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Slide Teoria Geral do Serviço Social Modulo I

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Unidade I 
 
 
TEORIA GERAL 
DO SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
Profa. Ma. Silmara Quintana 
TGSSO – ementa 
 O aprofundamento das correntes filosóficas do século XX: a 
influência neotomista na construção teórica do Serviço Social 
no Brasil, a teoria positivista, o pensamento fenomenológico, 
o movimento de reconceituação e a ruptura com o 
positivismo, a matriz filosófica marxista e seu papel na 
renovação do Serviço Social no Brasil, a discussão dos 
projetos societários e ético-políticos da profissão. 
 
TGSSO – objetivo 
 Oferecer subsídios para o conhecimento e o aprofundamento 
das principais correntes filosóficas no século XX (marxismo, 
neotomismo, neopositivismo, fenomenologia) e a ruptura do 
conservadorismo para a renovação do Serviço Social 
brasileiro. 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  Tomismo: realismo e nominalismo. Essa teoria defende que a 
substância primeira é o indivíduo (nominalismo). 
 O intelecto humano deriva da vontade de Deus, portanto, a 
vontade necessariamente tende para o bem. 
 Existem dois elementos fundamentais para um ato 
integralmente moral: a razão, que é um elemento objetivo; e a 
vontade, que é um elemento subjetivo. 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  O Estado deve ser um meio para a convivência social do 
indivíduo. 
 O Estado não pode e não deve ter uma função puramente 
material e repressiva, mas uma função espiritual e 
organizadora da vida e da sociedade. O ser deve ser 
primordial, em detrimento de ideologias e posicionamentos 
políticos. 
 O que se deve privilegiar é o bem-estar do ser. O Estado, 
apesar de sua completude, deve ficar subordinado à religião, 
à moral e à Igreja. 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  A palavra de Deus não pode ser ultrapassada pelo 
entendimento humano e não se podem alegar argumentos 
contra a fé cristã. 
 O neotomismo tem seus preceitos teóricos baseados na teoria 
tomista de São Tomás de Aquino, com uma atenção voltada 
para a pessoa humana, que tinha na existência uma 
dualidade: uma temporal, outra atemporal. Temporal diz 
respeito às coisas terrenas do corpo e do material; atemporal 
diz respeito à alma, à transcendência que conduz a pessoa à 
vida eterna. 
 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  Segundo Guedes (2000), o neotomismo apresenta o homem 
como um ser composto de “corpo e alma”, um ser social 
completo. Esse ser utiliza a sociedade para o cumprimento do 
fim último, que é alcançar o céu, a transcendência da alma. 
 
 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  A Encíclica Papal Aerteni Patris, de 1879, partia da 
compreensão de que era preciso um retorno à filosofia 
de São Tomás de Aquino. Incentivava o resgate das doutrinas 
tomistas, julgando-as necessárias para um trabalho de 
doutrina dos católicos com as famílias, para que assim 
pudesse resolver, por meio da moral e da catequização, 
os problemas sociais advindos da questão social. 
 
 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  As encíclicas Rerum Novarum (1881) e o Quadragésimo Ano 
(1921) também propõem o envolvimento de todos os 
dissidentes da Igreja na resolução dos problemas sociais; 
inclusive o Serviço Social, que tem sua formação e sua 
atuação tradicional totalmente ligadas e voltadas para a Igreja 
Católica. 
 
 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  Segundo aponta Guedes (apud MALHEIROS, 2000, p. 5): 
A doutrina oficial da Igreja Católica (1930/1940) considera o 
homem como pessoa sobre a qual é possível reconstruir os 
valores morais da sociedade, que deve caminhar para o bem 
comum. Segundo os primeiros assistentes sociais, o 
cumprimento desta doutrina é assegurado por uma sólida 
formação moral. 
 
 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  O Serviço Social atuou, de forma tradicional, sob as 
influências da doutrina neotomista nos anos 1939 e 1940. 
Tinha uma forte preocupação em trabalhar sob as mazelas 
advindas do capitalismo, munido do propósito de trabalhar a 
moral, a formação e o respeito à pessoa humana, de acordo 
com os preceitos postulados pela perspectiva da filosofia 
neotomista. 
 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  O Serviço Social, segundo Guedes (2000), situava-se sob a 
ideia de que o homem, como uma pessoa humana, era 
portador de um valor soberano ligado à metafísica e aos 
desígnios de Deus; e de um valor temporal ligado às coisas 
terrenas ou materiais própria de sua vida terrena. 
 
 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  Os assistentes sociais tradicionais atuavam sob a formação 
de um projeto societário que tinha o ideal de moral cristã. O 
aperfeiçoamento da pessoa humana tinha como finalidade a 
vida eterna e atemporal, após o cumprimento da vida material 
terrena. Mediante essa perspectiva, os assistentes sociais 
criticavam e repudiavam as ideias comunistas e liberalistas. 
 
 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  Cabia, então, aos assistentes sociais realizar um trabalho de 
correção moral com os indivíduos que os fizessem retornar 
para a obediência dos desígnios naturais e à promoção 
humana, diferente de um trabalho politizado que fortalecesse 
a promoção da cidadania e a luta por direitos sociais, 
conforme a atuação contemporânea. 
 
 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  A atuação do profissional se voltava para orientações 
vocacionais, prevenir acidentes de trabalho, transformações na 
vida do operário e sua família com vistas à correção moral e ao 
compromisso com a ordem social, mediar as desavenças entre 
trabalhadores e capitalistas, garantir o rendimento das 
empresas e estabilizar as condições de trabalho. Este trabalho 
acabava por culpabilizar os trabalhadores e suas famílias, pois 
os problemas advindos da questão social como consequências 
do capitalismo eram considerados falta de moral e religião. 
 
 
 
 
A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica 
neotomista 
 
  O Serviço Social como profissão institucionalizada e 
legitimada, a partir das expressões da questão social “nasce 
de ações sociais com a inspiração da Igreja Católica 
ganhando pulso com a intervenção do estatal ou empresarial, 
na área social, especialmente a partir da década de 1940” 
(SILVA, 2008). 
 Influência franco-belga: sob a égide do pensamento 
neotomista. 
Interatividade 
Qual a primeira influência filosófica no Serviço Social 
brasileiro? 
a) Capitalismo. 
b) Neotomismo. 
c) Mary Richmond. 
d) Positivismo. 
e) Desenvolvimentismo. 
 
 
 
A teoria positivista e sua influência no Serviço Social 
 O francês Auguste Comte (1798-1857), para elaborar sua teoria, 
foi influenciado pelos evolucionistas da biologia (Spencer e 
Darwin) e pela concepção, veiculada na modernidade, de um 
progresso econômico contínuo e linear, ideia defendida pelos 
liberais. 
 O positivismo é uma forma metódica, lógica, racional em que o 
indivíduo busca resolver suas necessidades sociais, políticas, 
culturais, econômicas, tecnológicas e até religiosas, a partir 
dos fatos concretos, com base na análise experimental, 
objetiva. 
 
A teoria positivista e sua influência no Serviço Social 
 Ordem e progresso – parâmetros do positivismo, segundo a 
filosofia política de Comte, a história da humanidade passa 
por três estágios: um teológico, outro metafísico e, finalmente, 
o positivo. Este último representava o coroamento do 
progresso da humanidade. 
 
A teoria positivista e sua influência no Serviço Social 
Estes dois elementos fazem parte da teoria positivista, na sua 
maneira de perceber e explicar a sociedade: 
 Estático: as instituições sociais comoa família, a religião, o 
Estado, a educação, a economia são fundamentais para manter 
a sociedade equilibrada, isto é, ordenada. 
 Dinâmico: é tudo aquilo que se modifica constantemente ou 
frequentemente – o que pode ser compreendido, tudo aquilo 
da parte das relações sociais, das mudanças e das 
transformações que englobam a sociedade. A sociedade 
industrial, por exemplo, é fruto das mudanças provocadas ao 
longo do tempo. 
 
A teoria positivista e sua influência no Serviço Social 
 Influências positivistas: as bases teóricas do positivismo, 
elaboradas por Comte, deram origem a outras correntes de 
pensamento sociológico – funcionalista no século XIX 
(Durkheim), sistêmica no século XX (Parsons) – com ampla 
aplicabilidade nas ciências sociais, organizações, educação, 
entre outras. As pesquisas ditas objetivas, pautadas na 
estatística e na quantificação dos dados, ganham força no 
século XX. Medir os comportamentos individuais e sociais, e 
as inteligências constitui um dos métodos prioritários dessa 
corrente para diagnosticar problemas. 
 
A teoria positivista e sua influência no Serviço Social 
 A objetividade pretendida com base na razão instrumental é a 
referência paradigmática e pragmática para a maior 
produtividade de bens materiais, simbólicos – culturais e 
educacionais. 
A teoria positivista e sua influência no Serviço Social 
 O positivismo, como corrente de pensamento originária das 
ciências sociais, tem por base a teoria sociológica, a qual lhe 
serve de suporte. Essa vertente caracteriza-se como de cunho 
conservador, cuja orientação é de manutenção do status quo. 
O assistente social recebe influência dessa corrente e passa a 
expressar sua prática pautada nas ideias conservadoras, 
contribuindo, assim, para a manutenção e a perpetuação da 
ideologia dominante, legitimando-a. 
A teoria positivista e sua influência no Serviço Social 
 Visão fragmentada da realidade social. Não considera a 
subjetividade, apenas os fatos que podem ser observados, 
quantificados. Outras características fundamentais são a 
despreocupação e o desinteresse em conhecer as causas dos 
fenômenos, limitando-se às consequências deles. 
 
Interatividade 
Ordem e progresso – parâmetros do positivismo segundo a 
filosofia política de Comte, a história da humanidade passa por 
três estágios, sendo um deles o teológico. Qual o significado 
disso para o Serviço Social? 
a) Demandas sociais. 
b) A referência da pessoa humana. 
c) O respaldo da religiosidade nas ações sociais e intervenção 
do SSO. 
d) Considerada que a família deve se manter estática. 
e) A metafísica como essência do mundo. 
O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência 
no Serviço Social brasileiro 
 A sociedade é igual a um organismo social e, assim como o 
organismo, possui vários órgãos (coração, pulmão, rins), o 
corpo social possui vários órgãos (instituições sociais, 
família, Estado, escola, igrejas, clubes, sindicatos etc.) com 
funções específicas. Cada instituição possui objetivos 
próprios diferentes, contudo um depende do outro para 
funcionar bem. 
 
O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência 
no Serviço Social brasileiro 
 A moral social ou consciência coletiva é o conjunto de normas 
de conduta ou de valores que são compartilhados pelos 
indivíduos na sociedade. 
 A consciência coletiva não se baseia na consciência de 
indivíduos singulares ou grupos específicos, mas está 
espalhada por toda a sociedade. Ela revelaria, segundo 
Durkheim, o “tipo psíquico da sociedade”, que não seria 
apenas produto das consciências individuais, mas algo 
diferente, que se imporia aos indivíduos e perduraria pelas 
gerações (COSTA, 1997, p. 62). 
 
 
O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência 
no Serviço Social brasileiro 
 A divisão social do trabalho no organismo social de Durkheim 
distribui as tarefas, as funções e as profissões entre os 
indivíduos. Essa divisão social do trabalho causa uma 
interdependência entre os indivíduos e os organismos, 
provocando, segundo essa teoria, uma relação de cooperação 
e solidariedade entre os homens. 
 
 
O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência 
no Serviço Social brasileiro 
“Fatos sociais como coisas, isto é, objetos que, lhe sendo 
exteriores, deveriam ser medidos, observados e comparados 
independentemente do que os indivíduos envolvidos 
pensassem ou declarassem a seu respeito.” 
 (COSTA, 1997, p. 61) 
 A atuação positivista, funcionalista, permeou a atuação 
tradicional do Serviço Social conservador, esse período pode 
ser apontado desde a gênese da profissão até meados dos 
anos 1960, e tem uma ruptura com o Movimento de 
Reconceituação, após os anos 1970. 
 
 
O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência 
no Serviço Social brasileiro 
 Está voltado para uma ação de soerguimento moral da família 
operária, atuando preferencialmente com mulheres e crianças. 
Por meio de uma ação individualizadora entre as “massas 
atomizadas social e moralmente”, busca estabelecer um 
contraponto às influências anarcossindicalistas no 
proletariado urbano (IAMAMOTO, 2007, p. 19). 
 A ideologia da classe dominante transfere das relações 
sociais de produção para o preparo individual, para a 
capacidade e o mérito pessoal, o vínculo causal responsável 
pela situação de privação material em que a classe 
trabalhadora se encontra (ROSSI, 1978, p. 30). 
O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência 
no Serviço Social brasileiro 
 O termo cliente, tão enfatizado pelo Serviço Social tradicional, 
deve ser questionado por estabelecer uma relação de 
dominação/subordinação, na qual o assistente social é 
considerado o dono do saber da verdade, o agente do 
processo, como o “cliente”, é um ignorante que nada sabe, 
necessitando da ajuda profissional. Esse posicionamento 
reduz o “cliente” a um mero objeto manipulável, uma vez que 
não crê no homem como um dotado de criatividade e 
capacidade de agir (COSTA, 1992, p. 3). 
 
O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência 
no Serviço Social brasileiro 
 As ideias difundidas pelo Serviço Social na sociedade 
estavam profundamente carregadas de um conservadorismo 
positivista, com características de estaticidade, empregadas 
na noção “ordem e progresso”, inculcando consenso e 
harmonia social, primando pela manutenção da consciência 
coletiva. Essas ideias eram acompanhadas de uma atuação 
caridosa que tinha na “ajuda” o foco do exercício 
profissional. Segundo Lima (1975), o objeto do Serviço Social 
tem sido o homem desvalido, desajustado, desequilibrado, 
que não se adapta à ordem estabelecida. Trata-se de qualquer 
homem que precisa de controle e direção. 
 
O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência 
no Serviço Social brasileiro 
 Catolicismo: contrário ao comunismo. 
 Recristianização da sociedade burguesa. 
 Livres: para vender sua força de trabalho. 
 Culpabilização do indivíduo pela privação material. 
 Positivismo: funcionalismo, ordem familiar e social. 
 Humanização: pela ordem e pela manutenção da exploração. 
Interatividade 
A divisão social do trabalho no organismo social distribui 
tarefas, funções, profissões entre os indivíduos. Essa divisão 
social do trabalho causa uma interdependência entre os 
indivíduos e os organismos, provocando, segundo essa teoria, 
uma relação de cooperação e de solidariedade entre os homens. 
De quem é esse pensamento? 
a) Karl Marx. 
b) Gramsci. 
c) Confúcio. 
d) Durkheim. 
e) René Descartes. 
 
O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência 
no Serviço Social brasileiro 
 Neutralidade: assistente social não pode se envolver com os 
clientes. 
 Contradições capital x trabalho: naturalismo positivista. 
 Conservadorismo positivista: para manter a ordem e o 
progresso. 
 Atuação caridosa de ajuda para manter o controle social. 
 Prática profissional conservadora: empírica e imediatista. 
O positivismoinfluenciou o Serviço Social 
 Décadas de 1945 a 1955: influência norte-americana, pelas 
várias correntes do positivismo. 
 Décadas de 1955 a 1965: influência norte-americana, pelas 
várias correntes do desenvolvimentismo. 
Método de Mary Ellen Richmond 
 SSO caso: respeito à personalidade do cliente, enquanto ele é 
uma pessoa dotado de um destino sobrenatural, como ser 
inteligente, livre e detentor de uma alma espiritual e destinado 
a uma transcendência da ordem temporal. 
 SSO grupo: assimila os princípios gerais da caridade e da 
justiça que informam todo trabalho social católico, baseado 
totalmente na filosofia neotomista. 
 SSO comunidade: é visto como meio para desabrochar, para o 
desenvolvimento da pessoa humana, a fim de que ela possa 
atingir seu fim sobrenatural. A Igreja é vista como o modelo de 
comunidade. 
Influência de Mary Ellen Richmond 
 Análise e crítica: teoria e prática do Serviço Social – 
imediatismo e não questionamento da ordem vigente. 
 Nasceu no dia 5 de agosto de 1861. 
 Em 1897, ela tornou-se séria na defesa da criação de escolas 
profissionais para o estudo da obra de caso e começou a 
enfatizar a necessidade de uma educação formal de trabalho 
social. 
 Mary Richmond faleceu aos 67 anos, em Nova Iorque, no dia 
12 de setembro de 1928. 
 O método de trabalho que Mary utilizava era questionar o 
indivíduo, construindo categorias de personalidade, 
de meio social. 
 Em seu método de trabalho, ela utilizava três partes: 
estudo, diagnóstico e tratamento. 
A influência do conservadorismo no Serviço Social 
“Surge como um movimento contra a Revolução Francesa e visa 
a combater o individualismo, o secularismo e o igualitarismo. 
Nestes princípios, os conservadores viam não a emancipação 
individual e a libertação criativa, mas a alienação crescente e a 
insegurança, inevitáveis produtos da desarticulação dos laços 
associativos dos homens, consequência da revolução 
burguesa.” 
 (NISBET, 1981) 
A influência do conservadorismo no Serviço Social 
 Fica explícita, assim, a resistência assumida pelos românticos 
a racionalidade e a transformação. Ainda na crítica ao 
racionalismo, Nisbet (1981) ressalta o valor que os românticos 
atribuem aos elementos sagrados e irracionais. 
Argumentavam esses românticos que o homem jamais 
poderia viver exclusivamente da razão ou em relações 
meramente racionais. Consideravam ruinoso tentar fundar 
uma sociedade em valores individualistas e seculares. Para 
esses conservadores, “o homem vive e sempre deve viver 
através da prática do ritual, da cerimônia e da adoração” 
(NISBET, 1981, p. 70) e a revolução atacou perigosamente as 
bases sagradas da sociedade. Assim, os conservadores 
românticos são contra os princípios iluministas da 
racionalidade e da supervalorização do indivíduo. 
 
A influência do conservadorismo no Serviço Social 
 A partir dessa perspectiva, Fernandes (1994) analisa o projeto 
educativo de Durkheim situado dentro da ciência que o autor 
se consagra o fundador, a sociologia, entendida por ele como 
a ciência da moral. Ressalta Fernandes (1994), entretanto, que 
essa ciência, na ótica de Durkheim não se resume apenas em 
explicar a moral, mas também em criar um método para 
transmiti-la pelos educadores. Considera que: “Acima de 
tudo, precisamos fazer uma alma e esta alma, precisamos 
prepará-la desde criança” (DURKHEIM apud FERNANDES, 
1994, p. 45). 
 O educador é considerado intermediário entre o outro (a 
sociedade) e as crianças, não lhe cabendo questionar os 
valores sociais. 
 
A influência do conservadorismo no Serviço Social 
 Fica claro que para Durkheim a moral não se erige a partir de 
um indivíduo, ou de um grupo de indivíduos, mas por um 
sujeito, a sociedade; e que o homem ao qual o educador deve 
plasmar não é aquele que a natureza criou, mas aquele que a 
sociedade quer que ele seja e este é o critério da normalidade: 
é normal aquele que é como a sociedade quer que ele seja e, 
por sua vez, é moralizado aquele que é normal. 
 
 
A influência do conservadorismo no Serviço Social 
 O conservadorismo romântico situa-se no Serviço Social já 
nas suas origens, no denominado Serviço Social Tradicional, 
que tinha por matriz filosófica o neotomismo, advindo da 
tradição católica europeia, sobretudo franco-belga, do início 
do século passado, sendo um de seus principais expoentes 
Jacques Maritain. 
 Segundo Guedes (2005), Maritain, como conservador 
romântico, visava a retomar uma “sã filosofia” – o 
cristianismo – para contraditar o que o pensamento moderno, 
assentado na racionalidade iluminista, veiculava sobre a 
sociedade. Maritain critica o pensamento moderno, pois 
acredita que nestes marcos rompe-se a ligação do homem 
com a ordem superior e se distancia do cristianismo, 
rompendo com o modelo de comunhão medieval. 
Do conservadorismo à moral conservadora no Serviço 
Social brasileiro 
 De acordo com a autora, Maritain entende que o homem é 
perfectível e sobre esta base conceitua a dignidade da pessoa 
humana como sendo o exercício para a perfeição. Neste 
exercício, a pessoa humana consegue se elevar acima da 
materialidade. Este espaço (acima da materialidade), mais rico 
e elevado que se materializa em amor e conhecimento, é a 
fonte de expressão da liberdade humana, a liberdade interior e 
espiritual, a capacidade de descobrir motivos superiores e 
inserir novos atos no mundo. 
 
Do conservadorismo à moral conservadora no Serviço 
Social brasileiro 
 Esta perspectiva neotomista perdurou hegemônica no Serviço 
Social até meados da década de 1960, quando se dá início a 
um processo, denominado por Netto (apud GUEDES, 2005) de 
Movimento de Reconceituação, em que se inicia um momento 
de profundos debates e questionamentos relacionados à 
profissão. Uma das vertentes, destacada dentre a 
heterogeneidade dos debates, o autor denominou de 
perspectiva modernizadora que visava a assegurar respostas 
à realidade brasileira, em consonância com o 
desenvolvimento social, para o que se propunha a refletir, 
conforme expressão de seus agentes, sobre caráter científico 
do Serviço Social. Os agentes profissionais se punham, então, 
a refletir sobre a sua especificidade técnico-operativa e sobre 
uma suposta natureza científica de suas produções teóricas. 
 
Do conservadorismo à moral conservadora no Serviço 
Social brasileiro 
 Neste período em que o Brasil, sob os ditames da autocracia 
burguesa, tinha como paradigma político a teoria 
desenvolvimentista, o Serviço Social privilegia a atuação 
profissional junto à comunidade com vistas à “necessária 
remoção de obstáculos e solução dos problemas [da 
comunidade] para elevação das massas 
subdesenvolvidas”(GUEDES, 2005, p. 138), sua integração à 
harmônica sociedade. Esse discurso aponta a filiação do 
Serviço Social à ideologia desenvolvimentista e demonstra o 
entendimento de que é possível “elevar as massas”, 
promovendo um capitalismo harmônico e humanizado, sendo 
que este ideal de sociedade é, ainda, resquício da perspectiva 
do bem comum idealizado por Maritain, mas agora 
influenciado pelo funcionalismo. 
 
Interatividade 
Entre 1945 e 1965, a influência foi do positivismo e do 
funcionalismo. Em uma lógica desenvolvimentista, nesse 
período, qual foi a referência para o Serviço Social brasileiro? 
a) Mary Richmond – norte-americana. 
b) Iamamoto – reconceituação. 
c) José Paulo Netto – marxismo. 
d) Franco-belga. 
e) Conservadorismo cristão. 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA! 
	Slide Number 1
	TGSSO – ementa
	TGSSO – objetivo
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Sociale a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	��A emergência do Serviço Social e a matriz filosófica neotomista��
	Interatividade 
	Resposta
	A teoria positivista e sua influência no Serviço Social
	A teoria positivista e sua influência no Serviço Social
	A teoria positivista e sua influência no Serviço Social
	A teoria positivista e sua influência no Serviço Social
	A teoria positivista e sua influência no Serviço Social
	A teoria positivista e sua influência no Serviço Social
	A teoria positivista e sua influência no Serviço Social
	Interatividade
	Resposta
	O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência no Serviço Social brasileiro
	O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência no Serviço Social brasileiro
	O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência no Serviço Social brasileiro
	O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência no Serviço Social brasileiro
	O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência no Serviço Social brasileiro
	O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência no Serviço Social brasileiro
	O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência no Serviço Social brasileiro
	O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência no Serviço Social brasileiro
	Interatividade
	Resposta
	O funcionalismo de Émile Durkheim e sua influência no Serviço Social brasileiro
	O positivismo influenciou o Serviço Social
	Método de Mary Ellen Richmond
	Influência de Mary Ellen Richmond
	A influência do conservadorismo no Serviço Social
	A influência do conservadorismo no Serviço Social
	A influência do conservadorismo no Serviço Social
	A influência do conservadorismo no Serviço Social
	A influência do conservadorismo no Serviço Social
	Do conservadorismo à moral conservadora no Serviço Social brasileiro 
	Do conservadorismo à moral conservadora no Serviço Social brasileiro 
	Do conservadorismo à moral conservadora no Serviço Social brasileiro 
	Interatividade
	Resposta
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