Estados Unidos sec XIX - Marcha para o Oeste e guerra de secessão (1)

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Estados Unidos, séc XIX 
 
A Marcha para o Oeste 
 
Nas décadas posteriores à Independência, o principal desafio era integrar e unir a jovem nação. 
Pouco a pouco, sobretudo a partir do terceiro presidente, Thomas Jefferson (1801 – 1809), o governo foi 
impondo sua administração ao país. 
A seu favor tinha o fato de que a economia vinha crescendo em ritmo acelerado. Industrias de 
tecelagem, fiação e a Revolução dos Transportes, guiavam esse crescimento 
Os EUA atraiam milhões de imigrantes, e isso fez aumentar a busca por terras para plantar e viver. 
 
Fatores que contribuíram para a conquista do Oeste: 
• A descoberta de jazidas de ouro na Califórnia, por volta de 1848. A “corrida do ouro”. 
• A Doutrina Monroe. 
• A crença no Destino Manifesto. 
• A Lei do Povoamento (Homestead Act, 1862) 
 
Doutrina Monroe: tinha como objetivo afirmar a 
soberania nacional dos países do continente 
[americano] contra as pretenções das 
monarquias europeias que formavam a Santa 
Aliança. 
Surge o lema: A América para os 
americanos, que colocava o EUA no papel de juiz 
e guardião de todas as questões que pudessem 
envolver a América como um todo, tanto na parte 
central como no cone sul do continente. 
 
 
 
 
 
Destino Manifesto: 1845 – John L. Sullivan, 
no editorial do jornal New York Morning News, 
acusou governos estrangeiros de conspirar 
para bloquear a anexação do Texas, em um 
esforço para atrasar “o cumprimento do nosso 
destino manifesto”. Ele defendia que a política 
estadunidense de expansão era “legitima pelo 
direito de nosso Destino Manifesto de possuir 
e de povoar a totalidade do continente que a 
providência divina nos deu para o 
desenvolvimento de nossa grande experiência 
de liberdade e de governo federativo”. 
 
 
Homestead Act (Lei de Povoamento): O governo cedia, por apenas 10 dólares, um lote de terra no Oeste 
a que se dispusesse a cultivá-lo; para os estadunidenses essa lei significou uma verdadeira reforma 
agrária, pois ampliou o número de pequenos proprietários, fazendo aumentar a oferta de alimentos a preços 
baixos e incentivando, assim, o desenvolvimento do país. 
 
 
Além das terras tomadas dos indígenas, a expansão territorial estadunidense se fez também por 
meio da compra de terra, de acordos diplomáticos e da guerra contra o México. 
• Louisiana = 5 milhões de dólares (1803) 
• Flórida = 15 milhões de dólares (1819) 
• Alasca = 7,2 milhões de dólares (1867) 
• Oregon (costa do Pacífico) = Acordo diplomático 
• Quase metade do México = Guerra (1848) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A guerra civil norte-americana 
 
Os EUA não eram um pais homogêneo e nem unido 
• Centro-Norte: predominava o trabalho livre e a pequena propriedade; as indústrias já prosperavam 
e vendiam boa parte da sua produção para o mercado interno – defendiam o fim da escravidão 
• Sul: predominavam o trabalho escravo e a grande propriedade escravista (plantation)- defendiam a 
manutenção e expansão da escravidão para o Oeste. 
Em 1860, após décadas de domínio político dos Estados sulistas, Abraham Lincoln (nortista) vence 
as eleições. 
Insatisfeitos, em 1861, sete estados do Sul separaram-se da União e formaram um país à parte: Os 
Estados Confederados da América. Essa secessão (separação) foi recusada e teve início uma guerra entre 
essas duas regiões. 
 
 
• No início da guerra, os sulistas conseguiram importantes vitórias; 
• No desenrolar do conflito, os nortistas impuseram sua superioridade numérica, militar e econômica; 
• Com a guerra, muitos escravos sulistas fugiram para o Norte, isso deu novo impulso à campanha 
abolicionista. 
• A pressão abolicionista e a necessidade de soldados para a frente de batalha, fez com que Abraham 
Lincoln promulgasse a Lei de emancipação dos escravos em 1 de janeiro de 1863. 
• A entrada dos afrodescendentes na guerra ajudou os nortistas a vencerem 
• Em meados de 1865, o Sul reconhecia sua derrota. 
• Nesse mesmo ano, era criada a 13ª emenda que puna um fim à escravidão em todos os EUA. 
Graças aos próprios escravos e aos abolicionistas, a guerra que se iniciou em favor da recuperação da 
unidade nacional transformou-se numa luta pelo fim da escravidão. 
Saldo da Guerra 
 
• 850 mil mortos; 
• O assassinato de Abraham Lincoln, ainda em 1865, após ser reeleito, por um sulista fanático e 
favorável à escravidão; 
• Explosão da discriminação contra os negros; 
• Membros da elite do Sul, inconformados com a possibilidade de ascensão dos negros, fundaram 
associações racistas, como a violentíssima Ku Klux Klan, conhecida por perseguir, intimidar e 
assassinar negros. 
 
Atividades: 
 
1. De que maneira a crença no destino manifesto está relacionada com a marcha para o oeste dos Estado 
Unidos da América? 
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2. No século XIX, os Estados Unidos atraiam milhões de imigrantes. 
 
a) Qual a razão para esse fluxo imigratório? 
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b) Como isso contribuiu para a expansão territorial norte-americano? 
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3. A descoberta de ouro na Califórnia, por volta de 1848, acelerou a marcha para o oeste. Explique essa 
afirmação. 
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4. Faça um quadro comparando a Lei de Terras de 1850, no Brasil, à Lei do Povoamento (Homestead 
Act) de 1862, nos Estados Unidos. No quadro deve constar o ano de promulgação de cada lei, o que cada 
uma determinava e os efeitos delas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. O texto a seguir, escrito em 1850 por Herman Melville, pode ajudar a entender o significado da ideia 
do destino manifesto para os estadunidenses daquela época. 
 
O DESTINO MANIFESTO 
 
Nós, americanos, somos o povo (...) escolhido – o Israel de nosso tempo; carregamos a arca das 
liberdades do mundo (...). Deus predestinou, e a humanidade espera grandes feitos da nossa raça (...) 
para abrir no Novo Mundo um novo caminho que é nosso (...) Num período em que outras nações não 
fizeram senão balbuciar, nossa voz (...) é ouvida longe. (...) 
 
MELVILLE, Herman apud JUNQUEIRA, Mary A. Estados Unidos: a consolidação da nação. São Paulo: 
Contexto, 2001. p. 37-38. 
a) Interprete: qual o significado de “o Israel de nosso tempo”? 
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b) Qual a visão do autor sobre o “lugar” dos Estados Unidos no mundo da época? 
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c) Existe alguma relação entre o “lugar” dos Estados Unidos, na compreensão do autor, e o “lugar” dos 
EUA nos dias atuais? 
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6. O que foi a Doutrina Monroe? 
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7. De que maneira essa “doutrina” colaborou para a posição que os EUA ocupam no cenário internacional 
na atualidade? 
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8. 
 
a) O que a fotografia indica sobre a relação entre brancos e negros nos Estados Unidos na data em que 
ela foi tirada? Justifique. 
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b) Elabore um comentário relacionando a imagem ao que você estudou sobre esse assunto. 
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Entrada do Teatro Paramount com uma 
placa onde se lê “Entrada para negros”. 
Estados Unidos, 1962.