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Responsabilidade socioambiental (Desafios contemporâneos) Dra. Andressa Ribeiro Todas as atividades que o ser humano realiza causam impacto ambiental; Os impactos negativos no meio ambiente têm relação direta com o aumento das áreas urbanas, o aumento de veículos automotivos, o uso irresponsável dos recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produção constante de lixo; Avaliação de impacto ambiental Os impactos ambientais positivos, pesar de ocorrerem em menor quantidade, também existem. Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; VIII - recuperação de áreas degradadas; IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente. Política Nacional de Meio Ambiente Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. Política Nacional de Meio Ambiente Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais; V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. Política Nacional de Meio Ambiente O Instrumento de Avaliação de Impacto Ambiental deve ser elaborado para qualquer empreendimento que possa acarretar danos ou impactos ambientais futuros, sendo executado antes da instalação do empreendimento. A AIA tem sido utilizado principalmente nos seguintes empreendimentos: minerações, hidrelétricas, rodovias, aterros sanitários, oleodutos, indústrias, estações de tratamento de esgoto e loteamentos (Bitar & Ortega, 1998). Avaliação de impacto ambiental A avaliação de impacto ambiental (AIA), como parte de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), é um instrumento de gestão ambiental preventivo, que tem como objetivo dar ao ambiente o seu devido lugar no processo de tomada de decisão, por meio da avaliação clara das consequências ambientais de uma atividade proposta, antes dela ser implementada. Segundo Sánchez (2013), a Avaliação de Impacto Ambiental tem sido vista como um instrumento de planejamento; Como um instrumento de prevenção do dano ambiental e como um procedimento definido no âmbito das políticas públicas, usualmente associado a alguma forma de processo decisório, como o licenciamento ambiental. Avaliação de impacto ambiental Principais objetivos da AIA: • Assegurar que as considerações ambientais sejam explicitamente tratadas e incorporadas ao processo decisório. • Antecipar, evitar, minimizar ou compensar os efeitos negativos relevantes biofísicos, sociais e outros. • Proteger a produtividade e a capacidade dos sistemas naturais, assim como os processos ecológicos que mantêm suas funções. • Promover o desenvolvimento sustentável e otimizar o uso e as oportunidades de gestão de recursos. Avaliação de impacto ambiental Vamos dividir o processo de AIA em três etapas, cada uma agrupando diferentes atividades: A etapa inicial (1) tem como função determinar a necessidade ou não de estudos detalhados de impactos ambientais (por exemplo, o EIA/RIMA). Em caso positivo, o nível de abordagem do estudo deverá ser definido pelo órgão ambiental competente. Em caso negativo, serão utilizados outros instrumentos que permitam um controle legal das atividades do empreendimento. Na dúvida, o órgão ambiental exigirá uma avaliação prévia da área de influência do empreendimento. A etapa de análise detalhada (2) é aplicada apenas aos empreendimentos em que foram exigidos estudos detalhados de impacto ambiental (por exemplo, o EIA/RIMA). Este processo vai desde a definição do conteúdo a ser abordado pelo estudo até a sua aprovação (ou não), através do procedimento de licenciamento. No caso de aprovação do projeto, será aplicada a etapa pós aprovação (3) do processo de AIA. Nesta etapa, o órgão ambiental competente, através de uma equipe técnica, irá acompanhar e fiscalizar as atividades do empreendimento e as medidas impostas pela licença ambiental concedida. Avaliação de impacto ambiental Dessa forma, os principais instrumentos que estruturam o processo de AIA são: 1. Estudo de Impacto Ambiental –EIA – são os estudos que analisam as condições ambientais da área a ser afetada pela localização, instalação, operação e ampliação de um empreendimento com atividades potencialmente degradadoras do ambiente. Este estudo é exigido, em muitas situações, pelo órgão licenciador como um requisito para o pedido de licença ambiental pelo empreendedor da atividade. 2. Relatório de Impacto Ambiental –RIMA – apresentação das informações técnicas geradas no EIA em um documento em linguagem acessível ao público. 3. Licença Ambiental – para a localização, instalação, operação e ampliação de um empreendimento é necessário que o empreendedor adquira, perante órgão licenciador competente, uma licença ambiental, através da qual serão estipuladas condições, restrições e métodosde controle ambiental das atividades. Todas as diretrizes impostas pela licença deverão ser realizadas pelo empreendedor, que estará sujeito a penalidades e ao cancelamento da licença no caso de não cumprimento ou inadequações das atividades. Avaliação de impacto ambiental 1972; Estocolmo, Suécia; Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente; 1962 – Rachel L. Carson publica o livro Primavera Silenciosa; Década 70 – Relatório de Measdows – Clube de Roma – indicava problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da humanidade – energia, saneamento, saúde, ambiente, tecnologias e crescimento populacional; Marco na ecopolítica Mundial; Declaração das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente; CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO Foram quatro motivações principais: O aumento da cooperação científica nesta década; O aumento da publicidade sobre os problemas ambientais; O crescimento econômico acelerado e inúmeros outros problemas; Identificados no fim da década de 60 por cientistas e pelo governo sueco, considerados de maior importância e que só poderiam ser resolvidos com a cooperação internacional. CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO Chegamos a um momento da história em que devemos orientar nossos atos em todo o mundo com particular atenção às consequências que podem ter para o meio ambiente. Para se chegar a esta meta será necessário que cidadãos e comunidades, empresas e instituições, em todos os planos, aceitem as responsabilidades que possuem e que todos eles participem equitativamente, nesse esforço comum. É considerada como “ponto de partida” para as discussões socioambientais em nível global. A conferência, consolidou as bases para a política ambiental adotada pela maioria dos países, respondendo à demanda social de preservação do meio ambiente. CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e desenvolvimento; 1992, Rio de Janeiro; A intenção desse encontro era de introduzir a ideia do desenvolvimento sustentável, um modelo de crescimento econômico menos consumista e mais adequado ao equilíbrio ecológico; Declaração do Rio ou Carta da Terra; Aquecimento global, Ar e água, Transporte alternativo, Ecoturismo, Redução de desperdício, redução da chuva ácida; Rio-92 A Carta da Terra; Três convenções: A Convenção sobre Diversidade Biológica, tratando da proteção da biodiversidade; A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, tratando da redução da Desertificação; e A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, tratando das Mudanças climáticas globais; A Declaração de Princípios sobre Florestas; A Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; e a A Agenda 21. Rio-92 Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável; Joanesburgo (África do Sul); Rever as metas propostas pela Agenda 21 e direcionar as realizações às áreas que requerem um esforço adicional para sua implementação, porém, o evento tomou outro direcionamento, voltado para debater quase que exclusivamente os problemas de cunho social. Os resultados foram frustrados, principalmente, pelos poucos resultados práticos alcançados em Joanesburgo. Em síntese, pode-se dizer que houve: Discussão em torno apenas dos problemas sociais; Muitos países apresentaram propostas concretas, porém, não saíram do papel – caso Agenda 21; Diversidade de opiniões e posturas, muitas vezes conflitantes; Maior participação da sociedade civil e suas organizações; Formação de grupos para defender seus interesses; Iniciativa de Energia – global. Rio+10 A Rio+10 teve como objetivo principal discutir soluções já propostas na Agenda 21 para que pudesse ser aplicada de forma coerente não só pelo governo, mas também pelos cidadãos realizando uma Agenda 21 local; O grande Êxito dessa reunião foi a ênfase que se conseguiu em temas de desenvolvimento social, tais como a erradicação da pobreza, o acesso a água e aos serviços de saneamento e a saúde. Rio+10 A Rio+20 teve como objetivo a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, tendo como temas principais: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável; Erradicação da pobreza; Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. Uso de energia limpa, e gerar soluções para a diminuição da poluição; A Rio+20 contou com a participação de chefes de Estado e de Governo de 188 nações; Reiteraram seus compromissos com a sustentabilidade do desenvolvimento, sobretudo, no que concerne ao modo como estão sendo usados os recursos naturais do planeta; Rio+20 Protocolo de Kyoto Intensificação do Efeito estufa; Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática; Tratado internacional com o objetivo de firmar acordos e discussões para conjuntamente estabelecer metas de redução na emissão de gases do efeito estufa na atmosfera; Só entrou em vigor em 2005; Uma das metas do Acordo de Paris é estimular os países desenvolvidos a dar suporte financeiro e tecnológico aos países subdesenvolvidos. A ideia é que essa ajuda colabore na ampliação de ações propostas pelos países subdesenvolvidos, mas todos devem apresentar planos de ação. Entre os acordos firmados pelos países, um deles sugere que a cada cinco anos os governos comuniquem de forma voluntária os mecanismos para a revisão das suas contribuições para que as metas possam ser elevadas. Os países desenvolvidos encontram-se à frente do acordo e devem estabelecer metas numéricas a serem alcançadas em relação à emissão de gases de efeito estufa. Já os países subdesenvolvidos precisam elevar os esforços para continuar atingindo as metas propostas. Acordo de Paris Os negociadores da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP25, realizada em Madri, na Espanha, chegaram a um acordo mínimo hoje, longe de responder firmemente à urgência climática, conforme reivindicado pela ciência e pela sociedade civil. Após duas semanas de negociações, a conferência concordou em pedir aos países que aumentem suas metas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no próximo ano, o que é essencial para tentar conter o aquecimento a menos de +2°C, mas não emitiu nenhum sinal forte de que intensificará e acelerará a ação climática Sem consenso, COP25 alcança acordo mínimo sobre mudança climática... A China, maior emissora de gases de efeito estufa do mundo, não planeja cortar suas emissões num futuro próximo. No contexto do Acordo do Clima de Paris, o país prometeu atingir seu pico de emissões até 2030. Agora, de repente, essa colossal economia movida a carvão mineral cortou em 25% os gases emitidos, segundo números compilados por Lauri Myllyvirta, do Centro de Pesquisa sobre Energia e Ar Limpo da Universidade de Helsinque. Não por causa da crise climática, mas devido à emergência de saúde pública causada pela doença covid-19: "É bastante inédito uma coisa assim acontecer praticamente do dia para a noite", comentou à DW. Coronavírus e mudança climática: quando duas crises se encontram O aquecimento global poderá elevar o consumo de eletricidade e de água de centros urbanos no futuro breve para muito além do previsto pelos modelos atuais. Ainda é muito limitado o uso de modelos que consideram os efeitos do aquecimento e das mudanças climáticas sobre a demanda integrada de água e energia, apontou estudo de pesquisadores de universidades da Alemanha e dos Estados Unidos. Observou-se uma grande diferença entre os cenários futuros avaliados. Por exemplo, no caso da cidade de Chicago, as projeções sugeriram um crescimento da demanda por eletricidade em 12% e de água em 4% no cenário de 1,5°C. O crescimento seria de 20% e 6%, respectivamente, no cenário de 2ºC. Aquecimento elevará demanda de eletricidade e água https://cienciaeclima.com.br/aquecimento-global-perguntas-e-respostas/ https://cienciaeclima.com.br/mudancas-climaticas/ PRÓXIMOS PASSOS Fazer questionário da unidade 2 Revisarunidade 2 Elaborar desafio colaborativo OBRIGADO(A) Andressa Ribeiro @prof.ead.andressa arqueirozconsult@gmail.comProfessora Executora mailto:arqueirozconsult@gmail.com OBRIGADO(A)
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