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Trabalho Projeto Integrador - Pronto - Parte I

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CENTRO UNIVESITÁRIO REDENTOR
GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA
ANNY FERREIRA, CAMILLY NAVARRO, CAROLINE RODRIGUES, FRANCIRLÉIA MANHÃES, GRAZIELA GONÇALVES, JÉSSICA TAVARES, LUANA MARTINS E
RENATA NEVES
HIPERTENSÃO ARTERIAL
15
Itaperuna – RJ
2020
ANNY FERREIRA, CAMILLY NAVARRO, CAROLINE RODRIGUES, FRANCIRLÉIA MANHÃES, GRAZIELA GONÇALVES, JÉSSICA TAVARES, LUANA MARTINS E RENATA NEVES
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Trabalho em forma de artigo sobre a hipertensão arterial, com o objetivo de explicar sobre o assunto e incentivar as pessoas a terem métodos mais saudáveis para evitar a hipertensão arterial, Projeto Integrador, Centro Universitário Redentor, Graduação em Fonoaudiologia.
	
Professor (a): Annabelle de Fátima Modesto Vargas 
Itaperuna – RJ
2020
Sumário
Introdução	4
Objetivo	5
Método	5
Referencial Teórico	5
Conclusão	12
Referências Bibliográficas	13
Apêndices 	16
INTRODUÇÃO
A atual sociedade vive em constante mudança e como consequência os indivíduos são afetados por essas mudanças, sejam nas suas condições de vida, saúde e nutrição. Dentre as principais mudanças destaca-se a ascensão da obesidade. Nas últimas décadas, as taxas de indivíduos obesos vêm aumentando alarmantemente em diversos países. A obesidade avança em todas as faixas etárias e classes sociais, e, é um dos problemas médicos mais comuns na sociedade. O excesso de peso é um determinante para o surgimento de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes, distúrbios do colesterol ou triglicerídeos e certos tipos de câncer. Somam-se, ainda, prejuízos psicossociais relacionados à questão da discriminação a indivíduos sob esta condição patológica. Estima-se que os gastos públicos com a enfermidade consumam de 2% a 7% dos orçamentos de saúde nos países desenvolvidos (FERREIRA e MAGALHÃES, 2006).
De acordo com a pesquisa VIGITEL Brasil 2016 realizada pelo Ministério da Saúde, o diagnóstico de hipertensão arterial aumentou 14,2% no Brasil nos últimos 10 anos. A obesidade é apontada como um dos principais fatores de risco para HA, em adultos e crianças. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016). O Ministério da Saúde (2019) afirma que: “A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias.”. Segundo Simões e Schmidt (1996), é um fator de risco para as doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e doença renal.
Paixão, Da Silva e Camerini (2010) destacam que os demais sintomas da hipertensão arterial são dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. Segundo Lessa (2010), a doença pode não apresentar sintomas, sendo assim silenciosa. A hipertensão arterial, afeta de 01 a cada 04 pessoas da população brasileira (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019), esse número é bastante expressivo, pois é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, dentre outras (MAGALHÃES et. al, 2010). 
De Carvalho et al. (2013) destacam que, no Brasil, salientam que 17,6% das internações são por razão da HAS (hipertensão arterial sistêmica) e que os custos das internações, equivalem a 5,9% dos recursos disponibilizados pelo SUS. Destacam-se como os principais fatores de risco para o desenvolvimento da HAS: hereditariedade, idade, raça, obesidade, estresse, vida sedentária, álcool, sexo, anticoncepcional e ingestão sódio de forma exagerada. A HAS também está correlacionada ao estilo de vida que o indivíduo leva, através dele, pode-se evitar diminuir e até mesmo tratar a doença através da adoção de hábitos saudáveis.
OBJETIVO
Realizar uma palestra educativa sobre a hipertensão, abordando o tema de maneira clara e específica, visando conscientizar a população a conhecer as causas e as consequências da hipertensão como doença que se encaixa em um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, articulando à Fonoaudiologia. 
MÉTODO
A palestra será realizada na UBS CEHAB que fica localizada no município de Itaperuna/RJ. Além disso, apresentaremos panfletos explicativos com informações que buscamos através de pesquisas por meio de artigos publicados. A palestra tem o intuito de criar uma interação com o público que estiver disponível no momento, que será o público-alvo, daremos um espaço para que as pessoas possam responder a perguntas feitas. Sendo o objetivo principal alertar de modo geral o perigo da hipertensão, que muitas das vezes é silenciosa. 
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo as informações obtidas pelo Ministério da Saúde, a hipertensão Arterial é uma doença crônica degenerativa. É uma síndrome caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, associados a alterações metabólicas, hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofia cardíaca e vascular). A doença é um fator de risco para as doenças cardiovasculares, acidente vascular encefálico (AVE) e doença renal (PAIXÃO, DA SILVA e CAMERINI, 2010). 
	De acordo com Paixão, Da Silva e Camerini (2010), os demais sintomas da HA são dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. Mas a doença pode não apresentar sintomas e assim é chamada hipertensão arterial silenciosa. A prevalência estimada de hipertensão no Brasil, atualmente é de 37% da população, que corresponde a 17 milhões de brasileiros, sendo assim, é mais provável ela atingir pessoas acima de 40 anos. As pessoas que tem o risco maior de desenvolver a hipertensão arterial são pessoas obesas, sedentárias, aquelas que apresentam colesterol alto, diabetes e também as que se estressam facilmente. 
	A hipertensão arterial é um grande problema para a saúde pública, por causa do seu risco e a dificuldade no controle, já que também muitas pessoas não compreendem a doença e o tratamento medicamentoso. São vários os fatores que podem estar associados à elevação da pressão arterial como tabagismo, envelhecimento, o estresse, histórico familiar, peso, fatores dietéticos e muitos outros, o que é preocupante. A questão sobre o consumo de sal é muito complexa, já que a ingestão diária varia substancialmente e pode subestimar a quantidade de sódio ingerida, fazendo com que não leve em consideração as diferenças interpessoais na adição de sal. E não só isso, envolve muitos outros fatores. (MOLINA, 2003)
	Segundo Molina (2003) um dos maiores obstáculos para a redução da quantidade de sal na dieta dos hipertensos é o alto teor de sódio existente nos alimentos processados e nas comidas preparadas em restaurantes. Em um mundo em que as pessoas ativas fazem boa parte das refeições fora de casa, não é fácil adotar dietas restritivas como a proposta pelos estudos, por isso devemos estar sempre atentos quanto a isso, já que a hipertensão é uma doença que ataca homens, mulheres e crianças. Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito.
	De acordo com Magalhães et al. (2010) as modificações no estilo de vida é o ponto chave para a prevenção de qualquer tipo de doenças, é necessário consumir alimentos com baixo teor de gordura e sódio, inserindo na alimentação frutas, verduras, legumes, fibras e proteínas de origem vegetal. A ingestão em excesso de sódio tem sido relacionada diretamente com a elevação da PA, a ingestão do álcool também entra nessa estatística, além de estar relacionado com a mortalidade cardiovascular em geral. Manter o peso corporal normal é de extrema importância para a prevenção da HA, para os indivíduos acima do peso, devem ser estimulados a perder peso, e aos não hipertensos, recomenda-se a mesma medidacomo forma de prevenção. Destacando que a mortalidade e o risco de doenças cardiovasculares são duas vezes maiores nos indivíduos sedentários, além do controle do estresse e a cessação do hábito de fumar (MAGALHÃES et al., 2010). 
Devido à relevância do problema, medidas de contenção foram implementadas, não apenas com ênfase no diagnóstico e tratamento das pessoas já hipertensas e para os que se encaixam no grau de risco, mas o foco principal é na implementação de estratégias populacionais com grande alcance no intuito da prevenção do aparecimento da doença, ou seja, a prevenção primária (MAGALHÃES et al., 2010). 
Conforme Magalhães et al. (2010) a prevenção primária consiste em ações e estratégias de atuação em etapas que antecedem o surgimento de doenças, ou seja, com base nos fatores de risco, de forma a impedir ou retardar o desenvolvimento da mesma. Essas ações incluem medidas gerais de promover a saúde, como por exemplo, campanhas educacionais, recomendações e intervenções ou medidas de proteção específica, como imunizações e profilaxia medicamentosa, voltadas para a população com maior risco de desenvolvimento da doença. 
As ações de promoção de saúde têm foco na educação e no conhecimento da hipertensão, visando preveni-la e tem como alvo atingir a população em geral. Podem ser realizadas através de campanhas educativas (jornais, revistas, cartilhas, TV, rádio, etc.), tendo como alvo conscientizar a população geral a adotar hábitos saudáveis e consequentemente diminuir, retardar ou até mesmo impedir o aparecimento dos fatores de risco para a hipertensão arterial, ou seja, o início de todo o processo. Quando seus resultados são positivos, tem enorme alcance e contribuem para a melhoria da qualidade de vida e da saúde da população (MAGALHÃES et al., 2010). 
As ações propostas para atingirem os portadores e grupos de pessoas suscetíveis e com maior risco de desenvolver a hipertensão sejam eles genéticos ou ambientais e destacando nesse os indivíduos que possuem histórico familiar de hipertensão e aqueles com cifras pressóricas em faixa normal- alta, consideradas como pré-hipertensão, resultados mostram que as modificações no estilo de vida demonstram perfeitamente ser eficaz em prevenir ou retardar o início da hipertensão, alguns casos, se faz essencial o tratamento farmacológico. Dentre essas ações, ficam evidenciadas aquelas que possuem maiores benefícios, comprovadas por estudos clínicos, como a manutenção ou alcance do peso corporal normal, prática regular de atividade física e a alimentação saudável e balanceada (MAGALHÃES et al., 2010).
De acordo com Magalhães et al. (2010) no Brasil, as doenças cardiovasculares tem sido a principal causa de morte, segundo dados de estudos, em 2007, 74,1% foram causados pelas doenças cerebrovasculares, doença isquêmica do coração e doença hipertensiva. Pesquisas mostram que a aterosclerose se inicia da infância podendo progredir até a vida adulta. 
De acordo com Rodrigues et al. (2018) o aumento desses índices está associado a hábitos alimentares ruins, redução ou ausência da prática de atividades físicas. Na infância e adolescência, o desenvolvimento precoce da obesidade, somado ao sedentarismo, aumenta o surgimento da hipertensão arterial.
O tratamento da hipertensão pode ser realizado de forma farmacológica e não farmacológica (MIRANDA et al.,2002). O tratamento com medidas não-farmacológicas inclui medidas como redução de peso, realização de exercícios físicos, redução do consumo de sódio e diminuição do stress na vida diária (CAVALCANTE et al., 2007). O tratamento com substâncias farmacológicas inclui principalmente o uso de drogas anti-hipertensivas, como bloqueadores dos receptores de angiotensina, betabloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio e diuréticos (FAJARDO, 2006).
Indivíduos hipertensos passam a utilizar medicamentos por toda a vida e, atualmente, já existem relatos sobre os efeitos colaterais dos anti-hipertensivos na qualidade de vida do indivíduo. Dentre os diversos efeitos colaterais já descritos, são mencionadas as alterações de trato vocal (FRANCO, 2002; RIBEIRO et. al, 2013). De acordo com Abaza et al. (2007) os medicamentos diuréticos podem causar desidratação do trato vocal e, quando combinados com outros medicamentos hipertensivos, como as angiotensinas e os inibidores de enzima conversora (captopril e enalapril) podem gerar rouquidão, tosse e afonia. Outra consequência da desidratação do trato vocal é a presença de xerostomia. Estudo internacional mostra que a hipofunção salivar pode aumentar o esforço durante a fonação e causar modificações em alguns parâmetros, como na extensão vocal referente a pitch e loudness (ROH, KIM e KIM, 2006). Alterações de voz podem influenciar negativamente na autoavaliação vocal. Atualmente, há protocolos bastante sensíveis que investigam o impacto de uma possível disfonia na vida do indivíduo, como a “Qualidade de Vida em Voz" (QVV) (GASPARANI, 2009).
De acordo com Magalhães et al. (2010) as doenças cardiovasculares são responsáveis por grande parte das internações frequentes com custos médicos e socioeconômicos elevados. Devido a este número, é considerada um dos mais importantes fatores de riscos para as doenças cardiovasculares, além das enormes e alarmantes taxas de mortalidade. Jacques e Cardos (2011), afirmam que o Acidente Vascular Encefálico (AVE) provoca inesperada alteração neurológica, ocorre pela privação do fluxo sanguíneo em áreas encefálicas, a qual impede o suprimento de oxigênio e nutrientes, acarretando danos ao tecido neuronal. O AVE pode ser classificado como isquêmico ou hemorrágico. Dentre as doenças encefálicas, o AVE é a mais comum, causando uma série de comprometimentos motores, sensoriais, mentais, perceptivos e de linguagem, dependendo da área cerebral e da extensão acometida (JAQUES e CARDOS, 2011).
O AVE é uma das maiores causas de morte. Pincipalmente para aqueles indivíduos que são portadores da hipertensão arterial. O tratamento do AVC tem avançado muito a cada dia que passa, mas o controle da (HA) é um grande e importante papel para a prevenção do AVE. Cerca de 80% dos AVE estão relacionados a (HA) que pode gerar demências, infartos, hemorragias, entre outros. O cérebro é o mais atingido pelas consequências que a HA causa, e com o alto descontrole da pressão arterial pode gerar um AVE com grandes sequelas como infarto cerebral, hemorragia cerebral, com isso o paciente pode perder completamente ou apenas alguns movimentos do corpo, pode também ocorrer uma paralisia, com várias consequências, sendo a morte ou alguma sequela grave que pode se ocorrer a perda auditiva. A Hipertensão Arterial Sistólica e a Hipertensão Arterial Diastólica afetam o cérebro causando lesões, também a um estudo com resultados positivos que o controle da Pressão Arterial é essencial para evitar que ocorra as perdas cognitivas (GAGLIARD, 2009).
Segundo Marchiori (2006) a maioria das perdas auditivas adquiridas em adultos surge gradualmente e é capaz de dificultar a recepção da linguagem oral. Como fator desencadeante dessa perda progressiva da audição pode-se citar a hipertensão arterial, afirmam que a hipertensão é responsável por doenças como acidente vascular cerebral, insuficiências cardíacas, renal e vascular periférica. Segundo o mesmo autor a perda auditiva associada a hipertensão arterial, tem sido um importante objeto de estudos nas últimas décadas, com o avanço da idade cresce o número de doenças crônicas, sendo a hipertensão arterial indicativo da perda auditiva com grande relevância, principalmente na população idosa acima dos 65 anos de idade. Portanto conclui-se que a perda auditiva relacionada ao aumento da pressão arterial, deve ser observada com cautela, devido ao pouco conhecimento sobre o assunto abordado. A pressão arterial elevada não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada, conforme práticas e estilo de vida já citados anteriormente.
Pessoas acometidas por Acidente Vascular Cerebral (AVC) podem adquirir além da perda auditiva, dificuldades ao falare problemas de disfagia. A deglutição é considerada função vital para o organismo humano e é decorrente de um complexo mecanismo neuromotor automatizado, que tem como finalidade transportar o alimento da porção anterior da boca ao estômago. Disfagia ou dificuldade para deglutir é a sensação de retenção dos alimentos em seu trajeto da boca até o estômago. A disfagia só aparece durante ou poucos segundos depois de iniciada a deglutição (PADOVANI et al., 2007 ).
Kunst et al. (2013, p. 1712) cita que:
A afasia é tradicionalmente definida como um distúrbio adquirido da linguagem causado por lesão ou disfunção encefálica, que pode estar associado ou não a outras alterações cognitivas, interferindo na capacidade de processamento e/ou produções linguísticas. Trata-se de uma das alterações neurológicas mais comuns após lesão focal adquirida no sistema nervoso central, em áreas responsáveis pela linguagem compreensiva e/ou expressiva, oral e/ou escrita.
A afasia é originária das lesões cerebrais que podem ter sido causadas por fatores externos ao organismo, como por exemplo, um traumatismo crânio-encefálico ou doenças infecciosas, ou, quando causada por fatores internos ao organismo, como o acidente vascular encefálico (AVE) ou tumores. A causa mais frequente da afasia é o AVE na idade adulta (KUNST et al., 2013). 
A finalidade do tratamento da disfagia é facilitar a passagem de alimentos e bebidas e evitar a aspiração. Ter atenção a estas possíveis complicações é de crucial importância. Assim, é importante identificar o risco de aspiração quando se discute as opções de tratamento. O tratamento para reabilitação da disfagia deve ser oferecido na medida em que for tolerado (SILVA, 2007). Segundo Padovani et al. (2007 p. 199):
O fonoaudiólogo ingressa na equipe atuando de forma multi e interdisciplinar, com o objetivo de prevenir e reduzir complicações, a partir do gerenciamento da deglutição e da comunicação, de maneira segura e eficaz. A contribuição da Fonoaudiologia busca ampliar as perspectivas prognósticas, com a redução do tempo de internação e a redução na taxa de re-internações por pneumonia aspirativa, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
De acordo com Silva (2007) a orientação fonoaudiológica compreende mudanças no posicionamento do paciente, mudanças de volume, sabor, consistência e temperatura do bolo alimentar, realização de exercícios de mobilidade, de tonicidade e de sensibilidade oral, manobras posturais ou compensatórias. A higiene oral dos pacientes com disfagia também precisa ser cuidadosamente orientada, mesmo quando não estiver sendo oferecida dieta oral. Para Silva (2007) o tratamento baseia-se nas intervenções na causa base da disfagia que, frequentemente, é representada pelo tratamento das doenças associadas.
Kunst et al. (2013) ressalta que além das limitações relacionados à linguagem, o estado emocional, a falta de memória, o uso de medicamentos, a depressão entre outros, agravam o estado do paciente. 
Weiss e Labigalini (2013 p. 2), afirma que:
A perda da autonomia nos sujeitos afásicos e as suas consequências de dependência é uma outra forma de expressão das incapacidades resultantes das lesões cerebrais, ocasionando ansiedade, depressão, distúrbios motores, sensoriais, cognitivos e de comunicação, propicia limitações para o retorno ao trabalho produtivo e na vida social.
	
A reabilitação tem grande importância para o retorno do individuo na vida social, uma vez que esta ajuda a diminuir os efeitos da afasia e restauração da linguagem (WEISS E LABIGALINI, 2013). E Kunst et al. (2013) afirma que a atuação do Fonoaudiólogo tem como propósito a reabilitação da comunicação do paciente, analisando sempre suas limitações, seu estado físico e mental. Para Kunst et al. (2013 p. 1713): “A reabilitação do paciente afásico, por meio da terapia fonoaudiológica, deve ser científica, humana, sistemática e plástica, compreendendo o ser humano em sua totalidade.”. 
CONCLUSÃO
Portanto conclui-se que a hipertensão arterial é uma doença e também um dos maiores fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças, principalmente o acidente vascular encefálico (AVE) e problemas cardíacos, como, por exemplo, o infarto agudo do miocárdio. Mudanças no estilo de vida são fundamentais para uma qualidade de vida saudável nos dias de hoje e também como forma de prevenção e tratamento para a HA. 
Por se tratar de uma patologia que não tem cura, tem causas multifatoriais e que pode acometer todas as faixas etárias, é primordial a promoção de campanhas informativas e educativas, através de palestras, propagandas, entre outros meios para que a população obtenha conhecimento, já que geralmente esta enfermidade muitas vezes é silenciosa e desconhecida pela grande maioria e através do conhecimento, obtenha mudança de hábitos e cuidados, evitando assim o desenvolvimento da hipertensão. 
 Através de pesquisas, pode-se destacar a importância do Fonoaudiólogo junto à hipertensão, a necessidade desse profissional da área de saúde em dar maior atenção à qualidade de vida dos pacientes. A avaliação e a administração da equipe fonoaudiologica simultânea ao trabalho da equipe multidisciplinar, são de fundamental importância para os pacientes acometidos por AVE, já que o Fonoaudiólogo é responsável por avaliar e reabilitar as funções comprometidas parcialmente ou totalmente, dependendo do grau de comprometimento da área afetada, tendo como foco minimizar as complicações decorrentes da hipertensão arterial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRASIL. Ministério da Saúde. VIGITEL BRASIL 2016 – Hábitos dos Brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta a prevalência de diabetes e hipertensão. Disponível em: <https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/abril/17/Vigitel.pdf>. Acesso em 28 de abril de 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Hipertensão afeta um a cada quatro adultos no Brasil. Portal Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: <www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45394-hipertensao-afeta-um-a-cada-quatro-adultos-no-brasil>. (acessado em 18 de abril de 2020)
BRASIL. Ministério da Saúde. Hipertensão (pressão alta): o que é, causas, sintomas. Diagnóstico, tratamento e prevenção. Portal Ministério da Saúde, s/d. Disponível em: <https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/hipertensao>. Acesso em 03 de abril de 2020.
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DE CARVALHO, Maria Virgínia et al. A Influência da Hipertensão Arterial na Qualidade de Vida. Arq Bras Cardiol, v. 100, n. 2, p. 164-174, 2013.
FAJARDO, Carolina. A importância da abordagem não-farmacológica da hipertensão arterial na Atenção Primária à Saúde. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, v. 1, n. 4, p. 107-118, 2006.
FERREIRA, VANESSA ALVES; MAGALHÃES, ROSANA. Obesidade no Brasil: tendências atuais. Rev Port Saúde Pública, v. 24, n. 2, p. 71-81, 2006.
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