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Contabilidade Societária II Aula 4: Passivo – empréstimos e financiamentos, debêntures e outros títulos de dívida Apresentação Na última aula, começamos a falar sobre as formas de captação de recursos, sendo fonte de capital: o próprio (patrimônio líquido ou investimento dos sócios) e o de terceiros (passivos). Aprendemos a distinção de empréstimos e financiamento. Mas seriam somente estes os nomes e as formas de captação de recursos pelas empresas? Nesta aula, você irá descobrir diferentes formas de captação de recursos de terceiros. Algumas operações simples, outras mais complexas. Com finalidades distintas, ora manutenção das atividades da empresa, expansão da companhia, proteção de suas exportações e outros. Agora vamos lá, descobrir estas outras modalidades que facilmente você identificará no passivo de grandes empresas. Objetivos • Avaliar as mudanças ocorridas na Contabilidade Societária sobre empréstimos e outras obrigações; • Contabilizar corretamente os eventos relacionados ao tema; • Reconhecer as diferentes modalidades de obrigações registradas no Passivo. Passivo No passivo encontramos os empréstimos e os financiamentos. Algumas das modalidades mais conhecidas são: Financiamentos Bancários. Títulos a pagar. Juros a pagar por conta de empréstimos e financiamentos. Desconto de Notas Promissórias. Custos a amortizar (redutora). Encargos financeiros (redutora). Comentário Podemos encontrar essas contas tanto no Passivo Circulante quanto no Passivo Não Circulante, isso vai depender dó prazo de dívida. Uma classificação comum das contas anteriores é a divisão entre: moeda nacional e estrangeira. Visto que o procedimento auxilia no cálculo da Variação Cambial. Contabilização dos empréstimos Quanto à contabilização dos empréstimos, vejamos a orientação do FIPECAFI (2010, p. 301): O passivo deve ser contabilizado quando do recebimento dos recursos pela empresa que, na maioria das vezes, coincide com a data do contrato. No caso dos contratos com liberação do total em diversas parcelas, o registro do passivo correspondente deve ser feito à medida do recebimento das parcelas, ou seja, não se deve reconhecer um passivo cuja contrapartida ainda não se tenha recebido. Pode-se, todavia, controlar contabilmente os empréstimos em contas de compensação (embora não requeridas pela Lei das Sociedades por Ações), que registrariam os contratos assinados, mas ainda não liberados, informação está útil para inclusão na nota explicativa. Contabilidade Societária II Financiamentos bancários a curto prazo Talvez essa seja a modalidade mais utilizada pelas empresas, dada a sua facilidade de contratação e de encerramento do contrato. Vejamos que tipo de transações são registradas nesta conta, conforme FIPECAFI, (2010, p. 308): Nesta conta, são registrados os empréstimos obtidos de instituições financeiras cujo prazo total para pagamento seja inferior a 1 ano; entre eles, destacam-se: • desconto de duplicatas; • desconto de notas promissórias; • empréstimos garantidos por caução de duplicatas a receber ou estoques e outros. Outra operação muito usual nas empresas é a antecipação de recebíveis através do Desconto de Duplicatas. A contabilização deste passivo sofreu recentes alterações, pois antes eram registradas em uma conta redutora das Duplicatas a Receber (Ativo). Atualmente, a empresa deve contabilizar estes títulos descontados no Passivo Circulante, sendo os encargos correspondentes lançados em conta devedora (redutora do passivo), na conta Encargos Financeiros a Transcorrer. Títulos a pagar As demais obrigações contratadas sejam com pessoas físicas ou outras empresas que não sejam bancos, serão registradas nessa conta. São exemplos de operações registráveis, nessa conta, conforme o FIPECAFI (2010, p. 309): "(...) Passivos oriundos da compra de imóveis, usualmente terrenos, pagáveis em diversas parcelas. Essa mesma conta é prevista no curto e no longo prazos, sendo que a parcela vencível no exercício seguinte à data do balanço deve figurar no curto prazo e as posteriores na mesma conta do longo prazo. " Debêntures O QUE SÃO DEBÊNTURES? Segundo cartilha da ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas) p. 2, debêntures: "São títulos mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazos que asseguram a seus detentores (debenturistas) direito de crédito contra a companhia emissora.” Já conforme definição dada por Marion (2009, p. 391):“São títulos (negociáveis) a longo prazo, emitidos pelas companhias, dando a seus titulares (proprietários dos títulos) direito de crédito contra a empresa. Dessa forma, a companhia tem uma dívida com os proprietários das debêntures (debenturistas).” Vejamos, a seguir, alguns exemplos obtidos no Perguntas e Respostas sobre a Nova Lei das S/A. Lei. 11.638/07. Saiba mais Acesse a leitura Debênture para saber mais sobre esse processo. Contabilidade Societária II Prêmios de Debêntures Como fica o critério de contabilização dos prêmios recebidos nas emissões de debêntures? A Lei nº. 11.638 revogou a possibilidade da empresa, ao emitir uma debênture, contabilizar eventual prêmio recebido diretamente como Reserva de Capital. O seu valor terá que ser apropriado como Receita Financeira, ou melhor, como uma redução da despesa financeira na captação dessa debênture. Qual a razão da modificação do tratamento dos prêmios recebidos nas emissões de debêntures? As Normas Internacionais dizem que as despesas financeiras correspondem à soma do que se paga a título de juros mais todas as despesas incrementais que se tenha nesse processo de tomar dinheiro emprestado, menos os prêmios eventualmente recebidos. Despesas incrementais significam aquelas que, se a empresa não procurasse tomar o dinheiro emprestado, não teria que com elas arcar, como, por exemplo, despesas com consultores, com viagens etc.
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