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6 - Ação de Consignação em Pagamento

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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Livro Eletrônico
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Ação de Consignação em Pagamento
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Ação de Consignação em Pagamento ..................................................................................................................4
1. Ação de Consignação em Pagamento no Processo do Trabalho: Como Fazer? O 
Passo a Passo ....................................................................................................................................................................4
2. Ação de Consignação em Pagamento: a OAB já Cobrou? Quais Dicas mais 
Interessantes das Provas Passadas? ..................................................................................................................7
3. Resolução de Uma das Provas Passadas da OAB da Peça Consignação em 
Pagamento ........................................................................................................................................................................ 10
4. Ação de Consignação em Pagamento: Questão Inédita e Resolução ........................................12
5. Resolução das Questões Subjetivas do Exame XXVI (2018) ..........................................................14
6. Direito Material: Garantias Provisórias no Emprego ..........................................................................16
7. Legislação do CPC a Ser Revisada .................................................................................................................23
8. Revisão Geral de Princípios do Direito do Trabalho para Embasamento da Peça 
Processual e Questões Subjetivas ..................................................................................................................... 24
9. Noções sobre o Trabalho da Mulher no Brasil para Fins de Provas ..........................................27
10. Noções Gerais de Remuneração para Fins de Provas .......................................................................31
Resumo ...............................................................................................................................................................................37
Mapas Mentais ...............................................................................................................................................................38
Referências .......................................................................................................................................................................40
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WILLIAN PEREIRA MACHADO - 00126305196, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Ação de Consignação em Pagamento
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
ApresentAção
Olá, futuro (a) Advogado (a)!
Tudo bem contigo? Estudando firme e forte?
Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente sou Juíza do Tra-
balho no TRT 7a Região, doutoranda em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto 
em Portugal, professora de preparatórios e faculdades aqui no Ceará, “a Terra do Sol”, e faço 
parte do Time do GRAN CURSOS.
Registro que estou muito feliz em estar aqui escrevendo esse livro digital para você atingir 
o sucesso na carreira que sonha.
O mais importante da minha apresentação é para te dizer que eu entendo sua dor e pres-
sa. Também entendo que você quer o máximo de informações de forma objetiva e clara, sem 
rodeios e que quer gabaritar a prova, bem como entender as nuances da legislação. Veio ao 
lugar certo. Isso porque a maioria não tem muito tempo para estudar, seja porque trabalha, faz 
estágio, tem aulas na faculdade, aquela preocupação com o TCC etc.
Eu te parabenizo por estar lendo este material. Então, você já está com 50% da vitória. 
Vamos nos dedicar mais um pouco com a leitura dos nossos materiais, pois vai dar certo se 
houver compromisso e empenho.
Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você 
surpreenda a Banca examinadora e não o contrário.
Nesse ponto, esse material vai te ajudar a chegar ao êxito final e já estou feliz e motivada 
em elaborar isso para você.
Não é possível ir para as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material obri-
gatório! Então, pegue sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o marca-tex-
to, a caneta e se programe para ler tudo que preparei para você e ficar ligado no curso GRAN.
Por gentileza, se você curtiu essa aula, dê um feedback positivo lá no Fórum do Aluno. Se 
tiver críticas construtivas, também use o fórum para melhorarmos o material, ok?
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
@juizamariarafaela
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Ação de Consignação em Pagamento
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
1. Ação de ConsignAção em pAgAmento no proCesso do trAbAlho: Como 
FAzer? o pAsso A pAsso
Trata-se de ação de procedimento especial, prevista no CPC, mas aplicada subsidiariamen-
te no processo do trabalho. O CPC dispõe dessa ação nos artigos 890 a 900 do CPC.
O Edital da OAB faz expressa referência a esta peça, sendo cabível ao processo do traba-
lho, por força do artigo 769 da CLT, ou seja, aplicação subsidiária no processo do trabalho, que 
autoriza utilizar do processo comum quando for omissa a CLT e não houver incompatibilidade.
É cabível quando o credor recusar a receber quantia ou coisa devida, ocasião em que o 
autor (no nosso caso, o empregador) deverá requerer na petição inicial (art. 893 CPC): I - o de-
pósito da quantia ou da coisa devida; II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer 
resposta e, no caso do processo do trabalho, para fins de comparecimento à audiência traba-
lhista. Na audiência é que será recebida a sua defesa que, inclusive, poderá ser oral.
A ação de consignação em pagamento é usada quando o empregado se nega a receber 
as verbas rescisórias, ocasião em que a empregadora, para evitar as multas dos artigos 467 
e 477 da CLT, faz a consignação com o depósito em juízo das verbas que entende devidas na-
quela rescisão.
Também se tornou mais comum durante a pandemia a consignação em pagamento quan-
do o trabalhador falece, razão pela qual os dependentes ou sucessores são chamados para 
receber a aludida rescisão contratual. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente rece-
ber o pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos que disputam para provarem o 
seu direito (art. 895 CPC).
Então, a consignação é o principal legitimado para propor referida ação, mas o CPC prevê 
que terceiro juridicamente interessado também pode propor a ação, em nome do devedor ou 
em nome próprio. Para tanto, é necessário provar o interesse. É o caso, por exemplo, da em-
presa tomadora de serviços ou de um sócio. Esse terceiro pode ajuizar ação regressiva poste-
riormente na Justiça comum, conforme a disposição do artigo 305 do CC. Outra situação quepode ser usada a ação de consignação em pagamento é quando o empregado desaparece, 
sem dar notícias de retorno ou está em local incerto. Um dos casos mais comuns é o caso de 
abandono de emprego ou uma outra situação de justa causa do artigo 483, da CLT, e o empre-
gado se nega a aceitar a dispensa por justa causa.
Uma peculiaridade no caso do espólio, quando o obreiro falece, é a necessidade de a em-
presa saber que está pagando corretamente os valores para aqueles sucessores ou se exis-
tem outros sucessores que poderão vir reclamar também sua quota no recebimento. Exemplo: 
filhos fora do casamento ou uma relação que está em processo de reconhecimento de união 
estável numa Vara de Família etc.
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http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10653444/artigo-769-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10636060/artigo-893-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/código-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10635889/artigo-895-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/código-processo-civil-lei-5869-73
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Ação de Consignação em Pagamento
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Nesses casos que ilustrei, o empregador, por cautela, pode fazer a consignação das verbas. 
Perceba que a grande “jogada” da consignação é garantir uma cautela por parte do empregador 
de não incidir nas multas dos artigos 467 e 477 da CLT e, ainda, fazer o pagamento correto para 
a pessoa correta das aludidas verbas. Isso porque quem paga mal paga duas vezes, lembra?
Então, são requisitos da consignação em pagamento: Vínculo obrigacional (no caso, é a 
relação de emprego); impossibilidade de realização da prestação em razão do credor (recu-
sa ou dúvidas sobre a legitimidade) e opção do devedor de realizar a prestação por esta via 
liberatória.
No caso dessa ação, a empresa se torna CONSIGNANTE e o empregado ou seu espólio 
se tornam CONSIGNATÁRIOS que, por sua vez, podem permanecer inertes ou comparecer ao 
juízo para receber o valor sem questionamentos ou apresentarem defesa ou reconvenção para 
fins de impugnar o valor que a empresa reputou correto.
Isso é possível pois o credor poderá recusar a receber e dar quitação se tiver um “motivo 
justo” (CPC, art. 896, II). Nesse caso, a peça pelo credor seria a contestação com pedido recon-
vencional que já estudamos também em livro anterior.
Tudo que estudamos no livro da petição inicial pode ser aplicado na ação de consignação 
em pagamento, pois, afinal de contas, é uma petição inicial, que deverá ser elaborada obser-
vando todos os seus requisitos.
Na causa de pedir, há a peculiaridade de que deverá conter os fundamentos da recusa para 
sustentar o pedido de consignação. O valor da causa na consignação em pagamento é exata-
mente o depósito do que se entende como o valor total das verbas rescisórias.
Logo, na elaboração da peça, temos uma narrativa fática, jurídica, pedidos, produção de 
provas, se for o caso, valor da causa etc. Veja então no mapa mental:
Requisitos 
da petição 
inicial
Documentação essencial.
Se existe pedido de tutela 
provisória - narrativa dos 
pressupostos.
Correspondente dispositivo 
legal e súmulas/OJ do TST.
Narrativa dos fatos em frases 
curtas, diretas e objetivas.
Pedidos.
Citação.
Qualificação das partes.
Endereçamento do juízo.
Não assine a peça processual.
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http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/código-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10635830/artigo-896-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10635763/inciso-ii-do-artigo-896-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
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Ação de Consignação em Pagamento
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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O foro competente para o ajuizamento da ação de consignação em pagamento é aquele 
que seria o lugar do pagamento, ou seja, o lugar em que, efetivamente, houve a prestação do 
serviço pelo trabalhador. Nesse azo, podemos também esquematizar em mapas mentais a 
ação de consignação em pagamento:
Petição inicial 
na consignação 
em pagamento
Foro competente: no lugar do 
pagamento, cessando para o 
devedor, à data do depósito, 
os juros e os riscos, salvo 
se a demanda for julgada 
improcedente.
Não realizado o depósito, o 
processo será extinto sem 
resolução do mérito.
Valor da causa é o valor que se 
entende devido na rescisão do 
contrato de trabalho.
O autor requererá: o depósito da 
quantia ou da coisa devida, a ser 
efetivado no prazo de cinco dias 
contados do deferimento.
O autor requererá a citação do réu.
Não é muito usual, mas fique atento (a) ao seguinte: A peça processual a ser pedida pela 
OAB pode ser a contestação na ação de consignação em pagamento. Explicando melhor: no 
exame da OAB, tanto pode ser solicitado do (a) candidato (a) que redija a petição inicial como 
também que faça a respectiva defesa. Nesse caso, o que é possível alegar em peça de defesa?
Contestação na ação 
de consignação em 
pagamento
O depósito não é integral, 
devendo obrigatoriamente 
indicar qual o montante 
devido, sob pena de não ser 
reconhecida a tese.
O depósito não se efetuou 
no prazo ou no lugar do 
pagamento.
Não houve recusa ou mora 
em receber a quantia ou a 
coisa devida.
Foi justa a recusa.
Ainda sobre o processamento da ação de consignação em pagamento, nos termos do 
CPC, se for alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor (empregador/consignante) 
completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder à prestação cujo inadimplemento acar-
rete a rescisão do contrato.
Poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a consequente 
liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida.
A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, 
o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumpri-
mento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária.
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Ação de Consignação em Pagamento
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao pa-
gamento de custas e de honorários advocatícios. Nesse caso, esse é o “coração” do pedido de 
sua ação de consignação em pagamento. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber 
e der quitação.
Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor requererá 
o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito.
Na situação de espólio, por cautela, o juízo exige certidão do INSS em relação à ausência 
de dependentes ou secertifica de quem são os dependentes para fazer as devidas liberações.
Se for o caso de óbito, na petição inicial, o empregador pode depositar as guias liberatórias 
do FGTS em favor do espólio. Ressalto que não existe direito ao seguro-desemprego pelo es-
pólio, por ser direito personalíssimo, salvo se tratando de parcelas vencidas, mas é improvável 
na prática que isso ocorra.
O PULO DO GATO
Não há muitos segredos na elaboração da petição inicial na ação de consignação em paga-
mento. Deve-se seguir a linha do que já estudamos, fazendo os acréscimos pertinentes. Nesse 
caso, aconselho que, no momento da elaboração, deixe o CPC aberto (esquece a CLT nessa 
peça) e se concentre nos requisitos que estão lá, ok? No CPC, você olha os artigos 539 a 549.
2. Ação de ConsignAção em pAgAmento: A oAb já Cobrou? QuAis diCAs 
mAis interessAntes dAs provAs pAssAdAs?
Posicionei abaixo as peças que foram cobradas nos últimos sete certames da OAB para 
que você perceba a repetitividade das cobranças:
EXAME PEÇA
2021 CONTESTAÇÃO
2020 RECURSO ORDINÁRIO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2019 CONTESTAÇÃO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2018 RECURSO ORDINÁRIO
2018 CONTESTAÇÃO E RECONVENÇÃO (PEÇA UNIFICADA)
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Num primeiro momento, o candidato deve acertar qual a peça processual cabível no caso 
concreto para que possa desenvolver o raciocínio em relação aos pontos que devem ser enfren-
tados no decorrer da peça. É importante entender como é o direcionamento, os pressupostos 
processuais e legais e sempre deixar o CPC perto, haja vista que é aplicado subsidiariamente 
ao processo do trabalho.
No caso da nossa peça, foi cobrada, por exemplo, no X Exame, sendo que, quando a CESPE 
organizava a prova, também já exigiu a referida peça. Não é muito comum a cobrança dessa 
peça, mas é sempre “uma surpresa” quando é cobrada e nada impede de ser cobrada nova-
mente nos próximos certames. Com isso, vamos tratar aqui do exame X para explicar o passo 
a passo da Peça.
Então vamos colocar, em sucinto, o enunciado da prova e um resumo do que você deveria 
elaborar na peça caso fosse agora a aplicação da prova. Vamos lá:
001. (EXAME X) Zenga Modas Ltda, CNPJ 1.1.0001/00, com sede na Rua Lopes Quintas, 10 
– Maceió – AL, encontra-se na seguinte situação: Joana Firmino, brasileira, casada, costurei-
ra, residente na Rua Lopes Andrade, 20 – Maceió – AL – CEP 10.0001-00, foi contratada, em 
12.09.2008, para exercer a função de costureira, na unidade de Maceió – AL, sendo dispen-
sada sem justa causa em 11.10.2012, mediante aviso prévio indenizado. Naquele dia, Joana 
entregou a CTPS à empresa para efetuar as atualizações de férias, e tal documento ainda 
se encontra custodiado no setor de recursos humanos. Joana foi cientificada de que, no dia 
15.10.2012, às 10:00 h, seria homologada a ruptura e pagas as verbas devidas no sindicato 
de classe de Joana. Contudo, na data e hora designadas, a empregada não compareceu, rece-
bendo a empresa certidão nesse sentido emitida pelo sindicato. Procurado por Zenga Modas 
Ltda., em 17.10.2012, apresente a medida judicial adequada à defesa dos interesses empre-
sariais, sem criar dados ou fatos não informados, ciente de que a empregada fruiu férias dos 
períodos 2008/2009 e 2009/2010 e de que, no armário dela, foi encontrado um telefone celular 
de sua propriedade, que se encontra guardado no almoxarifado da empresa. É desnecessária 
a indicação de valores.
vê-se que a prova exige uma ação de consignação em pagamento. Quando se menciona na 
última frase “É desnecessária a indicação de valores”, não é que você não deva dar um valor 
à causa, mas para dizer que o examinador não está preocupado com a perfeição matemática. 
Além disso, o examinador queria que você tratasse dos seguintes pontos: endereçamento ao 
juiz do trabalho de Maceió e qualificação das partes – consignante e consignatária; a citação 
deve ser em razão da ex-funcionária, pois aqui não estamos tratando de espólio e óbito de 
trabalhador. A preocupação do examinador é se você está apto a consignar corretamente as 
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verbas rescisórias e estipular as devidas obrigações de fazer, que são as seguintes: AVISO 
PRÉVIO PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO – identificar o direito e realizar a oferta do 
aviso prévio de forma proporcional ao tempo de serviço na razão de 42 dias; SALDO SALARIAL 
– identificar o direito e realizar a oferta do saldo salarial de 11 dias do mês de outubro de 2012, 
13º SALÁRIO PROPORCIONAL - identificar o direito e realizar a oferta do 13º salário proporcio-
nal de 11/12 avos; FÉRIAS EM DOBRO 2010/2011 – identificar que as férias 2010/2011 não fo-
ram concedidas e, uma vez que o período concessivo já fluiu, deverá ofertá-las em dobro com 
acréscimo de 1/3; FÉRIAS SIMPLES 2011/2012 – identificar que as férias 2011/2012 não fo-
ram concedidas, deverá ofertá-las de forma simples com acréscimo de 1/3; FÉRIAS PROPOR-
CIONAIS - identificar o direito e realizar a oferta das férias proporcionais na razão de 2/12 avos 
com acréscimo de 1/3; FGTS – deverão ser oferecidas as guias para saque do FGTS ou TRCT, 
fazendo-se menção ao depósito da indenização de 40%; SEGURO-DESEMPREGO – deverão 
ser oferecidos os formulários para percepção do seguro-desemprego; CTPS – uma vez que a 
CTPS permanece com a consignante, a devolução deverá ser requerida na ação consignatória; 
TELEFONE CELULAR – uma vez que é possível a consignação de coisa, requerer a devolução 
do aparelho celular.
No próximo capítulo, vamos elaborar a peça passo a passo para você entender como de-
senvolvemos.
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3. resolução de umA dAs provAs pAssAdAs dA oAb dA peçA ConsignAção 
em pAgAmento
Aspectos da prova prática Pontos a serem desenvolvidos
Zenga Modas Ltda, CNPJ 
1.1.0001/00, com sede na Rua 
Lopes Quintas, 10 – Maceió – AL, 
encontra-se na seguinte situação: 
Joana Firmino, brasileira, casada, 
costureira, residente na Rua 
Lopes Andrade, 20 – Maceió – AL 
– CEP 10.0001-00, foi contratada, 
em 12.09.2008, para exercer a 
função de costureira, na unidade 
de Maceió – AL, sendo dispensada 
sem justa causa em 11.10.2012, 
mediante aviso prévio indenizado. 
Naquele dia, Joana entregou a 
CTPS à empresa para efetuar 
as atualizações de férias, e tal 
documento ainda se encontra 
custodiado no setor de recursos 
humanos. Joana foi cientificada 
de que, no dia 15.10.2012, 
às 10:00 h, seria homologada 
a ruptura e pagas as verbas 
devidas no sindicato de classe 
de Joana. Contudo, na data e 
hora designadas, a empregada 
não compareceu, recebendo a 
empresa certidão nesse sentido 
emitida pelo sindicato. Procurado 
por Zenga Modas Ltda., em 
17.10.2012, apresente a medida 
judicial adequada à defesados 
interesses empresariais, sem criar 
dados ou fatos não informados, 
ciente de que a empregada fruiu 
férias dos períodos 2008/2009 e 
2009/2010 e de que, no armário 
dela, foi encontrado um telefone 
celular de sua propriedade, 
que se encontra guardado no 
almoxarifado da empresa. É 
desnecessária a indicação de 
valores.
1) É uma petição inicial, logo deve indicar o juízo competente 
e a qualificação correta da consignatária que, no caso 
da questão, é a ex-trabalhadora que apresentou recusa 
em receber as verbas rescisórias, razão pela qual agiu 
corretamente o empregador em buscar consignar as verbas 
que entende como devidas, pois, assim, extingue a relação de 
emprego entre as partes e, ainda, liberta-se da possibilidade 
de pagar as multas previstas nos artigos 467 e 477 da CLT.
2) Narrativa fática: apontar os fatos mais importantes de 
forma sucinta da relação empregatícia e o que motivou a 
interposição da ação de consignação em pagamento.
3) Aspectos jurídicos em que você deve incluir a hipótese em 
que cabe a devida ação e o interesse processual.
4) Informar que fez o depósito das referidas verbas que 
entende devidas.
5) Discriminar as verbas que são devidas nessa relação 
contratual
6) Fazer os pedidos ao juízo para recebimento definitivo dos 
valores e, principalmente, declarar quitado o contrato de 
trabalho com a sua extinção.
7) No caso da questão, as verbas devidas são: AVISO PRÉVIO 
PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO – identificar o direito 
e realizar a oferta do aviso prévio de forma proporcional 
ao tempo de serviço na razão de 42 dias; SALDO SALARIAL 
– identificar o direito e realizar a oferta do saldo salarial 
de 11 dias do mês de outubro de 2012; 13º SALÁRIO 
PROPORCIONAL - identificar o direito e realizar a oferta do 
13º salário proporcional de 11/12 avos; FÉRIAS EM DOBRO 
2010/2011 – identificar que as férias 2010/2011 não foram 
concedidas e, uma vez que o período concessivo já fluiu, 
deverá ofertá-las em dobro com acréscimo de 1/3; FÉRIAS 
SIMPLES 2011/2012 – identificar que as férias 2011/2012 
não foram concedidas, deverá ofertá-las de forma simples 
com acréscimo de 1/3; FÉRIAS PROPORCIONAIS - identificar 
o direito e realizar a oferta das férias proporcionais na razão 
de 2/12 avos com acréscimo de 1/3; FGTS – deverão ser 
oferecidas as guias para saque do FGTS ou TRCT, fazendo-
se menção ao depósito da indenização de 40%; SEGURO-
DESEMPREGO – deverão ser oferecidos os formulários para 
percepção do seguro-desemprego; CTPS – uma vez que a 
CTPS permanece com a consignante, a devolução deverá 
ser requerida na ação consignatória; TELEFONE CELULAR – 
uma vez que é possível a consignação de coisa, requerer a 
devolução do aparelho celular.
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Ação de Consignação em Pagamento
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Agora vamos elaborar a peça:
Excelentíssimo (a) Senhor(a) Juiz (a) da ___ Vara do Trabalho de Maceió – AL
Zenga Modas Ltda, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ 1.1.0001/00 residente e domiciliada, com sede na 
Rua Lopes Quintas, 10 – Maceió – AL, comparece com o devido respeito para ajuizar, com fulcro nos artigos 539 
e seguintes do CPC,
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
em face da Sra. Joana Firmino, brasileira, casada, costureira, residente na Rua Lopes Andrade, 20 – Maceió – AL – 
CEP 10.0001-00, pelos fundamentos fáticos e jurídicos que se seguem:
I – SINOPSE FÁTICA
A consignatária Joana Firmino, brasileira, casada, costureira, residente na Rua Lopes Andrade, 20 – Maceió – AL – 
CEP 10.0001-00, foi contratada, em 12.09.2008, para exercer a função de costureira, na unidade de Maceió – AL, 
sendo dispensada sem justa causa em 11.10.2012, mediante aviso prévio indenizado pela consignante.
Naquele dia, Joana entregou a CTPS à empresa para efetuar as atualizações de férias, e tal documento ainda se 
encontra custodiado no setor de recursos humanos.
A consignatária foi cientificada de que, no dia 15.10.2012, às 10:00 h, seria homologada a ruptura e pagas as 
verbas devidas no sindicato de classe de Joana.
Contudo, na data e hora designadas, a consignatária não compareceu, recebendo a empresa certidão nesse 
sentido emitida pelo sindicato. Diante da recusa injustificada da consignatária, resolve a consignante ajuizar a 
presente demanda.
II – DO DIREITO
A ação de consignação em pagamento é cabível no processo do trabalho e, portanto, aplica-se ao caso pela 
recusa injustificada do credor em receber seus créditos, aplicando-se os termos dos artigos 539 a 549 do CPC.
Além disso, conforme o TRCT anexado aos autos, bem como diante do depósito realizado e demonstrado com 
o protocolo dessa inicial, a consignante confirma que devem ser depositadas as verbas relacionadas à dispensa 
sem justa causa, bem como há férias pendentes de gozo, que devem ser quitadas no momento da rescisão.
A consignante age de boa-fé e, portanto, vem depositar em juízo os valores a seguir discriminados: AVISO 
PRÉVIO PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO na razão de 42 dias, considerando a data de admissão e 
dispensa; SALDO SALARIAL – saldo salarial de 11 dias do mês de outubro de 2012. 13º SALÁRIO PROPORCIONAL 
- 13º salário proporcional de 11/12 avos. FÉRIAS EM DOBRO 2010/2011 – a consignante confessa que não houve 
concessão de férias e, portanto, dispõe-se a pagar as férias 2010/2011 que não foram concedidas e, uma vez 
que o período concessivo já fluiu, deverá ofertá-las em dobro com acréscimo de 1/3. FÉRIAS SIMPLES 2011/2012 
– as férias 2011/2012 não foram concedidas, a serem pagas de forma simples com acréscimo de 1/3. FÉRIAS 
PROPORCIONAIS - na razão de 2/12 avos com acréscimo de 1/3. FGTS – apresenta-se em anexo para saque do 
FGTS ou TRCT, inclusive com o demonstrativo do depósito da indenização de 40%. SEGURO-DESEMPREGO – 
apresentam-se, nesse momento, os formulários para percepção do seguro-desemprego.
No que tange à obrigação de fazer, a CTPS terá a devida baixa, com a projeção do aviso prévio indenizado e será 
devolvida na sede da empresa à disposição da consignatária que deve comparecer em horário comercial, bem 
como, no mesmo ato, requer a intimação da consignatária, para que, na ocasião, devolva o aparelho celular da 
empresa.
III – REQUERIMENTOS FINAIS
1. A procedência do pedido para conferir a quitação judicial;
2. O deferimento do depósito realizado pela consignante no valor X, requerendo a devolução do telefone celular 
em data fixada pelo juízo;
3. A citação da consignatária para levantar o valor do depósito realizado;
4. A produção de todos os meios de prova em direito admitidos;
5. A disponibilização, desde logo, das guias de FGTS e de seguro-desemprego;
6. Que caso o consignatário não levante o depósito, seja condenado em pagamento de custas e honorários 
advocatícios em até 15% do valor do depósito, nos termos do artigo 791-A da CLT.
Dá-se à causa o valor de X reais.
Localização.
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Ação de Consignação em Pagamento
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
4. Ação de ConsignAção em pAgAmento: Questão inéditA e resolução
Neste capítulo, trago uma questão inédita para resolvermos mais uma vez no passo a passo a 
peça de Ação de Consignação em Pagamento e, dessa vez, envolvendo óbito de trabalhador. Vamoslá:
002. (INÉDITA/2021) Rui Silva, enfermeiro do Hospital SÓ MÉDICOS, faleceu de COVID 19. O 
Hospital tinha conhecimento de que ele tinha uma genitora de 85 anos, Sra. Maria Silva, que 
morava com ele e havia boatos na empresa de um filho de 23 anos não reconhecido que estava 
em processo de investigação de paternidade (Sr. Tomás Riviera). Rui Silva não era casado. Foi 
contratado em 01.01.2019 e seu óbito foi em 01.09.2021, sendo que ele nunca teve férias no 
Hospital, seu FGTS estava todo recolhido e havia um ressarcimento de descontos indevidos 
em favor do trabalhador, apurados administrativamente, em R$500,00. A CTPS de Rui está com 
sua genitora, bem como os uniformes e os crachás do hospital. Rui trabalhava no Hospital em 
Barreirinhas no Maranhão. Apresente a medida judicial adequada à defesa dos interesses em-
presariais, sem criar dados ou fatos não informados. É desnecessária a indicação de valores.
Aspectos da questão inédita Pontos a serem desenvolvidos
Rui Silva, enfermeiro do Hospital 
SÓ MÉDICOS, faleceu de COVID 
19. O Hospital tinha conhecimento 
de que ele tinha uma genitora 
de 85 anos, Sra. Maria Silva, 
que morava com ele e havia 
boatos na empresa de um filho 
de 23 anos não reconhecido 
que estava em processo de 
investigação de paternidade 
(Sr. Tomás Riviera). Rui Silva não 
era casado. Foi contratado em 
01.01.2019 e seu óbito foi em 
01.09.2021, sendo que ele nunca 
teve férias no Hospital, seu FGTS 
estava todo recolhido e havia 
um ressarcimento de descontos 
indevidos em favor do trabalhador, 
apurados administrativamente, 
em R$500,00. A CTPS de Rui está 
com sua genitora, bem como 
os uniformes e os crachás do 
hospital. Apresente a medida 
judicial adequada à defesa dos 
interesses empresariais, sem criar 
dados ou fatos não informados. 
É desnecessária a indicação de 
valores.
1) É uma petição inicial, logo deve indicar o juízo competente e a 
qualificação correta da consignatária que, no caso da questão, é o espólio 
de RUI SILVA, que, no caso, será representado pela sua mãe, Sra. Maria 
Silva e o interessado Sr. Tomás Riviera, na medida em que ele é um 
possível sucessor. No caso dessa questão, veja que não há certeza ainda 
de quem são os credores. Logo, mais que justificada a empresa ajuizar 
a ação de consignação em pagamento, pois quem paga mal paga duas 
vezes, lembra?
2) Narrativa fática: apontar os fatos mais importantes de forma sucinta 
da relação empregatícia e o que motivou a interposição da ação de 
consignação em pagamento.
3) Aspectos jurídicos em que você deve incluir a hipótese em que cabe a 
devida ação e o interesse processual.
4) Informar que fez o depósito das referidas verbas que entende devidas.
5) Discriminar as verbas que são devidas nessa relação contratual
6) Fazer os pedidos ao juízo para recebimento definitivo dos valores 
e, principalmente, declarar quitado o contrato de trabalho com a sua 
extinção.
7) No caso da questão, as verbas devidas são: SALDO SALARIAL – 
identificar o direito e realizar a oferta do saldo salarial do mês anterior 
ao óbito; 13º SALÁRIO PROPORCIONAL - 13º salário proporcional; FÉRIAS 
EM DOBRO 2019/2020; FÉRIAS PROPORCIONAIS - identificar o direito 
e realizar a oferta das férias proporcionais na razão de 2/12 avos com 
acréscimo de 1/3. FGTS – deverão ser oferecidas as guias para saque do 
FGTS ou TRCT, sem a indenização de 40%. CTPS – uma vez que a CTPS 
está com a mãe de RUI, deverá entregar para a empresa proceder à 
baixa. CRACHÁ E UNIFORMES DO HOSPITAL – uma vez que é possível a 
consignação de coisa, requerer a devolução.
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Ação de Consignação em Pagamento
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Agora vamos elaborar a peça:
Excelentíssimo (a) Senhor(a) Juiz (a) da ___ Vara do Trabalho de Barreirinhas - MA
HOSPITAL SÓ MÉDICOS, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ XYX, residente e domiciliada, com sede na Rua ABC, 
em Barreirinhas – MA, comparece com o devido respeito para ajuizar, com fulcro nos artigos 539 e seguintes do 
CPC,
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
em face do ESPÓLIO DE RUI DA SILVA, representado por MARIA SILVA (qualificação) e TOMÁS RIVIERA (qualificação), 
pelos fundamentos fáticos e jurídicos que se seguem:
I – SINOPSE FÁTICA
Rui Silva foi enfermeiro do Hospital consignante e faleceu de COVID 19, conforme o atestado de óbito apresentado 
à empresa na data de 01/09/2021. O consignante tem conhecimento de que ele tinha uma genitora de 85 anos, Sra. 
Maria Silva, que morava com ele e havia boatos na empresa de um filho de 23 anos não reconhecido que estava 
em processo de investigação de paternidade (Sr. Tomás Riviera). Nos documentos do RH, o falecido funcionário 
informou não ser casado. Foi contratado em 01.01.2019 e seu óbito foi em 01.09.2021, sendo que, pela demanda, 
principalmente com a pandemia, não gozou de férias no Hospital. Registra-se que seu FGTS estava todo recolhido e 
havia um ressarcimento de descontos indevidos em favor do trabalhador falecido, apurados administrativamente, 
em R$500,00.
Pela incerteza quanto aos sucessores do falecido, ajuíza a presente demanda de ação de consignação em desfavor 
do espólio representado pela sua genitora e pelo seu alegado filho que está em processo judicial com ação de 
investigação de paternidade numa das Varas de Família de Barreirinhas/MA.
II – DO DIREITO
A ação de consignação em pagamento é cabível ao processo do trabalho e, portanto, aplica-se ao caso pela 
incerteza de quem seja o credor em receber seus créditos, aplicando-se os termos dos artigos 539 a 549 do CPC.
Além disso, conforme o TRCT anexado aos autos, bem como diante do depósito realizado e demonstrado com 
o protocolo dessa inicial, a consignante confirma que devem ser depositadas as verbas relacionadas à ruptura 
contratual pelo óbito do trabalhador, bem como há férias pendentes de gozo, que devem ser quitadas no momento 
da rescisão, como indenizatórias.
A consignante age de boa-fé e, portanto, vem depositar em juízo os valores a seguir discriminados: A ação 
de consignação em pagamento é cabível ao processo do trabalho e, portanto, aplica-se ao caso pela recusa 
injustificada do credor em receber seus créditos, aplicando-se os termos dos artigos 539 a 549 do CPC.
Além disso, conforme o TRCT anexado aos autos, bem como diante do depósito realizado e demonstrado com o 
protocolo dessa inicial, a consignante confirma que devem ser depositadas as verbas relacionadas à dispensa sem 
justa causa, bem como há férias pendentes de gozo, que devem ser quitadas no momento da rescisão.
A consignante age de boa-fé e, portanto, vem depositar em juízo os valores a seguir discriminados: SALDO 
SALARIAL – identificar o direito e realizar a oferta do saldo salarial do mês anterior ao óbito; 13º SALÁRIO 
PROPORCIONAL -8/12 (Rui morreu no dia 01/09); 13º salário proporcional – 8/12; FÉRIAS EM DOBRO 2019/2020; 
FÉRIAS PROPORCIONAIS - identificar o direito e realizar a oferta das férias proporcionais na razão de 2/12 avos com 
acréscimo de 1/3; FGTS – deverão ser oferecidas as guias para saque do FGTS ou TRCT, sem a indenização de 40%.
No que tange à obrigação de fazer, a CTPS terá a devida baixa, com a data do óbito do trabalhador falecido, 
devendo a genitora comparecer ou mandar terceiros e será devolvida, no mesmo ato, pelo RH do hospital, ficando 
à disposição da genitora consignatária que deve comparecer em horário comercial ou enviar terceiros, bem como, 
no mesmo ato, requer a intimação da consignatária, para que, na ocasião, devolva o crachá e uniformes do Hospital, 
por ser medida de segurança.
III – REQUERIMENTOS FINAIS
1. A procedência dopedido para conferir a quitação judicial;
2. O deferimento do depósito realizado pela consignante no valor X, requerendo a devolução do crachá e dos 
uniformes usados pelo obreiro falecido em data fixada pelo juízo;
3. A citação dos consignatários para levantar o valor do depósito realizado;
4. A produção de todos os meios de prova em direito admitidos;
5. A disponibilização, desde logo, das guias de FGTS;
6. Que caso os consignatários não levantem o depósito, sejam condenados em pagamento de custas e honorários 
advocatícios em até 15% do valor do depósito, nos termos do artigo 791-A da CLT.
Dá-se à causa o valor de X reais.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
5. resolução dAs Questões subjetivAs do exAme xxvi (2018)
003. (EXAME XXVI/2018) Frederico, piloto da aviação civil, após três anos de trabalho para a 
Empresa de Transportes Aéreos Voa Alto S/A., foi dispensado sem receber parte das verbas 
rescisórias, as horas extras e a compensação orgânica. Além disso, foi dispensado dentro do 
último ano que antecede a sua aposentadoria, o que é vedado por norma coletiva. Em razão 
disso, ajuizou ação em face do ex-empregador, tendo procurado e constituído você como advo-
gado(a) para todos esses atos. No dia designado para a audiência, para a qual havia requerido 
antecipação, Frederico não poderá comparecer, pois voará para a China, onde conseguiu um 
novo e rentável trabalho. Com base na hipótese apresentada, responda aos itens a seguir.
a) Considerando a necessidade de realização da audiência na data designada pelo juiz e sua 
condição na qualidade de advogado(a) do autor, qual a medida a ser adotada para evitar o 
adiamento/arquivamento da audiência? (Valor: 0,60)
b) Considerando tratar-se de piloto da aviação civil, qual o instituto justrabalhista que corres-
ponde aos períodos em que Frederico fica no aeroporto aguardando para, eventualmente, ren-
der outra tripulação? Justifique. (Valor: 0,65)
�a) No caso em comento, estamos diante de uma situação justificada de ausência à audiência, 
e, com isso, a CLT, na inteligência do art. 843, § 2º, da CLT, traz uma solução para o caso con-
creto: o autor poderá fazer-se representar, devidamente comprovada a impossibilidade de seu 
comparecimento, por outro empregado que pertença à mesma profissão ou pelo seu sindicato, 
devendo formular tal requerimento. Na prática, o advogado também peticiona ao juízo com os 
demonstrativos documentais requerendo a redesignação da data de audiência. b) Estamos 
tratando aqui de categoria profissional diferenciada regulamentada por lei específica, razão 
pela qual a resposta está na legislação que regulamenta o labor naquela atividade. Aqui o ad-
vogado tinha que ter um conhecimento mais amplo e assinalar que, segundo o art. 44 da Lei n. 
13.475/17 (antigo artigo 26 da Lei n. 7.183/84), trata-se do instituto da reserva OU prontidão, 
nos termos do art. 244, § 3º, da CLT.
004. (EXAME XXVI/2018) Lucas trabalhou em uma rede de restaurantes localizada em deter-
minado Estado da Federação. A sociedade empresária possui 60 empregados, divididos em 
dez lojas localizadas em municípios diferentes, sendo que cada unidade possui seis empre-
gados. Após ser dispensado sem justa causa, Lucas ajuizou reclamação trabalhista postulan-
do o pagamento de horas extras, afirmando que cumpria extensa jornada de segunda-feira a 
sábado, das 7h às 21h, com intervalo de 20 minutos para refeição. Em contestação, a ex-em-
pregadora negou a jornada dita na petição inicial, afirmando que a labuta respeitava o módulo 
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
constitucional. Em audiência, após verificar que os controles de ponto não foram juntados, o 
advogado do autor requereu a aplicação da confissão em desfavor da reclamada. Diante da 
situação retratada, da Lei e do entendimento consolidado pelo TST, responda aos questiona-
mentos a seguir.
a) Como advogado(a) da sociedade empresária, que tese você sustentaria em relação aos 
cartões de ponto? Justifique. (Valor: 0,65)
b) Caso você fosse contratado pelo trabalhador e a sociedade empresária juntasse controles 
de ponto com marcação de jornada de segunda-feira a sábado, das 8h às 16h, e intervalo de 
uma hora para refeição em todos os dias, que tese você advogaria em prol do seu cliente? 
Justifique. (Valor: 0,60)
�a) Observe que aqui a Reforma Trabalhista aduziu que o número de empregados não seria 
mais 10 e sim 20 empregados. Note que, uma vez que em cada estabelecimento há menos 
de 20 empregados, seria desnecessário manter controles escritos dos horários de entrada e 
saída dos empregados, conforme previsto no art. 74, § 2º, da CLT, e na Súmula 338, I, do TST. 
A Súmula ainda fala em 10 empregados, mas a legislação foi alterada posteriormente à prova.
�b) Na questão apontada, trata-se de jornada britânica, ou seja, com alusão às anotações de 
entrada e saída uniforme, sem qualquer alteração. Nesse caso, inverte-se o ônus da prova, ou 
seja, tem a seguinte consequência: exibindo os controles de ponto com horários invariáveis, o 
ônus da prova é transferido para o ex-empregador, na forma prevista na Súmula 338, inciso III, 
do TST.
005. (EXAME XXVI/2018) Paulo trabalhou na construtora Casa Feliz S.A. como pedreiro por 
três anos, findos os quais foi dispensado por justa causa sob a alegação de que estava des-
viando sacos de cimento da obra e vendendo esse material a terceiros. Inconformado, ajuizou 
reclamação trabalhista postulando horas extras e a anulação da justa causa, com o conse-
quente pagamento das verbas como se a dispensa tivesse sido feita sem justa causa. Dis-
tribuída a demanda em 30/01/2018, foi designada audiência para o dia 10/04/2018. Na hora 
designada, as partes foram apregoadas e sentaram-se à mesa de audiências. O juiz indagou 
do preposto qual era a sua relação com a construtora, tendo ele dito que era um terceirizado 
da empresa que cuidava da parte de limpeza e conservação. O juiz pediu a CTPS do preposto, 
constatando que ela fora assinada pela Limpa Tudo Serviços Terceirizados Ltda. Com essa 
informação, o advogado de Paulo requereu a aplicação da revelia, porque a empresa era uma 
sociedade anônima e não estaria regularmente representada por um empregado. Diante da 
situação retratada e do comando legal vigente, responda às indagações a seguir.
a) Na qualidade de advogado(a) da construtora, que argumentação jurídica você apresentaria 
em relação ao requerimento do autor? Justifique. (Valor: 0,65)
b) De que modo, na legislação trabalhista, a alegação de desvio dos sacos de cimento para 
venda a terceiros deve ser juridicamente qualificada? Justifique. (Valor: 0,60)
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
�a) A prova cobrou exatamente uma dasgrandes mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista 
de 2017 e, portanto, a tese a ser defendida é a seguinte: o preposto não precisa ser emprega-
do, independentemente do porte da empresa, conforme o art. 843, § 3º, da CLT. Logo, sequer 
prospera a tese de se tratar de uma S.A.
�b) No caso elencado, o trabalhador furtava cimentos para vender a terceiros, logo a sua condu-
ta pode ser qualificada como ato de improbidade, na forma do art. 482, alínea a, da CLT. Poderia 
também responder como mau procedimento, na forma do art. 482, b, CLT. Em ambos os casos, 
trata-se de justa causa e regular exercício do poder diretivo.
006. (EXAME XXVI/2018) Uma sociedade empresária do ramo de confecções publicou um 
anúncio em jornal de grande circulação informando que admitiria vários profissionais para 
o seu quadro de funcionários, a título de contrato de experiência, desde que comprovada a 
seguinte exigência profissional: para costureiras, experiência comprovada de cinco meses na 
função; para estoquistas, experiência comprovada de um ano na função; para auxiliar de ser-
viços gerais, experiência comprovada de dois meses na função; e, para administradores, expe-
riência mínima de dois anos na função. Diante da situação apresentada e dos termos da CLT, 
responda aos itens a seguir.
a) A exigência em relação aos estoquistas é válida? Justifique. (Valor: 0,65)
b) Informe o prazo máximo admissível no contrato de experiência. (Valor: 0,60)
�a) A prova exigia do candidato, à época, conhecimento das alterações legislativas, principal-
mente, do teor do artigo 442-A da CLT. Assim, pelo ordenamento jurídico, a exigência em rela-
ção aos estoquistas de um ano de experiência é inválida, porque o art. 442-A da CLT determina 
que, para fins de contratação, o empregador não exigirá comprovação de experiência prévia do 
candidato a emprego por tempo superior a seis meses no mesmo tipo de atividade.
�b) O segundo questionamento é a literalidade da CLT, logo, sem mais delongas, responde-se: O 
prazo máximo é de 90 dias, conforme o art. 445, parágrafo único, da CLT.
6. direito mAteriAl: gArAntiAs provisóriAs no emprego
Antes de tratar o tema, é importante destacar a diferença de estabilidade e garantia provi-
sória no emprego. Isso porque, no primeiro caso, tratamos de situação permanente que atinge 
determinadas categorias de trabalhadores no âmbito do serviço público, por exemplo, e as 
garantias provisórias que seriam temporárias.
Quando tratamos de estabilidade, existe aquela que era adquirida pelo obreiro pela pres-
tação de 10 anos de serviços para o respectivo empregador, conforme previsão na CLT, a qual 
não encontra mais respaldo após a CF/88. Isso porque essa possibilidade não foi recepciona-
da pela atual ordem constitucional.
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Outras situações de estabilidade são as situações previstas no artigo 19-A do ADCT e arti-
go 41 da CF/88, que se relacionam ao âmbito do serviço público.
As garantias provisórias no emprego são aquelas que surgem por determinadas situações 
como doença do trabalho, mandato de dirigente sindical, cipeiro, gravidez etc.
Com base nisso, veja a distinção:
Estabilidade no emprego Garantia provisória
Vantagem de caráter permanente
circunstância tipificada de caráter geral
manutenção indefinida do vínculo, como, 
por exemplo, no caso de estabilidade 
celetista nos termos dos artigos 492 e 494 
da CLT
Vantagem de caráter temporário
circunstância específica
manutenção definida no tempo de 
vínculo, como, por exemplo, 1 ano após o 
término do mandato de dirigente sindical
Outras situações de estabilidade no emprego se encontram previstas no texto constitucio-
nal, referente à estabilidade do serviço público para os servidores estatutários, nos termos do 
artigo 41 da CF/88. Além disso, houve o fenômeno da estabilização constitucional em que os 
servidores que não fizeram concursos nos últimos cinco anos da promulgação da CF/88 tive-
ram direito ao fenômeno da estabilização constitucional.
Os servidores celetistas e temporários da Administração Pública não gozam de estabilida-
de, e, sendo assim, não usufruem as prerrogativas do artigo 41 da CF/88.
Com base nisso, temos que a estabilidade no emprego é algo mais restrito. É diferente da 
garantia provisória no emprego que deteremos mais o estudo. Isso porque as referidas garan-
tias atingem praticamente as demais relações jurídicas.
Nesse ponto, destaco a posição de GODINHO (2020;1525):
Garantia de emprego, por sua vez, conforme já definido, é a vantagem jurídica de caráter transitó-
rio deferida ao empregado em virtude e uma circunstância contratual ou pessoal obreira de cará-
ter especial, de modo a assegurar a manutenção do vínculo empregatício por um lapso temporal 
definido, independentemente da vontade do empregador. Tais garantias têm sido chamadas, tam-
bém, de estabilidades temporárias ou estabilidades provisórias (expressões algo contraditórias, 
mas que se vêm consagrando). As figuras da estabilidade no emprego e das estabilidades pro-
visórias são extremamente próximas, como se percebe, já que ambas restringem as alternativas 
de extinção do contrato de trabalho. Ambas voltam-se, de modo essencial, contrariamente ao 
exercício unilateral do poder empregatício pelo empregador, inviabilizando a ruptura contratual 
por sua vontade meramente arbitrária, isto é, a dissolução do contrato sem motivo considerado 
relevante pelo Direito.
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O PULO DO GATO
Pessoa que exerce cargo em comissão em empresa pública não faz jus à estabilidade provisó-
ria, porque a dispensa a qualquer tempo é inerente à natureza de cargo comissionado. O cargo 
exercido pelo assistente era de livre nomeação e exoneração, nos moldes do artigo 37, inciso 
II, da Constituição da República. Ocorre que o cargo em comissão possui natureza precária, 
característica que marca a ausência de estabilidade e a possibilidade de haver dispensa sem 
motivação. Logo, não há falar em estabilidade provisória ou em indenização substitutiva.
Registra-se, ainda, que é possível estipular normas referentes à garantia provisória no em-
prego em convenção coletiva, mas há entendimentos do TST no que se refere a não possibili-
dade quando se trata de Administração Pública, pelos limites orçamentários.
Então, na iniciativa privada, é possível fixar situações relacionadas à garantia provisória 
no emprego, principalmente, pelo princípio da proteção. Sendo dessa forma, as convenções e 
acordos coletivos podem trazer outras situações de garantia provisória no emprego.
Em relação à Administração Pública, há precedentes de 2021, em que não é possível fixa-
ção de dissídios coletivos e sentenças normativas nem em negociação coletiva para fins de 
fixação de novas garantias provisórias no emprego.
Vamos tratar de situações pontuais agora de garantia provisória no emprego, antes de 
adentrarmos especificamente:
Dirigente sindical Grávida Acidente de trabalho
É assegurada a estabilidade 
provisória ao empregado 
dirigente sindical, ainda 
que a comunicação do 
registro da candidatura ou 
da eleição e da posse seja 
realizada fora do prazo 
previsto no art. 543, § 5º, daCLT, desde que a ciência ao 
empregador, por qualquer 
meio, ocorra na vigência do 
contrato de trabalho.
O artigo 10, inciso II, e 
a alínea b, do Ato das 
Disposições Constitucionais 
Transitórias, informam que 
há proibição expressa de 
demissão sem justa causa da 
empregada gestante, desde 
a confirmação da gravidez, 
até 5 (cinco) meses após o 
parto.
A legislação prevê, por 
meio do artigo 118 da Lei 
n. 8.213/91, a estabilidade 
ao empregado segurado 
que sofreu acidente do 
trabalho, pelo prazo de 12 
meses após a cessação do 
auxílio-doença acidentário, 
independentemente de 
percepção de auxílio-
acidente.
A mulher grávida trabalhadora goza de garantia provisória no emprego, conforme determi-
nação constitucional: O artigo 10, inciso II, e alínea b, do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias, informam que há proibição expressa de demissão sem justa causa da empregada 
gestante, desde a confirmação da gravidez, até 5 (cinco) meses após o parto.
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Sobre este tema, destaque-se entendimento sumulado do TST:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 244 do TST
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
I – O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao 
pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, “b” do ADCT).
II – A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o 
período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direi-
tos correspondentes ao período de estabilidade.
III – A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso 
II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de 
admissão mediante contrato por tempo determinado.
Essa garantia provisória no emprego não abrange as trabalhadoras conforme entendi-
mento recente do TST, aduzindo que a Estabilidade da Gestante não se aplica ao Contrato 
Temporário.
Segundo decisão do TST: “é inaplicável ao regime de trabalho temporário, disciplinado pela 
Lei n. 6.019/1974, a garantia de estabilidade provisória à empregada gestante, prevista no art. 
10, II, b, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”.
O PULO DO GATO
Especificadamente na LC 150, há previsão de estabilidade para empregada doméstica ape-
nas no caso de licença-maternidade, sendo essa estabilidade provisória desde a confirmação 
da gravidez até 120 dias após o parto. É importante salientar que mães adotantes, sejam de 
bebês ou de adolescentes, também têm direito à licença-maternidade, logo adquirem o direito 
à estabilidade, como também ao período de afastamento de 120 dias. A lei determina esse 
prazo para adaptação da mãe e da criança ao novo lar.
Sobre a estabilidade do acidentado, a legislação prevê, por meio do artigo 118 da Lei n. 
8.213/91, a estabilidade ao empregado segurado que sofreu acidente do trabalho, pelo prazo 
de 12 meses após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percep-
ção de auxílio-acidente.
Sobre o tema, destaca-se novamente a súmula 378 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI N. 8.213/1991.
I – É constitucional o artigo 118 da Lei n. 8.213/1991 que assegura o direito à estabili-
dade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empre-
gado acidentado.
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II – São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias 
e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a 
despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do 
contrato de emprego.
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da 
garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da 
Lei n. 8.213/91.
Temos também a situação da garantia provisória no emprego do trabalhador habilitado 
ou do deficiente habilitado, nos termos do artigo 93 da Lei n. 8.213/91. Nessa situação, a dis-
pensa imotivada desses trabalhadores, ao final do contrato a termo de mais de 90 dias ou em 
contrato de duração indeterminada, só pode ocorrer mediante a contratação do substituto em 
condição semelhante.
Pela sua importância nas provas objetivas, destaca-se todo o teor do artigo 93 da Lei 
n. 8213/91:
Art. 93.A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por 
cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portado-
ras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I – até 200 empregados 2%;
II – de 201 a 500 3%;
III – de 501 a 1.000 4%;
IV – de 1.001 em diante. 5%.
§ 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência Social ao 
final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em 
contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador 
com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social.
§ 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe estabelecer a sistemática de fiscalização, bem 
como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas 
com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendo-os, quando solici-
tados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados.
§ 3º Para a reserva de cargos será considerada somente a contratação direta de pessoa 
com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943.
Em relação ao DIRIGENTE SINDICAL, é também chamada de IMUNIDADE SINDICAL.
O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, 
inclusive junto ao órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas 
funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempe-
nho das suas atribuições sindicais. O empregado perderá o mandato se a transferência for por 
ele solicitada ou voluntariamente aceita.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
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Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento 
do registro de sua candidaturaa cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de 
associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive 
como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos da CLT.
Considera-se cargo de direção ou de representação sindical aquele cujo exercício ou indi-
cação decorre de eleição prevista em lei.
É prevista na CLT no artigo 543, §1, da CLT e, ainda, nos termos da Súmula 379 do TST 
que dispõe:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 379 do TST DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
I – É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a 
comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do 
prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer 
meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
II – O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, 
assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual 
número de suplentes.
III – O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabi-
lidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato 
para o qual foi eleito dirigente.
IV – Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, 
não há razão para subsistir a estabilidade.
V – O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o perí-
odo de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que 
inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
O PULO DO GATO
Para as empresas com mais de 60 empregados, gozarão de garantia de emprego os empre-
gados eleitos representantes de comissão incumbidas de acompanhar e fiscalizar a regular 
cobrança e distribuição de gorjetas, vinculada ao desempenho das funções para as quais fo-
ram eleitos.
O dirigente sindical com garantia provisória pode pedir demissão, implicando renúncia, 
mas deve ser revestido de muita formalidade. Deve ter aqui a participação de sindicato, nos 
termos do artigo 500 da CLT.
A garantia provisória determina que, para aplicação da justa causa, o empregador deve 
instaurar o inquérito para apuração de falta grave. Se o trabalhador estiver no curso do aviso 
prévio, não cabe se candidatar ao cargo de dirigente, na medida em que não se alcançaria essa 
estabilidade.
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No caso do cipeiro, temos algumas peculiaridades, nos termos do artigo 10, II, a, do ADCT, 
garantindo estabilidade aos empregados ELEITOS que tratam de cargos de direção em Comis-
sões Internas de Prevenção de Acidente de Trabalho.
Nesse sentido, há Súmula a respeito do tema sempre cobrada em provas objetivas:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 339 do TST
CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988
I – O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, “a”, do ADCT a 
partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II – A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia 
para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em ativi-
dade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo 
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
Não há direito à estabilidade os cipeiros que são indicados pelo empregador. A garantia 
provisória só vale para os cipeiros eleitos. Lembre-se de que na composição da CIPA existem 
tanto os que são indicados pelo empregador como aqueles que são eleitos.
A estabilidade da CIPA é inerente ao seu cargo, não representando uma vantagem pessoal 
do trabalhador. Por isso, se o estabelecimento para o qual o empregado foi eleito se extinguir, 
ele automaticamente perderá o direito à estabilidade, podendo ser demitido sem justa causa, 
nos termos da Súmula 339, II, do TST, conforme visto acima.
Além disso, destaca-se que os membros representantes dos empregados na Comissão 
de Conciliação Prévia, tanto os titulares como os suplentes, terão estabilidade provisória até 
1 (um) ano após o término do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei, 
ocasião em que poderão ser dispensados por justa causa. A estabilidade não alcança os re-
presentantes dos empregadores.
No caso de gorjetas – a Lei das Gorjetas- ainda se estabelece que os empregados eleitos 
para compor a comissão terão estabilidade desde o registro da candidatura até um ano após 
o fim do mandato, que é de um ano, podendo ser despedidos por motivo disciplinar, técnico, 
econômico ou financeiro.
A Lei das Cooperativas, nos termos do artigo 55 da Lei n. 5764/71, bem como a OJ 253 
da SDI-TST, estenderam a garantia provisória aos empregados de empresas que sejam eleitos 
diretores de sociedades cooperativas por eles criadas.
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7. legislAção do CpC A ser revisAdA
DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de 
pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabeleci-
mento bancário, oficial onde houver situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor 
por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação 
de recusa.
§ 2º Decorrido o prazo do § 1º, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a mani-
festação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do 
credor a quantia depositada.
§ 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser 
proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do 
depósito e da recusa.
§ 4º Não proposta a ação no prazo do § 3º, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo 
o depositante.
Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à 
data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor 
continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencen-
do, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.
Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá:
I – o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias con-
tados do deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3º;
II – a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação.
Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem 
resolução do mérito.
Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, 
será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de 
lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição 
inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito.Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que:
I – não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida;
II – foi justa a recusa;
III – o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
IV – o depósito não é integral.
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar 
o montante que entende devido.
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Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) 
dias, salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato.
§ 1º No caso do caput, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, 
com a consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela con-
trovertida.
§ 2º A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que pos-
sível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o 
cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária.
Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o 
réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios.
Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação.
Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor 
requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito.
Art. 548. No caso do art. 547 :
I – não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em arrecadação de 
coisas vagas;
II – comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano;
III – comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, 
continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o pro-
cedimento comum.
Art. 549. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que couber, ao resgate 
do aforamento.
8. revisão gerAl de prinCípios do direito do trAbAlho pArA embAsAmen-
to dA peçA proCessuAl e Questões subjetivAs
Funções dos Princípios
Descritiva Interpretativa/Integrativa Normativa
Os princípios atuam aqui 
ajudando na descrição da 
norma futura, servindo 
como espelho para o 
legislador. Por isso que o 
princípio “descreve” o que 
deve ser feito.
Na interpretação, existe 
uma lei e o princípio auxilia 
na máxima utilização da 
norma. Na integração, ele 
age na ausência de norma 
sobre o tema. Por isso que, 
nesse último, é uma função 
supletiva.
O princípio se transforma 
efetivamente numa norma 
jurídica.
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Princípio da proteção: Esse princípio visa proteger a parte mais frágil/vulnerável da rela-
ção, buscando propiciar aqui uma situação de equilibrar a relação jurídica. Visa proteger os 
trabalhadores, daqui emanando uma série de princípios, principalmente relacionados com 
sua condição econômica e social mais fragilizada ou desfavorável. Esse princípio é respon-
sável por justificar a existência do Direito do Trabalho, pois limitará as relações privadas, in-
terferindo na autonomia da vontade. Destaca-se a posição clássica do uruguaio Américo Plá 
Rodriguez, referência no estudo de princípios e mencionado pela melhor doutrina. Ele aponta 
que o princípio da proteção é o carro-chefe. Inclusive, a observação desse jurista é cobrada 
em provas, pois afirma existirem três dimensões do princípio da proteção. Na dúvida, em re-
gras de direito material, favorece-se o trabalhador, daí porque se deve aplicar tanto a norma 
como a condição mais benéfica. Trata-se: in dubio pro operario, aplicação da norma mais 
benéfica, aplicação da condição mais benéfica. In dubio pro societate é a favor da sociedade, 
que não se encaixa na proteção do trabalhador.
Obs.: � Quando se trata de direitos fundamentais, existem teorias sobre sua aplicação: 
teoria da horizontalização, verticalização e diagonalização. As duas primeiras são 
conhecidas, tratando-se da relação Estado e indivíduo e entre os indivíduos. A diago-
nalização surge exatamente quando uma das partes está em situação desfavorável 
econômica, jurídica ou socialmente e é preciso equilibrar as forças. Com isso, existe 
a diagonalização. O TST já adotou essa tese. Isso em nome de preservar o princípio 
da proteção.
Princípio da norma mais favorável: Esse princípio norteia o direito do trabalho em três 
grandes níveis: 1) quando forem elaborar a norma, devem observar, entre as condições pos-
síveis, a mais favorável para o trabalhador; 2) quando duas ou mais regras concorrerem, 
devem levar em consideração a norma mais favorável ao trabalhador; 3) quando for inter-
pretar determinada norma, tem que levar em consideração aquela que for mais favorável 
ao trabalhador. O Brasil, após a Reforma Trabalhista, considera que o ACORDO COLETIVO 
prevalecerá sempre sobre a CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, apesar de, em determi-
nado caso, trazer uma situação menos favorável. Por isso, que muito se questiona sobre sua 
constitucionalidade. Porém, na prova objetiva, marcar como correta a premissa da Reforma 
Trabalhista, no artigo 620 da CLT.
Princípio da imperatividade das normas trabalhistas: As normas trabalhistas são consi-
deradas como direitos fundamentais sob a roupagem de direitos sociais. Como reflexo desse 
princípio, podemos entender que ele representa a restrição à autonomia da vontade inerente 
ao contrato de trabalho, em contraponto à soberania da vontade contratual das partes que 
prevalece no Direito Civil. É tida como instrumento que assegura as garantias fundamentais 
do trabalhador, em face do desequilíbrio de poderes inerentes ao contrato de emprego.
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Ação de Consignação em Pagamento
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Princípio da indisponibilidade das normas trabalhistas: Pode-se dizer que ele é uma decor-
rência do princípio da imperatividade. Isso porque a doutrina faz uma divisão dos direitos de 
indisponibilidade absoluta ou relativa. É por isso que esse princípio também é conhecido como 
da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas. Esse nome é criticado, pois há direitos que são 
passíveis de renúncia ou passíveis de transação, como está no artigo 472, §2, da CLT:
Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes inte-
ressadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação.
Princípio da condição da norma mais benéfica: Nesse ponto, registra-se a Súmula 51 do 
TST, recorrente nas provas:
JURISPRUDÊNCIA
NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 
DA CLT I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas 
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após

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