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Requisitos para o exercício da atividade econômica e obrigações empresariais

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DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
 
NESTE CAPÍTULO VOCÊ IRÁ APRENDER: 
 
 
 
• A entender quais são os requisitos para ser empresário e quem está 
impedido de empresariar. 
• A compreender quais são as obrigações do empresário. 
• A diferenciar o empresário, o sócio e o administrador do empreendimento. 
• A reconhecer e conceituar os auxiliares do empresário. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Estudaremos neste quinto capítulo quais são os requisitos para o 
exercício da atividade econômica, os elementos que compõem o requerimento 
para a inscrição do empresário, bem como os impedidos de empresariar. As 
obrigações do empresário, qual a finalidade da sua inscrição na Junta Comercial 
e suas obrigações, também são assuntos que serão tratados. 
Abordaremos, ainda, a diferença entre empresário, sócio e administrador 
do empreendimento, o empresário casado, a escrituração dos livros e o 
levantamento dos balanços patrimonial e de resultado econômico pelos 
microempresários e empresários de pequeno porte e, na última parte, 
analisaremos os auxiliares do empresário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE ECONÔMICA E 
OBRIGAÇÕES EMPRESARIAIS 
 
O REGISTRO 
 
O registro é um pressuposto para o desempenho da atividade empresária, 
individualmente ou por meio de uma sociedade empresária (LTDA, S/A, etc.). 
No caso das sociedades empresárias o registro dos atos constitutivos 
(contrato ou estatuto social) é elemento essencial para a criação da pessoa 
jurídica, como previsto no artigo 45 do Código Civil, segundo o qual começa a 
existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro. 
 
O REQUERIMENTO DE INSCRIÇÃO DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
CONTERÁ 
1. seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime 
de bens; 
2. a firma (nome empresarial); 
3. o capital que será investido no negócio; 
4. o (s) objeto (s) e a sede da empresa. 
 
Local de registro: Junta Comercial - são órgãos estaduais e sofrem dupla 
subordinação. No âmbito administrativo, as Juntas subordinam-se ao governo 
estadual e, no âmbito técnico, ao departamento de registro empresarial e 
integração - DREI (art. 6º da Lei n. 8.934/94). Sua função é executiva. Cabe às 
Juntas Comerciais a prática dos atos de registro consistentes nas matrículas, 
nos arquivamentos, nas autenticações e nos assentamentos. Os atos de 
arquivamento referem-se aos documentos relativos à constituição, alteração, 
dissolução e extinção de firmas mercantis individuais e sociedades mercantis e 
cooperativas. 
 
DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
OBS: Se o empresário instituir uma filial, sucursal ou agência, deverá 
averbar esse estabelecimento secundário no Registro Mercantil; se tal 
estabelecimento secundário está localizado em outro Estado, também deverá 
inscrevê-lo na respectiva Junta Comercial, juntando prova de sua inscrição 
originária. 
 
REQUISITOS PARA SER EMPRESÁRIO – Art. 972 C.C 
 
Para os atos da vida em geral, a pessoa deve ter capacidade, no sentido 
jurídico, ou seja, deve ser dotada de vontade e de discernimento para exercer 
os atos por si só. Tal capacidade está geralmente ligada a fatores objetivos como 
a idade e o estado de saúde. 
O empresário individual exerce a atividade empresarial em seu nome, 
assumindo obrigações e adquirindo direitos em decorrência dos atos praticados. 
Em função disso, o empresário individual deve ser dotado de capacidade plena, 
isto é, para ser empresário individual, a pessoa física deve, como regra geral, 
ser absolutamente capaz (art. 5º do C.C), maior de 18 anos, ou emancipado 
(maior de 16 anos e menor de 18 anos). 
Assim, a capacidade para ser empresário se adquire aos 16 anos, dada a 
possibilidade de emancipação. A partir desta idade, qualquer pessoa, que não 
incorra em outra hipótese de incapacidade, pode se tornar empresário. 
A emancipação de menor é um instituto do direito brasileiro que antecipa 
a capacidade civil da pessoa, que normalmente é adquirida ao completar 18 
anos. 
Emancipação é diferente de autorização. Na autorização quem dá a 
autorização se torna responsável pelo autorizado, e esta pode ser revogada a 
qualquer momento, entretanto, na emancipação, esta é irrevogável e quem 
emancipa não é responsável pelos atos civis do emancipado. 
OBS: O incapaz, devidamente representado ou assistido por pessoa 
capaz, pode continuar o exercício de atividade que já vinha sendo exercida por 
DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
ele, enquanto capaz, ou por seus pais (art. 974 C.C). Tal permissão se justifica 
pelo princípio da preservação da empresa, tentando evitar a extinção desta, 
preservando empregos e interesses do fisco e da comunidade. 
 
OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO 
 
Ao empresário é atribuída uma série de obrigações no Código Civil. A 
primeira obrigação é a sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis, 
(art. 1.150 C.C), que está a cargo das Juntas Comerciais. 
A inscrição do empresário deve ser feita no órgão da respectiva sede 
(Estado-membro) do empresário, devendo ser realizada antes de o empresário 
iniciar sua atividade (art. 967 C.C). 
 
FINALIDADE DA INSCRIÇÃO DO EMPRESÁRIO 
 
a) tornar pública a sua atividade e seu ato constitutivo; 
b) efetuar o cadastro do empresário, gerando um número de matrícula 
conhecido como NIRE (Número de Inscrição no Registro de Empresas); 
c) proteger sua identificação e seu nome empresarial; 
d) estabelecer o início de sua existência (art. 45 C.C). 
 
IMPEDIDOS DE EMPRESARIAR 
 
Mesmo que capacitado civilmente (maior de 18 anos ou emancipado), não 
pode ser empresário quem está impedido pela legislação. 
DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
O art. 1.011 § 1º do Código Civil lista algumas situações que impedem a 
inscrição como empresário ou, no âmbito das sociedades empresárias, impedem 
que a pessoa seja escolhida como administradora da empresa. 
 
ESTÁ IMPEDIDO DE EMPRESARIAR OU SER ADMINISTRADOR DE 
UMA EMPRESA A PESSOA QUE FOI: 
 
a) Condenada por crime cuja pena vede, ainda que temporariamente, o 
acesso a cargos públicos; 
b) Condenado por crime falimentar; 
c) Condenada por crime de prevaricação (agentes públicos que, 
indevidamente, não praticaram, ou demoraram a praticar, ato cuja 
iniciativa lhes competia, bem como os agentes que praticaram atos contra 
lei expressa, para satisfazer interesse pessoal, ou apenas para satisfazer 
sentimento próprio); 
d) Condenado por crime de suborno (também chamado de peita); 
e) Condenado por crime de concussão (o agente público que exige 
vantagem indevida, para si ou para outra pessoa, direta ou indiretamente, 
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela); 
f) Condenado por peculato (que é o crime praticado pelo funcionário 
público que se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, 
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-
lo, em proveito próprio ou alheio; 
g) Condenado por crime contra a economia popular, contra o sistema 
financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra 
as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto 
perdurarem os efeitos da condenação. 
Além desses casos, existem outros, previstos em legislações específicas, 
sendo os casos mais importantes: 
DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
a) magistrados; 
b) membrosdo Ministério Público; 
c) servidores públicos; 
d) militares da ativa; 
f) o falido, até que sejam declaradas extintas suas obrigações; 
g) estrangeiros com visto temporário. 
 
DIFERENÇA ENTRE EMPRESÁRIO, SÓCIO E ADMINISTRADOR DO 
EMPREENDIMENTO 
 
A empresa pode ser desenvolvida individualmente pela pessoa física, por 
pessoas jurídicas que se constituam como sociedades ou não e por sociedades 
sem personalidade jurídica. 
O sócio de sociedade empresária não é empresário, mas um 
empreendedor. 
O administrador de sociedade empresária não é empresário, mas um 
mandatário da pessoa jurídica empresária (art. 1.011 C.C). 
O empresário individual não é pessoa jurídica, nem com a devida inscrição 
ele irá se tornar uma pessoa jurídica. Essa inscrição não cria nenhuma figura 
jurídica distinta da pessoa natural do empresário. O empresário individual é uma 
só pessoa tanto em família como na frente de seus negócios. Quem age é ele, 
e não um ente (PJ) por ele, sujeito de direitos ou obrigações diversas. 
 
EMPRESÁRIO CASADO – Art. 978 C.C 
 
A regra no direito civil é que as pessoas, quando não estão casadas pelo 
regime de separação total de bens, não podem praticar alguns atos, sem ter a 
DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
autorização do outro, como alienar (vender, trocar, doar) ou gravar de ônus real 
(hipotecar ou dar em anticrese) os bens imóveis; pleitear, como autor ou réu, 
acerca desses bens ou direitos; prestar fiança ou aval; fazer doação, não sendo 
remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação (art. 
1.647 C.C). Tal regra, todavia, não se aplica ao empresário ou empresária 
casados, pois o artigo 978 do Código Civil permite ao empresário alienar os 
imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real, sem 
necessidade de autorização conjugal. 
Essa exceção tem por finalidade de permitir a prática das atividades 
empresariais, mas está restrita às relações mantidas com o patrimônio 
especificado, que é a empresa, surgido a partir do capital investido e 
devidamente historiado na respectiva escrituração contábil. Justamente em 
função dos prováveis efeitos das relações empresariais sobre o patrimônio 
pessoal do titular da empresa, demanda-se o arquivamento e a averbação, na 
Junta Comercial, dos atos e declarações antenupciais do empresário, o título de 
doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou 
inalienabilidade. Também, deverão ser levados a registro a sentença judicial que 
decretar ou homologar a separação do empresário e o ato de reconciliação. 
 
OBRIGAÇÕES EMPRESARIAIS 
 
Para que possam se beneficiar do regime favorável a eles disposto pela 
legislação, como a possibilidade de requerer a recuperação extrajudicial, judicial 
ou a falência, os empresários individuais, as empresas individuais de 
responsabilidade limitada e as sociedades empresárias devem atender a uma 
série de obrigações. 
Além da inscrição antes do início das atividades, a legislação prevê outras 
obrigações empresariais: 
a) manter escrituração uniforme de livros mercantis (art. 1.179 C.C). A 
escrituração deve ser feita respeitando os princípios da contabilidade, como 
a ordem crescente de datas em dia, mês e ano; 
DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
b) realizar o levantamento anual do balanço patrimonial e do resultado 
econômico (art. 1.179, C.C). O balanço patrimonial reflete todo o histórico 
da empresa: ativo (bens e direitos), passivo (obrigações) e patrimônio 
líquido, sendo este positivo ou negativo. Já o balanço de resultado 
econômico mostra apenas as receitas e as despesas de determinado 
período; 
c) a adoção de livros obrigatórios (art. 1.180 C.C), o diário é obrigatório para 
todos os empresários; porém, dependendo da circunstância, existem 
outros livros obrigatórios; 
d) a boa guarda da escrituração, da correspondência física e eletrônica e 
dos demais documentos concernentes à atividade empresarial (art. 1.194 
C.C). A conservação deve ocorrer pelo período mínimo dos prazos de 
prescrição e decadência, dependendo de cada tipo de obrigação. 
 
A ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS E O LEVANTAMENTO DOS 
BALANÇOS PATRIMONIAL E DE RESULTADO ECONÔMICO PELOS 
MICROEMPRESÁRIOS E EMPRESÁRIOS DE PEQUENO PORTE 
 
A lei apresenta um privilégio ao microempresário e empresário de 
pequeno porte para reduzir seus custos no desenvolvimento da atividade 
empresarial. Assim, nos termos do § 2º do art. 1.179 do Código Civil, os 
pequenos empresários ficam dispensados da escrituração dos livros. A Lei 
Complementar nº. 123/2006, em seu art. 68, interpretou o “pequeno empresário” 
como o Microempreendedor Individual (MEI), para dispensá-lo da escrituração. 
A despeito da interpretação restritiva ao MEI feita pela Lei Complementar nº. 
123/2006, as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo 
Simples Nacional ficam obrigadas a emitir apenas documento fiscal de venda ou 
prestação de serviço e a manter em boa ordem e guarda os documentos que 
fundamentaram a apuração dos impostos e contribuições devidos e o 
cumprimento das obrigações (art. 26 da LC n. 123/2006). Às demais 
microempresas e as empresas de pequeno porte não optantes do Simples 
DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
Nacional, além dos documentos fiscais, fica imposta a obrigação apenas de 
escriturar o livro-caixa em que será inserida sua movimentação financeira e 
bancária. 
 
AUXILIARES DO EMPRESÁRIO 
 
Os auxiliares são muito importantes para o exercício da empresa, pois 
dificilmente o empresário terá condição de exercer por si só todas as atividades 
que se fazem necessárias. 
Esses colaboradores, apesar de atuarem em prol do negócio empresarial, 
não assumem o risco da atividade e por isso não podem ser considerados 
empresários, mas apenas auxiliares do empresário. 
Os auxiliares do empresário podem desenvolver atividades com 
conotação técnica, sejam manuais ou intelectuais, ligadas ao próprio exercício 
da empresa. Também podem desenvolver atividades com conotação jurídica, 
pondo em prática os negócios relativos ao exercício da empresa. Neste ponto, 
eles agem no lugar e fazendo as vezes do empresário. 
 
PREPOSTO (art. 1.169 C.C) 
 
Podemos conceituar o preposto como aquele que, em nome de outro 
(preponente), dirige ou se ocupa de seus negócios. É uma espécie de 
representante. Preponente, no entanto, é aquele que outorga poderes ao 
preposto para que esse o represente. 
O preposto deve sempre atuar no âmbito da competência e dos poderes 
que lhe foram outorgados, atuando pessoalmente e somente quando autorizado 
por escrito, poderá fazer-se substituir no desempenho da preposição. 
O preposto pode ser dependente e independente: 
DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
a) dependente/subordinado – é empregado do preponente, como 
vendedores e gerentes; 
b) independente/não subordinado – não é empregado, pode ser 
profissional liberal ou não, cujo vínculo ocorre por contratos específicos, 
como é o caso dos corretores. 
O preposto é uma pessoa de confiança do empresário e acaba tendo 
acesso a segredos e informações privilegiadas. Em função da confiança que 
deve pautar a relação de preposição, é certo que o preposto deve agir de forma 
leal, não agindo de qualquer maneira que possa prejudicar o preponente. Porém, 
o preposto que agir com culpa, responderá pessoalmente perante o preponente, 
e, se agir com dolo (intenção), responderá perante terceiros solidariamente (em 
conjunto) com o preponente (art. 1.177 do C.C). Os preponentes são 
responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos quando praticadosdentro do 
estabelecimento e relativos à atividade da empresa, mesmo que não autorizados 
por escrito (art. 1.178 C.C). 
 
GERENTE (art. 1.172 C.C) 
 
A gerência abrange funções mais relevantes para a empresa e concentra-
se na representação em decisões e no comando, em um setor ou em todos os 
campos de atividade que exerce. O gerente tem poderes de gestão e ocupa o 
primeiro lugar na escala de prepostos. Comanda ou administra alguns aspectos 
ou setores da empresa, dirige um departamento ou comanda, chefia uma filial, 
uma sucursal, uma agência. Ele substitui, de modo geral, o empresário, seja na 
organização interna da empresa, seja nas atividades externas. Assim, o gerente 
de uma loja de materiais de construção pode controlar os estoques, dar ordem 
para os empregados, eventualmente negociar descontos, contratar e demitir 
funcionários, aprovar vendas a prazo, entre outros. 
Segundo a legislação (art. 1.172 C.C), os gerentes são os prepostos 
permanentes no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou 
agência. 
DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
É muito comum vermos a figura dos gerentes no comércio. Nas lojas em 
geral, há uma série de vendedores e um gerente que goza de certa primazia 
sobre os vendedores, dada sua função de gestão da empresa. 
 
CONTABILISTAS E DEMAIS AUXILIARES (art. 1.177 C.C) 
 
Os contabilistas e demais auxiliares abrangem todos os contratados ou 
empregados para a execução de tarefas especificas da escrita e anotações 
comuns, que se incluem no gênero ou à chefia por setor. A função do contabilista 
é lançar em livros próprios todas as operações que envolvem a vida econômica 
da empresa. 
O contabilista, independentemente do seu vínculo com o empresa, deve 
sempre respeitar a legislação, em especial as disposições inerentes à sua 
profissão, como o Decreto-Lei n. 9.295/46, que cria o Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC) e define as atribuições do contador, além do Código de 
Ética Profissional do Contador (CEPC) – Resolução CFC n. 803/96. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL TEMA 5 Prof. Alberto Wunderlich 
 
REFERÊNCIAS 
 
CHAGAS, Edilson Enedino das. Direito Empresarial Esquematizado. 7ª ed. 
Saraiva: São Paulo, 2020. 
 
MAMEDE, Gladston. Manual de Direito Empresarial. 14ª ed. Atlas: São Paulo, 
2020. 
 
NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Empresarial. 10ª ed. Saraiva: São Paulo, 
2020. 
 
SACRAMONE. Marcelo, Barbosa. Manual de Direito Empresarial. Saraiva: 
São Paulo, 2020. 
 
TEIXEIRA, Tarcisio. Direito Empresarial Sistematizado: doutrina, 
jurisprudência e prática. 8ª ed. Saraiva: São Paulo, 2019. 
 
TOMAZETTE, Marlon. Curso de Direito Empresarial: Teoria Geral e Direito 
Societário. 11ª ed. Saraiva: São Paulo, 2020.

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