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MANDADO-SEGURANÇA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA FEDERAL DA JUSTIÇA FEDERAL DE PORTO ALEGRE
MANDADO DE SEGURANÇA
SILVA E SILVA LTDA. Pessoa jurídica de direito privado, CNPJ Nº 25.987.456.0001-12, com sede na Av. Caiaqui, nº 2020, em Porto Alegre/RS, neste ato representado por seu Sócio Administrador Zenilde Aparecida, brasileira, casada, empresária, CPF 000.000.000-00, RG 0101010101, residente e domiciliada na Avenida Antônio Fagundes, nº 2021, Porto Alegre/RS, vem, perante Vossa Excelência, através de sua advogada que esta subscreve, com fundamento nos artigos 1 º, inciso III; art. 5º, inciso LXIX; art. 6º, “caput”, e art. 196 e seguintes, todos da CF, impetrar 
Mandado de Segurança 
em face do Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Sr. Roberto Kikiki, que pode ser encontrado na sede do Ministério do Trabalho, localizada na Avenida Pinheiros, nº 10, nesta capital, consubstanciado nos fundamentos fáticos e jurídicos ainda expostos: 
1. DOS FATOS
	A empresa Impetrante depositou FGTS de seus empregados, não optantes pelo fundo de garantia, após a CF /1988, até suas rescisões contratuais.
	
	Passado o período prescricional para o saque dos empregados, sendo os depósitos de prioridade do Impetrante, esta requereu junto à Autoridade coatora a devolução dos valores referentes ao FGTS que lhe pertence, na forma estipulada pela Portaria 366/2002. O Superintendente deferiu a devolução dos depósitos do FGTS, referentes aos empregados da empresa, cuja rescisão do contrato de trabalho foi representada pela empresa ora Impetrante.
	Entretanto, a devolução dos depósitos do FGTS dos empregados foi indeferida. O Impetrante, com base no art. 5º, §§3 e 4 da Portaria 366/2002, do Ministério do Trabalho, requereu a devolução desses depósitos. 
	A Autoridade Coatora manteve o deferimento da devolução de valores com a seguinte justificativa: 
	“(…) Desta forma, o princípio da prevalência do bem comum, aliado ao princípio de proteção do empregado trabalham em conjunto na situação em apreço para que se negue o pedido efetuado pela Autuada. O caminho que lhe resta é a tutela judicial da matéria, uma vez que judicialmente outras provas podem ser avaliadas e consideradas, diferentemente do âmbito administrativo, que, repete-se, é vinculado em seus atos (…)”. 
	Ocorre que, o indeferimento fere o direito líquido e certo do Impetrante, razão pela qual se interpõe o presente mandado de segurança.
2. DA AUTORIDADE COATORA
	A Autoridade Coatora, ora Impetrada, é o Superintendente da Receita Federal, por ser o responsável pelo indeferimento do postulado pelo Impetrante.
	Assim, o Impetrante necessitando levantar os valores depositados nas contas de FGTS, cuja liberação depende do deferimento do Impetrado, requereu-o à Autoridade Impetrada, não logrando êxito. 
	Então, é dever da Autoridade Coatora deferir a liberação dos valores e empresa Impetrante, em caráter de urgência, pois não é o caso de produzir provas, como pretende o Impetrante em razão do direito líquido e certo. 
3. DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO
	A pretensão do Impetrado é de que o Impetrante ajuíze Ação de Conhecimento e produza prova de que a empresa Impetrante levante os depósitos do FGTS que foram feitos nas contas dos trabalhadores logo após a promulgação da CF/1988. 
	Acontece Eminente Magistrado, que a pretensão do Impetrante é líquida e certa, e o direito líquido e certo da Impetrante decorre do consubstanciado no art. 5º, §§ 3º e 4º, da Portaria 366/2002, que estabelece categoricamente que, apresentando os funcionários não optantes pelo FGTS, pode o mesmo ser sacado pela empresa. 
	Desta forma, a Autoridade Coatora ora Impetrada desobedece os dispositivos legais referidos acima, negando o direito líquido e certo da empresa Impetrante. 
	O direito postulado pela Impetrante existe a partir do próprio Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Portaria 366/2002, que aprovou normas de autorização do saque do FGTS de contas individuais por empregados na condição de optantes, conforme estes tiveram prescritos seus direitos ao saque dos valores. 
	Assim, uma vez que, muitos trabalhadores da empresa Impetrante, não optantes do regime anterior, tiveram seus contratos de trabalho extintos, nas hipóteses de que houve indenização a ser paga, ou decorrido o prazo prescricional para reclamação de direitos por parte do empregado, os remanescentes no FGTS que foram depositados pela empresa Impetrante, razão pela qual os mesmos a pertence. 
	Portanto, é direito líquido e certo da empresa Impetrante.
4. DOS PEDIDOS
	Ex. Positis, é a presente para requerer a V. Exa. que se digne: 
	a) A notificação do Impetrado por meio de oficial de justiça em razão da ciência para prestar as devidas informações no prazo legal; 
	b) Dar vista aos autos ao Ministério Público; 
	c) Conceder, em sentença, a segurança ora perseguida ao Impetrante, determinando que o mesmo tenha o direito de levantar os saldos do FGTS de contas dos empregados optantes, na forma prevista na Portaria 366/2002;
d) Condenar o Impetrado ao pagamento de ônus sucumbenciais.
	Nestes termos, pede deferimento. 
	Porto Alegre, 19 de junho de 2020. 
	 NOME (ADVOGADO) 
		OAB/RS nº. XX.XXX

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