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INTRODUÇÃO Todos os vasos são distensíveis; o que difere é o grau de distensibilidade entre si. A distensibilidade está diretamente relacionada ao aumento do fluxo sanguíneo e de forma a acomodar o débito cardíaco, uniformizando as pulsações da pressão. Há, portanto, relação entre fluxo e resistência. Há duas maneiras de aumentar a pressão arterial: grau de tônus muscular e volemia aumentados. Em uma comparação de dois vasos de volumes diferentes, submetido a uma mesma pressão, sofrem uma distensibilidade percentual igual, ou seja, com valores numéricos (em mililitros, por exemplo) diferentes. A pressão cai à medida que os vasos se diferenciam em simplicidade. DISTENSIBILIDADE VASCULAR É a capacidade que os vasos sanguíneos possuem de aumentar seu diâmetro em resposta a um aumento de pressão, diminuindo a resistência interna do vaso e, consequentemente, aumentando o fluxo sanguíneo. Se há um aumento da pressão, vasos dilatam, resistência periférica diminui e o fluxo aumenta. As veias são os vasos mais distensíveis do sistema e possuem função reservatória. A distensibilidade tem participação importante na função circulatória. As artérias possuem natureza elástica: o Acomodam o débito pulsátil do coração. o Uniformizam as pulsações da pressão arterial. Impedem extremos de pulsação, levando fluxo suave e contínuo para vasos teciduais. A rede venosa: pequenas veias há ↑ pressão venosa; estas armazenam 0,5-1L de sangue extra. Unidade de distensibilidade vascular: o É expressa como o aumento fracional do volume para cada aumento da pressão de 1mmHg: Distensibilidade Vascular = Aumento do Volume / Aumento da Pressão x Volume Original Anatomicamente as paredes das artérias são muito mais fortes que as das veias; As artérias, são, em média, 8x menos distensíveis que as veias; Uma maior pressão provoca um aumento 8x maior no volume sanguíneo de uma veia que de uma artéria. Na circulação pulmonar: o As distensibilidades das veias pulmonares ≅ veias da circulação sistêmica. o As artérias pulmonares apresentam distensibilidade 6x maior que as artérias sistêmicas. Distensibilidade x elasticidade: o D: capacidade do vaso de aumentar seu volume, ou seja, de se distender. o E: capacidade do vaso de voltar ao normal depois de se distender. Meias elásticas: conferem elasticidade para as veias, maximizando o retorno venoso. COMPLACÊNCIA VASCULAR (CAPACITÂNCIA VASCULAR) Define-se por: quantidade total de sangue que pode ser armazenada em um vaso para cada 1mmHg de aumento de pressão. Vasoconstrição (mediada pelo SNASIMP.) aumenta o volume sanguíneo e o débito cardíaco. A complacência permite o armazenamento de sangue nas veias, sua constrição (SNASIMP.) força a entrada de sangue para o coração (maior pré-carga) de modo a aumentar o débito cardíaco. Complacência Vascular = Aumento do Volume / Aumento da Pressão Em túbulos distensíveis, o fluxo sanguíneo permite a contínua circulação pelo corpo; se fosse rígido, o fluxo cessaria no momento da diástole. Quando o sistema arterial do adulto está com 700 mL de sangue, a pressão arterial média é de 100mmHg. o Em situações com apenas 400 mL, a pressão cai para zero. Em todo o sistema venoso sistêmico, o volume varia de 2000-3500 mL transfusão de até 0,5L de sangue sem grandes aumentos de pressão arterial. Efeito da Estimulação ou da Inibição Simpática sobre as relações de volume–pressão dos Sistemas Arterial e Venoso. o Estimulação simpática aumento do tônus da musculatura lisa aumento da pressão maior retorno venoso maior pré-carga maior bombeamento cardíaco. o Em caso de hemorragias: Queda de 25% do volume de sangue total aumento do tônus simpático vascular menor calibre dos vasos pressão e função circulatórias permanecem praticamente fisiológicas. Efeito estresse-relaxamento (complacência retardada): o Mecanismo importante pelo qual a circulação pode acomodar muito sangue adicional, quando necessário. Exemplo: transfusão excessivamente volumosa (aumento de volume aumento rápido de pressão estiramento tardio progressivo do músculo liso vascular retorno da pressão em minutos ou horas). Aplicação: um vaso exposto a um volume aumentado exibe imediato aumento significativo de pressão, porém o estiramento progressivo retardado da parede vascular permite que a pressão volte ao normal em minutos ou horas. o No sentido oposto, é o mecanismo de ajuste automático da circulação após um período de minutos ou horas de menor quantidade de sangue. Ex: hemorragias graves. FLUXO SANGUÍNEO O fluxo sanguíneo é definido como a quantidade de sangue que passa em um período de tempo e é determinado por dois fatores: o Diferença de pressão (força que empurra o sangue entre duas extremidades do vaso). o Resistência vascular (impedimento ao fluxo sanguíneo ao longo do vaso). O fluxo é diretamente proporcional à diferença de pressão e inversamente proporcional à resistência. PRESSÃO DE PULSO Cada batimento cardíaco leva a uma nova onda de sangue nas artérias, de modo que diminua os pulsos de pressão (complacência da árvore arterial) ao nível dos capilares, tendo nos tecidos um fluxo contínuo de sangue. Parede elástica arterial impede extremos da pressão. Devido à distensibilidade que leva à complacência arterial, os pulsos de pressão vão sendo minimizados a cada espaço que percorrem no sistema cardiovascular. Condições que afetam os dois fatores que determinam a pressão de pulso: o Débito sistólico cardíaco; o Complacência (distensibilidade total) da árvore arterial. o Patologias associadas: Estenose aórtica; Arteriosclerose; Insuficiência aórtica; Persistência do canal arterial. A velocidade do pulso de pressão varia com a complacência do vaso. À medida que a onda passa em direção aos vasos mais simples, tem-se a diminuição das pulsações, fenômeno chamado de amortecimento dos pulsos de pressão, concomitantemente ao aumento da velocidade. O amortecimento dos pulsos de pressão deve-se: o à resistência ao movimento do sangue pelos vasos. o à complacência dos vasos. Bastante evidente em pequenas artérias, arteríolas e capilares. Quanto maior a complacência do sistema vascular, maior será a velocidade do fluxo.
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