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Vantagens da Diagnose Foliar em Frutíferas

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EXERCÍCIO – AULA 1
DISCIPLINA: TÓPICOS EM FITOTECNIA I
DOCENTE: WILLIAM NATALE 
DISCENTE: RAFAEL SANTIAGO DA COSTA
Questão 1. Discorra em uma página qual (is) vantagem (ns) de utilizar a diagnose foliar para plantas frutíferas. 
Como sabemos, a diagnose foliar consiste na avaliação do estado nutricional da planta através de amostras de tecido vegetal, geralmente folhas, que são coletadas em dado período de desenvolvimento e esta amostra é comparada com seu padrão preestabelecido (planta/pomar que recebeu os nutrientes em proporções adequadas) para que se possa ser feito um balanço nutricional correto da cultura e assim obter melhor retorno na produção.
As principais vantagens de utilizar a diagnose foliar para frutíferas são:
1. A análise foliar apresenta os resultados reais da quantidade de nutrientes presentes no tecido vegetal, favorecendo um diagnóstico mais preciso em relação a nutrição da planta, uma vez que por serem perenes, outros fatores (podas, ciclagem de nutrientes e etc.) podem “mascarar” uma necessidade nutricional, o que passaria despercebido na diagnose visual; 
2. Plantas perenes apresentam ciclos de vida mais longos e isso permite que a análise foliar auxilie nas tomadas de decisões para que tenha-se um balanço nutricional adequado, de forma a aumentar o potencial produtivo do pomar e consequentemente o retorno financeiro;
3. A diagnose foliar permite predizer como está o balanço nutricional das frutíferas, diferentemente da análise do solo, pois o sistema radicular das plantas perenes é muito profundo e a maioria das análises de solo se limitam as camadas de 0-20 cm, ficando difícil de prever o quanto a planta vai obter de nutriente e água das camadas mais profundas. Nesse sentido, o uso conjunto da análise foliar e a do solo podem proporcionar melhores resultados em comparação com as análises isoladas (solo e foliar). 
Questão 2. Quais as diferenças fundamentais entre culturas anuais e frutíferas perenes que indicam que nestas últimas a diagnose foliar é mais efetiva? 
As culturas anuais apresentam respostas distintas das culturas perenes, no que diz respeito a diagnose foliar. A primeira diferença deve-se ao tempo do ciclo das culturas, pois as anuais apresentam ciclo curto, dificultando o uso da diagnose foliar para o ajuste do balanço nutricional, uma vez que a época ideal para a amostragem das folhas da maioria das culturas anuais é no florescimento, e nessa idade a predisposição da cultura já está estabelecida e não tem como corrigir seu potencial produtivo. Enquanto que as frutíferas apresentam ciclos de vida mais longos, o que permite que a análise foliar auxilie nas tomadas de decisões para o adequado balanço nutricional e melhor desempenho produtivo.
O sistema radicular das frutíferas explora um grande volume de solo e alcança camadas muito profundas, enquanto que nas anuais, a maior parte do sistema radicular encontra-se nas camadas de 0-30 cm do solo. Como a maioria das análises de solo restringem-se às camadas de 0-20 cm, para as frutíferas, a diagnose foliar associada com a análise de solo conseguiria fornecer, com maior exatidão, o estado nutricional do pomar.
As frutíferas, diferentemente das anuais, apresentam grande acúmulo de massa seca, constituindo-se de um imenso reservatório de nutrientes, o que favorece sua ciclagem e por esse motivo, a planta não demonstra de imediato as carências nutricionais do meio ao qual está inserida. Outro fator que mascara a exteriorização do estado nutricional das frutíferas são podas, mesmo sendo imprescindíveis para as culturas perenes, afim de melhorar a aeração e potencializar o uso da luz solar, esse manejo prejudica a exteriorização de sintomas de carência nutricional. Por todos esses motivos, fica claro que a diagnose foliar é mais efetiva nas frutíferas do que nas culturas anuais.
Questão 3. Quais as informações necessárias para empregar a análise foliar em frutíferas? 
De forma geral, deve-se ter informações sobre a fisiologia da cultura que está sendo feita a análise foliar, para que a partir dessas informações seja possível saber: quando, como, quanto e onde devem ser feitas as coletas do órgão vegetativo que será enviado para a análise. Além disso, é crucial também ter as informações sobre a demanda de nutrientes de determinada cultura, a quantidade de nutrientes exportados com a colheita dos frutos, bem como ter um padrão preestabelecido (planta/pomar que recebeu os nutrientes em proporções adequadas) para que se possa fazer uma comparação das análises e ver qual (is) nutrientes exigem atenção e quanto de adubo deve ser aplicado para atender essas exigências. 
REFERÊNCIAS
NATALE, W.; ROZANE, D. E. Análise de solo, folhas e adubação de frutíferas. Registro – São Paulo: Unesp, 2018. p. 38-68.

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