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Questoes prova - Direito do Trabalho

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1 - Pedro e Guilherme trabalhavam de 2ª a 6ª feira como escriturários em uma mineradora. Em determinada tarde de um final de semana, enquanto passeava em um shopping da cidade, Pedro encontrou Guilherme. Por motivo fútil, eles discutiram por um lugar na fila para comprar ingresso para uma sessão de cinema. Irritado, Pedro agrediu Guilherme, com socos e tapas, que não reagiu e teve de ser hospitalizado para cuidar das lesões sofridas. A notícia se espalhou rapidamente, de modo que na 2ª feira seguinte todos os empregados da mineradora sabiam e comentavam o ocorrido. Aliás, diziam que Pedro era reincidente neste tipo de situação, pois no passado havia agredido fisicamente outro auxiliar técnico, também colega de trabalho, num estádio de futebol, pois torciam para times diferentes.
Diante da situação retratada e dos termos da CLT, responda às indagações a seguir.
A) Caso Pedro fosse dispensado por justa causa, em razão da ofensa física praticada contra Guilherme, que tese você, contratado por Pedro, advogaria em favor dele para tentar reverter a modalidade de dispensa? Justifique. (1,25)
R: Deve ser sustentado que a agressão contra colega de trabalho de mesmo nível somente pode caracterizar falta grave e ensejar a dispensa por justa causa se for praticada no serviço, na forma do Art. 482, alínea j, da CLT, o que não foi o caso. 
B) Se a empresa tivesse rompido o contrato de Pedro, sem justa causa, quantos dias teria para pagar as verbas rescisórias? Justifique.(1,25)
R: Ajuizar ação de consignação em pagamento para ofertar as verbas devidas, na forma do Art. 539 do CPC.
2 - Letícia trabalhava como operadora de empilhadeira e ganhava R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) mensais, valor previsto na convenção coletiva de sua categoria. Ocorre que na unidade da Federação na qual Letícia trabalhava foi fixado piso regional estadual de R$ 1.700,00 (um mil e setecentos reais) para a função de operador de empilhadeira.
Em razão disso, após ter trabalhado o ano de 2018 e ser dispensada sem justa causa, Letícia ajuizou reclamação trabalhista postulando a diferença salarial entre aquilo que ela recebia mensalmente e o piso regional estadual.
Considerando a situação posta, os termos da CLT e o entendimento consolidado do TST, responda às indagações a seguir.
 
A) Em relação ao pedido de diferença salarial, como advogado(a) do ex-empregador, que tese jurídica você apresentaria? Justifique. (Valor: 1,25)
R: A tese a ser apresentada é a de que o negociado prevalece sobre o legislado, conforme o Art. 611-A, inciso IX, da CLT, ou, como alternativa, que o piso fixado na norma coletiva prevalece sobre a Lei Estadual que porventura fixe piso salarial regional, conforme o Art. 1º da Lei Complementar 103/00. 
B) Caso o pedido de diferença salarial fosse julgado procedente e o juiz tivesse concedido na sentença, a requerimento da autora, tutela de evidência para pagamento imediato do direito, que medida jurídica você adotaria para tentar neutralizar essa tutela provisória? Justifique. (Valor: 1,25)
R: A medida adequada é a interposição de recurso ordinário com requerimento de efeito suspensivo, dirigido ao tribunal, ao relator, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, na forma da Súmula 414, inciso I, do TST ou do Art. 1029, § 5º, do CPC. 
3 - Percival é dirigente sindical e, durante o seu mandato, a sociedade empresária alegou que ele praticou falta grave e, em razão disso, suspendeu-o e, 60 dias após, instaurou inquérito judicial contra ele. Na petição inicial, a sociedade empresária alegou que Percival participou de uma greve nas instalações da empresa e, em que pese não ter havido qualquer excesso ou anormalidade, a paralisação em si trouxe prejuízos financeiros para o empregador.
Considerando a situação apresentada, os ditames da CLT e o entendimento consolidado dos Tribunais, responda aos itens a seguir.
A) Caso você fosse contratado por Percival para defendê-lo, que instituto jurídico preliminar você apresentaria? (Valor: 1,25)
R: A tese a ser apresentada é a de que ocorreu decadência, porque, entre a suspensão e a instauração do inquérito, o prazo máximo é de 30 dias, conforme prevê o Art. 853 da CLT e Súmula 403 do STF, que não foi respeitado. 
B) Que tese de mérito você apresentaria, em favor de Percival, na defesa do inquérito? (Valor: 1,25)
 R: Na defesa dos interesses do trabalhador deverá ser sustentado que a adesão simples e pacífica à greve é um direito dos grevistas e não caracteriza falta grave, na forma da Súmula 316 do STF OU artigo 6º, I, da Lei 7.783/89. 
4 - Gleicimar e Rosane trabalham em uma indústria farmacêutica, sendo Gleicimar contratada como estagiária e Rosane, como aprendiz. Ambas assinaram contrato de 1 ano, tendo sido observadas todas as exigências legais. No 10º mês do contrato, ambas informaram aos respectivos superiores imediatos que engravidaram. Gleicimar e Rosane, ao serem desligadas ao final do contrato, foram orientadas por parentes e amigos que teriam estabilidade e, por isso, deveriam tomar alguma providência. Em razão disso, Gleicimar ajuizou reclamação trabalhista, na qual postulou a reintegração em virtude da gravidez, e teve a tutela de urgência deferida. 
Diante do caso narrado, das disposições legais e do entendimento consolidado do TST, responda às indagações a seguir.
A) Que tese jurídica você defenderia, como advogado(a) da sociedade empresária, em relação à estabilidade pleiteada por Gleicimar? (Valor: 1,25)
R: Gleicimar não tem garantia no emprego porque é estagiária; portanto, ela não tem vínculo empregatício, na forma do Art. 3º da Lei nº 11.788/08 OU do Art. 10, inciso II, alínea b, ADCT OU da Súmula 244, inciso III, do TST. Ela não faz jus à estabilidade, pois essa pressupõe que a pessoa seja empregada. 
B) Que medida judicial você, como advogado(a) da sociedade empresária, adotaria para tentar reverter a tutela de urgência deferida em favor de Gleicimar? (Valor: 1,25)
R: Impetrar mandado de segurança, pois se trata de decisão interlocutória contra a qual não cabe recurso imediato, na forma da Súmula 414, inciso II, do TST e Súmula 214 do TST. 
5) Cláudio é motorista de ônibus da Viação Ponto a Ponto Ltda. desde 20/03/2018. Nos últimos 3 meses, Cláudio, descumprindo deliberadamente cláusula específica do seu contrato de trabalho, passou a dirigir em alta velocidade, bem como a não respeitar sinais vermelhos, o que acarretou numerosas multas por infrações de trânsito. Cláudio foi notificado pela autoridade competente de que perdera a habilitação para dirigir veículos. 
A empresa consultou você, como advogado(a), sobre a medida que deveria adotar em relação ao contrato de Cláudio, considerando que não tem interesse em mantê-lo como empregado.
A) Qual a orientação jurídica que você daria? Fundamente. (Valor: 1,25)
R: Deverá ser recomendada a dispensa por justa causa, na forma do Art. 482, letra m ou h da CLT 
B) Na hipótese de Cláudio ser dirigente sindical, que medida jurídica processual você deverá adotar para implementar a dispensa do empregado? (Valor: 1,25)
R: Ajuizar inquérito judicial para apuração de falta grave, na forma do Art. 494, OU do Art. 543, § 3º, OU do Art. 853, todos da CLT OU Súmula 379 TST OU Súmula 197 STF. 
6) Em determinada reclamação trabalhista, o autor, um ex-empregado, questionou o desconto mensal, a título de contribuição social, previsto na convenção coletiva de sua categoria, que vigorou no ano de 2018 e que foi juntada com a petição inicial. 
O reclamante manifestou seu entendimento de que essa cláusula normativa é abusiva e ilegal, devendo ser anulada e, consequentemente, devolvido o valor que lhe foi descontado. Ele requereu, no rol de pedidos, a nulidade da cláusula em comento e a devolução da subtração efetivada sob a rubrica “contribuição social”. 
Diante da situação retratada e dos ditames da CLT, responda aos itens a seguir.
A) Qual o prazo máximo de vigência de uma convenção coletiva de trabalho? (Valor: 1,25)
R: Uma convenção coletiva de trabalho tem vigência máxima de dois anos, conformeo Art. 614, § 3º, da CLT. 
B) Se a ação em questão fosse proposta exclusivamente contra a empresa, que tese processual você, contratado(a) pela empresa, deveria apresentar? Justifique. (Valor: 1,25)
 R: A tese a ser apresentada é a de que a participação dos sindicatos de classe na demanda se faz obrigatória, como litisconsortes necessários, na forma do Art. 611-A, § 5º, da CLT. 
12) Um contrato de estágio, pode significar um falso vínculo empregatício? Exemplifique, demonstrando quais os elementos constitutivos do vínculo entre empregador e empregado. (2,5)
O contrato de estágio, de acordo com o art 4° da Lei 6.494/77 tem natureza civil na medida em que não gera vínculo empregatício36. Mas para isso o contrato deve seguir requisitos formais e materiais. Os formais são termo de compromisso firmado entre o estudante e a empresa concedente do estágio, salvo quando se tratar de estágio realizado sob a modalidade de ação comunitária, quando o termo é dispensável; a interveniência da instituição de ensino; a comprovação pela empresa concedente de ter feito seguro de acidentes pessoais para o estagiário e a observância do prazo de duração do estágio constante da bolsa. Entre os requisitos materiais, de acordo com o art 1°, § 3° da Lei 6494/77 estão a possibilidade do estágio complementar o ensino e a aprendizagem que será planejado, executado e avaliado de acordo com os currículos, programas e calendários escolares, a fim de poder constituir um instrumento de integração, proporcionando ao estudante treinamento prático, aperfeiçoamento técnico-cultural, científico e de relacionamento humano.
Mas conforme artigo 2º da CLT, pode configurar falso vínculo empregatício pois apresenta requisitos de vínculo empregatício, como: contrato eventual, ou seja, trabalha mais que duas vezes na semana, considerando a frequência do estagiário; e subordinação pelas tarefas prestadas por este indivíduo.
13) Quando mencionamos que um contrato de trabalho está suspenso, Queremos dizer que o empregado não está trabalhando? Ocorre que quando também mencionamos que o contrato foi interrompido, a ideia é que o mesmo acontece? Qual a diferença jurídica entre uma situação e outra? Exemplifique
Com a suspensão de contratos de trabalho, o funcionário não pode trabalhar, nem presencialmente e nem remotamente. No caso de interrupção do contrato de trabalho, como dispõem a Constituição Federal, no artigo 7º, XV e da Lei n. 605/ 49, em que o empregado não trabalha também. A interrupção e a suspensão são dois institutos que inviabilizam a extinção do contrato de trabalho. No caso da interrupção, a empresa continua pagando salários ao empregado e o período será computado como tempo de serviço. Interrompem o contrato de trabalho, por exemplo, as férias, o DSR e o afastamento do empregado por doença até o 15º dia. E na suspensão, o empregado não recebe pelo tempo inativo e tal período não conta como tempo de serviço. Acarretam a suspensão do contrato de trabalho a falta injustificada, o período de greve, etc. Temos como exemplo na interrupção: Afastamento por motivo de doença ou acidente de trabalho até o 15º dia; Férias; Licença maternidade (Art. 392 da CLT); Descanso semanal remunerado e feriados civis e religiosos; Licença remunerada; Período que não houver serviço na empresa, por culpa ou responsabilidade desta, caso em que há a obrigação de pagamento de remuneração; Afastamentos previstos no artigo 473 da CLT; Período em que o representante dos empregados se afasta de suas atividades para realizar suas atribuições como tal; Tempo necessário para a empregada gestante realizar consultas médicas e demais exames complementares (artigo 392 II da CLT); Aborto não criminoso (artigo 395 da CLT), entre outros. E temos como exemplo na suspensão: Afastamento por motivo de doença a partir do 16º dia; Período de suspensão disciplinar; Afastamento em decorrência de aposentadoria por invalidez; Participação pacífica em greve; Afastamento do empregado em casos de prisão; Eleição para cargo de direção sindical; Encargo público não obrigatório; Licença não remunerada, concedida pelo empregador, a pedido do empregado, para tratar de interesses particulares. Entre outros.
14) Explique a seguinte afirmação: Com a Reforma Trabalhista, há a criação de outra modalidade de rescisão contratual: a por comum acordo. Até então, as demissões podiam acontecer por iniciativa do empregado ou do empregador, com ou sem justa causa. No entanto, agora é possível chegar a um acordo pelas partes, o que envolve também diferentes verbas. (2,5)
Nas demissões sem justa causa por iniciativa do empregador ou com justa causa por iniciativa do empregado (rescisão indireta), este tem direito de receber 40% de multa do saldo do seu FGTS, além de poder movimentar a conta e solicitar o seguro-desemprego. Por isso, é bastante comum ouvir falar ou se deparar com as propostas de “acordo de saída”. Ele acontece quando o empregado, já não tendo interesse em manter o emprego, mas sem querer perder direitos, procura o empregador e tenta negociar a sua demissão, ou seja, pede para ser demitido. Se o empregador aceitar a proposta, no termo de rescisão contratual constará a informação de que o encerramento se deu por iniciativa do empregador, sem justa causa, e o empregado terá todos os direitos garantidos. Contudo, nessas situações ele devolve os 40% de multa do FGTS pagos pela demissão. Apesar de ser uma prática frequente, ela é considerada fraude, por isso deve ser evitada. Além disso, caso o empregado desista de devolver o valor da multa, o empregador nada poderá fazer para solicitar o reembolso. Ciente dessa situação, como forma de trazer opções para os empregados e empregadores, a reforma trabalhista trouxe uma nova modalidade de rescisão do contrato de trabalho: a por comum acordo. Nesse caso, as duas partes entram em um consenso sobre o encerramento do contrato de trabalho. O empregador deverá pagar 20% da multa do FGTS e metade do aviso prévio (em regra 15 dias). Já o empregado poderá movimentar 80% do fundo de garantia, mas não terá acesso ao seguro-desemprego. Apesar de a reforma ter criado um acordo de demissão legal, aquele em que o empregador demite o funcionário e recebe os 40% da multa de volta continua sendo uma fraude trabalhista. 
15) É correta a afirmação: “Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração”. Argumente, explicando a natureza jurídica do aviso prévio.
De acordo com o artigo 489 da CLT, a afirmativa é correta. o aviso prévio tem tríplice natureza, ou seja, é tridimensional: a) comunicar à outra parte do contrato de trabalho que não há mais interesse na continuação do pacto; b) período mínimo que a lei determina para que seja avisada a parte contrária de que vai ser rescindido o contrato de trabalho, permitindo que ambos, empregado e empregador, possam, respectivamente, conseguir novo emprego ou conseguir contratar novo empregado; c) pagamento que vai ser efetuado pelo empregador ao empregado pela prestação de serviços durante o restante do contrato de trabalho, ou à indenização substitutiva pelo não cumprimento do aviso prévio por qualquer das partes. Há, portanto, a combinação dos elementos comunicação – prazo – pagamento. O aviso prévio após comunicado poderá ser reconsiderado ou cancelado pela parte notificante, desde que haja o aceite da notificada, assim a parte que comunicou a rescisão poderá, até o prazo final do aviso, notificar a outra parte de seu arrependimento e solicitar a continuidade do contrato de trabalho, nos mesmos termos que vigoravam anteriormente.

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