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Projeto de TCC - Serial Killers e School Shootings

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS UNIDADE ITUIUTABA
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
PAULA MACEDO DE ARAÚJO
ADMIRAÇÃO OU CURIOSIDADE?
O perfil dos membros da True Crime Community em relação a assassinos
Projeto de pesquisa apresentado à disciplina “Elaboração de Trabalhos Científicos I” como requisito de avaliação final do 1º semestre de 2019.
Profº: Eurípedes Costa do Nascimento
ITUIUTABA
2019
SUMÁRIO
1. JUSTIFICATIVA................................................................................................................04
2. REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................................06
 2.1 AS COMUNIDADES.........................................................................................................06
2.2 A INTERNET E AS COMUNIDADES VIRTUAIS..........................................................06
2.3 TRUE CRIME COMMUNITY E HIBRISTOFILIA..........................................................08
2.4 DEFININDO SERIAL KILLER.........................................................................................09
2.5 CASOS NOTÓRIOS NORTE AMERICANOS.................................................................12
 2.5.1 RICHARD RAMIREZ...................................................................................................13
 2.5.2 TED BUNDY.................................................................................................................14
2.6 O ASSASSINO EM SÉRIE DO BRASIL..........................................................................15
 2.6.1 FRANCISCO ASSIS PEREIRA...................................................................................15
2.7 MASS MURDERER E MASS SHOOTING......................................................................18
 2.7.1 O MASSACRE DE COLUMBINE…………………………………………………....18
 2.7.2 DYLAN E ERIC.............................................................................................................18
2.8 ATIRADORES EM ESCOLAS NO BRASIL....................................................................20
 2.8.1 WELLINGTON MENEZES..........................................................................................21
 2.8.2 GUILHERME E LUIZ...................................................................................................21
3. OBJETIVOS.........................................................................................................................22
 3.1 OBJETIVO GERAL..........................................................................................................22
 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................22
4. MÉTODO.............................................................................................................................22
 4.1 PARTICIPANTES............................................................................................................24
4.2 LOCAL................................................................................................................................24
4.3 INSTRUMENTOS...............................................................................................................24
4.4 PROCEDIMENTOS............................................................................................................25
5. CRONOGRAMA.................................................................................................................26
6. REFERÊNCIAS..................................................................................................................27
7. APÊNDICES........................................................................................................................32
 7.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.......................................32
 7.2 TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO...........................................33
 7.3 QUESTIONÁRIO SEMI-ESTRUTURADO.....................................................................34
3
1. JUSTIFICATIVA
Os fãs clubes, assim como as comunidades virtuais, são um processo social e não estão limitados a uma experiência individual. Não existe apenas um vínculo entre o indivíduo e seu objeto de interesse, mas um vínculo coletivo entre os fãs de acordo com a maneira em que expressam suas identidades de forma performativa (GUSCHWAN, 2016, p. 351,). 
A TCC (True Crime Community) nascida no Tumblr, uma rede social que funciona como blog pessoal onde há o compartilhamento de imagens, textos, vídeos e outros conteúdos, tem como principal objetivo a troca de informações entre pessoas que se interessam pela área criminal. Entretanto, indivíduos que demonstravam certa admiração e fanatismo passaram a se denominar participantes dessa comunidade, começando a utilizá-la com a fim de valorizar especialmente assassinos em série e assassinos de massacres escolares.
O termo serial killer (assassino em série), foi utilizado pela primeira vez pelo ex-agente aposentado do Federal Bureau of Investigation (FBI) Robert Ressler em meados de 1970 (CASOY, 2004, p. 10), sendo essa categorização atribuída quando um ou mais indivíduos cometem um segundo ou até um terceiro assassinato, onde não há a necessidade dos homicídios futuros serem realizados no mesmo momento ou estarem relacionados com a morte inicial (ALVAREZ, 2004, p. 11). 
Alguns assassinos em série, que obtiveram grande atenção durante os anos em que permaneceram ativos, foram o objeto de desejo de muitas mulheres, sendo dois casos especiais os maiores destaques dentre tantos: Ted Bundy e Francisco de Assis Pereira. 
O assassino em série Ted Bundy aterrorizou os Estados Unidos de 1974 a 1978, matando brutalmente colegiais parecidas com sua noiva rica que rompeu o relacionamento entre ambos (CASOY, 2004, p. 172,). Em seu julgamento, foram relatados mais de 30 assassinatos, mas isso não impediu que o tribunal fosse tomado por mulheres que estavam ali para demonstrar apoio a ele, muitas até se arrumavam de forma a parecer com o seu tipo de vítima preferida: morenas de cabelos lisos, compridos e partidos ao meio. Com o passar dos anos, muitas outras mulheres escreveram para Bundy ou foram vê-lo na cadeia, uma delas, inclusive, mais tarde casou-se na prisão com outro assassino em série (O APRENDIZ VERDE, 2015). 
No Brasil, Francisco de Assis Pereira, mais conhecido como o Maníaco do Parque, assassinou pelo menos onze mulheres e estuprou outras nove entre 1997 e 1998. Logo após a sua prisão, o assassino começou a receber cartas de amor de mulheres que não conhecia, elas se solidarizavam com o criminoso e queriam começar um relacionamento com ele. 
Em um mês, Francisco já colecionava mais de mil cartas na cadeia e em 2002 casou-se com uma das remetentes (O GLOBO, 2018). 
Segundo Rodrigues (2009),
O fator fama, com certeza, pesou no caso das mulheres que procuraram o Maníaco do Parque… É possível concluir que o fator fama é um fator de atração ‘externa’, as outras causas estão na personalidade das mulheres e do criminoso. Junta-se uma mulher com baixa autoestima e um sociopata com grande autoconfiança e poder de sedução que crescem com a fama, e temos o paradigma de um caso entre um serial killer e estuprador e uma mulher.
Assim como nos assassinatos em série, os assassinatos em massa possuem um número elevado de vítimas, onde de acordo com o Federal Bureau of Investigation (2014), este é definido como a matança de quatro ou mais indivíduos, às vezes simultaneamente, sem um período de pausa. Na maioria dos casos, o responsável é apreendido no dia do incidente ou há a morte como resultado de suicídio, podendo também ser causada pela polícia durante a sua apreensão (FOX; LEVIN, 2005, p. 163). 
O episódio mais famoso de assassinato em massa aconteceu em abril de 1999 na Columbine High School, sendo Erick Harris e Dylan Klebold os responsáveis por abrir fogo contra dezenas de pessoas ocasionandoa morte de doze alunos e um professor, deixando mais de 30 feridos (CLABAUGH & CLABAUGH, 2005, p. 83; Fjällström, 2007, p. 03; LARKIN, 2007; LICKEL, SCHMADER, & HAMILTON, 2003, p. 196). 
Em abril 2011, o Brasil presenciou o que seria o primeiro massacre em escola já registrado no país. O atirador Wellington Menezes de Oliveira abriu fogo contra crianças e adolescentes da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro.  O ataque premeditado deixou 12 alunos mortos e uma dezena de feridos. As vítimas tinham entre 13 e 15 anos (BBC, 2019). Oito anos depois a tragédia se repetiria, porém em Suzano, região metropolitana de São Paulo, sendo a Escola Estadual Professor Raul Brasil o local escolhido para o massacre. Guilheme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro mataram cinco alunos e duas funcionárias, utilizando-se não apenas de arma de fogo, mas também de uma machadinha e um arco e flecha (BBC, 2019). 	
Por conseguinte, o avanço da tecnologia e a comunicação sendo cada vez mais imediata, fez com que a True Crime Community logo avançasse pelo mundo e chegasse até o Brasil, onde perfis em diversas redes sociais se mostram cada vez mais dedicados aos assassinos citados posteriormente. Entretanto, a presença maioritária de adolescentes nesse tipo de grupo, sendo que, segundo o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, 86% dos brasileiros de 9 a 17 anos possuem perfis em redes sociais (CETIC.BR, 2017), traz o grande questionamento de como o contato com esses conteúdos é capaz de inferir em comportamentos e até mesmo no desenvolvimento desses adolescentes.
Sendo a True Crime Community a própria provedora de conteúdo acerca desses assassinos, os seus usuários convivem diariamente com a romantização desses criminosos, fazendo com que a presença de uma patologia seja também uma questão a ser discutida, a hibristofilia. Segundo o DSM-V (2013), as parafilias representam qualquer interesse sexual intenso e persistente que não é voltado para parceiros que consentem e apresentam fenótipo normal e maturidade física. A hibristofilia se encontra nesse grupo de transtornos, onde ocorre interesse sexual por pessoas com certa periculosidade que cometeram crimes hediondos, encaixando-se no comportamento que muitos participantes da TCC mantêm sem qualquer discriminação. 
Portanto, este estudo busca responder algumas questões pertinentes sobre esse fenômeno crescente como: de que forma os assassinos em série e/ou assassinos em massa impacta a vida desses indivíduos? Quais os motivos que os levam a entrar nessa comunidade? Como as comunidades virtuais se estabelecem em suas vidas? Há diferenciação entre aqueles que admiram assumidamente esses assassinos daqueles que buscam apenas o estudo dos crimes?
Assim, baseando-se em seu histórico até os dias de hoje com o advento da internet, e através de pesquisa e revisão de literatura, busca-se também apontar quais os impactos, sendo positivos ou negativos, para as pessoas pertencentes a esse tipo de comunidade.
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 AS COMUNIDADES
Desde os seus primórdios, o ser humano convive em comunidade para sobreviver e reproduzir-se, garantindo, assim, a autopreservação dos indivíduos. Ao longo do tempo, esses grupos de seres humanos estabeleceram formas de se expressar, comunicar, valores morais e culturais que se renovaram a cada época. 
Max Weber definiu como algo que se funda a partir de qualquer tipo de ligação emocional, afetiva ou tradicional, sendo assim, “chamamos de comunidade a uma relação social na medida em que a orientação da ação social, na média ou no tipo ideal- baseia-se em um sentido de solidariedade: o resultado de ligações emocionais ou tradicionais dos participantes” (WEBER, 1987, p. 77). 
De acordo com o contexto, novas definições de comunidade surgiram ao longo do tempo, onde com o advento da modernidade e da tecnologia as comunidades rurais perderam o seu espaço para a urbanização das grandes cidades. Enquanto a clássica sociologia enxergava como ideal de comunidade aquelas pertencentes ao meio bucólico, Oldenburg (1998) relata que “o seu desaparecimento ocorreu por diversas razões, mas principalmente pela construção padronizada típica do modernismo, com a presença de subúrbios e o uso total do espaço com suas estruturas”. 
O senso de comunidade passou a ser cada vez mais deturpado, sendo consolidado o culto ao individualismo exacerbado e à personalidade singular do indivíduo, valendo ressaltar a perda do significado do mundo para o próprio desenvolvimento do sujeito: 
A verdade não ‘habita’ apenas o ‘homem interior’, ou, antes, não existe homem interior, o homem está no mundo, é no mundo que ele se conhece. Quando volto a mim a partir do dogmatismo do senso comum ou do dogmatismo da ciência, encontro não um foco de verdade intrínseca, mas um sujeito consagrado ao mundo (MERLEAU-PONTY, 1999, p. 06, grifos do autor).
Entre as intensas transformações ocorridas, a invenção dos computadores foi capaz de revolucionar e trazer a tecnologia que a sociedade necessitava para se tornar totalmente dependente desta em poucos anos. 
2.2 A INTERNET E AS COMUNIDADES VIRTUAIS
Os computadores, apesar de existirem desde as décadas de 40 e 60, obtiveram o seu maior êxito em meados dos anos 80 e, de acordo com Defleur e Ball-Rokeach (1993), “rápidos avanços do software tornaram os computadores mais ‘amigáveis’ com os usuários”. A internet viria a surgir apenas no início dos anos 90, quando uma rede até então dedicada à pesquisa acadêmica se tornaria a rede das redes aberta para todos (BRIGGS; BURKE, 2004). 
Nesse ínterim, através de websites sendo criados a todo o momento, as pessoas começaram a se unir em prol de interesses que possuíam em comum, fazendo com que as comunidades virtuais surgissem sem qualquer aviso prévio e crescessem juntamente com o acesso à internet. 
Em 1993, Howard Rheingold foi o primeiro a construir a definição de comunidade virtual, que seria como uma agregação cultural formada pelo encontro sistemático de um grupo de pessoas no ciberespaço. Nessa comunidade a atuação de seus participantes no compartilhamento de valores e interesses de forma online, constitui-se como uma das principais características do grupo. De mesmo modo, Schlemmer (2005), mostra que “as comunidades virtuais são redes eletrônicas de comunicação interativas organizadas em torno de um interesse ou finalidade compartilhada”. Esse novo sistema de comunicação pode abarcar e integrar todas as formas de expressão, bem como a diversidade de interesses, valores e imaginações, inclusive a expressão de conflitos, isso tudo devido a sua diversificação e versatilidade. 
Alguns elementos são essenciais para a caracterização desse tipo de comunidade, como “o sentimento de pertencimento, a territorialidade, a permanência, a ligação entre o sentimento de comunidade, caráter corporativo e emergência de um projeto comum, e a existência de formas próprias de comunicação” (PALACIOS apud SAMPAIO – RALHA, 2000). Analogamente, as redes sociais caminham ao lado dessas comunidades, porém Costa (2005) traz que o conceito de que as primeiras são ainda mais amplas, visto que o sujeito está apto para construir a sua própria rede de contatos, sem que a rede precise inicialmente ser definida de fato como “comunidade”. Sendo assim, 
uma rede de pessoas interessadas pelos mesmos temas é não só mais eficiente do que qualquer mecanismo de busca, mas do que a intermediação cultural tradicional, que sempre filtra demais, sem conhecer no detalhe as situações e necessidades de cada um (Lévy, 2002, p. 101).
2.3 TRUE CRIME COMMUNITY E HIBRISTOFILIA
Dentro dessas comunidades virtuais, existem aquelas que possuem assuntos específicos, como a True Crime Community, que pode ser abreviada apenas como TCC. Criada no Tumblr, uma plataforma blogging de cadastro gratuito na qual os jovens podem postar sobre o que quiserem, além de criar conteúdos com fotos, vídeos e áudios, sendo possível também “seguir” outros blogs e ser “seguido”. 
A TCC possui focoprincipal em crimes reais, principalmente aqueles cometidos por assassinos em série e assassinos em massa. Primariamente o foco se manteve nos assassinos, levando em consideração a importância de relembrar as vítimas trazendo consciência para que esses tipos de eventos nunca mais ocorram. Assim, ao invés de apenas demonizar os assassinos, a maioria dos membros da TCC acreditam que eles são capazes de fazer o bem, apesar de terem sido levados a outro caminho devido a abusos, drogadição e/ou falta de tratamento para transtornos mentais. Em suma, essa comunidade virtual luta para corrigir o que já foi feito e, assim, evitar mais mortes (SLOMKA, 2017). 
Entretanto, cada membro da comunidade se mostra de uma maneira, enquanto alguns possuem interesse apenas no crime e suas motivações, outros mergulham profundamente em outros aspectos. 
A intensa admiração por criminosos pode ser descrita como uma patologia, mais especificadamente uma parafilia, e Abreu (2005), traz que a parafilia etimologicamente se constitui como um paralelo ao amor, “para” paralelo, “filia” amor. De acordo com o DSM-V (2013) a parafilia se refere a um intenso interesse sexual persistente, onde não há foco na estimulação genital ou em determinadas carícias preliminares com parceiros humanos em sua forma consensual e maturidade fisiológica e anatômica. Em suma, a parafilia é todo comportamento sexual que visa à excitação e obtenção de prazer apenas com um objeto, situação ou lugares específicos, excluindo a necessidade da cópula. 
Entretanto, a patologização não deve ser o único caminho para se compreender esse fenômeno, visto que “a sexualidade sempre esteve presente e pujante na vida humana, até mesmo no seu discurso repressor contra ela mesma, o que, na verdade, também era uma forma de se falar de sexualidade e de se gozar com isso” (CARVALHO NETO, 2010, p. 52). 
Comportamentos como os descritos acerca da admiração por criminosos levaram a um interesse psicológico para explicá-los, trazendo a classificação de hibristofilia para essa parafilia, também conhecida como “Síndrome de Bonnie e Clyde” (ERLBAUM, 1999). A hibristofilia é comumente mais associada a mulheres e é definida como a atração por um parceiro que é conhecido por cometer um crime violento como estupro, assassinato ou assalto (MONEY, 1993, p. 56). Alguns autores, como Vitello (2006), sugerem que essa parafilia pode ser causada devido a um passado de abuso sexual ou físico, o que resulta em baixa autoestima e insegurança, tornando os indivíduos mais vulneráveis a outros que defendem preferências sexuais desviantes e atos criminosos. Mulheres que se envolvem com assassinos em série, por exemplo, acreditam que podem mudá-los, enquanto outras os enxergam como os “garotinhos” que costumavam ser e necessitam de cuidados (RAMSLAND, 2012). 
Contudo, Densen-Gerber (1993) atesta que o sexo não é a única motivação responsável pela hibristofilia, mas uma mistura eclética que envolve poder, abuso e autodesprezo. Apesar disso, deve-se considerar que qualquer que seja a razão para esse comportamento vindo dos admiradores, um fator predomina: eles sentem um apego ao assassino de sua escolha. 
 
2.4 DEFININDO SERIAL KILLER
Sendo os assassinos em série um dos focos da TCC, é necessário entender o que há de tão fascinante sobre esses criminosos com nomes tão notórios. O termo tão utilizado por todos, serial killers, foi concebido na década de 70 por Robert K. Ressler, um agente aposentado do FBI (Federal Bureau of Investigation) que pertencia a uma unidade comportamental chamada Behavioral Sciences Unit – BSU (Unidade de Ciência Comportamental), onde foram aprofundados os estudos sobre o tema em questão (CASOY, 2009). 
Em 1985, foi criado o Violent Criminal Apprehension Program – Programa de Captura de Crimes Violentos) que possuía agentes especializados para estudar e avaliar esses crimes, sendo estabelecidos os profilers, profissionais responsáveis por criar o perfil dos assassinos seriais com base em traços psicológicos e psiquiátricos que facilitariam a identificação (BONFIM, 2010). 
Apesar de ser retratado na cultura popular como uma pessoa de fácil identificação por aqueles que o rodeiam devido a comportamentos estereotipados, os assassinos em série são pessoas invisíveis. Reconhecê-los em meio à sociedade é algo extremamente dificultoso, visto que este faz uso de uma personalidade apenas para o contato, ou seja, “um fino verniz de personalidade completamente dissociado do seu comportamento violento e criminoso” (CASOY, 2004, p. 22). 
De acordo com Bonfim (2010), os assassinos em série podem ser postos nessa categoria quando cometem um segundo e ou posterior assassinato, não havendo necessariamente uma relação anterior com a vítima e se houver, ela sempre estará em uma posição de inferioridade frente ao assassino. Os assassinatos que se sucedem, podem ocorrer em diferentes momentos e não demonstram relação com o pioneiro, sendo que também costumam ser cometidos em localizações distintas. 
Muitos destes homicidas têm inteligência privilegiada, como Ed Kemper que possuía QI superior a 140, porém essa não é necessariamente uma regra a ser seguida, posto que alguns assassinos em série mostraram-se ao longo da vida escolar com um péssimo desempenho acadêmico, onde a maioria deles sequer concluiu o ciclo escolar. 
Segundo estudos de Bonfim (2010) e Casoy (2004), a maioria dos assassinos passou a infância com baixa autoestima, praticando masturbação compulsiva, possuíam pesadelos, dores de cabeça constantes, problemas alimentares, rebeldia, eram mentirosos crônicos, entre outras diversas características que os permeavam e foram relatadas pelos mesmos. 
Devido a diversas frustrações, principalmente por grande maioria ter sofrido abusos sexuais e/ou psicológicos, o desejo de ter poder sobre a vítima se mostra de forma ainda mais presente. Para Casoy (2000), a vítima representa um objeto de fantasia no qual é exercido o seu poder e domínio, sendo que alguns assassinos relatam que cometem crimes motivados por situações específicas, como aqueles que só matam mulheres. 
As condições mentais desses assassinos ainda são cercadas por mitos e verdades, sendo em sua maioria definidos apenas como psicopatas frios e calculistas. A psicopatia foi descrita pela primeira vez em 1941 por Hervey M. Cleckley e descrita por Robert Hare como “um transtorno de personalidade definido por um conjunto específico de comportamentos e de traços de personalidade inferidos, a maioria deles vista pela sociedade como pejorativa” (HARE, 2013, p. 27). Ainda em seus trabalhos, Cleckley (1988), analisou características que se apresentaram como as mais comuns em psicopatas: charme superficial e boa inteligência, ausência de delírios e nervosismo, tendência à mentira, incapacidade de amar, entre outros. 
Dessa forma, a psicopatia é enquadrada como transtorno da personalidade antissocial, onde os indivíduos “frequentemente carecem de empatia e tendem a serem insensíveis, cínicos e desdenhosos em relação aos sentimentos, direitos e sofrimentos dos outros” (DSM-V, 2013, p. 660). 
O diagnóstico só é firmado quando o sujeito completa os 18 anos e apresenta alguns sintomas de transtorno da conduta antes dos 15 anos, “onde envolve padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual os direitos básicos dos outros ou regras sociais são violados” (DSM-V, 2013. p. 659). É de conhecimento que alguns autores se referem a esses assassinos muitas vezes como sociopatas, entretanto as diferenças se dão a partir de como os estudiosos enxergam esse transtorno, Hare (2013) explica que 
alguns médicos e pesquisadores, assim como a maioria dos sociólogos e criminologistas que acredita que a síndrome é forjada inteiramente por forças sociais e experiências do início da vida, preferem o termo sociopatia, enquanto aqueles, incluindo este autor, que consideram fatores psicológicos, biológico e genéticos também contribuem para o desenvolvimento da síndrome geralmente usam o termo psicopatia (p. 39).
Estudiosos apontam três possíveis causas quecontribuem para o desenvolvimento do transtorno, sendo eles: fatores genéticos, fatores ambientais e fatores sociais. Viver em um ambiente que proporciona apenas violência, não há a imposição de limites ou nenhuma demonstração de afeto, acaba por instigar os instintos de psicopatia; porém, há pesquisadores que defendem a teoria de que o psicopata já nasce com essa condição e ela é apenas desenvolvida ao longo da vida, visto que “não são apenas as circunstâncias externas que moldam a mente de um psicopata. Se algo no cérebro desses indivíduos se tornou verdadeiramente disfuncional, é, em parte, pelo fato de que algo já estava lá antes” (VASCONCELLOS, 2014, p. 62).
A psicopatia, apesar de ser sinônimo para assassinos em série, nem sempre leva o indivíduo a cometer crimes hediondos, sendo que manipular as pessoas a seu redor se torna muitas vezes mais atraente do que matá-las. É de conhecimento que psicopatas possuem cargos de extrema importância, visto que alcançar êxito social também é um de seus maiores objetivos e segundo Dutton (2018) “há sete princípios da psicopatia que, se repartidos criteriosamente e aplicados com cuidado e atenção, podem nos ajudar a conseguir exatamente o que queremos; podem nos ajudar a responder em vez reagir aos desafios do mundo moderno e que podem transformar nossa perspectiva de vítima para a de um vencedor – sem com que nos tornemos vilões”.
Um assassino em série quando diagnosticado com este transtorno, mata com o objetivo de reafirmar a sua autoridade e realizar a sua autoestima. O crime passa a ser secundário, sendo o interesse principal e de sentir-se superior. 
Sendo assim, na obra “Serial Killer – Louco ou Cruel”, Ilana Casoy (2009, p. 15) divide os assassinos em quatro tipos: visionários, missionários, emotivos e libertinos. Os visionários são indivíduos psicóticos e, em sua maioria, sofrem de alucinação auditiva, obedecendo ao que as vozes mandam fazer. Os missionários não se mostram psicóticos, porém internalizam a “missão” de se livrarem de tudo o que julgam imoral no mundo, escolhendo um grupo específico para matar. Os emotivos são indivíduos que matam por prazer e por diversão, dos quatro tipos são os que utilizam requintes de crueldade e sadismo. Por fim, os libertinos são caracterizados por cometerem assassinatos sexuais, visto que o prazer é obtido através do sofrimento da vítima muitas vezes sob tortura, sendo os canibais e necrófilos pertencentes a este grupo. 
Ainda há os assassinos que podem ser classificados de acordo com as suas habilidades sociais entre organizados (acima de qualquer suspeita) e os desorganizados (impulsivos). Em suma, nas palavras de Antônio de Pádua (apud CASOY, 2004, p. 28), os assassinos em série 
são considerados ‘’predadores intraespécies’’ que usam charme, manipulação, intimidação e violência para controlar os outros e para satisfazer suas próprias necessidades. Em sua falta de confiança e de sentimentos pelos outros, eles tomam friamente aquilo que querem, violando as normas sociais sem o menor senso de culpa ou arrependimento. 
2.5 CASOS NOTÓRIOS NORTE AMERICANOS
Acerca da crueldade empregada a suas vítimas, bem como a quantidade, são fatores essenciais para que os assassinatos tomem grandes proporções não apenas midiáticas, mas nacionais e até mundiais. Alguns casos merecem destaque devido a sua repercussão até os dias de hoje, onde são criados filmes, documentários, que ativam o imaginário e a curiosidade de estudiosos e cidadãos comuns. 
Os Estados Unidos sempre foi o palco principal para esses acontecimentos, sendo essencial explorar alguns casos que trazem de forma mais concreta o exposto acerca dos assassinos em série, como os assassinatos cometidos por Richard Ramirez e Ted Bundy.
2.5.1 RICHARD RAMIREZ
Nascido em 1960 na cidade de El Paso, estado do Texas, era o mais novo de cinco irmãos, sendo uma criança ativa que gostava de brincar, dançar e tirava boas notas na escola. Entretanto, pela sua família vir com um forte apego a religião, o pai se mostrava dominante e abusivo, punindo os seus filhos por pequenas desobediências; devido a isso, quando mais velho Richard passou a dormir em cemitérios para que o pai não o encontrasse (CARLO, 2006, p. 183). 
Quando se tornou mais velho, mudou-se para Los Angeles e decidiu conseguir dinheiro através de roubos realizados em residências. Viciado em cocaína e outras drogas, esses episódios aconteceram por diversos anos até o dia em que foi preso pelo roubo de um carro e posse ilegal de drogas, permanecendo recluso por seis meses em um presídio na Califórnia. 
Em Junho de 1974, o primeiro assassinato aconteceu, onde uma mulher de 79 anos foi encontrada praticamente decapitada em seu apartamento. De acordo com Carlo (2006), “a primeira intensão de Richard não foi matar, mas saquear todo o apartamento até que este ficasse vazio o suficiente, porém quando a encontrou deitada na cama não conseguiu resistir”.
Richard permaneceu por seis meses em reclusão esperando pela próxima vítima, dizendo posteriormente que “para ser um bom assassino, você precisa planejar as coisas cuidadosamente; você precisa estar preparado de toda maneira quando o momento chegar, você não pode hesitar” (CARLO, 2006, p. 17). 
O verdadeiro terror iniciou-se em 1985, onde durante seis meses Richard viajou de cidade a cidade em torno da Califórnia, invadindo casas, matando maridos, estuprando e sodomizando esposas, porém poupando os filhos (caso houvesse). Se as mulheres se comportassem de maneira obediente e calma, eram poupadas, porém uma de suas vítimas conseguiu portar uma arma e apontá-la para ele, entretanto estava descarregada e acabou por ser espancada até a morte e ter os seus olhos arrancados como um troféu. 
Foram assassinadas mais de 14 pessoas e cometidos pelo menos 30 outros crimes, a sua prisão aconteceu apenas quando a última vítima sodomizada sobreviveu e estava apta para descrevê-lo. Richard foi sentenciado dezenove vezes, permanecendo no corredor da morte até 2013 onde morreu de causas naturais aos 53 anos. 
Os admiradores surgiram assim que o julgamento se iniciou, Ramsland (2013) diz que “nunca antes ele havia tido tantas admiradoras mulheres e filas logo se formaram até a penitenciária para visitá-lo; enquanto algumas clamavam pela sua inocência, outras apenas o achavam fofo ou sexy, havendo também aquelas que estavam conscientes de sua periculosidade e admitiam que essa qualidade as deixava excitadas”. 
2.5.2 TED BUNDY
Theodore Robert Cowell, ou simplesmente Ted Bundy, nasceu em 1946 em Burlington, no estado de Vermont. A sua mãe engravidou aos 22 anos e foi abandonada logo em seguida, não possuindo qualquer tipo de apoio financeiro ou emocional, decidindo esconder a gravidez até sair de casa. Durante os três primeiros anos de vida, Ted viveu com os avós maternos e cresceu acreditando que estes eram os seus pais e que a sua mãe era afinal a sua irmã mais velha. O ambiente em casa era descrito como abusivo e violento, enquanto criança Bundy presenciou episódios de violência vindos de seu avô contra a esposa, sendo este adepto da pornografia, deixando por diversas vezes materiais expostos ao alcance de todos, até mesmo dos mais novos (MICHAUD; AYNESWORTH, 1999, p. 63). 
O primeiro sinal da presença de possíveis problemas psíquicos aconteceu na transição para o ensino médio, onde Ted observou que o desenvolvimento de sua autoconfiança não se equiparava a seu intelecto, de modo que experiências sociais comuns como fazer amizades e conhecer pessoas novas, o causavam bloqueio. (MICHAUD; AYNESWORTH, 1999, p. 66). 
Na universidade, em 1968, se mostra um excelente aluno, saudável e bonito, desenvolvendo aptidões com as quais não tivera qualquer contato em seu tempo de escola, fazendo com que a autoestima que adquirira fosse o suficiente para atrair atenção do sexo oposto. Neste momento conhece a mulher que seria sua namorada, definida como tudo aquilo que Ted almejava ser, visto que esta era de uma família de classe média. Entretanto, ao realizar uma transferência para outra universidadepara agradá-la, o seu rendimento acadêmico acaba por cair, ficando atrasado nos estudos, tornando-se uma pessoa com falta de objetivos profissionais e ambições. Dessa maneira, ao se graduar o relacionamento foi rompido pela mulher, trazendo Ted para um período maior de isolamento e a instalação de um medo catastrófico de encontrar a ex-namorada no campus, por conseguinte, decide abandonar a faculdade e viajar pelo país. Nesse meio tempo, acaba por vasculhar alguns papéis de sua mãe e encontra a sua certidão de nascimento, descobrindo a verdadeira maternidade e a não existência de seu pai. 
O início de janeiro de 1974 foi marcado pelo primeiro assassinato em que Bundy atacou uma jovem em seu quarto com uma barra de metal, agredindo-a com golpes na cabeça e sexualmente. O ciclo começou com pelo menos um desaparecimento sendo relatado por mês, instalando o medo nas universitárias de todo o país. A onda de terror só viria terminar quatro anos depois, quando após atacar uma república feminina, Bundy fora capturado em sua fuga.
Durante o seu julgamento, que fora televisionado, o tribunal permaneceu rodeado por mulheres, onde na fila posta atrás de Ted e de seus advogados de defesa todos os dias jovens tomavam estes lugares (RULE, 1981, p. 377). Entretanto, apesar dos detalhes reveladores dos crimes, bem como a sentença proferida ao criminoso, não parecia abalar de forma alguma as inúmeras mulheres que insistiam em sua inocência e em seu charme, como mostra Ann Rule (1981), em trecho de sua obra:
Elas sabiam como se assemelhavam às supostas vítimas do réu? Os seus olhos nunca deixavam Ted, coravam e riam com prazer quando ele se virava para sorrir a elas, como ele normalmente fazia. Fora do tribunal, algumas delas admitiam aos repórteres que Ted as assustava, porém não conseguiam permanecer longe (p. 377). 
Condenado a morrer na cadeira elétrica, o seu destino foi selado às 07h16min da manhã do dia 24 de janeiro de 1979.
2.6 O ASSASSINO EM SÉRIE DO BRASIL
A realidade brasileira frente a crimes seriais é completamente diferente da norte americana, visto que a polícia não possui qualquer preparação e estudo significativo acerca desta pauta. Essa carência se dá pelo fato de que esses tipos de crimes estão mais frequentemente presentes na realidade dos Estados Unidos da América (EUA), enquanto no Brasil os casos são isolados e os números insignificantes. Pode-se caracterizar a grande maioria dos assassinos em série brasileiros como homens, brancos entre 20 e 30 anos de idade, possuindo histórico familiar desestruturado, vítimas de maus-tratos e até mesmo abusos durante a infância (MARTA, 2009, p. 307). 
Entre os diversos existentes no país, um merece destaque devido a sua repercussão, bem como por ter o aspecto principal abordado no presente projeto: a admiração de mulheres. 
2.6.1 FRANCISCO DE ASSIS PEREIRA
Nascido em 1967, sendo o filho do meio de uma família de três irmãos, era considerado uma criança quieta e meiga por todos que o conheciam. Tinha paixão por andar de patins, tanto que participou de campeonatos e ganhou diversas medalhas e troféus que ficavam expostos na casa dos pais. 
Obteve uma experiência marcante em sua infância quando matou um filhote de rolinha com um estilingue aos oito anos, levou o pássaro para casa e tentou coloca-lo em uma frigideira, porém foi impedido por sua avó aos gritos de “assassino” e “você é um monstro”. Outro episódio traumático relatado por Francisco foi o abuso sexual sofrido pela tia, sendo a isto atribuída a sua fixação em seios. 
A sua vida mudou a partir de 1998, onde um jovem que empinava pipa, no Parque do Estado em São Paulo, embrenhou-se na mata a procura da mesma e encontrou dois cadáveres em estado de decomposição. Em uma busca inicial feita pela polícia, outros dois corpos foram encontrados, sendo analisadas as semelhanças entre as vítimas e o modo como os cadáveres estavam dispostos, levando-os a concluir que as mortes eram de autoria da mesma pessoa. 
As mulheres assassinadas possuíam alguns aspectos em comum, como os cabelos longos e escuros, todas passaram por estrangulamento, estavam despidas, de bruços e com as pernas afastadas, indicando possível estupro. 
Possuindo grande extroversão, Francisco atraía as suas vítimas através da conversa em que fazia com que as vítimas contassem sobre situações e conflitos de suas vidas para que ganhasse confiança. O local de escolha das vítimas era geralmente o metrô, onde abordava as mulheres com a promessa de participação em propagandas de uma empresa de cosméticos, centrando-se principalmente naquelas que aparentavam maior suscetibilidade à aproximação de estranhos. 
A sua prisão ocorreu um mês depois do início das investigações, onde inicialmente negou a autoria dos crimes, porém decidiu confessar que matou onze mulheres. Durante o seu julgamento, Francisco relatou que “quando via uma mulher bela e atraente, só pensava em comê-la; não só sexualmente, tinha vontade de comê-la viva, comer a carne”.
O fato que mais impressionou a polícia foi a maneira como a abordagem fazia com que as mulheres subissem em sua garupa de modo voluntário, levando-se em consideração que o local de destino era informado pelo criminoso às vítimas. De acordo com Francisco, isso acontecia da seguinte forma:
“Se eu estou conversando com uma moça, e ela me diz que gosta de aviões, então eu passo a ser piloto. Se ela diz que gosta de automobilismo, eu viro o Ayrton Senna. Se daqui a uns seis anos me soltarem na Praça da Sé, em São Paulo, naquele mesmo dia eu carrego uma menina de lá para onde eu quiser” (O APRENDIZ VERDE, 2015). 
Após o seu julgamento, recebeu mais de mil cartas de admiradoras, onde o psiquiatra forense Guido Palomba (2010) analisou que essas mulheres “são dotadas de infantilismo psíquico e realmente acreditam que podem recuperar esses bandidos”. Trechos de algumas cartas demonstram a intensa admiração e amor que essas mulheres jovens nutrem pelo conhecido Maníaco do Parque, como Adriana J. P. de 22 anos que escreve: “quero-te dizer que estou morrendo de saudade, querendo você; ah meu Deus, como te desejo todas as noites” (ÉPOCA, 2010). 
Francisco de Assis Pereira foi condenado a 280 anos de prisão e apesar das leis brasileiras garantirem apenas 30 anos de reclusão, tanto o Ministério Público como psiquiatras e psicólogos asseguram de sua periculosidade, atestando que a sua soltura pode levar a uma nova onda de crimes. 
2.7 MASS MURDERER E MASS SHOOTING
O mass murderer, ou assassinato em massa, é definido como o assassinato de três ou mais vítimas em um mesmo local dentro do mesmo evento (BURGUESS, 2006). As motivações para esse tipo de crime tipicamente envolvem o desejo de matar o máximo possível, sendo que isso não limita o perpetrador a um único meio, podendo utilizar armas, bombas, facas, entre outros objetos. 
Nos últimos 15 anos, de acordo com Hawdon, Oksanen e Ryan et. al. (2012), mais de 50 tiroteios com vítimas fatais em universidades e escolas nos Estados Unidos aconteceram, vitimando centenas de estudantes. 
Atrelado a isso há os mass shootings, que podem ser ilustrados como os massacres realizados em escolas, evento vivenciado mais comumente nos Estados Unidos. De acordo com Muschert (2007), esses acontecimentos podem ser descritos como “ataques expressivos não direcionados em uma instituição”. Entretanto, para Newman, Fox e Harding et. al. (2004), 
massacres escolares são definidos pelo fato de que envolvem ataques em múltiplas partes que são selecionadas de forma aleatória. Os atiradores podem ter um alvo inicial específico, mas realizam a ação de forma a atingir outras pessoas, não sendo incomum que o agressor desconheça quem foi baleado. Essas explosões são ataques em instituições inteiras – escolas, grupos adolescentes ou comunidades (p. 115). 
De forma a especificar esse evento, algumas características devem ser levadas em consideração, como: (a) um estudante ou ex-aluno leva uma arma para a escola com a intenção de atirar em alguém, (b) a arma é descarregada e pelo menos há um ferido e(c) o atirador tenta atingir mais de uma pessoa, não necessariamente o seu alvo principal. 
Em 1980 os school shootings eram associados às gangues que disputavam entre si o controle nos mercados de drogas, sendo a maioria composta por jovens negros e hispânicos. Entretanto, em 1990 uma onda de eventos semelhantes aterrorizou estudantes norte-americanos e o que antes havia sido chamado de uma onde de “superpredadores”, sinalizando o surgimento de uma geração de jovens “impiedosos e imorais” (DILULIO, 1995), tornou-se apenas o suficiente para criar um legado que duraria por anos. 
Os autores dos massacres em escola podem ser caracterizados como sendo maioria do sexo masculino, brancos, jovens isolados e solitários, bem como sem nenhuma visibilidade social significativa no ambiente escolar. Geralmente não há qualquer indício de transtornos comportamentais, fato que denota surpresa quando os ataques são realizados, pois esses indivíduos seguem quadros normativos, como serem pertencentes a uma família bem estruturada e terem crescido em pequenos subúrbios. 
Contudo, essas representações sofreram uma mudança brusca em 1999 quando o massacre de Columbine chocou não apenas os Estados Unidos, mas todo o mundo, deixando o seu legado até hoje na cultura e na vida dos que ficaram. Para Muschert (2007), Columbine se tornou a palavra-chave para a sensação de risco e medo relacionada aos jovens. 
2.7.1 O MASSACRE DE COLUMBINE
A manhã de 20 de abril de 1999 foi marcada por Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17 anos, que adentraram a Columbine High School com o objetivo de explodir a instituição e matar centenas de pessoas. 
Conhecida como uma escola renomada de atletas vencedores de campeonatos e estudantes empenhados, o ambiente idílico foi impactado em uma terça-feira, quando Klebold e Harris tentaram detonar bombas feitas de 20 galões de propano na cafeteria próximo a mesa dos jogadores de futebol. Devido a uma falha, os jovens decidiram começar o ataque com armas semiautomáticas, espingardas e bombas caseiras (MUSCHERT; LARKIN, 2007, p. 02). 
Logo no início, estudantes que se encontravam do lado de fora do prédio foram atingidos por tiros, sendo que Dylan e Eric adentram a escola e começaram a atirar pelos corredores, matando dois alunos e ferindo outros seis, vitimando também um professor que sangrou por três horas até vir a óbito. 
A fase mais mortífera do ataque aconteceu na biblioteca, onde mataram dez estudantes e feriram doze, enquanto riam e se divertiam com a situação. Alguns sobreviventes relatam que durante o episódio ouviram algumas garotas perguntarem o porquê de Eric e Dylan estarem fazendo aquilo, eles responderam: “nós sempre quisemos fazer isso, este é o retorno; nós sonhamos em fazer isso por quatro anos, isso é por tudo o que vocês nos fizeram passar, isso é o que vocês merecem” (MUSCHERT; LARKIN, 2007, p. 02). 
Depois da matança realizada, retornaram para a cafeteria onde se empenharam mais uma vez em detonar a bomba de propano, entretanto diversas tentativas foram realizadas e nenhuma obteve o sucesso esperado. Sendo assim, os atiradores foram novamente até a biblioteca e realizaram o seu pacto de suicídio, atirando em suas cabeças. Após 49 minutos de terror, o ataque havia finalmente acabado. 
2.7.2 DYLAN E ERIC
Dylan morou com os seus pais e um irmão mais velho, tendo uma infância diferente da sua adolescência. Gostava de quebra-cabeças, Lego e origami, tendo pulado uma das séries na educação infantil por ser o mais esperto da turma e participado de um programa para crianças superdotadas. 
Quem o conhecia notava a sua timidez e a sua pouca facilidade em fazer amigos, em contraponto, a mãe, Sue Klebold (2016) traz em seu livro “O Acerto de Contas de uma Mãe – A Vida Após a Tragédia de Columbine” que Dylan era “observador, curioso e reflexivo, com uma personalidade tranquila, era capaz de transformar a rotina mais comum em algo divertido”. 
Em 1993 conheceu Eric e em 1995 ambos entraram na escola Columbine, onde começaram os anos em que seus familiares notaram o distanciamento e a quietude crescentes. Tentando diferenciar-se dos outros alunos através de um estilo de música, acabava sendo o alvo dos meninos populares e atletas.
Após o acesso a um diário em que este escrevia sobre tudo o que sentia e, inclusive, acerca do planejamento do massacre, profissionais o diagnosticaram como depressivo suicida. Dessa forma, os seus pais buscam compreender as maneiras de como poderiam ter evitado a tragédia, onde o neurocientista Kent Kiehl (2016) mostra a eles que “a melhor maneira de eliminar a crença de que as pessoas com problemas de doença mental são violentas é ajuda-las para que não sejam violentas”. 
Entretanto, a vida de Eric Harris foi inundada pela dificuldade em se encaixar nas escolas que frequentava devido à necessidade da família se mudar constantemente, visto que o pai era militar. Logo em 1993 conhecera o amigo com quem selaria o seu destino, quando começou a frequentar Columbine se deparou com o período mais problemático de sua vida, onde era vítima de piadas devido a sua altura. 
Cometeu um pequeno assalto em um caminhão e realizou alguns atos de vandalismo em seu bairro, também gostava de brincar com pólvora e participava de alguns blogs que tratavam sobre violência e outras pessoas que diziam odiar o ambiente escolar. De acordo com o seu diário, profissionais o diagnosticaram como sendo psicopata homicida, entretanto não é possível atestar este fato. 
Enquanto pensava em se alistar no exército logo que saísse da escola, também planejava o massacre que acabaria com tudo, obtendo armas e levantando algumas suspeitas insuficientes para atrapalhar o que definiria o seu destino. 
2.8 ATIRADORES EM ESCOLAS NO BRASIL
Os massacres em escolas ainda são entendidos como um fenômeno exclusivamente norte-americano, onde um estudo realizado por Agnich (2014) revela que em cinquenta anos 69,5% dos tiroteios ou tentativas de tiroteios em escolas do mundo ocorreram nos Estados Unidos. 
Acontecimentos assim, para Lima (2011) podem ser definidos como “Amok”, uma palavra utilizada pela psiquiatria para definir indivíduos que não sofrem qualquer tipo de transtorno psicótico, porém tem a personalidade afetada pelo acúmulo de ressentimentos gerados por diversas razões, fazendo com que o desejo de matar se torne cada vez mais latente, sendo que 61% desses crimes ocorrem devido ao bullying. Essa pode ser considerada como uma agressão psicológica, onde o Ministério da Saúde adverte: 
Ocorre com frequência nas escolas e é caracterizado pela agressão, dominação e prepotência entre pares. Envolve comportamento intencionalmente nocivo e repetitivo de submissão e humilhação. Colocar apelidos, humilhar, discriminar, bater, roubar, aterrorizar, excluir e divulgar comentários maldosos são alguns exemplos (NETO apud BRASIL, 2010, p. 32).
Para Alexei Dodsworth (2019), doutorando em Filosofia pela (FFLCH) da USP, as comunidades online também facilitam a disseminação dessas ideias e incentivam o acontecimento das mesmas, visto que “essas comunidades de propagação de ódio existem desde o surgimento do Orkut, funcionando como uma rede de apoio mútuo entre seus membros e, assim como antes, mesmo com a realização de denúncias, nenhuma delas surte efeito” (JORNAL DA USP, 2019). 
Sendo assim, Wellington, Luís e Guilherme possuem características em comum, foram os responsáveis por massacres em escolas onde estudaram, bem como deixaram vítimas por onde passaram, fazendo com que o debate sobre liberação do porte de arma e a saúde mental se tornasse mais uma vez a pauta de uma discussão que nunca deveria ter saído de circulação. 
2.8.1 WELLINGTON MENEZES	
Filho adotivo e caçula de cinco irmãos, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, era descrito por familiares como calado, tímido e introspectivo, sendo que na escola não teve dias melhores. (PIRES, 2012) Através de uma carta deixada, se refere às agressões sofridas: “Muitas vezes aconteceu comigo de ser agredido por um grupo, e todos os que estavam porperto debochavam, se divertiam com as humilhações que eu sofria, sem se importar com meus sentimentos” (G1, 2011). 
Na manhã de 7 de abril de 2011, a Escola Municipal Tasso da Silveira virou palco para o massacre que já vinha sendo planejado por Wellington há tempos. Adentrando os portões da instituição usando um coturno e portando uma mala preta, ele desferiu tiros que resultaram na morte de 12 alunos e 12 feridos. 
O seu suicídio veio logo após ser atingido por um policial e posteriormente foram descobertos vídeos e cartas deixados pelo assassino que buscava justificar as razões que o levaram a cometer o crime. 
2.8.2 GUILHERME E LUIZ 
Amigos de infância e viviam na mesma quadra, Guilherme Taucci Monteiro de 17 anos e Luiz Henrique de Castro de 25, tinham feito um pacto: assassinar alunos e funcionários da Escola Estadual Raul Brasil, local onde ambos haviam estudado, devendo, por fim, cometer suicídio em seguida (G1, 2019).
A primeira vítima da dupla foi o tio de Guilherme, ambos foram até a sua concessionária na manhã 13 de março de 2019 e o sobrinho atirou sobre ele. Assim, seguiram para a escola que ficava a cerca de três quadras do local onde iniciaram uma onda de terror.
O mais novo utilizava roupas na cor preta e coturno, com um lenço que cobria a boca e o nariz, enquanto o outro também usava um coturno e cobrindo o rosto. As armas utilizadas foram um revólver calibre 38, arco e flecha, uma besta, coquetéis molotov, uma machadinha e uma mala com fios que se assemelhava a uma bomba, porém foi descoberto que esta estava vazia (G1, 2019).
Assim, ambos assassinaram sete pessoas, entre elas alunos, a coordenadora e a inspetora da escola, logo depois Guilherme matou Luiz e se suicidou com um tiro na cabeça. 
Esse acontecimento suscitou uma onda de preocupação acerca da saúde mental dos estudantes, Renato Janine da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, traz que uma das causas dessa tragédia pode ser o isolamento, visto que “alguns jovens vivem muito sozinhos e, para muitos, a solução da violência é a própria violência”. 
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Analisar a dinâmica das comunidades virtuais e de seus participantes de forma a compreender se há a ocorrência de admiração/fanatismo por assassinos em série e assassinos em massa ou apenas o estudo de casos de teor criminal. 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 
· Investigar como se deu a ascensão das comunidades virtuais e, posteriormente, das redes sociais;
· Compreender a presença de um possível “perfil” dos membros da True Crime Community;
· Identificar a dinâmica da True Crime Community, levando em conta as especificidades dos objetivos dos membros para a integração na mesma. 
4. MÉTODO
Este projeto fundamenta-se na abordagem quanti-qualitativa, visto que esta permite uma melhor visão e compreensão acerca das razões e motivações subjacentes (MALHOTRA, 2006). Sendo que esta pode ser definida também, de acordo com o autor supracitado, como “metodologia de pesquisa não estruturada e exploratória, baseada em pequenas amostras que proporcionam percepções e compreensão do contexto do problema” (p. 155).
A partir de Denzin e Lincoln (2006) o nascimento da pesquisa qualitativa é atribuído à sociologia e à antropologia, onde o primeiro se concentra em utilizá-la para o estudo da vida em sociedade e o segundo traz a perspectiva metodológica para entender o outro a partir de uma cultura diferente da do pesquisador muitas vezes menos civilizada. Entretanto, de acordo com Schwandt (2006), foi apenas na década de 1970 que esse método de pesquisa se consolidou, surgindo como contraposição à perspectiva positivista dominante da época que permitia estabelecer e provar relações entre variáveis definidas. 
A partir dessa perspectiva, a teoria positivista, como orientadora da ciência, elege como critério único da verdade aquilo que pode ser comprovado através da experiência, dos fatos visíveis e positivos. Nessa concepção, surge a necessidade da prova concreta, objetiva, clara, mensurável ou quantificável para que a academia científica aprove algo como uma descoberta científica. Dessa forma, o paradigma positivista conta com o apoio da estatística para que as variáveis sejam objetivamente medidas. Contudo, a sua característica mais marcante é a visão estática, fixa e fotográfica da realidade (BORGES; DALBÉRIO, 2007, p. 4).
Denzin e Lincoln (2006) destacam que pesquisa qualitativa é integrada a partir da interpretação do mundo, onde os pesquisadores que optam por esse método estudam os indivíduos ou objetos em seus cenários naturais, observando os fenômenos a partir do sentido atribuído a eles pelas próprias pessoas. Além disso, esse tipo de instrumento preza pela descrição detalhada dos fenômenos e elementos que o envolvem, onde o ambiente surge como a fonte direta de dados do pesquisador.
É no campo da subjetividade e do simbolismo que se afirma a abordagem qualitativa. A compreensão das relações e atividades humanas com os significados que as animam é radicalmente diferente do agrupamento dos fenômenos sob conceitos e/ou categorias genéricas dadas pelas observações e experimentações e pela descoberta de leis que ordenariam o social (MINAYO; SANCHES, 1993, p. 244).
Entretanto, pesquisadores mostram a necessidade de não se limitar apenas aos métodos quantitativos e qualitativos, trazendo a possibilidade da combinação entre diferentes metodologias, denominando-as como pesquisa quanti-qualitativa ou quali-quantitativa (FLICK, 2004, p. 182). Assim, “um estudo tende a ser mais qualitativo do que quantitativo ou vice-versa. A pesquisa de métodos mistos se encontra no meio deste continuum porque incorpora elementos de ambas as abordagens” (CRESWELL, 2007, p. 03). 
Segundo os autores Creswell e Clark (2007), esse instrumento apresenta uma tipologia voltada para as ciências sociais, sendo que também propicia dois olhares diferentes acerca da mesma variável e possibilita uma visualização ampla do problema que está sendo investigado. Dessa forma, 
a relação entre a quantitativa (objetividade) e a qualitativa (subjetividade) não pode ser compreendida como de oposição, como também não se reduz a uma continuação. As duas realidades permitem que as relações sociais possam ser analisadas nos seus diferentes aspectos (BRÜGGEMANN; PARPINELLI, 2008, p. 564).
Portanto, de acordo com o exposto, será utilizado um questionário da plataforma online Formulários Google, com perguntas abertas e fechadas acerca do tema em questão, para posterior verificação dos resultados de acordo com o que se deseja analisar. 
4.1 PARTICIPANTES 
Os participantes deste estudo são membros da True Crime Community que podem ser encontrados na rede social Twitter, de forma voluntária, anônima, não sendo estabelecida uma faixa etária mínima ou máxima. 
4.2 LOCAL
A pesquisa será realizada no Twitter, uma rede social de fácil acesso onde grande maioria dos membros da True Crime Community se mantém para discutir e trocar ideias acerca do que desejam. Portanto, não haverá um local físico para a aplicação do questionário, visto que a comunidade alvo se encontra apenas em uma plataforma online, podendo ser considerada como uma pesquisa flutuante. 
4.3 INSTRUMENTOS
Para a coleta de respostas será utilizado um questionário semiestruturado criado a partir da plataforma Formulários Google.
Sendo que, de acordo com Gil (1999, p. 128), o questionário é “a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.”. 
Sendo assim, o autor supracitado (p. 128/129) apresenta algumas vantagens do uso deste tipo de instrumento, como: (a) possibilita atingir grande número de pessoas, (b) implica menores gastos, (c) garante o anonimato das respostas, (d) permite que os participantes respondam no momento em que quiserem, (e) não expões os entrevistados à influência de opiniões. Entretanto, os pontos negativostambém existem, podendo excluir analfabetos, impedindo que o participante tenha algum auxílio caso não entenda alguma pergunta, envolve número pequeno de perguntas, entre outros. 
Para trazer maior envolvimento dos participantes, pode-se fazer necessário o que Marconi e Lakatos (1999) trazem: 
Junto com o questionário deve-se enviar uma nota ou carta explicando a natureza da pesquisa, sua importância e a necessidade de obter respostas, tentando despertar o interesse do recebedor para que ele preencha e devolva o questionário dentro de um prazo razoável (p. 201). 
Com o uso de perguntas, sendo elas abertas ou fechadas, há a implicância de algumas questões que devem ser levadas em consideração. As perguntas abertas permitem maior liberdade ao participante, entretanto exige habilidade de escrita e de raciocínio. Já as perguntas fechadas, que trazem alternativas específicas e pré-estabelecidas, limitam as respostas de forma a restringir as possibilidades do participante. 
Dessa forma, pode-se utilizar de ambas as técnicas, abordando fatos, atitudes, comportamentos, sentimentos, entre outros (GIL, 1999). 
4.4 PROCEDIMENTOS 
A sistematização dos dados será feita de duas formas de acordo com o tipo de pergunta realizado. Sendo assim, as respostas para as perguntas fechadas serão averiguadas a partir da estatística descritiva, sendo feito o cálculo da porcentagem de acordo com as alternativas assinaladas para posterior quantificação dos resultados que será apresentada em forma de gráficos e tabelas. Em contraponto, as respostas para as perguntas abertas serão revistas a partir da técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin, onde o referencial é baseado na frequência em que determinadas características do conteúdo aparecem, podendo ser caracterizada como um instrumento muito utilizado com o intuito de produzir inferências de um texto para seu contexto social de forma objetiva (BAUER; GASKELL, 2002, p. 191). 
Dessa forma, para a realização da verificação dos resultados é necessário inicialmente sistematizar as ideias iniciais, escolhendo os instrumentos a serem submetidos à análise, formulando hipóteses e objetivos para que fundamentem a interpretação final (BARDIN, 1977, p. 95). A pré-análise, portanto, é consumada a partir de uma atividade nomeada como “leitura flutuante”, onde são geradas as primeiras impressões acerca do material observado, sendo seguida pela exploração do conteúdo sendo realizados recortes de pontos principais de forma a categorizá-lo. Por fim, Bardin (1977, p. 101), aponta que “o analista, tendo à sua disposição resultados significativos e fiéis, pode então propor inferências e adiantar interpretações a propósito dos objetivos previstos, ou que digam respeito a outras descobertas inesperadas”. 
A autora supracitada traz adiante a necessidade da codificação dos dados, que é “o processo pelo qual os dados brutos são transformados sistematicamente e agregados em unidades, as quais permitem uma descrição exata das características pertinentes do conteúdo” (p. 103/104). As escolhas para essa sistematização podem ser feitas de inúmeras maneiras, podendo levar em conta a palavra, o tema, objetos, para que após a enumeração seja realizada a partir da frequência em que cada elemento aparece no conteúdo. 
Assim sendo, a categorização aparece como a última fase em que há a “operação de classificação de elementos constitutivos de um conjunto, por diferenciação e, seguidamente, por reagrupamento segundo o género (analogia, com os critérios previamente definidos)” (BARDIN, 1977, p. 117). Esse processo tem como objetivo estruturar isolando os membros do discurso e classificá-los de modo a organizar as mensagens transmitidas, codificando as respostas de maneira mais efetiva. 
5. CRONOGRAMA
	 
	 
ATIVIDADES
	
NOV*
	
DEZ*
	
JAN
	
FEV
	
MAR
	
ABR
	
MAI
	
JUN
	
JUL
	
AGO
	
SET
	
OUT
	
NOV
	 Revisão de literatura
	 X
	 X
	 X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Elaboração do instrumento
	
	
	 X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação do instrumento
	
	
	
	 X
	 X
	
	
	
	
	
	
	
	
	Sistematização dos dados
	
	
	
	
	
	 X
	
	
	
	
	
	
	
	Análise dos dados
	
	
	
	
	
	 X
	 X
	 X
	
	
	
	
	
	Redação final
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 X
	 X
	
	
	Revisão textual
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 X
	 
	
	Depósito do TCC
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 X
	
*Nov/2019 – nov/2020
6. REFERÊNCIAS 
ABREU, C. N. (2005). Teoria do Apego: Fundamentos, Pesquisas e Implicações Clínicas. São Paulo: Casa do Psicólogo.
AGNICH, Laura. A Comparative Analysis of Attempted and Completed SchoolBased Mass Murder Attacks. DOI 10.1007/s12103-014-9239-5, Southern Criminal Justice Association, 2014.
ALVAREZ, Fernando Valentim; GUSSI, Evandro Herrera Bertone. A imputabilidade dos serial killers. Intertem@ s ISSN 1677-1281, v. 9, n. 9, 2004.
ANN, Rule. The Stranger Beside Me. New York: W. W. Norton and Company, 1981. 
American Psychiatry Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders - DSM-5. 5th.ed. Washington: American Psychiatric Association, 2013.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. 
BAUER, M., & GASKELL G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Editora Vozes; 2002
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WEBER, M. Conceitos Básicos de Sociologia. São Paulo: Livraria Pioneira. 1987. (5ª edição).
7. APÊNDICES
 7.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado(a) participante, você está sendo convidado(a) a colaborar, voluntariamente, para o estudo intitulado “ADMIRAÇÃO OU CURIOSIDADE? O perfil dos participantes da True Crime Community em relação a assassinos”, conduzido por [pesquisador responsável a definir]. O estudo em questão possui por objetivo geral analisar a dinâmica das comunidades virtuais e de seus participantes de forma a compreender se há a ocorrência de admiração/fanatismo por assassinos em série e assassinos em massa ou apenas o estudo de casos de teor criminal. 
Sua participação não é obrigatória e a qualquer momento terá total liberdade de desistência, como também poderá retirar o seu consentimento. Dessa forma, sua recusa, desistência ou retirada de consentimento não acarretará prejuízo. 
O estudo em questão não possui riscos à sua integridade física e a sua participação não será remunerada, não implicando também em gastos para a realização desta. 
Sua colaboração consistirá em responder quinze perguntas previamente estabelecidas, sendo seis abertas e nove fechadas,sobre a dinâmica entre assassinos e a True Crime Community que estarão disponíveis na plataforma online Formulários Google, não havendo tempo de duração para a coleta das respostas. 
Os dados obtidos por meio deste estudo serão confidenciais e poderão ser divulgados, posteriormente, em nível individual como também utilizados em publicação de artigos respeitando o anonimato. 
O pesquisador responsável se comprometerá a tornar públicos nos meios acadêmicos e científicos os resultados obtidos de forma consolidada sem qualquer identificação dos indivíduos. Em caso de publicação fica esclarecido neste termo que o participante não possuirá qualquer direito autoral sobre este estudo. 
Se houver concordância em participar desta pesquisa, assinale a caixa de resposta correspondente presente na plataforma Formulários Google no link: https://docs.google.com/forms/d/13nMOIkyeFSRScyT2GLJoQTCw5rNoe1c17Vikdr9epXg. A seguir, estão descritos os telefones e o endereço institucional do pesquisador responsável e do Comitê de Ética em Pesquisa – CEP, onde você poderá esclarecer suas dúvidas sobre o estudo e sua participação a qualquer momento. 
Contatos do pesquisador responsável: a definir
Caso você tenha dificuldade em entrar em contato com o pesquisador responsável, comunique à Comissão de Ética em Pesquisa da UEMG: Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143, bairro Serra Verde, Edifício Minas, 8º Andar, Belo Horizonte – Minas Gerais, e-mail: cep.reitoria@uemg.br – Telefone: (31) 3916-8639.
 7.2 TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado(a), de forma voluntária, a participar do estudo “ADMIRAÇÃO OU CURIOSIDADE? O perfil dos membros da True Crime Community em relação a assassinos” que tem como objetivo geral a análise de como os participantes da True Crime Community se relacionam com casos criminais e se há o estudo ou apenas admiração pelos assassinos em série/em massa. 
O motivo que nos leva a estudar esse fenômeno se dá através da necessidade de responder algumas questões, como: de que forma os assassinos em série e/ou assassinos em massa impacta a vida desses indivíduos? Quais os motivos que os levam a entrar nessa comunidade? Há diferenciação entre aqueles que admiram assumidamente esses assassinos daqueles que buscam apenas o estudo dos crimes?
Assim, para que este estudo aconteça, é necessário responder a quinze perguntas, sendo seis abertas e nove fechadas, que estarão disponíveis no Formulários Google e poderão ser acessadas pelo link a que será disponibilizado a seguir: https://docs.google.com/forms/d/13nMOIkyeFSRScyT2GLJoQTCw5rNoe1c17Vikdr9epXg. Responder às perguntas deste estudo não oferece nenhum risco à sua saúde ou integridade física. 
O motivo deste convite é que você faz parte do principal critério de inclusão que é ser um membro da True Crime Community, porém é necessário que o(s) responsável(s) concorde com o termo em questão para que a participação seja concedida. Você não terá nenhum custo para colaborar com este estudo e nem receberá qualquer vantagem financeira, podendo haver o esclarecimento acerca deste nos momentos em que necessitar, estando você livre para participar ou não. 
Sendo assim, o responsável por você poderá retirar o consentimento ou interromper a sua colaboração a qualquer hora que desejar, não acarretando em nenhuma penalidade.
O pesquisador responsável não divulgará a sua identidade, havendo sigilo e privacidade, porém os resultados poderão estar disponíveis em publicação de trabalhos e artigos, os quais estarão com livre acesso para você.
Em caso de dúvidas quanto aos aspectos éticos que envolvem este estudo, você, ou os responsáveis por você, poderão consultar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, que se localiza na Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143, bairro Serra Verde, Edifício Minas, 8º Andar, Belo Horizonte – Minas Gerais, e-mail: cep.reitoria@uemg.br – Telefone: (31) 3916-8639.
 7.3 QUESTIONÁRIO SEMI-ESTRUTURADO
1) Idade
( ) 12-17 anos
( ) 18-25 anos
( ) 25-30 anos
( ) Outro: ________________________________________________________
2) Gênero
( ) Mulher (cis ou trans)
( ) Homem (cis ou trans)
( ) Gênero não-binário
( ) Outro: ________________________________________________________
3) Em qual ano você ingressou na TCC?
( ) 2010-2012
( ) 2013-2015
( ) 2016-2019
( ) Outro: ________________________________________________________
4) Através de qual rede social você ingressou na TCC?
( ) Tumblr
( ) Twitter
( ) Facebook
( ) Outro: ________________________________________________________
5) Qual foi a sua principal motivação para ingressar na TCC?
( ) Estudo de crimes
( ) Interesse pelos assassinos
( ) Ambos
( ) Outro: ________________________________________________________
6) Qual modalidade de crime te chama mais a atenção?
( ) Serial killers (assassinos em série)
( ) School shooters (massacres escolares)
( ) Ambos
( ) Outro: ________________________________________________________
7) Há algum evento em particular, de assassinatos em série e/ou massacres escolares, que desperta mais o seu interesse em relação a outros? Por quê?
8) Você acredita que esses crimes possuem uma motivação principal? Qual?
9) Qual o seu sentimento acerca dos assassinos? (possibilidade de assinalar mais de uma opção).
( ) Empatia
( ) Atração
( ) Admiração
( ) Curiosidade
( ) Outro: ________________________________________________________
10) Caso tenha assinalado as opções ATRAÇÃO e/ou ADMIRAÇÃO, o que te atrai e/ou te faz admirá-los?
11) Há algum assassino em particular que desperta mais a sua atenção?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) TALVEZ
( ) Outro: ________________________________________________________
12) Caso tenha respondido SIM, qual seria e por quê?
13) Você acredita que a TCC continua tendo como objetivo principal o estudo criminológico?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) TALVEZ
( ) Outro: ________________________________________________________
14) Caso tenha respondido NÃO, qual seria o objetivo principal no seu ponto de vista?
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