Aula 3 - Retração do Concreto

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Retração do Concreto
Retração
A retração pode ocorrer por conta da:
· Movimentação de água
· Evaporação na superfície
· Migração da água para a superfície
· Redução do volume de concreto (retração química)
· Aquecimento e resfriamento do concreto
· Porosidade durante a secagem
· Se torna rígido, porém com baixa resistência
As fissuras só ocorrem quando a tensão gerada pela retração ultrapassa a resistência do concreto.
Retração Livre
Gera apenas diminuição do volume da peça
Retração restringida
Gera tensões na peça e não tem seu volume alterado
Assentamento plástico 
Sedimentação dos materiais, exsudação e segregação do concreto, em que fissura em pontos onde não há agregados, em casos mais extremos pode ocorrer da armadura expor a superfície. Comumente ocorrido em cabeças de pilares e na parte mais alta de murros de arrimo e paredes de concreto. Em áreas muito grandes podem ocorrer fissuras coincidentes com a posição das armaduras.
Retração plástica
Antes do fim da pega, há uma redução no volume de concreto com aparição de fissuras. São normalmente paralelas entre si afastadas uma das outras. Ocorre quando:
· A taxa de perda de água na superfície ultrapassa a quantidade de água exsudada.
· O concreto está rijo, mas não ainda resistente as tensões de tração causadas pela retração restringida.
· Elevada temperatura do concreto
· Fatores externos tais como: alta temperatura, ventos, baixa umidade do ar.
De acordo com o ábaco, a possibilidade de aparição de fissuras.
Controlar a taxa de fissuras:
· Umedecer as formas e o subleito
· Construções temporárias afim de proteger a peça de concreto, como contraventamentos e coberturas.
· Controlar a temperatura do concreto fresco, sempre o mantendo a baixa temperaturas.
· Reduzir o tempo entre o lançamento e a cura.
· Fazer a cura do concreto. Pode ser por manta, cura química, lâmina d’água continua.
Retração térmica
Variação térmica acima dos 30º C, nas primeiras 48h de hidratação do cimento são acompanhadas por uma significativa liberação de calor e dilatação da peça.
· Aumenta de acordo com o consumo de cimento.
· Grandes volumes de peças tendem a ter um gradiente de temperatura alto devido à dificuldade de dissipação do calor. Pois durante o aquecimento o calor se espalha por todos os pontos da peça e o resfriamento dá-se de maneira gradual saindo das bordas e indo para o centro.
Controle:
· Juntas de dilatação, para permitir a variação do volume.
· Substituição da água de amassamento por gelo
· Resfriar os agregados
· Utilizar cimentos com baixo calor de hidratação
· Concretagem por etapas, para se ter um menor volume de concreto.
Retração autógena
Efeito macroscópico na alteração do volume do concreto causada pela retração química e pela auto secagem durante a hidratação. 
· Quanto menor a relação a/c maior a retração, pois nas menores relações há mais consumo de cimento e consequentemente terá uma maior liberação de calor.
· Temperaturas mais altas
· Cimentos mais finos e com maiores teores de C3A e C4AF
Para o controle desse tipo de retração usa-se os aditivos redutores de retração e compensadores de retração e cimentos expansivos.
Retração por secagem
Retração após o endurecimento do concreto, não confundir com a retração plástica, a pasta de cimento é a parte que retrai.
· Exposição a umidade ambiente, o material começa a perder a água da pasta.
· Assim que a umidade relativa abaixa dos 100%, a água livre, nos poros passa a evaporar no ambiente. Se a água não estiver ligada a microestrutura isto é não estão dentro dos capilares, essa água perdida não causa problemas de retração.
A retração por secagem acontece com a perda de água livre, parte dela é irreversível e a parte reversível se da por conta da condição de umidade, é uma reação endotérmica, as fissuras não são profundas e são aleatórias e pode ocorrer anos após a secagem.
Controle:
· Fazer o processo de cura, a falta de água faz com que água do interior abra capilares até a superfície, deixando assim vazios 
· Aumentar a resistência a tração nas primeiras idades.
· Reduzir as deformações do concreto, colocando-se agregados maiores que por sua vez tem mais resistência que a pasta de cimento.