TEATRO “TORTURA” – Jeová Nissi (adaptado) Personagens Missionária 1 (Sara) – Erika Missionária 2 (Ana) – Izabela Mãe (Marta) – Kelly Torturador 1 (T1) – Alejandro Torturador 2 (T2) – Marcelo Torturador 3 (T3) – Juliano Torturador 4 (T4) – Romu Pessoa 1 (P1) – Nicolly Pessoa 2 (P2) – Bil Pessoa 3 (P3) – Kelly Pessoa 4 (P4) – Júlia Pessoa 5 (P5) – Thais Pessoa 6 (P6) – Pessoa 7 (P7) – Pastor - ATO 1 – Entrega das cartas e oração pelas missionárias Personagens: Ana, Sara e Pastor Pastor entra em cena e chama Sara e Ana. Paredão de mãos estendidas Pastor – Igreja, eu gostaria de chamar as missionárias, Sara e Ana, aqui na frente. Recentemente elas receberam a carta com o país em que elas iriam servir, elas vão para China e este é um país conhecido pela dificuldade de falar de Jesus, lá há muitos perseguidores do Evangelho, mas nós declaramos em nome de Jesus que esta terra será dEle por herança. Vamos estender as mãos clamar pela misericórdia e proteção de Deus. Pastor faz uma oração. Todos – Estes são mais uns missionários enviados para o centro da vontade de Deus ATO 2 – Pesadelo e ministração (tortura) Personagens: Todos Sara fica deitada no canto de cena. Paredão com gestos de tortura. P3 dá um passo à frente. P3 – Eis que eu, agora guiado pelo Espírito, vou para Jerusalém não sabendo o que lá há de me acontecer, se não o que o Espírito Santo, de cidade em cidade me revela, que lá me esperam tribulações e perseguições, mas em nada, em nada eu tenho minha vida como preciosa, contanto que eu cumpra com alegria o meu chamado. O ministério que eu recebi da parte do Senhor, Jesus Cristo, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. P3 volta ao seu lugar faz um gesto de tortura T2 – Desgraçada, você está pregando sobre essa palavra de novo. Mas eu não avisei pra você?! Não falei que era proibido pregar sobre seu deus no nosso país?! T2 pega P1 e a joga no chão e arrasta até perto da bacia de água onde vai tortura-la (AFOGAMENTO) T2 – Você não entendeu nada. Mas agora vem aqui, vem aqui. Você vai ter que negar o seu Deus, negue a Jesus. P1 - Eu não vou negar. T2 – Se você não negar, você morre. Você prefere morrer por um Deus que nunca viu?! Vamos, negue. P1 – Eu já disse que não vou negar. T2 – Não vai negar?! Então pelo menos clame por Ele. P1 – “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, eu não temerei mal algum porque o Senhor está comigo” T2 – O seu Deus é contigo, é? Então morra com Ele. T2 mata P1 afogada. Paredão – Missionária Camila, morta aos 24 anos por pregar a palavra de Deus. Paredão se direciona mais a frente T2 – Eu a batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. T2 tira a cabeça de P1 da água e congela Paredão – A quem enviarei? Quem há de ir por nós? P3 e P5 saem de cena. T1 entra e prende P2 e a tortura (joga no chão e queima seu rosto). P2 – Queridos, a palavra de Deus fala várias vezes sobre a fé. Uma fé inabalá.. T1 a empurra no chão T1 – Cale a boca. De novo falando desse Deus? Vocês pedem por morte mesmo. T1 olha para o ferro e P2 começa a cantar. P2 – “Sim, eu amo a mensagem da cruz...” T1 – Está tão quente P2 - “... Até morrer eu a vou proclamaaaar” T1 queima o rosto de P2 Sara grita junto com P2 e acorda de seu pesadelo Sara – Ah, Senhor que pesadelo foi esse? Pessoas morrendo por apenas falar do seu nome. Mas a tua palavra diz que as portas do inferno não vão prevalecer contra tua igreja. Ah Deus, em nome de Jesus, eu declaro agora portas abertos as nações que são presas para o evangelho. Livra cada missionário que agora está indo ao campo. Eu sei que será difícil, mas eu vou, nada vai me impedir. Eis- me aqui Senhor, envia- me a mim. ATO 3 – Contando a história do Miss. Richard Personagens: Todos Pessoas – Laia, laia, lalaia, laia. Laia, laia, lalaia. P4 - Estes fatos a seguir, são fatos verídicos de tortura, que aconteceram por volta de 1950 na Romênia, na época do nazismo, histórias que os livros de história não nos trazem. O líder cristão, Richard, mais conhecido por um mártir, liderava igrejas escondidas, a igreja subterrânea, um ministro evangélico que passou 14 anos como prisioneiro dos comunistas e 25 anos em reclusão. P3 e P4 deitam no chão junto com os demais. P2 – Eram colocadas algemas em nossos pulsos... Nas quais haviam laminas afiadas. Se ficássemos totalmente parados, aquelas laminas não nos cortavam. Mas no frio que fazia naquela cela, nossos corpos tremiam e nossos pulsos eram totalmente mutilados. Todos – AAAAAH (GRITO DE DOR) P5 – Crentes eram pendurados de cabeça pra baixo e açoitados tão severamente que seus corpos balançavam de um lado para o outro com a força das pancadas. Todos se ajoelham, exceto P2 que ficará de pé. T1 entra em cena e fica no canto. P4 – Éramos colocados em refrigeradores, os médicos nos observavam e quando estávamos com sintomas de morte por congelamento, os guardas nos retiravam até nossos corpos se reaquecerem, então eles nos colocavam nos refrigeradores novamente. Assim, repetidamente. Todos se deitam. P1 – Éramos colocados em caixões, um pouco maiores que os nossos corpos, não havia espaço para movimento algum. Eles colocavam vários pregos, suas pontas afiadas como giletes. Então, nós nos encolhíamos com muita força para não nos machucarmos, mas... conforme nossos corpos iam se cansando e quando enfim nos poupávamos... Todos – AAAAAH (GRITO DE DOR) P1 - ...Sentíamos aqueles pregos entrando em nossa carne. Todos levantam e vão saindo meio assustados. T4 pega P7 e a prende. P6 – Uma pastora foi capturada e presa, torturada com atiçadores de fogo e facas. Ratos famintos foram introduzidos em sua cela. Ela não podia descansar, pois tinha que se livrar daqueles ratos. Como se isso não bastasse, foi condenado a passar 2 semanas em pé. T3 traz P2 presa. P6 – E ainda por cima, trouxeram sua filha de apenas 14 anos e a espancaram em sua presença. E aquela mulher... já estava quase morrendo, enfim disse para a filha... P7 – Filha... minha filha, eu não consigo mais suportar essa dor. Eu tenho que dizer o que eles querem. EU VOU NEGAR A JESUS, FILHA. P2 – Não mãe, não me dê a desonra de ter uma traidora como mãe. Porque mesmo que eu morra, eu morrerei dizendo: “Jesus é a minha terra natal.” T3 joga P2 no chão e a espanca P7 – A fúria daqueles homens caiu sobre a garota. Ela morreu sim, mas morreu glorificando a Deus. T3 – Ele é a sua terra natal? Então, vá com ele. T3 mata P2 e P7 chora sua morte. T4 pega P2 pelo braço e a leva embora dizendo: T4 – Vamos, esse sofrimento ainda é pouco pra você. ATO 4 – Mãe recebe uma carta da filha e vai ao seu encontro Personagens: Marta e Ana. Pessoas pegam papeis e encenam a leitura Marta entra em cena lendo a carta e Ana fica na coxia chorando. Ana - Mãe, aqui tenho que reconhecer a liberdade que tinha para adorar a Deus nas igrejas do Brasil. Tenho que pregar o evangelho de uma forma bem discreta, mas sei que minha vida para essa nação tem um significado muito importante... Marta recebe um telefonema de Ana. Marta – Ai meu Deus, é a Ana. Alô Ana? Filha que saudade. Ana – Mãe (chorando) Marta – O que aconteceu, Ana? Ana - Mãe acalma teu coração. Eu e a Sara chegamos bem, nós pregamos a palavra a muitas pessoas que aceitaram a Jesus, mas nós estávamos na igreja quando perseguidores invadiram e no tumulto me perdi da Sara. Eu consegui fugir, só que no meio do caminho mãe, eles me encontraram e me estupraram, eu escapei e agora estou atrás da Sara. Eu preciso encontrar minha amiga, eu preciso. Eu te liguei mãe, porque eu quero que levante a igreja aí em oração por nossas vidas. A ligação caí. Marta – Alô? Filha? Mãe desesperada começa a orar Marta – Deus, eu sei que não posso murmurar contra ti. Eu sei que o Senhor é comigo e sabe de todas as coisas. Oh, Deus, eu sei que