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INFRA TI-UNIDADE 2

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44
Unidade II
Unidade II
3 TOMADA DE DECISÃO E INTELIGÊNCIA ARTIFICAL
3.1 Sistemas de suporte a decisão
3.1.1 Decisões: conceitos e tipos
Sobre a tomada de decisão, Costa Neto (2007, p. 1) afirma que:
Decidir é uma ação à qual pessoas e entidades estão permanentemente 
submetidas. As decisões podem variar das mais simples, como “que camisa 
usarei hoje”, às mais complexas, como a de uma grande organização que 
deve optar se compra ou não os ativos de uma outra empresa, com todas 
as vantagens e dificuldades que isso pode representar. A este respeito, dois 
pontos devem ser comentados desde já. O primeiro diz respeito à tendência 
que muitos executivos têm de confiar cegamente na sua capacidade 
de decidir com base na experiência ou na intuição, sem levar em conta 
informações e metodologias que lhes permitam ter muito mais clareza e 
eficácia naquilo sobre o que decidem. É evidente que, em muitos desses 
casos, o resultado pode ser adverso, para desagradável surpresa dessas 
sumidades. O segundo ponto a deixar claro é que nem sempre a melhor 
decisão conduz ao melhor resultado. Isto decorre de que, muitas vezes, há 
informações e realidades que não estão disponíveis ao decisor no momento 
em que faz a sua opção. Ou seja, em geral influi no resultado de uma decisão 
o famoso “fator sorte”, que pode agir positiva ou negativamente, e que, 
em última análise, embute os efeitos de diversos fatores desconhecidos, 
devido às causas ditas aleatórias, impedindo uma tomada de decisão 
perfeita e isenta de erros. Não se deve, portanto, avaliar a qualidade de uma 
decisão e do método em que foi baseada apenas em consequência dos seus 
resultados. Uma coisa, entretanto, se pode afirmar: é muito mais provável 
que se colham melhores resultados com decisões tomadas com o amparo de 
técnicas adequadas, em condições favoráveis, do que através daquelas feitas 
sem esses devidos cuidados.
Cada nível hierárquico dentro de uma corporação demanda um tipo de decisão diferente, tendo 
como base os diversos tipos de informação resultante dos sistemas de informação. A figura a seguir 
mostra os níveis hierárquicos de uma corporação.
45
INFRAESTRUTURA DE TI
Nível 
estratégico
Nível 
tático ou gerencial
Nível 
operacional
Figura 15 – Níveis hierárquicos na tomada de decisão
Para cada nível hierárquico há um tipo de decisão diferente. Para o nível estratégico (mais alto de 
gerência), temos as decisões não estruturadas. Para o nível tático, temos as decisões semiestruturadas. 
Para o nível operacional (mais baixo de gerência), temos as decisões estruturadas.
As decisões não estruturadas em geral são inusitadas, importantes e não rotineiras. A classificação 
não estruturada quer dizer que os problemas enfrentados ao tomar essa decisão são aqueles em que 
pouco se conhece sobre suas causas e relações. Por isso ela é mais comum aos níveis mais altos de 
gerência, uma área normalmente estratégica.
 Observação
O nível estratégico sempre nos remete ao futuro e a questões de longo prazo.
As decisões estruturadas são normalmente repetitivas e rotineiras. Elas sempre envolvem procedimentos 
predefinidos e bem comuns aos níveis mais baixos de gerência. Essas decisões relacionam‑se à resolução 
de problemas estruturados, ou seja, aqueles em que se conhecem causas e efeitos.
Já as decisões semiestruturadas têm características das estruturadas e das não estruturadas, sendo 
associadas aos níveis táticos.
As decisões precisam também ser baseadas em fatos e dados, em vez de palpites ou opiniões subjetivas 
sem qualquer embasamento técnico. No processo de tomada de decisão é importante transformar os 
dados em informações, bem como transformar as informações em conhecimento.
É justamente daí que nasce a necessidade dos sistemas que suportam as decisões para tomar as 
melhores decisões, resolver problemas e ajudar as corporações a atingir os seus objetivos. O desempenho 
desses sistemas depende da qualidade das decisões e da complexidade dos problemas.
46
Unidade II
Os sistemas de apoio à decisão são ferramentas vitais para a evolução do processo de tomada de 
decisão dentro dessa nova realidade empresarial, pois as atividades empresariais e as necessidades dos 
clientes estão em constante mutação, o que torna as decisões um fator de suma importância.
Os sistemas de suporte a decisão podem se dividir em dois tipos, descritos a seguir.
• Sistema de Informação Gerencial (SIG): um conjunto integrado de pessoas, procedimentos, 
bancos de dados e dispositivos que fornece aos gerentes e aos tomadores de decisão informações 
que ajudam a alcançar os objetivos organizacionais. É projetado para problemas estruturados.
• Sistema de Apoio à Decisão (SAD): é semelhante ao SIG, mas é projetado para decisões 
não estruturadas.
3.1.2 Processo de tomada de decisão
A tomada de decisão não é algo fácil, trata‑se de um processo efetuado de modo racional, em que 
devem ser utilizadas técnicas por meio das quais se pode atingir os objetivos organizacionais.
Alguns fatores devem ser considerados para que as decisões sejam tomadas com alto grau de 
qualidade. Por isso, Costa Neto (2007) estabelece que as decisões precisam ser tomadas de forma 
racional, como fruto de um cuidadoso processo de reflexão, baseadas na experiência, visando ao futuro, 
fundamentando‑se em indicadores e sem deixar de ser criativas e inovadoras.
A presteza na tomada de decisão mostra‑se fundamental no dia a dia de um empreendedor devido 
a toda incerteza associada aos cenários com os quais ele se depara. Por isso o processo de tomada de 
decisão e resolução de problemas deve acontecer em cinco fases.
• Primeira fase (inteligência): consiste em descobrir, identificar e entender os problemas 
(organizacionais, tecnológicos e humanos) que estão ocorrendo na organização.
• Segunda fase (projeto): envolve a identificação e investigação das várias soluções possíveis para 
o problema.
• Terceira fase (escolha): consiste em escolher uma das alternativas de solução.
• Quarta fase (implementação): envolve fazer a alternativa escolhida funcionar.
• Quinta fase (monitoração): envolve o monitoramento da solução escolhida.
A figura a seguir apresenta a ideia desse processo.
47
INFRAESTRUTURA DE TI
Inteligência
Projeto
Escolha
Implantação
Monitoração
Solução do 
problema
Tomada de 
decisão
Figura 16 – Processos de tomada de decisão
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre o processo de tomada de decisão, 
estude os dois primeiros capítulos do livro indicado a seguir.
COSTA NETO, O. P. L. de (coord.). Qualidade e competência nas decisões. 
São Paulo: Blucher, 2007.
3.1.3 Sistemas de Informação Gerencial (SIG)
Sobre os Sistemas de Informação Gerencial (SIG), destaca‑se o seguinte:
O propósito principal do Sistema de Informação Gerencial é auxiliar uma 
organização a alcançar seus objetivos, fornecendo aos gestores uma percepção 
detalhada das operações regulares da organização para que possam controlar, 
organizar e planejar de forma eficaz (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 443).
Os SIGs representam um grande apoio à gestão empresarial, fazendo parte do processo de tomada 
de decisão tática. É comum alguns autores se referirem aos SIGs pelo seu acrônimo em inglês 
MIS (Management Information System), de forma a ser possível utilizar de forma indiscriminada SIG ou MIS 
para expressar o mesmo tipo de sistema.
48
Unidade II
A figura a seguir mostra o papel dos SIGs, além do seu fluxo de informações de uma organização.
Relatórios detalhados
Relatórios de exceções
Relatórios solicitados
Relatórios sobre os 
indicadores‑chave
Relatórios agendados
Inserções e 
listas de erros
Fornecedores 
e outros 
interessados
Funcionários
Sistemas de apoio 
às informações 
executivas
Sistemas de 
informações 
especializadas
Extranet 
corporativa
Intranet 
corporativa
Banco de 
dados de 
aplicativos
Banco 
de dados 
operacional
Banco 
de dados 
externos
Banco de 
dados internos 
corporativos
Banco de 
dados com 
transações 
válidas
Cadeiade fornecimento e 
transações empresariais
Sistemas de 
informação
Sistemas ERP 
e TPSs
Sistemas de apoio 
à decisão
Figura 17 – Sistema de Informação Gerencial
As informações utilizadas e geradas pelo SIG para a tomada de decisão da organização são 
estruturadas com base nas informações recebidas da operação e alinhadas à estratégia empresarial. 
Os dados e as transações do nível operacional são processados e se transformam em informações 
gerenciais e/ou táticas que serão utilizadas principalmente pela alta direção.
Esses sistemas utilizam dados sintetizados ou de forma agrupada das funções empresariais da 
organização e dos setores ou departamentos da organização, estando em sinergia com as demais 
unidades de negócio caso a organização tenha filiais ou departamentos separados que trabalhem de 
forma individualizada.
É comum afirmar que os SIGs auxiliam a média gerencial justamente por estar no nível tático, que 
está entre o estratégico e o operacional, trazendo, assim, o suporte para tomada de decisão estruturada 
(sendo a decisão estruturada para problemas estruturados).
49
INFRAESTRUTURA DE TI
Esse suporte ocorre a partir de relatórios gerados que mostram o desempenho da empresa, nas 
mais diversas áreas ou setores, a fim de se controlar e monitorar melhor a performance da operação do 
negócio como um todo, atuando de maneira proativa.
Os SIGs se interligam aos sistemas que trabalham no nível de operação (um sistema de processamento de 
transações, por exemplo) ou podem estar diretamente ligados ao ERP. As saídas dos sistemas que se situam 
na camada de operação são entradas utilizadas pelos SIGs, que podem possuir um banco de dados próprio.
Para a entrada, os SIGs também se utilizam de fontes externas de informações, incluindo clientes, 
fornecedores, concorrentes e acionistas, além de outros dados que não são entregues pelos STPs e pelo 
ERP. Como saída, os SIGs fornecem um conjunto de relatórios para os gestores.
 Observação
É possível que o leitor se pergunte: se o gerente precisa de uma 
informação, por que não a colher diretamente no sistema de processo de 
transações ou no ERP? O problema é que os relatórios fornecidos por esses 
sistemas apresentam vastas informações, algumas necessárias e outras 
desnecessárias, retardando, assim, a tomada de decisão.
Entre os principais benefícios dos SIGs, é possível citar:
• relatórios que proporcionam à organização analisar melhor as suas forças e fraquezas a partir da 
análise dos seus recursos, identificando aspectos que podem ajudar a empresa a melhorar seus 
processos de negócios e operações.
• disponibilidade dos dados do cliente e feedback, auxiliando a empresa a alinhar seus processos de 
negócio de acordo com as necessidades dos clientes.
• eficácia e eficiência na gestão de dados, contribuindo com o trabalho de diversas áreas da estrutura 
organizacional.
• velocidade na tomada de decisões táticas, contribuindo para a boa definição das ações operacionais 
e suportando as estratégias de negócios.
Os relatórios produzidos pelos SIGs podem ser classificados em:
• programados: produzidos numa periodicidade diária, semanal ou mensal;
• indicadores-chaves: resumem as tarefas fundamentais do dia anterior e estão disponíveis no 
início de cada dia de trabalho;
• sob demanda: criados para o fornecimento de informações requisitadas;
50
Unidade II
• de exceção: automaticamente gerados ao ocorrer uma situação incomum ou se requerer uma 
ação de gestão;
• detalhados: gerados para detalhar situações particulares.
3.1.4 Características e aspectos funcionais de um SIG
Entre as principais características de um SIG, vale citar a emissão de relatórios em formatos fixos, 
padronizados tanto em forma digital quanto em papel. Outra função interessante do SIG é o uso de 
dados internos (alojados nos sistemas computacionais) e externos (oriundos de fora do negócio).
Devido à própria característica dos ambientes organizacionais, os SIGs podem ser divididos segundo 
aspectos funcionais: por exemplo, nas áreas financeiras, de produção, comercial e de recursos humanos. 
Os relatórios desses SIGs são adaptados às funções individuais da organização.
A figura a seguir apresenta os SIGs a partir de seus aspectos funcionais.
Relatórios detalhados
Relatórios de exceções
Relatórios sob demanda
Relatórios sobre os 
indicadores‑chave
Relatórios programados
Relatórios detalhados
Relatórios de exceções
Relatórios sob demanda
Relatórios sobre os 
indicadores‑chave
Relatórios programados
Relatórios detalhados
Relatórios de exceções
Relatórios sob demanda
Relatórios sobre os 
indicadores‑chave
Relatórios programados
Relatórios detalhados
Relatórios de exceções
Relatórios sob demanda
Relatórios sobre os 
indicadores‑chave
Relatórios programados
Relatórios detalhados
Relatórios de exceções
Relatórios sob demanda
Relatórios sobre os 
indicadores‑chave
Relatórios programados
Extranet
Internet
Banco 
de dados 
externos
Banco de 
dados com 
transações 
válidas
Sistemas ERP 
e TPSs
Cadeia de suprimentos e 
transações empresariais
Cadeia de suprimentos e 
transações empresariais
Cadeia de suprimentos e 
transações empresariais
MIS 
financeiro
MIS 
financeiro
MIS 
comercial
MIS de 
recursos 
humanos
Outros MISs
O MIS de uma 
organização
Figura 18 – SIGs
51
INFRAESTRUTURA DE TI
Não por acaso, mas alinhado à maturidade percebida na gestão das finanças das organizações, 
o SIG financeiro é um dos mais importantes, pois fornece informações financeiras para as partes 
interessadas de forma geral na empresa. Os relatórios gerados por esse SIG podem auxiliar em pedidos 
de compras, pedidos de vendas, decisões simples relativas a investimentos e ofertas de ações, entre 
outras situações.
Segundo Stair e Reynolds (2011), o SIG financeiro executa tarefas como:
• integração de informações financeiras e operacionais das mais variadas origens;
• fornecimento de acesso facilitado a informações financeiras para os mais diversos usuários 
especializados ou não na área financeira, reduzindo o tempo de análise de dados;
• monitoramento e controle de informações relativas a fundos numa linha do tempo;
• disponibilidade imediata de dados financeiros, permitindo análises multidimensionais.
A figura a seguir apresenta a ideia de um SIG financeiro.
Demonstrativos 
financeiros
Utilização e gestão 
de fundos
Estatísticas financeiras 
para controle
GSS financeiro
Sistemas 
especializados 
de informações 
financeiras
Internet ou 
extranet
Banco de 
dados de 
aplicação 
financeira
Banco 
de dados 
operacional
Banco 
de dados 
externos
Banco de 
dados internos 
corporativo 
adicional
Banco de dados 
com transações 
válidas de cada 
TPS
Cadeia de fornecimento e 
transações empresariais
Cadeia de fornecimento e 
transações empresariais
Cadeia de fornecimento e 
transações empresariais
MIS 
financeiro
Sistemas ERP 
e TPSs
DSS financeiros
Clientes e 
fornecedores
Sistemas de custo e lucro/perda
Auditoria
Utilização e gestão de fundos
Contas a receber
Contas a pagar
Ativo
Gestão do faturamento
Livro‑razão
Figura 19 – SIG financeiro
52
Unidade II
Os principais relatórios fornecidos pelo SIG financeiro são: demonstrativos financeiros, utilização e 
gestão de fundos e estatísticas financeiras para controle. Os principais subsistemas desse SIG são: custo 
e lucro/preço, auditoria, utilização e gestão de fundos.
Outro tipo de SIG é o que se dedica à fabricação de produtos, conhecido como SIG de fabricação. Esses são 
dedicados ao monitoramento e ao controle de fluxo de materiais, produtos e serviços por toda a organização.
A figura a seguir apresenta a ideia de um SIG de fabricação.
Relatórios do controle 
de qualidade
Controle de processo
Relatórios JIT
Relatórios MRP
Programação de 
produção
Produção de CAD
ESS da fabricação
Sistemas de 
informações 
especializadas 
para fabricação
Intranet ou 
extranet
Banco de 
dados de 
aplicativos da 
fabricação
Banco 
de dados 
operacional
Banco 
de dadosexternos
Banco 
de dados 
internos
Transações de 
negócios e TPSs 
de transações 
válidas de cada 
TPS
Cadeia de fornecimento e 
transações empresariais
Cadeia de fornecimento e 
transações empresariais
MIS 
fabricação
Sistemas ERP 
e TPSs
DSS de fabricação
Clientes e 
fornecedores
Projeto e engenharia
Programação de produção
Controle de estoque
MRP (Sistema de planejamento 
de pedidos de materal) e MRP II
Just‑in‑time
Controle de processo
Controle de qualidade
Recepção e inspeção de estoque
Pessoal
Produção
Processamento do pedido
Figura 20 – SIG de fabricação
Os principais subsistemas do SIG de fabricação são: projeto e engenharia, cronograma mestre da 
produção, controle de estoque, requisição de material, controle de processo, controle de qualidade e 
testes. Os principais relatórios fornecidos por esse SIG são: relatórios de controle de qualidade, controle 
de processo, just‑in‑time, MRP, programação de produção e produção de CAD.
53
INFRAESTRUTURA DE TI
Com grande importância nos dias de hoje, o SIG de marketing, também conhecido como SIG 
comercial, é aquele que apoia tarefas relativas a administração no desenvolvimento do produto e 
decisões de preços, além de medir a eficácia da publicidade realizada pela organização.
A figura a seguir mostra um SIG comercial.
Vendas por cliente
Vendas por vendedor
Vendas por produto
Relatório de preços
Total de camadas de 
serviço
Satisfação do cliente
GSS comercial
Sistemas 
especializados 
de informações 
comerciais
Banco de 
dados de 
aplicativos 
comerciais
Banco 
de dados 
operacional
Banco 
de dados 
externos
Banco 
de dados 
internos
Bases de dados 
de transações 
válidas de cada 
TPS
Cadeia de fornecimento e 
transações empresariais
MIS 
comercial
Sistemas ERP 
e TPSs
DSS comercial
Pesquisa comercial
Desenvolvimento do produto
Promoção e publicidade do 
produto
Preços de produtos
Sistemas de 
processamento 
de pedidos
Figura 21 – SIG comercial
Os subsistemas do SIG comercial são: pesquisa comercial, desenvolvimento do produto, promoção e 
publicidade do produto e preços de produtos. Os relatórios gerados por esse SIG são: vendas por cliente, 
vendas por vendedor, vendas por produto, preços, satisfação do cliente e total de camadas de serviço.
Complementando os SIG por aspectos funcionais, tem‑se o SIG de recursos humanos, também 
conhecido como SIG de pessoal, que está relacionado a tarefas da área de RH e de departamento pessoal.
A figura a seguir apresenta a visão geral de um SIG de recursos humanos.
54
Unidade II
Relatório de benefícios
Pesquisas salariais
Relatório de programas
Treinamento para 
marcação de testes
Perfis de solicitação de 
trabalho
Relatórios de 
necessidades e 
planejamento
GSS recursos 
humanos
Sistemas 
especializados de 
informações para 
recursos humanos
Banco de 
dados para 
os recursos 
humanos
Banco 
de dados 
operacional
Banco 
de dados 
externos
Banco 
de dados 
internos
Bases de dados 
de transações 
válidas de cada 
TPS
Cadeia de fornecimento e 
transações empresariais
MIS 
recursos 
humanos
Sistemas ERP 
e TPSs
DSS recursos 
humanos
Necessidades e avaliações de 
planejamento
Recrutamento
Desenvolvimento de 
treinamentos e habilidades
Programação e designação
Benefícios do funcionário
Recolocação
Folha de pagamento
Sistemas de processamento 
de pedidos
Pessoal
Figura 22 – SIG de recursos humanos
3.1.5 Sistema de Apoio à Decisão (SAD)
Embora seja um pouco parecido com os SIGs, os Sistemas de Apoio à Decisão (SADs) suportam decisões 
estratégicas de negócio, contribuindo para a solução de problemas não estruturados e não rotineiros, ou seja, 
aqueles em relação aos quais não se conhece bem os relacionamentos e as consequências.
As entradas utilizadas nesses sistemas são provenientes de SIGs e de STPs, além de dados e 
informações oriundas do ambiente externo da organização, combinando, assim, fatores endógenos 
e exógenos ao negócio.
Os SADs atuam na resolução de problemas únicos e que sofrem alterações rápidas. Esses problemas 
não têm uma solução preconcebida, sendo justamente esse o motivo de sua utilização.
55
INFRAESTRUTURA DE TI
A figura a seguir apresenta o exemplo de um SAD de estimativa de transportes de uma subsidiária 
de grande empresa global.
Banco de dados de 
modelos analíticos
Consultas online
Arquivo sobre o 
navio (por exemplo, 
capacidade de carga 
e velocidade)
Arquivo de restrições 
de atracamento
Arquivo de custos 
de consumo de 
combustível
Arquivo de histórico 
de custo de 
fretamento do navio
Arquivo de aduana
Figura 23 – SAD de estimativa de transportes
A empresa que utiliza o SAD descrito na figura anterior opera com transporte de cargas a granel 
de carvão, petróleo, minérios e produtos acabados para a empresa‑mãe. Esse exemplo está descrito em 
Laudon e Laudon (2013, p. 45), que mostra o SAD responsável pelos detalhes financeiros e técnicos do 
transporte, incluindo uma relação de custo por navio/período de fretamento e taxas de frete para cada 
tipo de carga.
A operação desse SAD utiliza um computador potente interligado ao banco de dados de modelos 
analíticos que colhem informações sobre navios, restrições de atracamento, custos de consumo de 
combustível, histórico de custo de fretamento do navio e de aduana.
De forma geral, para cumprir o seu papel, os SADs precisam de regras de negócio e funções bem 
definidas no processo de tomada de decisão, além de necessitarem de contextos adequados para as 
decisões específicas. O SAD opera com uma base de conhecimento, também conhecida como base de 
modelos, que contém informações, subprogramas administrativos e sistemas geradores de relatórios.
56
Unidade II
3.2 Inteligência artificial
Inicialmente, destacamos o seguinte:
Desde que o termo inteligência artificial foi definido nos anos de 1950, 
especialistas discordam sobre a diferença entre a inteligência natural e a 
artificial. Os computadores podem ser programados para ter bom senso? 
Diferenças profundas separam a inteligência natural da artificial, mas 
elas declinaram em número. Uma das forças motoras da pesquisa em 
inteligência artificial é a tentativa de entender como as pessoas realmente 
raciocinam e pensam. Criar máquinas que possam raciocinar é possível 
somente quando entendermos realmente nossos processos de raciocínio 
(STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 419).
Todos os sistemas e soluções em tecnologias de informação capazes de simular ou duplicar as funções 
do cérebro humano, além de comportamentos e padrões humanos, são conhecidos como sistemas de 
inteligência artificial. A ideia dessas soluções é apresentar plataformas tecnológicas que demonstrem 
características inteligentes.
As principais características do comportamento inteligente que os sistemas de inteligência artificial 
tentam reproduzir com muitas dificuldades são:
• aprender com a experiência e fazer a aplicação de conhecimentos adquirido da experiência;
• lidar com problemas e resolver situações complexas;
• resolver problemas, mesmo que faltem informações;
• determinar o que é importante;
• reagir rápida e corretamente diante de novas situações;
• entender imagens;
• interpretar e manipular símbolos;
• ser criativo e imaginativo.
O quadro a seguir apresenta uma comparação entre a inteligência natural (humana) e a inteligência 
artificial (sistemas computacionais).
57
INFRAESTRUTURA DE TI
Quadro 1 – Relação entre a inteligência natural e a inteligência artificial
Capacidade
Inteligência natural Inteligência artificial
Baixa Alta Baixa Alta
Usar sensores x x
Ser criativo e imaginativo x x
Aprender com a experiência x x
Adaptar‑se a novas situações x x
Arcar com o custo de adquirir informação x x
Adquirir um grande volume de informações externas x x
Usar uma variedade de fontes de informações x x
Fazer cálculos complexos e rápidos x x
Transferir informações x x
Fazer cálculos rapidamente e com precisão x x
Fonte: Stair e Reynolds (2011, p. 420).
3.2.1 Especialidades da inteligênciaartificial
A inteligência artificial envolve diversas especialidades, sendo por isso uma área bastante 
multidisciplinar. Os principais ramos da inteligência artificial são: robótica, sistemas de visão, 
processamento da linguagem natural, reconhecimento de voz, sistemas de aprendizagem, sistemas de 
lógica difusa, algoritmos genéticos, redes neurais e o machine learning.
A robótica é o ramo que trata do desenvolvimento de dispositivos mecânicos ou computacionais que 
desempenham tarefas humanas, ramo em que é exigido alto grau de precisão, com atividades rotineiras 
e perigosas para as pessoas que a desempenham.
Os sistemas de visão são compostos por hardware e software que permitem a captura, o 
armazenamento e a manipulação de imagens por parte de um sistema computacional.
Os sistemas de processamento de linguagem natural e reconhecimento de voz são aqueles que 
permitem que um computador compreenda e reaja a declarações e comandos feitos em uma linguagem 
própria dos humanos. Normalmente, o processamento de linguagem natural corrige erros de soletração, 
converte abreviações e comandos.
Os sistemas de aprendizagem são aqueles que combinam hardware e software, permitindo ao 
computador mudar seu modo de funcionamento ou reagir a situações com base na realimentação 
que recebe.
Os sistemas de lógica difusa são tecnologias baseadas em regras próprias para trabalho com 
imprecisões, descrevendo um processo de modo linguístico e depois representando por meio de regras.
58
Unidade II
Os algoritmos genéticos são sistemas que encontram soluções ideais de um problema específico 
baseando‑se em métodos inspirados na biologia evolucionária, nas mutações e nos cruzamentos.
As redes neurais são sistemas computacionais que simulam o funcionamento de um cérebro humano. 
Esses tipos de sistemas utilizam um alto poder de processamento paralelo numa arquitetura própria 
parecida com a estrutura cerebral das pessoas. As redes neurais são utilizadas para resolver problemas 
complexos, com o uso de grande quantidade de dados, por meio do aprendizado de padrões e modelos.
Por fim, o machine learning corresponde a um conjunto de algoritmos que processam enormes 
quantidades de dados de forma a permitir que um determinado sistema tome decisões de forma autônoma.
4 INFRAESTRUTURA DE REDES DE COMPUTADORES
4.1 Componentes da infraestrutura de redes
4.1.1 Telecomunicações
Sem qualquer dúvida, as redes de computadores e as telecomunicações revolucionaram nas últimas 
duas décadas o uso da tecnologia da informação nas corporações. Desde o surgimento da internet, os 
processos de negócios não são mais os mesmos.
As redes criaram uma nova comunidade global, aproximando tantas pessoas até então tão distantes, 
possibilitando amizades e relacionamentos com pessoas do outro lado do mundo, sem qualquer atraso. 
Isso é possível graças os recursos que funcionam suportados pelas redes.
Hoje a veiculação de notícias ocorre numa velocidade impressionante, nunca antes vista. Estando no 
Brasil é possível acompanhar, online, fatos que se sucedem no Japão e vice‑versa. São tantas notícias e 
informações novas o tempo todo que às vezes torna‑se trabalhoso lidar com tantos dados que chegam 
até nós.
Suportadas pelas redes de computadores, as redes sociais têm causado uma verdadeira revolução 
no modo como as pessoas se relacionam, criando ambientes e comunidades colaborativas em que não 
apenas o fluxo de informação é importante, mas também voz e imagem.
As telecomunicações também impactaram intensamente o modo como se presta serviços. Um bom 
exemplo a ser citado é o modo como os bancos comerciais operam: não há mais tanta necessidade de 
ter a prestação de serviço bancário presencial (a não ser para se fazer saques em dinheiro), porque, por 
meio da internet, é possível fazer quase tudo (como pagamentos de boletos, transferências de fundos, 
aplicações em ações ou qualquer outro investimento).
Pode‑se definir telecomunicação como a transmissão efetuada entre duas entidades distantes por 
meio de sinais de comunicação, processo que permite às organizações realizar seus processos e tarefas 
por meio de redes efetivas de comunicação.
59
INFRAESTRUTURA DE TI
4.1.2 Redes de computadores
Uma rede de computadores significa um conjunto de componentes capaz de favorecer a troca de 
informações e o compartilhamento de recursos, interligados por um sistema de comunicação. As redes 
de computadores baseiam‑se nos princípios de uma rede de informações que, por meio de hardware e 
software, torna‑a mais dinâmica para atender as suas necessidades de comunicação. Os componentes 
de uma rede de computadores são: protocolos, meios de comunicação, mensagens e dispositivos.
Os protocolos representam as regras que regem o processo de comunicação entre os dispositivos. 
Eles normalmente são criados em um contexto descrito por um modelo ou padrão, não operando de 
forma isolada, mas totalmente interligados entre si, formando uma pilha de protocolos. Isso porque os 
computadores não somente utilizam um protocolo para se comunicar, mas vários.
Em redes de computadores, os principais modelos que agrupam protocolos são os modelos OSI (acrônimo 
do inglês Open System Interconnection) e TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol).
Desenvolvido entre o final da década de 1970 e o ano de 1984, a fim de interconectar sistemas 
abertos e segmentar a problemática das redes de computador em camadas, o modelo OSI foi criado pela 
ISO (International Organization for Standardization), uma das maiores organizações internacionais de 
padronização, atuando em diversas áreas de desenvolvimento tecnológico.
O modelo TCP/IP, também conhecido como Modelo DoD (Departamento de Defesa Norte‑Americano), 
foi criado para atender a necessidade de criação da rede de computadores da ARPA (Agência de Pesquisas 
e Projetos Avançados do Departamento de Defesa). Trata‑se de um modelo aberto e relativamente 
simples concebido como projeto em 1970, que traduz toda a problemática das redes em camadas, da 
mesma forma que o modelo OSI.
Outro modelo de protocolos, pouco conhecido e obsoleto, é o modelo SNA (Systems Network 
Architecture). Desenvolvido pela IBM em 1974, define o conjunto de protocolos de comunicação 
que utilizam os mainframes fabricados pela IBM. Ele agrupa os seus protocolos em sete camadas: 
controle físico, controle lógico do enlace, controle do caminho, controle de transmissão, controle de 
fluxo de dados, serviços de apresentação e serviços de transação.
Os meios de comunicação são os meios de transporte que permitem a transmissão de dados. Também 
são conhecidos como canais de comunicação. Eles dividem‑se em:
• meios confinados (ou guiados): quando o sinal está confinado em um cabo;
• meios não confinados (ou não guiados): quando o sinal se propaga pelo ar, por meio de ondas 
eletromagnéticas.
A mensagem é aquilo que se deseja transmitir entre a origem e o destino. A formação, a codificação 
e a formatação da mensagem obedecem a regras, conhecidas como protocolos.
60
Unidade II
Os dispositivos são os elementos responsáveis pela transmissão, pela recepção e pelo encaminhamento 
de dados. Eles estão divididos em:
• dispositivos finais: formam a interface entre os usuários e a rede de comunicação subjacente;
• dispositivos intermediários: conectam os hosts individuais à rede e podem conectar várias redes 
individuais para formar uma rede interconectada.
4.1.3 Meios físicos
Os meios físicos têm um papel fundamental nas redes de computadores: eles interligam origem e 
destino. A escolha/utilização de um determinado meio vai depender da velocidade desejada, do custo, 
da capacidade e desempenho oferecidos.
Um dos mais conhecidos meios físicos é o cabo de pares trançados, que consiste num conjunto de 
fios agrupados em pares metálicos com uma capa plástica e com um trançamento entre eles (a fim 
de evitar a interferência eletromagnética de um par no outro). Trata‑se do meio físico mais utilizado 
nas redes de computadorese em telecomunicações, tendo aplicações na telefonia, nas redes locais e 
também nas redes de longa distância.
Outro meio físico é o cabo de fibra óptica, que consiste num cabo contendo uma fibra de vidro 
transparente e bem fina que transporta a informação por meio de um sinal de luz na fibra.
Menos utilizado quando comparado a outros meios físicos, o cabo coaxial é composto de um condutor 
interno com blindagem metálica, sendo empregado em transmissões digitais e sinais de televisão.
O quadro a seguir mostra as diferenças entre os três cabos que são considerados meios guiados.
Quadro 2 – Diferenças entre meios físicos
Meio físico Descrição Vantagens Desvantagens
Cabo de pares
Trançado
Metálico
Pares trançados 
de fios de cobre 
blindados ou não
Utilizado para 
serviços telefônicos e 
redes locais
Limitações na 
velocidade de 
transmissão e na 
distância
Cabo coaxial
Fio condutor 
interno cercado de 
isolamento
Transmissão com 
menos interferência 
que o cado de pares 
metálicos trançados
Custo maior que 
o cabo de pares 
metálicos trançados
Cabo de fibra óptica
Fio extremamente 
finos de vidro 
revestido de uma 
capa plástica
Diâmetro bem 
menor que as outras 
soluções, além de 
maior velocidade
Elevado custo, tanto 
para aquisição como 
para instalação
Adaptado de: Stair e Reynolds (2011, p. 211).
Os meios físicos não confinados são todos aqueles que operam por meio de um sinal de rádio 
enviado pelo ar. Entre os sistemas de transmissão que operam em longa distância através do ar, estão 
61
INFRAESTRUTURA DE TI
os sistemas de comunicação via satélite, a telefonia móvel celular, os sistemas de radiovisibilidade e 
radiodifusão de broadcast.
As redes locais que utilizam comunicação através do ar por meio de sinal de rádio são chamadas 
de WLAN ou wif‑fi. Nessas redes trabalha‑se com um concentrador dotado de uma antena que recebe 
o nome de acess point (ponto de acesso), com todos os computadores, notebooks e smartphones que 
possuem um adaptador de rede sem fio se conectando a ele.
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre os fundamentos das redes de 
computadores, leia os capítulos iniciais da obra indicada a seguir.
TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. J. Redes de computadores. Rio de Janeiro: 
Pearson Prentice Hall, 2011.
4.1.4 Classificação das redes de computadores
Quanto à abrangência, as redes de computadores podem, de forma geral, ser classificadas em:
• LAN (Local Area Network): rede relativamente pequena de computadores de limitada abrangência;
• MAN (Metropolitan Area Network): rede de alta velocidade composta de LANs numa mesma 
região metropolitana;
• WAN (Wide Area Network): rede que conecta LANs situadas em diferentes áreas metropolitanas.
Em uma LAN, dispositivos finais de interconexão de LANs estão em uma área limitada, como uma casa, 
uma escola, um edifício de escritórios ou um campus. Uma LAN é geralmente administrada por uma 
única organização ou uma única pessoa. O controle administrativo que rege as políticas de segurança e o 
controle de acesso é executado no nível de rede. As LANs fornecem largura de banda de alta velocidade 
aos dispositivos finais internos e aos dispositivos intermediários.
As MANs conectam LANs dentro de uma região metropolitana, alcançando extensões inferiores às 
permitidas pelas WANs. As principais características das MANs são: interconexão de locais espalhados 
em uma cidade, conexões dotadas de velocidades intermediárias entre LAN e WAN e conectividade de 
outros serviços, como o de TV, por exemplo.
As WANS interconectam as LANs em grandes áreas geográficas, como entre cidades, estados, 
províncias, países ou continentes. As WANs são geralmente administradas por vários prestadores de 
serviço e geralmente fornecem links de velocidade mais lenta entre as LANs.
62
Unidade II
Redes WAN são gerenciadas por ISPs (Internet Service Provider), classificados em três níveis. 
No nível 1 estão os ISPs responsáveis pelas conexões nacionais e internacionais, dando forma à internet. No 
nível 2 estão os ISPs de serviços regionais que conectam‑se ao nível 1; nesse nível são vendidos serviços de 
rede WAN. Por fim, no nível 3 estão os provedores locais, normalmente para usuários domésticos.
O protocolo utilizado dentro do ISP não é o mesmo protocolo disponibilizado no loop local dos 
clientes finais. A rede interna do ISP utiliza padrões de comunicação mais eficientes, como o ATM 
(Asynchronous Transfer Mode).
Os quadros dos protocolos de enlace WAN são muito semelhantes, representando sinais que 
indicam inicialização, endereços, controles, dados, checagem de bits e finalização do quadro. Embora 
tenham semelhanças, os algoritmos desses protocolos trazem funcionalidades diferentes em seus campos.
Os principais dispositivos de WAN são: modem, CSU/DSU, servidor de acesso, switch WAN, roteador 
e roteador de backbone.
Existem outras classificações quanto à abrangência. São elas:
• PAN (Personal Area Network): redes de curta distância (alguns poucos metros), caso da 
tecnologia bluetooth;
• CAN (Campus Area Network): redes que interligam um campus (um área de dimensões inferiores 
a uma MAN e maiores que uma LAN);
• VLAN (Virtual Local Area Network): rede local virtual que surge da segmentação de uma LAN 
em redes menores;
• WLAN (Wireless Local Area Network): rede local sem fio.
4.1.5 Topologias de rede
A topologia de uma rede descreve sua estrutura e o modo como são feitas as conexões entre os 
dispositivos. A topologia de rede se divide em:
• topologia física: descrição da configuração dos meios físicos que interconectam os dispositivos 
em uma rede;
• topologia lógica: define o modo como os dispositivos se comunicam e os dados se propagam na rede.
As topologias físicas têm o papel de identificar a disposição física dos componentes de rede. Nelas 
encontramos os dispositivos, os meios físicos e a forma como ocorrem as interligações.
A figura a seguir apresenta o exemplo de um diagrama de topologia física.
63
INFRAESTRUTURA DE TI
Hub de sala 
de aula
Hub de sala 
de aula
Hub de sala de 
administrador
Escritório de 
administração
Switch Ethernet
Servidor de 
arquivos
Servidor web
Servidor de 
e‑mail
Roteador
Hub de sala 
de aula
Sala de 
aula 3
Sala de 
aula 2
Sala de 
aula 1
Internet
Figura 24 – Diagrama de topologia física
As topologias físicas podem ser classificadas em: topologia física em estrela, topologia física em 
barramento e topologia física em anel.
Na topologia física em estrela, todos os componentes estão interligados a um equipamento 
concentrador, que é o núcleo central de uma rede. Nas redes locais modernas é muito comum o uso 
dessa topologia, em que o equipamento concentrador é normalmente um hub ou um switch.
Na topologia física em barramento, cada um dos componentes está interligado a um barramento 
físico: por exemplo, um cabo coaxial, muito utilizado como barramento de redes locais.
Na topologia física em anel, há um meio físico interligando os componentes um por um, formando 
um anel físico. A grande fragilidade dessa rede está no ponto de falha que cada componente representa.
A topologia lógica de rede tem o objetivo de identificar como se dá o processo de comunicação de 
dados, com informações como endereços de rede, portas, interfaces e dispositivos.
A figura a seguir apresenta o diagrama de uma topologia lógica de rede.
64
Unidade II
Ethernet
192.168.2.0
Ethernet
192.168.1.0
Figura 25 – Diagrama de topologia lógica
As topologias lógicas podem ser classificadas em: topologia lógica em barramento e topologia lógica 
em anel.
Na topologia lógica em barramento, utiliza‑se o método de contenção, um processo de acesso 
ao canal de comunicação com acesso múltiplo e verificação de portadora. A maior parte das redes 
locais opera com essa topologia e esse método, porque trabalham com a tecnologia Ethernet. 
Nas redes Ethernet a topologia física utilizada pode ser estrela ou barramento, mas a topologia lógica 
é um barramento. Ou seja, todos enxergam, literalmente,uma estrela ou um barramento, mas os dados 
trafegam como em um barramento lógico.
Na topologia lógica em anel, utiliza‑se o método de acesso controlado, de forma que os 
dispositivos podem utilizar o canal de comunicação de modo controlado e revezado. Nesse método, 
usa‑se o processo de passagem do token, que é passado entre os dispositivos de forma que aqueles 
detentores momentâneos do token possam utilizar o meio físico. Bons exemplos são as redes Token 
Ring, FDDI e o Token Bus.
4.2 Infraestrutura de cabeamento estruturado
4.2.1 Cabeamento estruturado
Na segunda metade da década de 1980, impulsionado pelo desenvolvimento das redes de 
computadores, começou‑se a estabelecer um padrão para infraestrutura de cabeamento. Isso se deu 
a partir de todo um trabalho de instituições padronizadoras norte‑americanas e também foi algo 
incentivado pela International Standard Organization (ISO).
Um dos padrões mais conhecidos em cabeamento foi desenvolvido exatamente pela ISO, conhecido 
como norma 14.565, que logo foi traduzida para o português e padronizada pela NBR, chamando‑se 
NBR‑14565:2013.
65
INFRAESTRUTURA DE TI
Também é importante destacar o ano de 1991 como um marco para o cabeamento estruturado, 
quando foi lançado um documento inicial com as normas de cabeamento geral para clientes, chamado 
de TIA/EIA‑568. Esse documento foi atualizado a partir de mudanças sofridas pela indústria de 
telecomunicações, revisado em 1995 e lançado como norma TIA/EIA‑568‑A.
Houve mais duas atualizações, a primeira em 2000, quando a norma recebeu o nome de TIA/EIA‑568‑B, 
a outra revisão ocorreu em 2006, com um relançamento da norma sob o nome de TIA/EIA‑568‑C.
O cabeamento estruturado, que antes era conhecido como cabeamento de rede local de computadores 
ou cabeamento predial, compõe‑se de um conjunto de recursos e tecnologias que envolvem cabos 
e hardwares de conexão para voz e para dados, definido por normas, em vista do atendimento das 
necessidades dos usuários de telecomunicações e TI.
A ideia de estruturar o sistema de cabeamento, totalmente baseado em normas, é criar um padrão não 
específico de uma indústria, favorecendo a interoperabilidade no processo de comunicação da informação.
 Observação
O projeto de cabeamento estruturado deve propiciar tomadas de 
telecomunicações (também conhecidos como pontos de rede) disponíveis 
para qualquer tipo de aplicação (voz, dados ou imagens).
As principais vantagens ao se adotar um sistema de cabeamento estruturado são:
• aumento da confiabilidade no cabeamento de redes a partir da garantia do desempenho projetado;
• perceptível redução nos custos com a implementação do cabeamento (incluindo a mão de obra);
• escalabilidade e flexibilidade para execução de diferentes aplicações;
• imediato atendimento das necessidades apresentadas pelos usuários;
• possibilidade de integrar diferentes aplicações em uma única solução de cabeamento;
• padrão de cabeamento interoperável, independentemente do fornecedor utilizado;
• maior vida útil para o sistema de cabeamento.
4.2.2 Subsistemas do cabeamento estruturado
A infraestrutura do cabeamento estruturado é compreendida como um sistema dividido em dois 
subsistemas: subsistema de cabeamento horizontal e subsistema de cabeamento de backbone.
A figura a seguir mostra esses subsistemas.
66
Unidade II
CD BD FD CP TO
TE
Subsistema de 
cabeamento de 
backbone de campus
Subsistema de 
cabeamento de 
backbone de edifício
Subsistema de 
cabeamento 
horizontal
Subsistema de cabeamento genérico
Cordão de 
área de 
trabalho
Figura 26 – Subsistemas do cabeamento estruturado
Conforme descrito na figura anterior, existem alguns elementos funcionais no sistema de cabeamento 
estruturado. São eles: distribuidor de campus (CD), distribuidor de edifício (BD), distribuidor de piso (FD), 
ponto de consolidação (CP), tomada de telecomunicações (TO), backbone de campus, backbone de edifício.
Além desses elementos e dos subsistemas, as normas especificam os espaços (locais) de 
telecomunicações relacionados ao cabeamento estruturado. São eles: área de trabalho (WA), sala 
de telecomunicações (TR), sala de equipamentos (ER) e infraestrutura de entrada (EF).
 Observação
Para cada elemento funcional e espaço relacionado ao cabeamento 
estruturado, há uma sigla entre parênteses representando seu nome. 
Nas próximas seções, veremos com mais detalhes cada um deles.
4.2.3 Subsistemas do cabeamento horizontal
Para entender bem o subsistema de cabeamento horizontal é necessário antes conhecer alguns 
elementos relacionados a ele. O primeiro elemento é a tomada de telecomunicações, conhecida pelo seu 
nome em inglês Telecommunication Outllet (TO). A TO é também conhecida como ponto de rede e, segundo 
a ABNT (2013), é o hardware de conexão no qual o cabo horizontal é terminado na área de trabalho.
O segundo elemento importante é distribuidor de piso, também conhecido como Floor 
Distributor (FD), que, segundo a ABNT (2013), corresponde ao hardware de conexão a partir do 
qual se origina o cabeamento horizontal.
Compreendidos esses dois elementos, é possível definir o subsistema de cabeamento horizontal 
como aquele que interliga um distribuidor de piso até a tomada de telecomunicações. A figura a seguir 
apresenta a ideia do cabeamento horizontal.
Distribuidor de piso (FD)
Patch panel
Cabo horizontal
Tomada de telecomunicações (TO)
Figura 27 – Subsistema de cabeamento horizontal
67
INFRAESTRUTURA DE TI
O termo horizontal advém do fato de os lançamentos dos cabos ocorrerem de forma horizontal 
entre as áreas de trabalho e as salas de telecomunicações.
A área de trabalho é o espaço onde o usuário que acessa serviços de telecomunicações está situado. 
A sala de telecomunicações é o espaço onde está situado o distribuidor de piso, podendo também 
abrigar alguns equipamentos de redes.
Esses cabos podem ser lançados em tubulações embutidas em pisos, em eletrocalhas ou em 
bandejas suspensas. As normas ISO/IEC 18010:2002 e ANSI/TIA‑569‑C apresentam as técnicas 
e métodos aplicados no encaminhamento de cabeamento horizontal, contendo especificações e 
recomendações importantes que garantem os padrões aceitáveis de mercado.
A norma NBR 14.565 apresenta (ABNT, 2013) os seguintes componentes do subsistema de 
cabeamento horizontal:
• cabos horizontais;
• jumpers e patch cords no distribuidor de piso;
• terminações mecânicas dos cabos horizontais nas tomadas de telecomunicações;
• terminações mecânicas dos cabos horizontais nos distribuidores de piso, incluindo o hardware de 
conexão (por exemplo, as interconexões ou conexões cruzadas);
• ponto de consolidação;
• tomadas de telecomunicações.
A figura a seguir apresenta um subsistema de cabeamento horizontal contendo grande parte 
desses componentes.
Área de trabalho (WA)
Cabeamento horizontal 
(90 m, máximo)
Distribuidor de piso
Sala de telecomunicações (TR)
A + B + D = 10 m (máximo)
A + B + C + D = 100 m (máximo)
Patch cord
B
A
C
D
Cordão de equipamento
Cordão de 
usuário
TO
Figura 28 – Componentes do cabeamento horizontal
68
Unidade II
A topologia física verificada na figura anterior é estrela, possuindo assim um lance (segmento) de cabo 
reservado interligando cada porta do distribuidor de piso a sua respectiva tomada de telecomunicações 
na área de trabalho.
Duas outras importantes informações contidas na figura anterior referem‑se ao comprimento dos 
cabos. Para o segmento de cabos horizontais especifica‑se um comprimento máximo de 90 metros para 
o lance de cabos horizontais. O somatório do comprimento dos cordões de equipamento, patch cords 
do distribuidor de piso e patch cords da área de trabalho não podem ser superiores a 10 metros. Assim 
o comprimento total de cabos e cordões de manobra não superará 100 metros (limite máximo para que 
não haja atenuação significativa em cabos de pares metálicos).
 Observação
Os patch cords (ou cordões de manobra) são os cabos que interligam 
os computadores e as tomadas de telecomunicações.Eles também podem 
interligar concentradores de cabos e dispositivos de rede.
A figura a seguir apresenta uma distribuição real de cabos, incluindo o distribuidor de piso (patch 
panels) e um switch (concentrador de rede).
Patch panels
Switches Ethernet
Figura 29 – Distribuidor de piso e o switch
Além dos cabos de pares trançados metálicos blindados ou não blindados, as principais normas 
de cabeamento estruturado também permitem o uso de alguns tipos de cabos ópticos. Não obstante, 
convém afirmar que, devido à relação custo/benefício, não é comum o uso de cabos de fibra óptica em 
segmentos de cabos horizontais.
Os cabos de fibra óptica utilizados são:
• cabo óptico multimodo de 50/125 micrômetros (OM‑3 e OM‑4);
• cabo óptico multimodo de 62,5/125 micrômetros (OM‑1 e OM‑2).
69
INFRAESTRUTURA DE TI
Existem duas formas básicas, autorizadas pelas normas, para a interconexão dos equipamentos 
ativos de rede, tais como switches e hubs, aos cabos horizontais: interconexão ou cruzada.
No método de interconexão, os equipamentos ativos de rede são diretamente ligados ao distribuidor 
(patch panel) por meio de cordões de manobra (patch cords), dispensando o espalhamento utilizado no 
método anteriormente explicado. Devido a sua relação de custo/benefício, esse método é amplamente 
utilizado. A figura a seguir apresenta o método de interconexão.
Patch panels
Área de trabalho 
(WA)
Área de trabalho 
(WA)
Patch cords de 
interconexão
Cabeamento 
horizontal
Cabeamento 
horizontal TO
TO
TO
TO
Equipamentos ativos
Figura 30 – Método de interconexão
No método de conexão cruzada, constrói‑se um espelhamento entre saídas do switch e do patch 
panel. A grande vantagem desse método é a separação entre distribuidores e equipamentos ativos de 
rede, favorecendo a segurança para equipamentos de rede, que, livres de qualquer ligação diretamente 
do cabeamento, podem ficar isolados em seus racks, impedindo assim o acesso de terceiros não 
autorizados. A figura a seguir apresenta o método de conexão cruzada.
Patch cords
Conexão cruzada
Cordões de 
equipamentos
Área de trabalho 
(WA)
Cabeamento 
horizontal
TO
TO
Equipamentos ativos
Figura 31 – Método de conexão cruzada
70
Unidade II
4.2.4 Subsistemas do cabeamento de backbone
O subsistema de cabeamento vertical também é conhecido como subsistema de cabeamento de 
backbone ou subsistema de cabeamento tronco. Tem como sua principal função interconectar as salas 
de telecomunicações, sala de equipamentos e infraestrutura de entrada de um prédio.
A figura a seguir apresenta a ideia do subsistema de cabeamento de backbone.
TR
TR
TR
TR
ER EF
Cabeamento 
horizontal
Cabeamento 
horizontal
Cabeamento 
horizontal
Cabeamento 
horizontal
TO
TO
TO
TO
Área de trabalho (WA)
Área de trabalho (WA)
Área de trabalho (WA)
Área de trabalho (WA)
TO
TO
TO
TO
Subsistema de 
backbone
TR: Sala de telecomunicações
ER: Sala de equipamentos
EF: Infraestrutura de entrada
Figura 32 – Cabeamento de backbone
O backbone é um dos mais importantes componentes do sistema de cabeamento estruturado. 
A própria palavra backbone já carrega consigo uma grande importância, porque significa “espinha dorsal”.
A figura a seguir apresenta o susbsistema de cabeamento de backbone dividido em subsistema de 
cabeamento de backbone de edifício e subsistema de cabeamento de backbone de campus.
71
INFRAESTRUTURA DE TI
FD1
BD
1
CD
BD
2
FD2 FD2 FD3FD1
TO
CP CP CP
Campus
Edifício 1 Edifício 2
Subsistema de cabeamento 
de backbone de campus
Subsistema de 
cabeamento de 
backbone de edifício
Subsistema de 
cabeamento 
horizontal
TO TOTO TO TO TO TO TO
Figura 33 – Divisões do cabeamento de backbone
É perceptível que a implementação de um backbone se dá sempre em uma topologia física em 
estrela com esses dois níveis hierárquicos apresentados na figura anterior (campus e edifício). Observe 
também que a topologia favorece um arranjo hierárquico, encontrando‑se no topo o distribuidor de 
campus (CD), logo depois o distribuidor de edifício (BD), terminando com o distribuidor de piso (FD).
 Observação
O distribuidor de edifício está situado na sala de equipamentos principal 
do edifício e em cada andar (piso) do edifício está um distribuidor de piso.
É aconselhável que os distribuidores de piso e edifício tenham entre eles redundância, a fim de que 
o sistema de cabeamento estruturado seja tolerante a falhas. Da mesma forma, com o objetivo de 
alcançar maior tolerância a falhas, os distribuidores de edifício também podem estar interligados.
Outra consideração importante é a interligação dos distribuidores de campus e os distribuidores de 
piso sem a passagem por um distribuidor de edifício, que pode ocorrer quando o distribuidor de campus 
e o distribuidor de piso estiverem no mesmo prédio. No entanto, vale ressaltar, essa consideração não 
vale quando o distribuidor de piso e o distribuidor de edifício estiverem em prédios diferentes.
As normas de cabeamento estruturado também permitem a interligação de um distribuidor de 
edifício a uma tomada de telecomunicações em uma área de trabalho apenas quando houver um 
cabeamento óptico centralizado, conforme visto anteriormente.
72
Unidade II
As normas de cabeamento estruturado reconhecem os seguintes cabos para o subsistema de 
cabeamento de backbone:
• cabo UTP de quatro pares, 100 ohm;
• cabo F/UTP de quatro pares, 100 ohm;
• cabo multipares sem blindagem (utilizados apenas para voz);
• cabo óptico multimodo 62,5/125 micrômetros, 50/125 micrômetros e multimodo otimizado para 
transmissão em laser (OM‑3 e OM‑4);
• cabo óptico monomodo.
A fim de interligar pavimentos diferentes, implementa‑se o cabeamento de backbone de edifício, ou seja, 
interligando a sala de equipamentos (ER) à sala de telecomunicações (TR) em cada pavimento. A figura 
a seguir apresenta o backbone de edifício.
TR
TR
TR
TR
ER
Backbone de edifício 
(dentro do edifício)
TR: Sala de telecomunicações
ER: Sala de equipamentos
Figura 34 – Backbone de edifício
73
INFRAESTRUTURA DE TI
O subsistema de cabeamento de backbone de edifício, segundo a norma NBR 14.565 (ABNT, 2013), 
é composto de:
• cabos de backbone de edifício;
• jumpers e patch cords no distribuidor de edifício;
• hardware de conexão utilizado para a terminação dos cabos.
A norma NBR 14.565 (ABNT, 2013) também define as distâncias máximas que podem ser estabelecidas 
entre o distribuidor de campus e o distribuidor de piso. A tabela a seguir apresenta essa distribuição.
Tabela 1 – Distâncias máximas dos cabos
Tipo de cabo Distância (m) Aplicação
Fibras monomodo OS‑1 2.000 10 GbE
Fibras monomodo OS‑2 10.000 10 GbE
Fibras multimodo OM‑1 2.000 Fast Ethernet
Fibras multimodo OM‑2 800 Gigabit Ethernet
Fibras multimodo OM‑3 1.000 Gigabit Ethernet
Fibras multimodo OM‑4 550 10 GbE
Cabos balanceados Classe A 2.000 Voz, PABX (até 100 kHz)
Cabos balanceados Classe B 200 RDSI (até 1 MHz)
Cabos balanceados Classe C, D, E e F 100 Alta velocidade (até 600 MHz)
Fonte: Marin (2013, p. 55).
 Observação
As distâncias apresentadas na tabela anterior não se baseiam na 
capacidade do meio físico, mas, sim, nas necessidades de aplicação.
Quando mais de um edifício integra um campus, é necessária a implementação do subsistema 
de cabeamento de backbone de campus, responsável pela interconexão de prédios. Para esse 
tipo de cabeamento, é aconselhável o uso de cabos de fibra óptica no tráfego de dados e 
cabos de pares trançados multipares para tráfego de voz. A figura a seguir apresenta a ideia 
do backbone de campus.
74
Unidade II
FD
FD
FD FD
FD FD
FD BD
Backbone de 
campus 
(entre edifícios)
Edifício 2
Edifício 1
CD: Distribuidor de campus
BD: Distribuidor de edifício
FD: Distribuidor de piso
Figura 35 – Backbone de campus
De maneira similar ao subsistema de cabeamento horizontal, no subsistema de cabeamento de 
backbone de campus é possível utilizar dois tipos de métodos de conexão: cruzada ou interconexão.
Exemplo de aplicaçãoA fim de testar um pouco seus conhecimentos, visite uma empresa e verifique se o sistema de 
cabeamento é estruturado.
4.2.5 Espaços em um sistema de cabeamento estruturado
Os principais espaços em sistemas de cabeamento estruturado são as áreas de trabalho e os espaços 
de telecomunicações.
Os espaços de telecomunicações encontrados nas organizações são: sala de telecomunicações, sala 
de equipamentos e infraestrutura de entrada.
75
INFRAESTRUTURA DE TI
Os espaços de telecomunicações são definidos como aqueles destinados 
a abrigar os distribuidores do sistema de cabeamento estruturado, bem 
como equipamentos ativos de redes. Os espaços de telecomunicações 
devem ser dedicados aos sistemas de telecomunicações e não podem ser 
compartilhados com outros sistemas do edifício. Algumas normas técnicas 
que se aplicam a encaminhamentos e espaços para sistemas de cabeamento 
estruturado em edifícios comerciais utilizam uma nomenclatura comum a 
todos os espaços de telecomunicações e outros utilizam termos específicos 
para cada espaço (sala de telecomunicações, sala de equipamentos etc.) 
(MARIN, 2013, p. 61).
A figura a seguir apresenta os espaços em sistemas de cabeamento estruturado.
Entrada de antena
Infraestrutura do 
edifício para cabos
Infraestrutura do 
edifício para cabos
Infraestrutura do 
edifício para cabos
Infraestrutura do 
edifício para cabos
Sala de 
telecomunicações
Sala de 
equipamentos
Sala de 
telecomunicações
Infraestrutura do 
edifício para cabos
Infraestrutura para 
rede do campus
Infraestrutura 
de entrada
Entrada principal
Entrada alternativa
Tomada de 
telecomunicações (TO)
Área de trabalho (WA)
Pavimento 
do edifício
Figura 36 – Espaços em um sistema de cabeamento estruturado
76
Unidade II
A área de trabalho é muito conhecida pelo seu acrônimo em inglês WA, que significa Work Area. 
Ela corresponde aos espaços onde o usuário está situado no edifício comercial e onde está disponível a 
conectividade necessária para que as suas aplicações funcionem.
Sob o aspecto técnico, é considerada um espaço do sistema de cabeamento estruturado, porque 
é lá que o usuário consegue utilizar o seu computador em rede ou fazer uma chamada de voz pelo 
seu telefone.
A norma NBR 14.565 (ABNT, 2013, p. 4) define a área de trabalho “como espaço do edifício no qual 
seus ocupantes interagem com os serviços disponibilizados pelo cabeamento estruturado.”
O cabeamento que chega até a área de trabalho é normalmente oriundo do distribuidor de piso, 
situado na sala de telecomunicações. Conforme já mencionado, esse cabeamento é conhecido por 
horizontal, sendo terminado em uma tomada de telecomunicações (TO).
 Lembrete
O cabeamento estruturado é composto por dois subsistemas: subsistema 
de cabeamento horizontal e subsistema de cabeamento de backbone.
A figura a seguir apresenta uma área de trabalho típica.
WA
TO
Área de trabalho
Cabos U/UTP, F/UTP categoria 5e ou superior
Cabeamento horizontal
Figura 37 – Área de trabalho
Uma tomada de telecomunicações normalmente obedece ao padrão RJ‑45. A figura a seguir 
apresenta a imagem de um conector fêmea RJ‑45.
77
INFRAESTRUTURA DE TI
Figura 38 – Conector RJ‑45 fêmea
Como todo e qualquer espaço ou subsistema do cabeamento estruturado, a área de trabalho obedece 
a uma série de especificações estabelecidas pela norma NBR 14.565 (ABNT, 2013).
A primeira especificação, que parece até um pouco controversa em comparação com o cabeamento 
não estruturado, é a exigência de instalação de duas tomadas de telecomunicações por área de trabalho. 
Essas tomadas obrigatoriamente são terminadas em conectores RJ‑45, onde é conectado o cabo de par 
trançado categoria 5e ou superior, podendo ser ou não blindadas.
 Observação
Caso o subsistema de cabeamento horizontal seja provido por cabos ópticos 
multimodo de 50/125 micrômetros ou 62,5/125 micrômetros, é recomendável 
que apenas uma das tomadas seja terminada em conectores ópticos. Dessa 
forma, conserva‑se uma das tomadas provida por cabo de par trançado.
Outra importante determinação diz respeito aos espelhos das tomadas de telecomunicações. Eles 
devem ser no padrão 4 x 2” ou 4 x 4”, montados em caixas de piso, caixas de superfície ou fixados no 
próprio mobiliário de escritório.
Uma área de trabalho deve ter pelo menos um tamanho de 5 metros quadrados, podendo chegar a 10 metros 
quadrados. Não obstante, nada impede que, a partir do conhecimento do projeto físico e do layout da edificação, 
as áreas de trabalho sejam menores que 5 metros quadrados, atendendo, é claro, às necessidades do usuário.
O cabeamento horizontal deve ser encaminhado na área de trabalho pelo piso e/ou pelo teto, 
utilizando também caminhos adequados na própria mobília presente na área de trabalho. Ao utilizar‑se o 
mobiliário como caminho de passagem do cabo, é necessário ter em mente a possibilidade de alterações 
no cabeamento estruturado, quando ocorrerem mudanças de layout ou mobília no escritório.
Uma regra de ouro na instalação de tomadas de telecomunicações em uma área de trabalho indica 
que tal instalação deve se dar em locais de fácil acesso, sem se descuidar da segurança e considerando a 
sua devida conservação. Um bom exemplo seria a instalação de tomadas de telecomunicações em pisos 
frios, que estão sujeitas a problemas com eventuais lavagens do piso e poeira frequente, fatores que 
podem danificar os contatos metálicos dos conectores RJ‑45 fêmea.
78
Unidade II
Quando instaladas em quaisquer outros lugares sujeitos a ação de agentes químicos de limpeza, 
poeira etc., recomenda‑se que essas tomadas disponham de protetores.
4.2.6 Sala de telecomunicações
A sala de telecomunicações também é conhecida pelo seu acrônimo em inglês TR 
(Telecommunications Room). Trata‑se de um espaço de telecomunicações dentro do edifício 
comercial destinado à interligação do subsistema de cabeamento horizontal ao subsistema de 
cabeamento vertical por meio do distribuidor de piso.
A norma NBR 14.565 (ABNT, 2013) especifica que a sala de telecomunicações é o espaço que abriga 
o distribuidor de piso e que pode também abrir o distribuidor de edifício e equipamentos de redes 
destinados ao atendimento dos usuários do pavimento em que se situa a sala de telecomunicações.
Nas salas de telecomunicações é importante que haja toda uma facilidade quanto a espaço, 
alimentação elétrica e controles do ambiente, entre outros fatores destinados à instalação de 
componentes passivos.
As principais normas de cabeamento estruturado recomendam a implantação de uma sala de 
telecomunicações por andar de um edifício comercial, a fim de atender todas áreas de trabalho 
daquele pavimento.
A figura a seguir situa a sala de telecomunicações no sistema de cabeamento estruturado.
Cabeamento 
de backbone
Cabeamento 
horizontal
TR: Sala de telecomunicações
TR
TR
TR
TR
ER
TO
TO
TO
TO
Figura 39 – Sala de telecomunicações
79
INFRAESTRUTURA DE TI
 Observação
Quando não é possível a implementação de uma sala de telecomunicações 
em um pavimento, as áreas de trabalho podem ser interligadas à sala de 
telecomunicações de um pavimento adjacente.
Além norma NBR 14.565, as normas ANSI/TIA‑569‑C, ISO/IEC 14.763‑2, ISO/IEC 18.010 fazem uma 
série recomendações sobre as dimensões da sala de telecomunicações, baseando‑se no número de 
tomadas de telecomunicações atendidas pelo distribuidor de piso da sala.
A tabela a seguir apresenta esse dimensionamento recomendado pela norma ANSI/TIA‑569‑C.
Tabela 2 – Dimensionamento da sala de telecomunicações
Tomadas de 
telecomunicações (TO)
Área aproximada da sala de 
telecomunicações (m²) Dimensões da sala (m)
Até 200 15 3 x 5
Entre 201 e 800 36 6 x 6
Entre 801 e 1.600 72 6 x 12
Entre 1.601 e 2.400 108 9 x 12
Fonte: Marin (2013, p. 55).
As normas ISO/IEC 14.763‑2 e ISO/IEC 18.010 recomendam que a menor sala de telecomunicações 
não tenha uma área inferior a 9,6 metros quadrados (com dimensões de 3 metros x 3,2 metros) para até 
quinhentas tomadas de telecomunicações.A figura a seguir apresenta uma sala de telecomunicações 
com essas dimensões (MARIN, 2013).
1,6 m
3,0 m
3,
2 
m
Figura 40 – Dimensões de uma sala de telecomunicações para até quinhentas tomadas de telecomunicações
80
Unidade II
Essas mesmas normas (ISO/IEC 14.763‑2 e ISO/IEC 18.010) também recomendam que até mil 
tomadas de telecomunicações sejam atendidas por uma sala de telecomunicações de área 14,72 metros 
quadrados (com dimensões 3,2 metros x 4,6 metros).
A figura a seguir apresenta a sala de telecomunicações com essas dimensões.
1,6 m1,6 m
4,6 m
3,
2 
m
Figura 41 – Dimensões de uma sala de telecomunicações para até mil tomadas de telecomunicações
A partir de mil tomadas de telecomunicações, o adicionamento de quinhentas tomadas de 
telecomunicações aumenta uma de suas dimensões em 1,6 metro.
É comum também considerar a área do pavimento para a tomada de decisão sobre as dimensões da 
sala de telecomunicações. Não obstante, essa não pode ser a base para a definição das dimensões 
da sala de telecomunicações.
A figura a seguir apresenta um exemplo de uma sala de telecomunicações.
Eletroduto
Luminárias
Luminárias
Esteira de cabos
Barramento 
de terra
Eletroduto
Prancha de 
madeira
Prancha de madeira
Shaft
Quadro 
elétrico
Tomada 
elétrica
Eletroduto
Duto de ar
Duto de ar
Figura 42 – Exemplo de uma sala de telecomunicações
81
INFRAESTRUTURA DE TI
As normas ainda recomendam, para a sala de telecomunicações, que:
• caso haja equipamentos instalados, seja provido um sistema de climatização 24 horas/dia, 
365 dias por ano, com temperaturas variando entre 18 ºC e 24 ºC e uma umidade entre 30% e 55%;
• a iluminação deve possuir pelo menos 540 lux, de forma que não haja problemas na manutenção 
do cabeamento;
• o aterramento deve ser ligado ao sistema de aterramento do prédio;
• a porta de acesso da sala deve ter, no mínimo, 910 mm x 2.000 mm;
• deve haver um ambiente controlado, fechado e com acesso limitado para pessoas autorizadas;
• deve estar situada em uma área do pavimento cujo acesso não dependa do acesso a outros espaços;
• deve haver uma distribuição aérea do cabeamento, evitando uso de teto falso.
Em edifícios e pavimentos onde não seja exequível a construção de uma sala com as dimensões 
outrora especificadas, pode‑se utilizar um espaço menor. A norma ANSI/TIA‑569‑C recomenda 
que a menor sala de telecomunicações tenha dimensões mínimas de 1,3 metro x 1,3 metro. Se nem 
esse espaço estiver disponível, é possível instalar um armário de telecomunicações no shaft do 
edifício (MARIN, 2013).
4.2.7 Sala de equipamentos
A norma NBR 14565 (ABNT, 2013) define que a sala de equipamentos é o espaço de telecomunicações 
destinado a abrigar os equipamentos de uso comum em toda a rede, a terminação de cabos e os 
distribuidores do sistema de cabeamento estruturado.
A sala de equipamentos também é conhecida pelo seu acrônimo em inglês ER (Equipment 
Room), atendendo um edifício inteiro ou todo um campus. Assim, a sala de equipamentos, 
como o local mais importante do sistema de cabeamento estruturado, pode conter um 
distribuidor de campus e/ou distribuidor de edifício, concentrando o cabeamento horizontal 
e o cabeamento de backbone.
Na sala de equipamentos podem ser instalados equipamentos ativos de redes, (switches, roteadores, 
hubs e servidores), de telefonia (central telefônica e outros equipamentos de gerenciamento de 
sistemas de voz), de telecomunicações (modens, rádios, multiplexadores etc.) e demais equipamentos 
de informática.
Justamente pelo fato de a sala de equipamentos conter dispositivos tão cruciais para o funcionamento 
das redes, há a necessidade de um controle de temperatura do ambiente (18 ºC a 24 ºC) a fim de não 
prejudicar a operação dos equipamentos. O controle de acesso e questões de segurança relacionadas à 
82
Unidade II
sala de equipamentos também precisam ser observadas. A iluminação precisa ser uniforme, na faixa de 
500 lux medidos a 1 metro do chão.
As funções da sala de telecomunicações podem ser absorvidas pela sala de equipamentos quando as 
duas forem projetadas no mesmo pavimento. Assim, em um mesmo andar não há necessidade das duas.
 Lembrete
A sala de telecomunicações tem a finalidade atender apenas um 
pavimento (no máximo, pavimento adjacente).
A figura a seguir apresenta a sala de equipamentos e os elementos de cabeamentos interligados a ela.
TR
(FD)
TR
(FD)
TR
(FD)
TR
(FD)
ER
CD/BD
Backbone de 
campus
Backbone de 
edifício
TR: Sala de telecomunicações
ER: Sala de equipamentos
CD: Distribuidor de campus
BD: Distribuidor de edifício
FD: Distribuidor de piso
Figura 43 – Sala de equipamentos e os elementos a ela interligados
Em um edifício é de grande importância determinar a localização da sala de equipamentos no 
prédio, de forma a otimizar a interligação entre ela e os outros elementos do cabeamento estruturado. 
Convém dizer que as normas não mencionam qual é o local de implementação da sala de equipamentos.
83
INFRAESTRUTURA DE TI
As principais normas que mencionam especificações para a sala de equipamentos são: 
ANSI/TIA‑569‑C e ISO/IEC 14.763‑2. Sobre o dimensionamento essas normas seguem caminhos 
distintos. A ANSI/TIA‑569‑C aponta que a sala de equipamentos deve dispor de um espaço mínimo de: 
10 metros quadrados, caso abrigue um distribuidor de edifício, e 12 metros quadrados, caso abrigue um 
distribuidor de campus. Caso a área provida pelo distribuidor de campus seja 50 mil metros quadrados, 
para cada 10 mil metros quadrados, aumenta‑se o tamanho da sala de equipamentos em 1 metro 
quadrado (MARIN, 2013)
A ISO/IEC 14.763‑2 trata o tamanho da sala de equipamentos da mesma forma que trata a sala de 
telecomunicações (MARIN, 2013).
 Lembrete
Até mil tomadas de telecomunicações podem ser atendidas por uma 
sala de telecomunicações de área 14,72 metros quadrados (com dimensões 
3,2 metros x 4,6 metros). A partir de mil tomadas, o adicionamento de 
quinhentas tomadas de telecomunicações aumenta uma de suas dimensões 
em 1,6 metro.
4.2.8 Infraestrutura de entrada
A infraestrutura de entrada é conhecida pelo seu acrônimo EF (Entrance Facility). A norma 
NBR 14.565 (ABNT, 2013) define que a infraestrutura de entrada é o local de entrada de todos os 
serviços de telecomunicações do edifício, incluindo a interface de rede externa.
A infraestrutura de entrada é interligação do sistema de cabeamento estruturado com o mundo externo.
 Observação
Esse espaço de cabeamento estruturado é chamado popularmente de 
facilidades ou de facilidade de entrada.
É normalmente na infraestrutura de entrada que se encontra o demarc (também conhecido como 
ponto de demarcação), que separa o cabeamento externo do cabeamento interno, ou seja, quando se 
encerra a responsabilidade do provedor de serviços e se inicia a responsabilidade da rede interna.
A figura a seguir situa a infraestrutura de entrada no sistema de cabeamento estruturado.
84
Unidade II
TR
TR
TR
TR
ER EF
Cabeamento 
horizontal
Cabeamento 
horizontal
Cabeamento 
horizontal
Cabeamento 
horizontal
TO
TO
TO
TO
Área de trabalho (WA)
Área de trabalho (WA)
Área de trabalho (WA)
Área de trabalho (WA)
TO
TO
TO
TO
Infraestrutura 
de entrada
Figura 44 – Infraestrutura de entrada e suas interligações
Na infraestrutura de entrada encontra‑se o DG (Distribuidor Geral), o DID (Distribuidor Intermediário 
Digital) e o DGO (Distribuidor Geral Óptico).
No DG encontram‑se terminados os cabos de pares de telefonia oriundos da operadora de telefonia 
pública. No DID encontram‑se as conexões que utilizam cabos coaxiais em links E1 e T1. No DGO 
encontram‑se as fibras ópticas entregues pela operadora no demarc.
A figura a seguir representa um DG.
85
INFRAESTRUTURA DE TI
Figura 45 – Exemplo de um DG
A localização da infraestrutura de entrada é um aspecto de grande importância. A ideia é implementar 
esse espaço em local seco, livre de inundações e o mais próximo possível da entrada de energia elétrica 
do edifício,de forma a garantir uma agilidade na interligação do aterramento.
A norma ANSI/TIA‑569‑C especifica as dimensões da infraestrutura de entrada de modo similar à 
sala de equipamentos que abriga um distribuidor de campus, de forma que o espaço mínimo é restrito 
a 12 m² para uma área de edifício de 50.000 m². Para cada 10.000 m², acrescenta‑se 1 m² ao tamanho 
do espaço da infraestrutura de entrada (MARIN, 2013).
A norma ISO/IEC 14.763‑2 dá uma tratativa diferenciada no que tange às dimensões da infraestrutura. 
Essa norma informa recomenda, para efeitos de dimensionamento, que a infraestrutura de entrada seja 
como uma sala de telecomunicações de baixa densidade.
4.2.9 Requisitos importantes nos espaços de telecomunicações
A partir de um apanhado geral das normas para espaços de telecomunicações, destacam‑se alguns 
pontos primordiais de forma resumida para o perfeito funcionamento do sistema de cabeamento 
estruturado. São eles:
• segurança: as normas reforçam a importância da segurança física das instalações de forma que 
o controle de acesso seja restrito ao pessoal autorizado, havendo também um plano de segurança 
do edifício;
86
Unidade II
• localização: é preciso valorizar os locais onde os espaços serão implementados, atentando para 
a possibilidade de expansão e a facilidade de acesso (inclusive para permitir a locomoção com 
grandes e pesados equipamentos);
• altura: as normas especificam que a altura entre o piso acabado e o teto do espaço seja 
de, pelo menos, 2,4 metros, além do vão entre as lajes de pavimentos sejam de pelo menos 
3 metros;
• piso/parede/teto: claros e antiestéticos, devem ser tratados de forma a acumular o mínimo 
possível de poeira; cabe também mencionar a importância de não haver infiltrações;
• climatização: os espaços de telecomunicações precisam ter um controle de temperatura e 
umidade, de forma a não prejudicar a operação dos dispositivos ativos de rede.
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre cabeamento estruturado, leia os 
capítulos inicias da obra indicada a seguir.
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo, do 
projeto à instalação. São Paulo: Érica, 2013.
 Resumo
Aprofundamos o estudo sobre sistemas de informação, mencionando 
os sistemas de suporte a decisão, sejam elas decisões estruturadas, sejam 
elas não estruturadas. Também foram abordados os sistemas de inteligência 
artificial e as especialidades encontradas.
Viu‑se o início das infraestruturas de redes de computadores, com 
ênfase no cabeamento estruturado. Foram apresentados os subsistemas 
de cabeamento estruturado horizontal e vertical, bem como suas 
características.
Por fim, foram apresentados os espaços de telecomunicações e de 
cabeamento estruturado, contemplando as áreas de trabalho, as salas 
de telecomunicações, as salas de equipamentos e a infraestrutura de entrada, 
que contém o ponto de demarcação que limita a responsabilidade da 
operadora de telecomunicações e a organização propriamente dita.
87
INFRAESTRUTURA DE TI
 Exercícios
Questão 1. (IBFC 2019) Quanto aos meios de transmissão de uma rede de computadores, relacione 
as colunas a seguir.
Quadro 3 
Coluna 1 Coluna 2
I. Rede por cabo
II. Rede sem fios
A. Rádio
B. Fibra óptica
C. Coaxial
D. Par trançado
Assinale a alternativa que apresenta a relação correta.
A) I‑A; I‑B; I‑C; I‑D
B) I‑A; I‑C; II‑B; II‑D
C) I‑A; II‑B; II‑C; II‑D
D) I‑B; I‑C; I‑D; II‑A
E) I‑A; II‑C; II‑C; II‑D
Resposta correta: alternativa D.
Análise da questão
As redes por cabo são feitas por meios físicos. Isso significa que a rede por cabo (I) pode se 
relacionar com fibra ótica (B), cabo coaxial (C) e par trançado (D). Nas redes sem fio, como o nome 
indica, não existe meio físico de conexão: isso significa que a a rede sem fio (II) se relaciona com a 
transmissão por rádio (A).
Questão 2. (IF Sertão‑PE 2016) Levando em consideração os conceitos acerca de cabeamento 
estruturado, marque o item cuja afirmação está incorreta.
A) A sala de equipamentos é o local mais importante da rede no que diz respeito aos equipamentos 
ativos. Pode concentrar todos os cabos do backbone e os cabeamentos horizontais do mesmo piso 
e da sala de entrada do edifício (EE).
88
Unidade II
B) Pela NBR 14565:2013, há a exigência de instalação de duas tomadas de telecomunicações por 
área de trabalho.
C) Cross‑cable ou cabo cruzado é uma estrutura de rede local que tem como função interconectar 
áreas verticais distintas utilizando um patch painel.
D) A sala de telecomunicações é a área que pode ser substituída por armário de telecomunicações e 
é responsável pelas distribuições do cabeamento através dos andares.
E) Patch cord é um segmento de cabo que pode ser de par trançado ou fibra óptica. É utilizado para 
conexão entre tomada de telecomunicações e computador ou entre patch painel.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: a sala de equipamentos é o espaço de telecomunicações destinado a abrigar os equipamentos 
de uso comum em toda a rede, terminação de cabos e os distribuidores do sistema de cabeamento estruturado. 
Ela é o local mais importante do sistema de cabeamento estruturado, pode conter um distribuidor de campus 
e/ou distribuidor de edifício, concentrando o cabeamento horizontal e o cabeamento de backbone.
B) Alternativa correta.
Justificativa: a primeira especificação que aparece na NBR 14565:2013 é a exigência de instalação 
de duas tomadas de telecomunicações por área de trabalho. Essas tomadas, obrigatoriamente, são 
terminadas em conectores RJ‑45, onde são conectados cabos de par trançado categoria 5e ou superior.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o cabo crossover ou cruzado é um cabo simples como o par trançado, com geralmente 
o padrão de categoria 5. Ele é um cabo que geralmente possui uma cobertura de plástico azul ou preta.
D) Alternativa correta.
Justificativa: em edifícios e pavimentos onde não seja exequível a construção de uma sala de 
comunicações, pode‑se utilizar um espaço menor. Uma das alternativas é a instalação de um armário 
de telecomunicações no shaft do edifício.
E) Alternativa correta.
Justificativa: o patch cord é um pedaço de cabo, que pode ser de par trançado ou fibra óptica, usado 
na conexão entre a tomada de telecomunicações e o computador.

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