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1 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM25 Distensibilidade é uma característica que todos os vasos sanguíneos possuem. Eles conseguem distender suas paredes e adaptar o volume de sangue recebido, conforme o aumento da pressão sanguínea. Isso permite que: Acomodação do débito pulsátil do coração Uniformização das pulsações da pressão Fluxo uniforme e contínuo do sangue Entretanto, ela ocorre de maneira diferente em cada vaso. ARTÉRIAS Possuem paredes muito espessas e fortes, além de serem compostas por componentes elásticos, o que torna essa distensibilidade um pouco menor, se comparado as veias. Elas acomodam o volume ejetado pelo coração e logo depois já enviam para o sistema arterial como um todo. VEIAS Possuem paredes mais delgadas e não possue o componente elástico das artérias, por isso uma distensibilidade maior. Em vista disso, elas funcionam como um reservatório de grandes quantidades de sangue que podem ser usadas, eventualmente, em outras partes da circulação - Mais da metade do volume sanguíneo nas veias – ⇢ A Distensibilidade vascular é medida: 15 Aumento de volume Aumento da pressão X volume original 2 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM25 Complacência é a capacidade do vaso de acomodar um determinado volume sanguíneo para cada aumento de pressão. ARTÉRIAS São pouco complacentes, não consegue acomodar o volume pois ela é possui componentes elásticos. Ela retrai as fibras elásticas e impulsiona o volume pra frente, não conseguindo acomoda-lo nela. VEIAS São muito complacentes, pois não possuem componente elástico, conseguindo acomodar o volume que chega (alta distensibilidade + alta complacência). GRÁFICO VOLUME X PRESSÃO - mostrando a complacência Arterial: pequeno aumento de volume, aumenta muito a pressão no sistema. Venoso: grande aumento de volume, aumenta pouco a pressão Graças a essas combinações dos sistemas é possível altas transfusões sanguíneas ou infusões de líquidos, pois esse volume irá se adaptar e a pressão geral do sistema vai se manter. Efeito do simpático – Ocorre uma vaso constrição (contração), tendo maior resistência aos fluxos e consequentemente, volumes diminuídos para a mesma pressão (normal). Aumenta o volume com menores pressões. ⇢ A Complacência é medida: ou Distensibilidade X Volume Aumento do volume Elevação da pressão 3 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM25 SISTEMA ARTERIAL PRESSÃO SISTÓLICA – pressão máxima q chega durante a ejeção ventricular (120mmHg) – aorta recebe durante a sístole PRESSÃO DIASTÓLICA – Pressão mínima ocorrida antes da ejeção ventricular (80mmHg) - pressão que se encontra na aorta, enquanto ocorre a diástole. PRESSÃO DE PULSO – Diferença entre a p. sistólica e a diastólica. Sentida na periferia do corpo É determinada, afetada por dois fatores: Débito sistólico – volume ejetado a cada sístole Complacência arterial – pouco complacente E esses fatores podem ocorrer quando: Arterioesclerose – perda de fibras elásticas, colágeno, assim as artérias ficam menos complacentes, enrijecidas. (Envelhecimento) Estenose aórtica – estreitamento da válvula aórtica, ejeta menos sangue e por isso a pressão decai um pouco. Insuficiência da válvula aórtica – não funciona mais (fica sempre aberta), a pressão diastíolica diminui, pois o sangue sofre um refluxo para o ventrículo. A pressão se mantem menor na aorta PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA - Não é a média das duas pressões, pois cada uma tem um tempo diferente. É a pressão que impulsiona o sangue p os tecidos durante todo o ciclo cardíaco. ⇢ Ela é medida: Pressão diastólica + 1/3 Pressão de pulso 4 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM25 SISTEMA VENOSO ⇢ Leva o sangue de volta para o coração (átrio direito) PRESSÃO VENOSA CENTRAL – Pressão no átrio direito (0mmHg) que é determinada pela: Capacidade do coração de bombear sangue para fora do átrio e do ventrículo Tendência do sangue de fluir das veias periféricas para o átrio direito Como essa pressão pode ser alterada? Aumento de volume sanguíneo Aumento do tônus vascular (principal) – vasoconstrição Dilatação das arteríolas RESISTENCIA VENOSA E PRESSÃO VENOSA PERIFÉRICA O sangue flui com muita facilidade pelas veias, exceto nas especificas, as quais sofrem de fatores externos). São elas: Veias do membro superior - Próximo a costela, as veias sofrem uma angulação, o que acaba comprimindo-as um pouco, o que resulta numa maior resistência para a passagem do sangue. Veias do pescoço - sofrem efeito da pressão atmosférica, encontrando-se colapsadas, e consequentemente se tem um aumento de resistência vascular. Veias da cavidade abdominal - Podem ser comprimidas pelas vísceras, bem como a pressão intrabdominal (6mmHg), o que resulta em uma maior resistência de passagem do sangue. 5 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM25 Isso tudo faz com que as veias periféricas, quando uma pessoa encontra-se deitada, fiquem com pressão de 4-6mmHg. Entretanto, quando nos encontramos em pé, a gravidade age sobre o corpo e então faz uma modificação na pressão sanguínea das veias, forçando o sangue a ir para a parte mais inferior do corpo, como pode ser relacionada a seguir: Significa que, o retorno venoso do sangue, dos membros inferiores para o coração, fica muito dificultado devido à pressão gravitacional, ou seja, fica mais difícil vencer a diferença de pressão. Isso porque, o sangue chega pelo lado arterial, nos capilares, com pressão de 30mmHg, passa pelo leito vascular, e no lado venoso se encontra com 10mmHg, só que a pressão é muito pequena para que ele consiga voltar ao coração. Diante disso, o sist. venoso faz uso de uma bomba venosa (muscular), para que o sangue seja enviado com maior pressão, de volta para o coração. Ela funciona apenas com a contração dos músculos da panturrilha, a qual faz com que a veia seja apertada e consequentemente empurra o sangue para cima. Além disso, as veias possuem válvulas, as quais auxiliam na condução do sangue de volta ao coração, pois se abrem apenas neste sentido, mantendo o fluxo unidirecional. 6 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM25 Estase venosa – quando o sangue fica acumulado na veia, e não volta para o coração, geralmente quando ficamos muito tempo parados sem contrair o músculo. Neste caso, ocorre os desmaios (breves), pois o sangue que não voltou e está fazendo falta no resto da circulação. Incompetência das válvulas – Distensão excessiva dos vasos venosos Envelhecimento (perda de elasticidade das válvulas) – veias varicosas ou varizes Gravidez Pessoas que passam muito tempo em pé FUNCÃO DE RESERVATÓRIO - GRANDE COMPLACÊNCIA ⇢ Alguns órgãos possuem essa característica mais especial de reservatório venoso: Baço – Reservatório de sangue concentrado em hemácias (melhorar a oxigenação tecidual, pode liberar até 100ml de sangue) Fígado Grandes veias abdominais – Liberam até 300ml de sangue Essa função pode compensar até uma perda de 20% do volumesanguíneo total, sem nenhum comprometimento cardiovascular.
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