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CAPÍTULO 2
Terminologias em CusTos
A partir da concepção do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Compreender as terminologias de custos. 
 3 Classificar os gastos em investimentos, custos, despesas e perdas. 
 3 Classificar os custos e despesas em diretos e indiretos e em variáveis e fixos. 
 3 Alocar custos e despesas aos produtos e serviços por 
meio dos diferentes métodos de custeio.
34
 Contabilidade Geral
34
35
Terminologias em CusTos
35
 Capítulo 2 
ConTexTualização
A Contabilidade de Custos surgiu da necessidade de as empresas 
avaliarem seus estoques, principalmente na área industrial. Porém, com 
o passar do tempo, percebeu-se que a Contabilidade de Custos conseguia 
atender a outras duas importantes tarefas: controle e decisão.
Nesse seu novo campo, a Contabilidade de Custos tem duas funções 
relevantes: o auxílio ao controle e às tomadas de decisões. No que diz 
respeito ao controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o 
estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, em 
um estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido 
para comparação com os valores anteriormente definidos.
No que tange à decisão, seu papel reveste-se de suma importância, 
pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que 
dizem respeito às consequências de curto e de longo prazo sobre medidas de 
introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de 
compra ou produção etc.
Portanto, a Contabilidade de Custos, nessas últimas décadas, passou 
de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante 
ferramenta de controle e decisões gerenciais.
A obtenção e a compreensão das informações sobre custos são essenciais 
para o sucesso das empresas. Em primeiro lugar, os custos determinam o 
preço de venda; se os custos forem maiores do que o preço de venda, haverá 
prejuízo. Todos os custos aplicáveis ao produto ou ao serviço precisarão ser 
considerados (incluindo fabricação, venda e outras despesas) quando formos 
determinar o preço de venda. 
A Contabilidade de Custos, qualquer que seja o sistema, necessita da 
distinção entre custos e despesas. Teoricamente, a distinção é fácil: custos 
são gastos (ou sacrifícios econômicos) relacionados com a transformação 
de ativos (exemplo: consumo de matéria-prima ou pagamento de salários); 
despesas são gastos que provocam redução do patrimônio (exemplo: 
impostos, comissões de vendas etc.). Alguns autores enfatizam que todos 
os custos incorporados aos produtos acabados, fabricados pela empresa 
industrial, são reconhecidos como despesas no momento em que os produtos 
são vendidos.
O conhecimento dos custos é vital para saber se, dado o preço, o produto 
é rentável ou, se não-rentável, se é possível reduzir os custos.
36
 Contabilidade Geral
36
Para estudarmos custo, é fundamental nos familiarizarmos com os termos 
usuais da área, ou seja, sua terminologia. A seguir, apresentamos alguns 
conceitos entendidos como fundamentais.
Terminologias em CusTos
Encontramos, em todas as áreas, uma quantidade de nomes para um 
único conceito e isso não é diferente quando falamos sobre custo e despesa. 
Entretanto, esses termos não são sinônimos. 
Quando se depara com esses termos utilizados na Contabilidade de 
Custos, normalmente o principiante se vê perdido, e o experiente, às vezes, se 
vê embaraçado. Por isso, veremos, na sequência, o que essas terminologias 
da área de custos significam.
gasTo
O gasto é uma saída de dinheiro do caixa que a entidade desembolsa 
para obtenção de um produto ou serviço qualquer. Essa saída é representada 
pela entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). É o 
ato primeiro, precede a despesa, o custo, a imobilização etc.
Esse conceito é amplo e se aplica a todas as variações monetárias 
(saídas) ocorridas na empresa, sendo aplicável, também, nas aquisições a 
prazo. Assim, temos gastos com a compra de matéria-prima, gastos com mão-
de-obra, tanto na produção como na distribuição, gastos com honorários da 
diretoria, gastos na compra de um bem imobilizado etc. (FAGUNDES, 2010).
O gasto só existe quando é efetuada a transferência para a propriedade 
da empresa do bem ou serviço. Ele se efetiva no momento em que existe o 
reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em 
pagamento (redução do saldo do caixa, do banco etc.) (FAGUNDES, 2010).
Para Wernke (2004, p. 11-12), gasto é um termo usado para 
 
Definir as transações financeiras nas quais a empresa utiliza 
recursos ou assume uma dívida, em troca da obtenção de 
algum bem ou serviço. É um conceito abrangente e pode 
englobar os demais itens. Por exemplo: um gasto poder 
ser relacionado a algum investimento (caso em que 
será contabilizado no ativo da empresa) ou a alguma 
forma de consumo (como custo ou despesa, quando será 
registrado em conta de resultado). 
O gasto é uma saída 
de dinheiro do caixa 
que a entidade 
desembolsa para 
obtenção de um 
produto ou serviço 
qualquer. 
37
Terminologias em CusTos
37
 Capítulo 2 
Nesse caso, compreendemos que os gastos generalizam um ou qualquer 
esforço que a empresa adquire e que resulta num produto ou serviço. 
Gasto é o compromisso financeiro assumido por uma empresa 
na aquisição de bens e serviços, o que sempre resultará em uma 
variação patrimonial, seja ela qualitativa no início e/ou quantitativa 
em seguida (FAGUNDES, 2010).
O gasto, por sua natureza, pode ser definido como gasto de investimento, 
quando o bem ou o serviço é utilizado em vários processos produtivos 
(imobilizado, estoques etc.), e, como gasto de consumo, quando o bem ou 
serviço são consumidos no momento mesmo da produção ou do serviço que 
a empresa realiza. Dependendo da destinação do gasto de consumo, esse 
poderá converter-se em custo ou despesa. O mesmo acontece com o gasto de 
investimento: à medida que o investimento for consumido, poderá transformar-
se em custo ou despesa, dependendo do objeto em que será aplicado 
(FAGUNDES, 2010). 
Vamos exemplificar gasto na prática. Veja: o gasto com a aquisição de 
uma máquina para a produção. Primeiramente, a máquina será ativada, sendo 
que sofrerá, gradativamente, redução em seu valor (desgaste, obsolescência 
etc.), fenômeno ao qual é dado o nome de depreciação, tornando-se, nesse 
momento, um custo de produção (FAGUNDES, 2010).
Diferenciação entre gasto e custo
 
A empresa ABA comprou 1.000 unidades de matéria-prima, 
mas utilizou apenas 800 unidades no processo de transformação 
em determinado período, sendo a diferença ativada a título de 
estoque de matéria-prima. Portanto, o gasto foi relativo a 1.000 
unidades, e o custo foi de 800 unidades.
A seguir, veremos que os gastos têm várias terminologias e que se 
classificam em: investimentos, despesas, custos e perdas.
Dependendo da 
destinação do gasto 
de consumo, esse 
poderá converter-se 
em custo ou despesa. 
O mesmo acontece 
com o gasto de 
investimento: à medida 
que o investimento for 
consumido, poderá 
transformar-se em 
custo ou despesa, 
dependendo do objeto 
em que será aplicado.
38
 Contabilidade Geral
38
a) Investimentos 
Investimento é um gasto com bens ou serviços para a empresa, ativado 
em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). 
Todos os pagamentos que a empresa efetua para a aquisição de bens 
ou serviços (gastos) que são estocados no ativo da empresa para baixa ou 
amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento 
ou de sua desvalorização, são especialmente chamados de investimentos 
(FAGUNDES, 2010).
Wernke (2004, p. 11-12) assim define investimentos:
 
Gastos que irão beneficiar a empresa em períodos 
futuros. Enquadram-se nessa categoria, por exemplo, as 
aquisições de ativos, como estoques e máquinas.Nesses 
casos, por ocasião da compra, a empresa desembolsa 
recursos, visando a um retorno futuro sob a forma de 
produtos fabricados. 
Diante do exposto, qualquer imobilizado e matéria-prima adquirida 
serão classificados contabilmente como investimentos de benefícios 
futuros, até mesmo os maquinários fabris, exceto o valor de seu desgaste 
com o passar do tempo que, nesse caso, será classificado como custos.
Os investimentos podem ser de diversas naturezas e de períodos de 
ativação variados: a matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente 
como investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma num 
investimento permanente; as ações adquiridas de outras empresas são gastos 
classificados como investimentos circulantes ou permanentes, dependendo da 
intenção que levou a sociedade à aquisição. 
b) Despesas 
As despesas são itens que reduzem o patrimônio e que têm a característica 
de representar saídas de dinheiro no processo de obtenção de receitas. 
Vejamos um caso prático para você entender melhor o conceito de 
despesa. Pense na comissão do vendedor. Temos, nesse caso, um gasto 
que se torna imediatamente uma despesa. O equipamento usado na fábrica, 
que foi gasto transformado em investimentos e, posteriormente, considerado 
parcialmente como custo, torna-se uma despesa na venda do produto feito. 
O computador da secretária do diretor financeiro, que foi transformado em 
investimento, tem uma parcela reconhecida como despesa (depreciação), sem 
transitar pelo custo (FAGUNDES, 2010).
 Os investimentos 
podem ser de 
diversas naturezas 
e de períodos de 
ativação variados: a 
matéria-prima é um 
gasto contabilizado 
temporariamente 
como investimento 
circulante; a máquina 
é um gasto que 
se transforma 
num investimento 
permanente.
39
Terminologias em CusTos
39
 Capítulo 2 
Portanto, perceba que todas as despesas são ou foram gastos e que, 
porém, alguns gastos muitas vezes não se transformam em despesas. É o 
caso de terrenos, por exemplo, que não são depreciados ou só se transformam 
em receita quando de sua venda.
Wernke (2004, p. 11-12) refere-se às despesas como 
O valor dos bens ou serviços consumidos direta ou 
indiretamente para obtenção de receitas, de forma voluntária. 
Esse conceito é utilizado para identificar os gastos não 
relacionados com a produção, ou seja, os que se 
referem às atividades não produtivas da empresa.
 
Logo, as despesas estão relacionadas com todos os gastos a partir da 
inserção dos produtos e/ou serviços no mercado.
Segundo a Resolução 750/93, do Conselho Federal de Contabilidade 
(CFC), que trata dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, são 
consideradas incorridas as despesas: 
• quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de 
sua propriedade para terceiros;
• pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
• pelo surgimento de um passivo sem correspondente ativo (CFC, 1993) . 
 
c) Custos 
 
Custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de 
outros bens ou serviços. Esse gasto só é reconhecido como custo no momento 
de utilização dos fatores de produção, para fabricação de um produto ou 
execução de um serviço.
Exemplos:
• Matéria-prima: foi um gasto na aquisição que imediatamente se tornou um 
investimento durante sua estocagem e, quando consumido, se tornou custo. 
• A energia elétrica é um gasto que, quando consumido, passa imediatamente 
para custo. 
• Salários do pessoal da produção. 
As despesas estão 
relacionadas com 
todos os gastos a 
partir da inserção dos 
produtos e/ou serviços 
no mercado.
40
 Contabilidade Geral
40
• Manutenção das máquinas e equipamentos de produção. 
• Depreciação das máquinas e equipamentos de produção. 
A regra do quê? Ou para quê? É simples: basta, para isso, 
definir o momento em que o produto está pronto para a venda. 
Até aí, todos os gastos são custos. A partir desse momento, todos 
os gastos serão tratados como despesas necessárias para a 
realização da venda. Veja a figura a seguir.
Figura 2 – Custos, despesas e vendas
Fonte: A autora.
Wernke (2004, p. 11-12) afirma que custos são 
Gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou 
de prestação de serviços. No caso industrial, são os fatores 
utilizados na produção, como matérias-primas, salários e 
encargos sociais dos operários da fábrica, depreciação 
das máquinas, dos móveis e das ferramentas utilizadas no 
processo produtivo. 
Assim, um gasto pode transformar-se de investimento em custo ou 
despesa ou diretamente custo ou despesa. 
A diferenciação entre custos e despesas é importante para a Contabilidade 
Financeira, pois os custos são incorporados aos produtos (estoques), ao 
passo que as despesas são levadas diretamente ao resultado do exercício. 
Entretanto, no enfoque gerencial, essa diferenciação não é muito relevante. 
Os contadores de custos devem dispensar a mesma atenção aos custos e 
às despesas. Se a eficiência é importante no setor de produção, deve ser 
considerada da mesma forma na área administrativa (FAGUNDES, 2010). De 
qualquer maneira, é importante que você conheça alguns conceitos descritos 
por autores que estudam a Contabilidade de Custos: 
Wernke (2004, p. 
11-12) afirma que 
custos são gastos 
efetuados no processo 
de fabricação de bens 
ou de prestação de 
serviços.
A diferenciação entre 
custos e despesas 
é importante para 
a Contabilidade 
Financeira, pois 
os custos são 
incorporados aos 
produtos (estoques), 
ao passo que as 
despesas são levadas 
diretamente ao 
resultado do exercício. 
Entretanto, no enfoque 
gerencial, essa 
diferenciação não é 
muito relevante. 
41
Terminologias em CusTos
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 Capítulo 2 
• Custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de 
outros bens ou serviços. São insumos de bens de capitais ou serviços 
efetuados para execução de determinados objetos (MARTINS, 2003).
• Custos são insumos de capitais, bens ou serviços, efetuados para 
consecução de determinados objetivos. Esses insumos assumem, 
primeiramente, uma expressão física e se traduzem, posteriormente, pela 
expressão monetária dos mesmos. Assim, melhor definindo, “custo de um 
bem ou serviço é a expressão monetária dos insumos físicos realizados 
na obtenção daquele bem ou serviço, considerando-se o total retorno dos 
capitais empregados, em termos de reposição.” (HORNGREN; FOSTER; 
DATAR, 1997, p. 46).
Você deve ter percebido que o custo está associado diretamente 
à produção de bens ou à prestação de serviços. Veja alguns exemplos 
apresentados por Fagundes (2010): 
• a matéria-prima foi um gasto na sua aquisição que imediatamente se 
tornou investimento e assim ficou durante o tempo de sua estocagem, 
sem que aparecesse custo algum associado a ela. No momento de sua 
utilização, na fabricação de um bem, surge o custo da matéria-prima como 
parte integrante do bem elaborado. Esse, por sua vez, de novo é um 
investimento, já que fica ativado até sua venda;
• a energia elétrica utilizada na fabricação de um bem qualquer é gasto (na 
hora de seu consumo) que passa imediatamente para custo, sem transitar 
pela fase de investimento;
• a máquina provocou um gasto na sua entrada, tornando-se investimento e 
parceladamente transformou-se em custo (depreciação) à medida que foi 
utilizada no processo de produção de utilidades. 
Na teoria, parece fácil conceituar a variável custos. Entretanto, a grande 
questão é: onde terminam os custos de produção? E qual a diferença entre 
custos e despesas?
42
 Contabilidade Geral
42
Para melhor entender essa diferença entre despesas e custos, observe a 
figura 3.
 
Figura 3 – Variável custos
Fonte: Horngren, Foster e Datar (1997, p. 49).
Para diferenciar custos de despesas, é imprescindível compreender 
que, primeiramente, a entidade realiza o gasto (aumento de obrigações e/
ou diminuição do ativo). Esse gasto podeser um investimento (aquisição 
de bens imobilizados, compra de matéria-prima etc.) ou ser um consumo 
direto (Ex.: pagamento de energia elétrica). Quanto ao investimento, esse 
se transforma em despesa em decorrência de sua utilização (depreciação, 
custo do produto fabricado etc.); após, passa a ser classificado como 
um custo e, quando levado para a apuração do resultado, (segundo os 
Princípios Fundamentais da Contabilidade, a despesa existe em função da 
receita), transforma-se numa despesa. Já o gasto consumido imediatamente 
classifica-se, inicialmente, como despesa, sendo que essas despesas 
poderão ser relacionadas diretamente com o resultado do exercício, se não 
participarem do ciclo produtivo. Todavia, se identificadas como atividade de 
produção, serão consideradas custo e posteriormente despesas, na fase 
de apuração do resultado (FAGUNDES, 2010).
Além disso, devemos considerar, por exemplo, gastos com distribuição 
como despesas. Porém, o entendimento pode ser diferente, uma vez que 
os gastos com distribuição são identificáveis como um objeto de custeio 
(distribuição) podendo, portanto, ser considerados custos de distribuição. 
O mesmo argumento pode ser utilizado para gastos com comercialização, 
propaganda etc. 
 
43
Terminologias em CusTos
43
 Capítulo 2 
Separação entre custos e despesas: 
Custos: são os gastos relacionados à produção, como matéria-
prima, energia elétrica da fábrica, aluguel da fábrica, mão-de-obra 
destinada à produção etc. Em empresas não-industriais, são os 
gastos efetuados com mercadorias compradas para revenda ou 
serviços prestados. 
Despesas: são gastos de administração, vendas, financiamento 
etc. não diretamente relacionados à atividade produtiva. Assim, o 
aluguel dos escritórios da empresa, ao contrário do aluguel da 
fábrica, é despesa. Os salários dos administradores e funcionários 
do escritório da empresa são despesas, assim como a energia 
elétrica do escritório, materiais de escritório etc.
d) Perdas
 
A perda pode ser um bem ou serviço consumidos de forma anormal e 
involuntária. A perda não se trata de despesa ou custo. Não é despesa, 
porque não se destina à obtenção de receita, e não é custo, porque não entra 
no processo de produção. A perda é contabilizada diretamente à conta de 
resultado. Exemplos: sinistros, estoques obsoletos etc.
É importante, também, diferenciarmos perdas normais e anormais.
Todo processo produtivo pode gerar restos decorrentes da atividade 
desenvolvida (previsionais), os quais são considerados normais à atividade. 
Devem, portanto, englobar o custo do produto fabricado; quando fazemos, por 
exemplo, um processo de corte ou recorte em uma peça, normalmente temos 
sobras. Essas sobras são perdas normais, pois já estão previstas.
Já as perdas anormais são aquelas provenientes de erros de produção, 
incêndios, obsolescência, erros humanos etc.. São consideradas perdas do 
período, contabilizadas como tal, incidindo diretamente sobre o resultado 
do exercício, não sendo ativadas (não compõem os custos dos produtos; 
simplesmente reduzem o resultado do período).
Dessa forma, podemos entender que perda é um bem ou serviço 
consumido de forma anormal e involuntária. Não se confunde com a 
A perda pode ser 
um bem ou serviço 
consumidos de forma 
anormal e involuntária. 
A perda não se trata de 
despesa ou custo. Não 
é despesa, porque não 
se destina à obtenção 
de receita, e não é 
custo, porque não 
entra no processo de 
produção. 
44
 Contabilidade Geral
44
despesa, muito menos com o custo. Exatamente pela sua característica de 
anormalidade, não é um sacrifício feito com intenção de obtenção de receita. 
Veja alguns exemplos sugeridos por Martins (2003): 
• O gasto de mão-de-obra, durante um período de greve, é uma perda, não 
um custo de produção.
• O material deteriorado por um defeito anormal e raro de um equipamento 
provoca uma perda, e não um custo. Aliás, não haveria mesmo lógica em 
se apropriar como custos essas anormalidades e, portanto, acabar por 
ativar um valor dessa natureza.
• Materiais ou produtos em estoques que devem ser baixados por 
obsolescência, ou seja, por desuso. 
Para uma melhor caracterização dessas terminologias relacionadas à 
área de custos, veja o quadro 5.
Quadro 5 – Terminologias de custo
Fonte – A autora.
TERMINO-
LOGIA
SIGNIFICADO EXEMPLO
Gasto
Sacrifício econômico para aquisição de bens e 
serviços
Aquisição de bens e serviços
Investimento
Gasto com bem ou serviço, ativado ou não, 
em função de sua vida útil e da sua destinação
Aquisição de uma máquina, 
reforma do prédio
Custo
Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na 
produção de outros bens e serviços, relaciona-
dos com a atividade de produção
Matéria-prima, salário dos fun-
cionários da área de produção
Despesa
Gasto com bens e serviços que não estejam 
relacionados diretamente com a produção, 
realizados não necessariamente para a obten-
ção de receitas
Salários dos funcionários 
ligados à administração
 Perda
Gasto não intencional decorrente de fatores 
externos ou fortuitos relacionados com a 
administração da universidade
Material em desuso ou dete-
riorado no estoque
45
Terminologias em CusTos
45
 Capítulo 2 
Atividade de Estudos: 
1) Assinale com um X a classificação correta de cada fato: custo, 
despesa, investimento ou perda: 
 
2) Classifique os gastos a seguir em custo ou despesa, encontrando 
o valor monetário total de cada categoria:
Fato Gasto Custo Despesa Investimento Perda
Pagamento da fatura do 
anúncio colocada no jornal 
desse fim de semana 
Manutenção do prédio da 
empresa
Compra de matéria-prima 
Transferência da matéria-
prima do almoxarifado 
para a fábrica para iniciar 
a produção 
Apuração dos cartões de 
ponto dos empregados da 
fábrica 
Apuração dos cartões 
de ponto do pessoal do 
escritório 
Energia elétrica da fábrica 
consumida esse mês 
“Perda” normal de matéria-
prima no processo de 
fabricação 
Deterioração de matéria-
prima em razão de greve 
dos operários 
Obsoletismo de estoques 
de materiais
Salário do porteiro da 
fábrica 
46
 Contabilidade Geral
46
 
• Total dos custos de produção:____________________
• Total das despesas: ____________________________
Agora que você já conhece as terminologias utilizadas na área de 
custos, ficará mais fácil entender a classificação dos custos. Veremos isto na 
sequência. 
 
ClassifiCação de CusTos 
Os gerentes contam com os contadores gerenciais para receber 
informações de custos úteis à tomada de decisões. Mas, afinal, o que é custo? 
Custo é um desembolso de caixa, ou seu equivalente, ou o compromisso 
de pagar em espécie no futuro, com o propósito de gerar receitas. A seguir, 
perceberemos que os custos são classificados em: custos diretos e indiretos, 
custos fixos e variáveis. Além disso, entenderemos, também, a separação 
entre custos e despesas.
a) Custos diretos e custos indiretos
 
São custos diretos aqueles relacionados diretamente com a produção 
do produto (bem ou serviço), a partir dos quais podemos ter uma medida fiel 
do gasto realizado. Por exemplo, a quantidade de matéria-prima utilizada na 
produção de um bem é algo mensurável. Podemos determinar o custo da 
matéria-prima utilizada na produção, mesmo que tenhamos vários produtos 
(MARTINS, 2003).
Gastos Custo ou Despesa Valor R$
Salário do pessoal da fábrica 120.000,00
Comissão dos vendedores 60.000,00
Matéria-prima consumida 270.000,00
Salários do pessoal administração 80.000,00
Honorários da diretoria administração 40.000,00
Depreciação das máquinas 30.000,00
Seguro da fábrica 10.000,00
Materiais diversos 20.000,00
Manutenção das máquinas da produção 30.000,00
Despesas de vendas 20.000,00
Material de expediente 10.000,00
Custo é um 
desembolso de caixa, 
ou seu equivalente, 
ou o compromisso de 
pagar em espécie no 
futuro, com o propósito 
de gerar receitas. 
47
Terminologias em CusTos
47Capítulo 2 
Alguns exemplos de custos diretos são: embalagens, materiais de 
consumo, mão-de-obra etc. 
Quanto aos custos indiretos, não podemos determinar com precisão 
sobre cada produto. Por isso, ele é rateado ou alocado com base em algum 
critério. Por exemplo, não sabemos quanto de energia elétrica cada produto 
consome ao ser produzido. A energia elétrica da fábrica pode, então, ser 
rateada pelos produtos fabricados com base nas quantidades produzidas 
ou em outro critério, como número de horas de mão-de-obra, por exemplo 
(MARTINS, 2003).
São exemplos de custos indiretos: energia elétrica da fábrica, água 
consumida na fábrica, lubrificantes das máquinas, salários dos supervisores 
ou gerentes da fábrica etc.
Horngren, Foster e Datar (1997, p. 53) assim conceituam custos diretos e 
custos indiretos:
• Custos diretos de um objeto de custo são os custos que estão 
relacionados a um determinado objeto de custo e que podem 
ser identificados com este de maneira economicamente 
viável (custo efetivo).
• Custos indiretos de um objeto de custo são os custos que 
estão relacionados a um determinado objeto de custo, 
mas não podem ser identificados com este de maneira 
economicamente viável (custo efetivo). Os custos 
indiretos são alocados ao objeto de custo através de um 
método de alocação e custo denominado rateio. 
 
Logo, os custos diretos têm fácil identificação ao produto no processo 
produtivo, e os indiretos são de difícil alocação, por não estarem diretamente 
relacionados ao produto, necessitando de um critério de rateio para apropriá-
los ao produto. 
b) Custos fixos e custos variáveis
 
Você já sabe que os custos são os gastos consumidos para produzir 
qualquer produto ou serviço. Agora, você precisa saber diferenciar os custos 
fixos dos custos variáveis. Perceba a diferenciação entre custo fixo e variável 
no conceito de Horngren, Foster e Datar (1997, p. 56): 
 
Os custos diretos têm 
fácil identificação ao 
produto no processo 
produtivo, e os 
indiretos são de difícil 
alocação, por não 
estarem diretamente 
relacionados ao 
produto, necessitando 
de um critério de rateio 
para apropriá-los ao 
produto. 
48
 Contabilidade Geral
48
Um custo variável é um custo que se altera em montante 
em proporção às alterações num direcionador de custo. 
Um custo fixo é um custo que não se altera em montante 
apesar de alterações num direcionador de custos. 
Um direcionador de custos, também chamado de 
determinante de custo, é qualquer fator que afeta 
os custos totais. Isto significa dizer que uma mudança no 
direcionador de custo implicará uma alteração dos custos 
totais de um objeto de custo. 
 Portanto, podemos dizer que: 
• Custos fixos: são os custos incorridos para fabricar o produto (bem ou 
serviço) que não têm relação com a quantidade produzida, ou seja, seu 
valor não varia, mesmo que sejam produzidos mais ou menos bens ou 
serviços. Ex.: aluguel da fábrica, manutenção, limpeza da fábrica etc. 
(MARTINS, 2003).
• Custos variáveis: são custos que variam conforme a produção. Maior 
quantidade produzida implica maiores custos, assim como uma menor 
quantidade produzida implica redução dos custos. Ex.: matéria-prima, 
mão-de-obra, energia elétrica da fábrica etc. (MARTINS, 2003).
Atividade de Estudos: 
1) Com base nos dados a seguir, classifique os gastos em 
despesas ou custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis).
Gastos do período Classificação
Materiais diretos Custo direto variável
Materiais de escritório 
Mão-de-obra direta 
Mão-de-obra indireta 
Salários administrativos 
Depreciação – prédio da fábrica 
Depreciação – prédio escritório 
Depreciação – máquinas 
Aluguel – escritório 
Combustível – vendas 
Aluguel – fábrica 
Energia – escritório 
Energia – fábrica 
49
Terminologias em CusTos
49
 Capítulo 2 
Veremos, agora, que existe uma separação entre os custos e as 
despesas, que cada um tem uma função diferente a ser observada dentro 
da área de custos.
separação enTre CusTo e despesa 
Diz-se, teoricamente, que a separação entre custo e despesa é fácil: 
os gastos relativos ao processo de produção são custos, e os relativos à 
administração, às vendas e aos financiamentos são despesas (MARTINS, 
2003).
Entretanto, na prática, uma série de questões surge pelo fato de não 
ser possível a separação de forma clara e objetiva. É comum, por exemplo, 
encontrarmos as despesas com a administração, sem a separação da 
que realmente pertence à produção; surge, daí, a prática de ratear o 
gasto geral da administração, parte para despesa e parte para custo. Esse 
rateio é sempre arbitrário pela dificuldade prática de uma divisão científica. 
Normalmente, a divisão é feita de acordo com a proporcionalidade entre o 
número de pessoas na fábrica e fora dela ou com base nos demais gastos ou, 
simplesmente, em porcentagens fixadas pela diretoria.
Outros exemplos mais específicos são: gasto com o Departamento 
de Recursos Humanos ou Pessoal: por haver comumente um único 
departamento que cuida tanto do pessoal da fábrica como do pessoal da 
administração, é feita a divisão de seu gasto total em custo e despesa; o 
Departamento de Contabilidade, que engloba a Contabilidade Financeira 
e a de Custos, e, por essa razão, tem, às vezes, seu gasto total de 
funcionamento dividido parte para despesa (Contabilidade Financeira) e 
parte para Custo (Contabilidade de Custos).
Os mesmos problemas existem para outros setores, tais como 
Departamento de Compras, que efetua aquisições tanto para a área de produção 
quanto para a administração, vendas etc.; Almoxarifado e Manutenção, que 
prestam serviços à produção e também ao resto da empresa etc.
Água – fábrica 
Correio e telefone 
Custos gerais 
Manutenção máquinas 
Manutenção móveis escritório 
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 Contabilidade Geral
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Como tentativa de solução ou pelo menos de simplificação, Martins (2003) 
propõe algumas regras básicas:
a) Valores pequenos dentro dos gastos totais da empresa não devem ser 
rateados.
Se, por exemplo, o gasto com despesas de telefone for de 0,3% dos 
gastos totais, deve ser tratado como despesa integralmente, sem rateio para 
a fábrica.
b) Valores relevantes, porém que se repetem a cada período e que, em 
uma eventual divisão, teriam sua parte maior considerada como despesa, 
não devem, também, ser rateados, tomando-se despesa por seu 
montante integral.
Por exemplo, a administração é centralizada, incluindo a da produção, que 
representa 67% dos gastos totais da empresa. Em uma eventual distribuição, 
2/3 desses gastos ficariam como despesas. Logo, o melhor critério é tratá-los 
totalmente como despesa.
c) Valores cujo rateio é extremamente arbitrário devem ser evitados para 
apropriação aos custos.
A apropriação dos honorários da diretoria, por exemplo, só seria 
relativamente adequada se houvesse um cronograma do tempo e esforço 
que cada diretor tivesse ao processo de administração e vendas e ao de 
produção. Como isso é praticamente impossível e já que é extremamente 
arbitrário qualquer critério de rateio (porcentagem prefixada, proporcionalidade 
com a folha de pagamento etc.), o mais indicado é seu tratamento como 
despesa no período em que foram incorridos.
Portanto, perceba que só devem ser rateados e ter uma parte atribuída 
aos custos de produção e outra parte às despesas do período os valores 
relevantes que visivelmente podem ser identificados. 
Para você entender melhor essa questão de custo direto e de custo 
indireto e a separação entre custos e despesas, trazemos um exemplo 
apresentado por Martins (2003): separaremos os custos e as despesas 
de uma empresa, apropriando os custos diretos e os indiretos por produto. 
Também calcularemos o custo unitário de cada produto (utilizando, para os 
custos indiretos, o critério de rateio da matéria-primautilizada), supondo-se 
1.000 unidades de cada produto. 
51
Terminologias em CusTos
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 Capítulo 2 
1. Comissões sobre vendas – R$ 10.000,00 
2. Matéria-prima – Produto A (R$ 50.000,00 ); Produto B (R$ 150.000,00); 
Produto C (R$ 100.000,00 ) = R$300.000,00 
3. Mão-de-obra na fábrica: 
 Produto A (1000 horas x R$ 5,00/hora)
 Produto B (2500 horas x R$ 10,00/hora)
 Produto C (2000 horas x R$ 10,00 hora) 
4. Salários da administração – R$ 60.000,00 
5. Energia elétrica (fábrica) – R$ 15.000,00 
6. Material de escritório – R$ 5.000,00 
7. Despesas financeiras – R$ 4.000,00 
8. Embalagem – R$ 1.000,00 
9. Manutenção na fábrica – R$ 2.000,00 
10. Energia elétrica (administração) – R$ 10.000,00 
1º Passo
Separar custos e despesas:
Custos – 2, 3, 5, 8 e 9
Despesas – 1, 4, 6, 7 e 10 
2º Passo
Separar custos diretos e indiretos:
Custos diretos – 2 e 3
Custos indiretos – 5, 8 e 9 
3º Passo
Apropriar os custos diretos aos produtos (matéria-prima e mão-de-obra):
 Matéria-Prima R$ 300.000,00 (total) 
 Produto A R$ 50.000,00
 Produto B R$ 150.000,00
 Produto C R$ 100.000,00
 
Mão-de-obra – (R$ 5.000,00 + R$ 25.000,00 + R$ 20.000,00) = R$ 50.000,00
Produto A – R$ 5.000,00 (1000 horas x 5,00 / hora)
Produto B – R$ 25.000,00 (2500 horas x 10,00 / hora)
Produto C – R$ 20.000,00 (2000 horas x 10,00 / hora)
52
 Contabilidade Geral
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Total de custos diretos por produtos, matéria-prima + mão-de-obra = 
R$ 300.000,00 + R$ 50.000,00
Produto A = R$ 50.000,00 + R$ 5.000,00 = R$ 55.000,00
Produto B = R$ 150.000,00 + R$ 25.000,00 = R$ 175.000,00
Produto C = R$ 100.000,00 + R$ 20.000,00 = R$ 120.000,00
Total de custos diretos = R$ 350.000,00
4º Passo
Apropriar os custos indiretos aos produtos.
Critério de rateio – matéria-prima consumida
Custos indiretos – energia elétrica (fábrica), embalagem e 
manutenção na fábrica – R$ 15.000,00 + R$ 1.000,00- + R$ 2.000,00 = R$ 
18.000,00.
Rateio dos custos indiretos
 
Custo dos produtos (total) – R$ 368.000,00
Custo unitário de cada produto (1000 unidades de cada)
Produto A – R$ 58,00
Produto B – R$ 184,00
Produto C – R$ 126,00
Esperamos que, após esse exemplo, você tenha entendido a classificação 
dos custos diretos e dos custos indiretos e a separação com as despesas. Que 
tal, agora, testar, na prática, o que você estudou até aqui?
Produto Matéria-Prima % Custos indiretos Custos diretos Total
A R$ 50.000,00 16,66 R$ 3.000,00 R$ 55.000,00 R$ 58.000,00
B R$ 150.000,00 50,00 R$ 9.000,00 R$ 175.000,00 R$ 184.000,00
C R$ 100.000,00 33,33 R$ 6.000,00 R$ 120.000,00 R$ 126.000,00
Total R$ 300.000,00 99,99 R$ 18.000,00 R$ 350.000,00 R$ 368.000,00
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Terminologias em CusTos
53
 Capítulo 2 
Atividade de Estudos: 
A empresa Sulbrasil está com dificuldades em classificar as 
despesas, os custos diretos e os custos indiretos. Sabemos que 
o total dos custos indiretos será igual ao total das despesas. As 
despesas e os custos a serem classificados são: 
 
 
algumas Considerações
 
Apresentamos, neste capítulo, as várias terminologias utilizadas e os 
conceitos que norteiam o ferramental técnico à disposição da Contabilidade 
de Custos. É possível, até, que tenhamos dificuldades na aplicação prática de 
alguns conceitos, mas é importante o seu conhecimentos, quando temos que 
fazer uma análise dos custos para a tomada de decisão.
Nosso objetivo foi que você compreendesse as terminologias e a 
classificações dos gastos, dos custos, das despesas e das perdas, bem 
como entendesse como é feita a alocação custos e despesas aos produtos 
e serviços por meio dos diferentes métodos de custeio. Esperamos que 
você tenha percebido que o entendimento dos custos é vital para saber 
se, dado o preço, o produto é rentável ou, se não-rentável, se é possível 
reduzir os custos.
Gastos Valores Despesas Custos Diretos
Custos
Indiretos
Matéria-prima consumida 40.000,00 
Energia elétrica 20.000,00 
Depreciação das máquinas 
utilizadas pela fábrica
15.000,00 
Honorário da diretoria 30.000,00 
Seguros da fábrica 10.000,00 
Mão-de-obra na produção 25.000,00 
Salários da administração 15.000,00 
TOTAL 
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 Contabilidade Geral
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Nosso próximo capítulo tratará dos métodos de custeio. Você 
compreenderá qual o sistema de custeio que as empresas poderão adotar e 
que isso depende da atividade que a mesma exerce.
referênCias 
CFC. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC n. 750/93 - 
Princípios Fundamentais de Contabilidade. Dispõe sobre os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade. Brasília, 29 dez. 1993. Disponível em: 
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/res750.htm>. Acesso em: 10 
out. 2010.
FAGUNDES, Jair Antônio. A Ciência Contábil e a Contabilidade de Custos. 
Disponível em: <http://www.portaladm.adm.br/ANC/anc17.htm>. Acesso em: 
14 out. 2010.
HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George; DATAR, Srikant M. 
Contabilidade de custos. 9. ed. Rio de Janeiro, 1997. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
WERNKE, Rodney. Gestão de custos: uma abordagem prática. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2004.

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