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Técnicas básicas do exame físico

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Semiologia 07-04 -> Técnicas básicas do exame físico 
- É um momento para utilizar os sentidos: visão, olfato, tato, audição, habilidades, inspeção, palpação, 
percussão, auscuta. 
- Existe uma nomenclatura padronizada relacionada com a divisão da superfície corporal. 
 
- Inspeção: é a primeira técnica, obtida na observação (do ambiente, alterações físicas que o paciente 
apresenta, cada detalhe). O sentido mais utilizado neste caso é a visão, podendo ser geral/panorâmica 
(observação de tudo que o cerca), ou localizada (onde o paciente refere dor, onde há o problema). 
 É necessário analisar a iluminação (precisa ser adequada para qualquer tipo de inspeção), exposição 
do local a ser examinado, e conhecimento da superfície corporal. 
 - Inspeção panorâmica: busca examinar o geral, como altura, peso, lesões evidentes, cuidados de 
higiene pessoal, expressão facial, odores, postura, marchas e atividades motoras 
 - Inspeção de segmentos corporais: requer tempo, e promove uma qualidade melhor de dados 
coletados à medida que o enfermeiro é mais minucioso e demorado no exame físico. 
- Palpação: Para se certificar de alterações é importante realizar essa segunda etapa de palpação. Pode ser 
realizada por tato (informação das partes superficiais) ou por pressão (informação sobre as partes 
profundas). Ou seja, a palpação por pressão tende a ser mais detalhada. 
 - O que avaliar: Textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibilidade, volume, 
crepitações, pulsação, edema, tamanho e posição de órgãos. Cada tipo de avaliação requer uma necessidade 
de haver ou não pressão (ex: tamanho e posição de órgãos requer pressão). 
 - Semiotécnica: deve ser realizada uma abordagem tranquila e gentil, proporcionando um ambiente 
privativo. Unhas devem estar curtas, mãos devem estar aquecidas antes de tocar o paciente, e manter a 
posição adequada ao realizar o exame. 
 - Tipos de palpação: mão espalmada (as mãos tocam inteiramente a região), mão espalmada de 
polpas digitais e partes ventrais dos dedos (as extremidades exercem maior pressão, e a palma da mão não 
toca a pele do paciente), dorso dos dedos ou das mãos (é possível avaliar a temperatura), digitopressão com 
polpa do polegar ou indicador (é possível verificar edema), puntipressão (realizada com objetos pontiagudos 
para verificar sensibilidade), vitropressão (lâmina que comprime a região a ser avaliada), fricção com algodão 
(verifica sensibilidade), palpação bimanual combinada (realizada para verificar alguma glândula). 
- Percussão: Ao se golpear um ponto no organismo, é possível obter vibrações, buscando analisar o timbre, 
intensidade e tonalidade. 
 - Finalidade: localização e tamanho de um órgão, densidade de uma estrutura pelo timbre, detectar 
reflexos tendinosos. 
 - Diferentes sons: maciço (sem ar), submaciço (variação do som maciço), som timpânico (área que 
contenha ar), som pulmonar (quando golpeia o tórax normal). 
 Obs: O fígado e coração tendem a ter som maciço, pulmão tem som claro pulmonar, espaço de traube 
tem som timpânico. 
 - Espaço de traube: alterações de sons podem identificar esplenomegalias, lobo esquerdo do fígado 
atrofiado, cardiomegalia ou derrames pleurais esquerdos. 
 - Semiotécnica: Percussão direta, digitodigital (mão não dominante, fixa, utilizando o dedo médio 
como plexímetro. A mão dominante é a golpeadora, gerando pressão no dedo da outra mão. Bater 2 golpes 
secos e retirar o dedo imediatamente), punhopercussão (punho fechado, golpear. Também é possível 
golpear com a borda da mão) ou tipo piparote (examinador golpeia um dos lados do abdome, e o paciente 
coloca a mão na linha média do abdome. A função é de captar ondas). 
- Auscuta: Ouvir os sons produzidos pelo corpo, como do coração, pulmões e vasos do abdome. Para isso, é 
utilizado o estetoscópio. Ele bloqueia o som externo. 
 - Pulmonar: som traqueal e respiração brônquica, murmúrio vesicular, respiração broncovesicular. 
Sons ou ruídos anormais são descontínuos ou contínuos (roncos e sibilos). 
 - Semiotécnica: ambiente de auscuta tranquilo, posição do paciente/examinador da melhor maneira 
possível, instrução do paciente de maneira adequada, escolha correta do receptor e aplicação correta do 
receptor. 
 - Cardíaca: é possível escutar bulhas cardíacas e sopros 
 - Semiotécnica: ambiente tranquilo, posição adequada, saber instruir o paciente de como respirar, 
escolha correta do receptor, aplicação correta do receptor. 
 - Focos de auscuta cardíaca: Foco aórtico, pulmonar, projeção da valva pulmonar, projeção da valva 
aórtica, valva mitral, valva tricúspide, foco tricúspide, foco mitral. 
Segue imagem. Obs: EI = espaço intercostal. 
 
 - Nos pontos de auscuta é necessário escutar o TUM e o TA (1ª e 2ª bulha). O Tum se refere ao 
fechamento das valvas (mitral e tricúspide), e coincide com o ictus cordis e pulso carotídeo. Tem um timbre 
mais grave que o TA. O Ta se refere ao fechamento das semilunares (pulmonar e aórtica). 
 - Abdome: Auscuta de sopros (aorta e ramos) e de ruídos hidroaéreos. A semiotécnica é a mesma da 
pulmonar e cardíaca. 
 - Implicações para prática clínica: lavar as mãos em todos os momentos. Depende de cada situação, 
algumas dependem de mais proteção, como luvas e entre outros.

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