. 
 Ela atua diretamente sobre os fatores de produção e tenta 
reduzir os conflitos entre o capital e o trabalho.
A política cambial e a política de rendas
 Desemprego aberto: pessoas que procuraram trabalho de maneira efetiva nos 30 
dias anteriores ao da entrevista e não exerceram nenhum trabalho nos sete 
últimos dias.
 Desemprego oculto pelo trabalho precário: pessoas que realizam trabalhos 
precários ou pessoas que realizam trabalho não remunerado e que procuraram 
mudar de trabalho nos 30 dias anteriores ao da entrevista ou que, não tendo 
procurado nesse período, fizeram-no sem êxito até 12 meses atrás. 
 Desemprego oculto pelo desalento: pessoas que não 
possuem trabalho nem procuraram nos últimos 30 dias 
anteriores ao da entrevista, por desestímulos do mercado 
de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas 
apresentaram procura efetiva de trabalho nos 
últimos 12 meses.
O desemprego e suas causas
Qual é a política responsável pelo fluxo de moeda internacional no país?
a) Política internacional.
b) Política social.
c) Política fiscal.
d) Política monetária.
e) Política cambial.
Interatividade
Qual é a política responsável pelo fluxo de moeda internacional no país?
a) Política internacional.
b) Política social.
c) Política fiscal.
d) Política monetária.
e) Política cambial.
 A política cambial é a responsável pelo fluxo de moeda 
internacional no país. O controle da quantidade de moeda 
estrangeira é feito pela taxa de câmbio. A taxa de câmbio 
é a relação existente entre duas moedas de diferentes 
países. Ela pode ser valorizadaou desvalorizada.
Resposta
 Caracteriza-se pelo generalizado e persistente crescimento nos níveis de preços, 
ou seja, ocorre inflação num período em que um elevado volume de mercadorias 
tem seus preços majorados sequencialmente, de forma que, dia a dia, mês a mês, 
os preços sobem sem que, necessariamente, seus custos de produção tenham 
apresentado também elevação.
 A inflação de demanda, ou de consumo, é causada pelo crescimento do volume de 
moeda disponível ao público, não necessariamente acompanhado pelo 
crescimento da produção. 
 Uma das características da inflação de demanda é que ela 
ocorre em períodos de expansão da economia, a exemplo 
do experimentado pelo milagre econômico brasileiro, no 
qual o governo investiu fortemente na industrialização do 
país, elevando os níveis de produção e superando 
períodos anteriores.
A inflação
 O primeiro plano de estabilização foi o Plano Cruzado, implementado em fevereiro 
de 1986. 
 De raiz heterodoxa, a ideia central desse plano era que a inflação brasileira era 
inercial. As principais medidas do Plano Cruzado foram congelamento de preços e 
salários e reforma monetária, com a alteração do nome da moeda de cruzeiro 
para cruzado.
 Liberando preços de alguns produtos, congelando o 
salário mínimo e revendo formas de cálculo da inflação 
para o próximo período, em novembro de 1986, o governo 
lançou o Plano Cruzado 2, com vida curta, chegando ao 
colapso em fevereiro de 1987, com inflação acelerada e 
marcando os 16,82% ao mês.
Os planos econômicos implementados no Brasil
 Em junho de 1987, encontrando certa resistência por parte da sociedade, foi 
lançado o Plano Bresser, que também contava com congelamento de preços e 
salários, mas por um período menor, de, aproximadamente, três meses, 
diferentemente do anterior, que propunha congelamento por um período maior, 
nove meses. Outra frente de ataque do plano seria o déficit público, com a 
tentativa de diminuir tal déficit para 2% do PIB até o final de 1987. 
 Em janeiro de 1989, foi implementado o Plano Verão, que 
consistiu novamente em congelamento de preços e 
salários e nova reforma monetária, dessa vez tendo a 
moeda novo nome, Cruzado Novo. A essas medidas 
soma-se a eliminação de indexação, exceto para 
depósitos de poupança, como desestímulo ao consumo e 
restrição à expansão monetária e creditícia.
O Plano Bresser e o Plano Verão
 Na sequência, a economia brasileira experimentou outro governo e outro plano: o 
Governo Collor e o confisco de liquidez.
 Os seus objetivos eram a redução do Estado, dentro da perspectiva de Estado 
mínimo, e eliminar grande parte das barreiras ao livre comércio.
 O plano não apresentou resultados satisfatórios, o que levou a equipe econômica 
a elaborar outra proposta, conhecida então como Plano Collor II que pretendia 
acabar com o overnight e outras formas de indexação, além de prever novo 
congelamento de preços e salários. 
 A política econômica não conseguiu deter o processo 
inflacionário e, ainda por cima, alimentou uma grande 
recessão no ano de 1992 em função dos constantes 
aumentos da taxa de juros.
O Plano Collor – 1990 
Esse plano foi concebido e implementado em três etapas: 
a) estabelecimento do equilíbrio das contas públicas federais, a fim de eliminar a 
principal causa da inflação; 
b) criação de um padrão estável de valor, a Unidade Real de Valor (URV); 
c) emissão de uma moeda nacional nova, o Real, com poder aquisitivo estável.
 Como parte do Plano Real, a implantação da URV teve 
como objetivo, inicialmente, separar duas funções de uma 
mesma moeda: a URV era moeda de curso legal para 
servir exclusivamente como padrão de valor monetário.
 Procurou, ainda, criar ambiente favorável para a primeira 
emissão do Real.
As medidas do Plano Real – 1994 
 O Plano Real é apontado como a melhor experiência de estabilização 
da economia brasileira. 
 Houve de fato uma queda brusca da inflação e o objetivo da estabilização 
monetária foi amplamente alcançado. 
 No entanto, os fundamentos do Plano Real fizeram com que houvesse uma 
deterioração significativa das contas públicas, uma elevação significativa da dívida 
pública interna e déficits em transações correntes constantes. 
 Para que fosse alcançado o sucesso do plano, quanto à 
tão sonhada estabilidade monetário-financeira, o Plano 
Real foi pautado por duas âncoras: inicialmente, âncora 
de juros para, depois, passar para âncora cambial.
A estabilização da economia brasileira 
 Crescimento econômico: trata-se de um conceito ligado ao crescimento da renda 
nacional. O indicador mais utilizado para medir o crescimento econômico é o 
Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde à totalidade da renda obtida em um 
país durante um determinado período, geralmente um ano.
 Desenvolvimento econômico: reflete um conjunto de indicadores associado às 
condições de vida e bem-estar (dentro das fronteiras de um país) proporcionadas 
pela distribuição das riquezas geradas pelo crescimento econômico.
 O principal indicador em que se pensa usualmente para 
“traduzir” o grau de desenvolvimento de um país é o PIB 
per capita, ou seja, o resultado da divisão do montante de 
renda de um país pelo número de habitantes.
Desenvolvimento econômico
 O PIB representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e os serviços 
produzidos no país (ou na região considerada) em determinado período de tempo. 
Para o seu cálculo, ele descarta a renda do exterior, tanto a recebida quanto 
a enviada. 
 O PNB difere do PIB porque considera tanto as rendas enviadas para o exterior 
quanto as recebidas do exterior. 
 A mensuração do desenvolvimento humano, feita por 
meio do IDH, contrapõe-se ao conceito de crescimento 
econômico. Parte-se do princípio de que, para aferir o 
avanço de uma população, não se deve considerar 
apenas a dimensão econômica, mas também outras 
características sociais, culturais e políticas que 
influenciam a qualidade da vida humana.
Medidas de crescimento e desenvolvimento
 O comércio internacional e a globalização estão interligados, porque o comércio 
internacional é uma consequência da globalização.
 A globalização se refere ao comércio cada vez mais sem fronteiras, que ocorre 
entre países e territórios.
 Esse tipo de comércio é facilitado pela eliminação ou pela redução de restrições na 
forma de tarifas e outras taxas como quotas de importação. 
 A globalização serve para aproveitar as possibilidades e as oportunidades 
disponíveis por meio da cooperação de diferentes nações.
 O início da globalização, embora existam discordâncias, 
ocorreu ao longo do século XV, de acordo com a maioria 
dos autores que abordam essa temática.
Relação entre comércio internacional e globalização
 No Brasil, a globalização perpassa por uma série de fatores históricos 
e geográficos. 
 Pode-se dizer que, desde que os europeus chegaram ao que hoje é chamado de 
território brasileiro, o Brasil está inserido no processo de globalização. 
 Entretanto, o consenso é que, somente a partir da década de 1990, a globalização 
passou a ter um maior impacto na economia brasileira.
 A maior influência da globalização no Brasil demarcou 
também a adoção de um modelo econômico que visava à 
mínima intervenção do Estado na economia, chamado 
de Neoliberalismo. 
 Com isso, intensificou-se o processo de privatizações 
das empresas estatais e a intensa abertura para 
o capital externo.
A globalização no Brasil
Assinale a alternativa que corresponde ao fenômeno que se caracteriza pelo 
generalizado e persistente crescimento nos níveis de preços.
a) Estabilização.
b) Desenvolvimento.
c) Déficit.
d) Superávit.
e) Inflação.
Interatividade
Assinale a alternativa que corresponde ao fenômeno que se caracteriza pelo 
generalizado e persistente crescimento nos níveis de preços.
a) Estabilização.
b) Desenvolvimento.
c) Déficit.
d) Superávit.e) Inflação.
 Caracteriza-se pelo generalizado e persistente 
crescimento nos níveis de preços. Ocorre inflação num 
período em que um elevado volume de mercadorias tem 
seus preços majorados sequencialmente. Os preços 
sobem sem que, necessariamente, seus custos de 
produção tenham apresentado também elevação.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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