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REVISÃO UFG

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REVISÃO UFG/SES-GO
· SAÚDE COLETIVA
A evolução histórica das políticas de saúde está relacionada diretamente e tem inter-relação profunda e dependente com a evolução político-social, ideológica e econômica da sociedade brasileira. A lógica do processo evolutivo sempre obedeceu a ótica do avanço do capitalismo na sociedade brasileira, sofrendo forte determinação do capitalismo a nível internacional.
INÍCIO DO SÉCULO XX: Neste período predominava o modelo de saúde campanhista (República Velha). Campanhas contra febre amarela, peste bubônica, varíola e cólera, assim como as medidas gerais destinadas para higienne urbana; medidas jurídicas impositivas de notificação de doenças, vacinação obrigatória e vigilância sanitária em geral.
REVOLTA DA VACINA (1904): repúdio ao governo federal pelo uso da força e da autoridade como instrumentos preferenciais de ação no combate à epidemia de varíola.
- campanha de erradicação da varíola levou ao êxito no controle da poliomielite no Brasil, na década de 1980 e a erradicação alcançada em 1994
DITADURA MILITAR (1964-1985): a saúde pública era de baixa qualidade e limitada; era pautada em um modelo médico privatista/curativo, centrado na doença e que prestava assistência somente aos contribuintes, buscando apenas a resolução dos problemas já instalados. A partir da indignação de setores da sociedade sobre o dramático quadro do setor da saúde, surgiu a Reforma Sanitária em 1970.
- origem da saúde coletiva é uma crítica ao modelo biomédico
8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986: aprovou o conceito de saúde como um direito do cidadão e delineou os fundamentos do SUS; 
- profissionais da saúde e pessoas de movimentos e organizações da sociedade civil
- criação do SUS não estingue a participação suplementar da iniciativa privada, das organizações beneficentes, filantrópicas e sem fins lucrativos na área da saúde; além de ter caráter substitutivo, por substituir o modelo privatista/curativo por um modelo universal e focado na prevenção/ atenção primária
- rompe com o caráter excludente do atendimento que colocava à margem a população sem carteira assinada e contribuição previdenciária
COMPROMISSOS DA SAÚDE PÚBLICA: redução das desigualdades sociais em saúde, promoção da saúde e regulação exercida pelo Estado sobre bens e serviços
CONFERÊNCIA DE ALMA-ATA (1978) – Declaração de Alma-Ata: conclamou a comunidade nacional e internacional a apoiar um compromisso para com os cuidados primários em saúde 
ATENÇÃO PRIMÁRIA: estimular a participação dos usuários, como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado em relação à própria saúde e coletividades do território, enfrentamento dos determinantes e condicionantes da saúde, lógicas mais centradas no usuário e exercício do controle social
- caráter substitutivo é princípio da atenção primária (veio para substituir os outros modelos de saúde centrados na doença ou em procedimentos – modelo biomédico/curativista)
TIPOS DE ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO:
ECOLÓGICO: compara-se a ocorrência da doença relacionada à saúde e a exposição de interesse entre agregados de indivíduos, para verificar associações entre elas; 
TRANSVERSAL/ SECCIONAL: exposição e condição de saúde do participante são determinadas simultaneamente; avalias a prevalência de uma doença ou condição relacionada à saúde de uma população específica (EX: aplicar questionários em idosos de uma instituição de longa permanência);
CASO-CONTROLE: comparação entre indivíduos com a doença e indivíduos sem a doença; partem do efeito (doença) para a investigação da causa (exposição);
COORTE: população de estudo envolve indivíduos expostos e não-expostos (EX: avaliar todos os bebês nascidos em um período e comparar quais tiveram um tipo específico de doença).
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS): 
- conjunto de propostas terapêuticas articuladas
- multidisciplinar e aplicado por uma equipe
- sujeito individual ou coletivo
- apoio matricial quando necessário
- aplicado na atenção básica
- definição de hipóteses diagnósticas, definição de metas de curto, médio e longo prazo, divisão de tarefas e responsabilização e a reavaliação da progressão do PTS
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE (PNPS): 
- participação, controle social, educação e formação
- promover a equidade e a melhoria nas condições e modos de viver (determinantes e condicionantes)
- saúde individual e coletiva
- reduzir vulnerabilidades 
- produção de ambientes saudáveis
- cultura da paz e mobilidade humana (vigilância em saúde, ações de articulações intersetoriais com vista à redução de morbimortalidade decorrente do trânsito)
- acesso geográfico e sócio organizacional são componentes do primeiro contato
AÇÕES ESPECÍFICAS:
- divulgação e implementação da PNPS
- alimentação saudável
- prática corporal / atividade física
- prevenção e controle do tabagismo
- redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas
- redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito
- prevenção da violência e estímulo da cultura de paz
- promoção do desenvolvimento sustentável
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH): 
- indissociabilidade entre modos de produzir saúde e modos de gerir processos de trabalho; ação e gestão; clínica e política; produção de saúde e produção de subjetividade
- autonomia e protagonismo dos sujeitos
- corresponsabilidade
- vínculos solidários
- participação coletiva nas práticas de saúde
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE: 
- superar a fragmentação da atenção e gestão 
- aperfeiçoar o funcionamento político-institucional do SUS
- portas de entrada: serviços de atenção primária, urgência e emergência, atenção psicossocial e serviços especiais de acesso aberto
NÚCLEOS AMPLIADOS DE SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF): LEI 8.142/1990:
- ampliar abrangência, resolutividade, territorialização e regionalização da atenção básica
- diretriz principal é a integralidade
- prestam atendimento primário – fazem parte da atenção básica
- não são de livre acesso individual ou coletivo
- não são serviços com unidades físicas independentes ou especiais 
- devem atuar de maneira integrada à rede de atenção à saúde, a partir das demandas identificadas no trabalho com as equipes de saúde – atuar de forma integrada à Rede de Atenção à Saúde a partir das demandas identificadas no trabalho conjunto com as equipes e/ou Academia de Saúde
- apoiar a consolidação da atenção básica, aumentando as ofertas de saúde e resolutividade
- equipe interdisciplinar integrada às equipes de saúde da família – regulados pelas equipes de atenção básica
- buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários
LEI 8.142/1990: 
- garantir a participação social no SUS
- regulamentar a transferência de recursos financeiros intergovernamentais para a saúde
CONFERÊNCIA DE SAÚDE: reúne-se a cada 4 anos com representação de vários segmentos sociais, para AVALIAR a situação de saúde e PROPOR as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde
CONSELHO DE SAÚDE: em caráter PERMANENTE e DELIBERATIVO, órgão COLEGIADO composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais da saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no CONTROLE da execução política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo
SUICÍDIO: 
- mais comum em homens jovens e tem seu pico entre os 20 e 29 anos de idade
NÍVEIS DE PREVENÇÃO – LEAVELL & CLARK: PRIMORDIAL: medidas que inibam riscos, por meio de mudanças no ambiente em que o indivíduo vive
PRIMÁRIO: educação em saúde
SECUNDÁRIO: diagnóstico precoce e tratamento precoce
TERCIÁRIO: reabilitação
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA:
- imediata
(em até 24h) ou semanal (em até 7 dias)
- a simples suspeita da doença ou do evento deve ser notificada sem aguardar a confirmação do caso, pois isso pode significar perda de oportunidade de intervir eficazmente
- não precisa conter os dados do doente
- os dados devem ser registrados no SINAN
CLÍNICA AMPLIADA: 
- diretriz da Política Nacional de Humanização
- aumentar a autonomia do usuário, da família e da comunidade
- vulnerabilidade e risco são considerados
- leva em conta a história de quem está sendo cuidado
PLANEJAMENTO DO SUS: 
- Plano de Saúde
-Programação Anual de Saúde
- Relatório Anual de Gestão
- formulados e revisados periodicamente
VIGILÂNCIA EM SAÚDE:
Práticas de atenção e promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos adotados para prevenção de doenças.
- vigilância epidemiológica: reconhece principais doenças de notificação compulsória, investiga epidemias em territórios específicos e age no controle dessas doenças; finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos (DETERMINANTES)
- vigilância ambiental: se dedica às interferências nos ambientes físico, psicológico e social na saúde (controle da água para consumo humano, controle de resíduos, controle de vetores transmissores de doenças)
- vigilância sanitária: controle de bens, produtos e serviços que oferecem riscos à saúde da população, como alimentos, produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos; fiscalização de serviços de interesse à saúde (escolas, hospitais, clubes, academias, parques, etc); inspecionam processos produtivos que podem pôr em risco a saúde do trabalhador e o meio ambiente. (RISCO)
- vigilância em saúde do trabalhador: estudos, ações de prevenção, assistência e vigilância aos agravos à saúde relacionados ao trabalho.
- atividades de caráter individual, como consultas e procedimentos
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA:
- visa a organização da atenção básica no país
- os municípios e Distrito Federal têm como competência inserir a Estratégia de Saúde da Família como tática prioritária de organização da atenção básica
- a equipe mínima de saúde da família deve conter: 1 médico clínico geral, 1 enfermeiro, 1 técnico em enfermagem, 6 a 2 agentes comunitários de saúde; podendo ser acrescida da equipe de saúde bucal (CD especialista em Saúde da Família ou generalista + auxiliar e/ou técnico em saúde bucal)
- o número de ACS deve ser suficiente para cobrir toda a população cadastrada, com no máximo 750 pessoas por ACS e 12 ACS por equipe
- cada equipe deve ser responsável por no máximo 4mil pessoas, sendo 3mil o número recomendado
- a carga horária semanal é de 40 horas para todos os profissionais da equipe, exceto para os médicos
PACTO PELA SAÚDE:
- aprovado em 2006 – consolidação do SUS
- acordo interfederativo (MS, CONASS E CONASEMS) articulado em 3 dimensões: Pacto pela Vida, Pacto em defesa do SUS e Pacto de Gestão
PACTO EM DEFESA DO SUS: reafirmação dos princípios do SUS (repolitização da saúde), mobilização social + diferentes setores da sociedade brasileira articulados de maneira permanente e organizada); ações em defesa do SUS, União + Estados + Municípios + opinião pública; reforçar o SUS como política de Estado e não como política de Governo; instituição da saúde como direito de cidadania, financiamento público da saúde é um dos pontos centrais
PACTO PELA VIDA: mudança radical na forma de pactuação do SUS, institui acordos anuais obrigatórios, mudanças voltadas para resultados sanitários, reforça no SUS o movimento da gestão pública por resultados, explicitação de compromissos orçamentários e financeiros necessários para o alcance de suas metas
PACTO DE GESTÃO: estabeleceu as responsabilidades específicas de cada ente federado – diminuindo competências concorrentes e visando o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do SUS; propõe choque de descentralização, desburocratização de processos normativos, estruturação das regiões sanitárias, fortalecimento das CIB 
- estabelecimento das diretrizes para a gestão do sistema
LEI 8.080/90: 
- atribui ao MS a forma legal e específica de organizar o Sistema Nacional de Informação em Saúde (SNIS)
DECRETO 7.508/2011: regulamenta a lei 8.080/90 e dá outras providências
- processo de articulação entre os gestores ocorre em dois colegiados de negociação que pactuarão aspectos administrativos e financeiros da gestão compartilhada, diretrizes acerca da organização de redes de atenção à saúde e sobre as Regiões de Saúde – as instâncias são: Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e Comissão Intergestores Tripartite (CIT)
- as Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em articulação com os Municípios, respeitadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite - CIT .
FINANCIAMENTO DO SUS: ESTADOS 12% E MUNICÍPIOS 15%
DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE:
- vigilância em saúde, incluindo epidemiológica e sanitária
-atenção universal e integral à saúde, incluindo assistência terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais
- capacitação do pessoal do SUS
- desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade feito por instituições do SUS
- produção e aquisição de insumos 
- saneamento básico de domicílios e pequenas comunidades
- saneamento básico de distritos indígenas e comunidades remanescentes de quilombos
- controle de vetores de doenças
- investimento na rede física do SUS
- remuneração do pessoal ativo
- ações de apoio administrativo
- gestão do sistema público de saúde e operação de unidades prestadoras de serviços
NÃO SÃO DESPESAS:
- pagamento de aposentadorias e pensões, mesmo se forem servidores da saúde
- pagamento de pessoal ativo da saúde em área alheia à referida
- assistência à saúde que não atenda o princípio da universalidade
- merenda escolar e outros programas de alimentação
- saneamento básico
- limpeza urbana e remoção de resíduos
-preservação e correção do meio ambiente
-ações de assistência social
- obras de infraestrutura, mesmo se forem para beneficiar a saúde
ENDEMIA: ocorrência de um agravo dentro do número esperado de casos em um determinado local e espaço de tempo
EPIDEMIA: elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado lugar e espaço de tempo, caracterizando, de forma clara, um excesso em relação à quantidade esperada
PANDEMIA: epidemia que ocorre em grande área geográfica (países em diferentes continentes)
SURTO: elevação do número de casos de uma doença ou agravo em que os casos se restringem a uma área geográfica pequena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quarteis, escolas)
ARTIGOS DA CF DE 88: 
194 a 195: Seguridade social
196: Saúde é um direito de todos e dever do Estado - conceito ampliado de saúde
197: Ações e serviços em saúde
198: Diretrizes do SUS - descentralização com direção única em cada esfera de governo, atendimento integral com foco na prevenção, participação da comunidade, regionalização e hierarquização
199: Participação da iniciativa privada
200: Competências do SUS
· ANATOMIA
INERVAÇÃO DA LÍNGUA:
2/3 anteriores: paladar – n. corda do tímpano (ramo do n. facial); sensibilidade – ramos sensitivos do n. lingual (derivados da raiz mandibular do nervo trigêmeo); motricidade – hipoglosso (XII NC); 
1/3 posterior: paladar e sensibilidade - ramos sensitivos do glossofaríngeo (IX NC); motricidade - hipoglosso (XII NC)
RAMOS DA ARTÉRIA FACIAL:
- artéria palatina ascendente
- artéria submentoniana
- artéria labial inferior
- artéria labial superior
- artéria angular
- pode haver a artéria sublabial
PILARES VERTICAIS DA FACE: canino (nasomaxilar), zigomático e pterigoideo (pterigomaxilar)
TRAJETÓRIAS DA MANDÍBULA: marginal, temporal e alveolar
INERVAÇÃO DA ATM: nervos massetérico, temporal profundo e auriculotemporal (maior parte)
MÚSCULOS SUPRA-HIOIDEOS: DEMG
- digástrico, estilo-hioideo, milo-hioideo e gênio-hioideo
MÚSCULOS ELEVADORES DA MANDÍBULA: masseter, temporal e pterigoideo medial
[- pterigoideo lateral (horizontal)
é protrusor da mandíbula]
NERVO FACIAL: glândula sublingual e submandibular
NERVO AURICULOTEMPORAL: parótida
ARTÉRIA MAXILAR: surge da artéria carótida externa dentro da parótida e passa horizontalmente pela fossa infratemporal;
ARTÉRIA FACIAL: inicia-se perto do ângulo da mandíbula, menos de 1cm acima da artéria lingual; dirige-se para cima e para frente, passando pela glândula submandibular, cruzando o masseter no corpo da mandíbula, sobe obliquamente pela face, acompanhando o sulco nasolabial até chegar no canto interno do olho;
- segue um curso cervical durante o qual ela se estende em direção superior e medial à mandíbula e mantém íntimo contato com a faringe; corre superiormente, profundo aos músculos estilohioideo e o ventre posterior do digástrico e então cruza superiormente a eles para descender na superfície medial da mandíbula, passando pela glândula submandibular
ARTÉRIA LINGUAL: a artéria lingual é um ramo da artéria carótida externa emitida ao nível do corno maior do hioide e corre anteriormente seguindo esse corno, coberta pelo hioglosso, segue seu curso até o ápice da língua, onde vira a artéria profunda da língua
ARTÉRIA SUBLINGUAL: ramo da artéria lingual, destaca-se da artéria lingual na borda anterior do músculo hioglosso, se distribui na região sublingual e supre a glândula sublingual e adjacências
ESPAÇO LATERO-FARÍNGEO: situado entre o músculo constritor superior da faringe e o músculo pterigoideo medial
RAMO MARGINAL DA MANDÍBULA – DINGMAN E GRABB: ramo marginal da mandíbula estava há 1cm da base mandibular em 19% dos espécimes
DIVISÃO OFTÁLMICA DO TRIGÊMEO: lacrimal, nasociliar e frontal
ESPAÇOS FASCIAIS:
ESPAÇOS FASCIAIS PRIMÁRIOS: vestibular, palatino, bucal, infraorbital, supraperiosteal
ESPAÇOS FASCIAIS SECUNDÁRIOS – MASTIGATÓRIO: massetérico, pterigomandibular, temporal superficial e profundo, perimandibular, sublingual e submentual
ESPAÇOS FASCIAIS PROFUNDOS: lateral da faringe, pré-traqueal, retrofaríngeo
INERVAÇÃO DOS MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA ÓRBITA:
- nervo oculomotor: m. reto superior, m. reto inferior, m. reto medial, m. oblíquo inferior, m. levantador da pálpebra superior
- n. abducente: m. reto lateral (DICA: reto labducente)
- n. troclear: m. oblíquo superior 
· ANESTESIOLOGIA
- efeitos primários dos anestésicos locais ocorrem durante a fase de despolarização
FATORES QUE ESTÃO SOB O CONTROLE DO OPERADOR:
- concentração da droga
- pH da solução do AL
Ou seja, ele pode escolher qual droga usar, levando em consideração o pH da droga e sua concentração.
FATORES FORA DO CONTROLE DO OPERADOR: 
- constante de difusão da droga
- barreiras anatômicas do nervo à difusão
AMIDAS: articaína, bupivacaína, dibucaína, etidocaína, lidocaína, mepivacaína, prilocaína, ropivacaína
ÉSTERES DO ÁCIDO BENZÓICO: butacaína, cocaína, benzocaína, hexilcaína, piperocaína
Tetracaína
ÉSTERES DO ÁCIDO PARA-AMINOBENZÓICO: cloroprocaína, procaína, propoxicaína
ARTICAÍNA: molécula híbrida - metabolização tanto no fígado quanto no plasma sanguíneo
MEPIVACAÍNA: possui a menor atividade vasodilatadora
COCAÍNA E ROPIVACAÍNA: produzem vasoconstrição
PROCAÍNA: produz a maior vasodilatação
pKa: início de ação – quanto menor o pKa, maior o número de moléculas RN e mais rápido o início de ação
pH: início de ação – quanto menor o pH, menor o número de moléculas RN e efeito mais lento e reduzido
LIPOSSOLUBILIDADE: potência – quanto maior a lipossolubilidade, maior a penetração do AL e maior a potência anestésica
LIGAÇÃO PROTEICA: duração da ação – quanto maior a taxa de ligação proteica, maior aderência ao receptor e maior a duração
ATIVIDADE VASODILATADORA: potência anestésica e duração – quanto maior a vasodilatação, maior a difusão do anestésico, menor duração e potência
QUANTIDADE DE VASOCONSTRITOR EM UM TUBETE DE 1:100 000: 0,018mg
1:200 000 – 0,009mg
TÉCNICA VAZIRANI-AKINOSI: técnica de bloqueio do nervo mandibular com a boca fechada; utilizada quando há trismo
- nervos anestesiados: alveolar inferior, mentual, incisivo, lingual e milo-hioideo
- nervo bucal não é anestesiado nessa técnica
TÉCNICA DE GOW-GATES: nervos anestesiados: alveolar inferior, mentual, incisivo, lingual, milo-hioideo, auriculotemporal e bucal
METEMOGLOBINEMIA IDIOPÁTICA: pode ser causada pela prilocaína e articaína
DOSE MÁXIMA DE ANESTÉSICOS LOCAIS:
ARTICAÍNA: 7mg/kg (articaína lembra artilheiro número 7)
BUPIVACAÍNA: 2mg/kg (B tem 2 dobras, então é 2mg)
LIDOCAÍNA: 7mg/kg
MEPIVACAÍNA: 6,6mg/kg (meia dúzia)
PRILOCAÍNA: 8mg/kg 
AMIDA: interage com propranolol (anti-hipertensivo) causando aumento da toxicidade, diminuição do débito cardíaco e fluxo sanguíneo hepático
PSEUDOCOLINESTERASE ATÍPICA: portadores dessa doença possuem uma contraindicação relativa ao uso de anestésicos do tipo éster, pois eles são metabolizados pela pseudocolinesterase plasmática
- não conseguem hidrolisar a succinilcolina (relaxante muscular de curta duração) em velocidade normal
 
FELIPRESSINA: é o vasoconstritor mais indicado para pacientes portadores de doenças cardiovasculares por ter ação estimuladora cardiovascular mínima
VASOCONSTRITORES:
- efedrina e metaraminol são aminas simpatomiméticas de ação mista
ADRENALINA/EPINEFRINA: vasoconstritor adrenérgico; atua em receptores alfa e beta, porém a ação nos receptores beta é predominante; ação estimulatória no miocárdio por conta da presença de receptores beta1 no coração;
- em pequenas doses diminui a PA e em doses maiores provoca aumento da PA (efeito dúbio)
- rede vascular: pequenas doses – vasodilatação – receptores beta2/altas doses – vasoconstrição – receptores beta1
- na presença de altas doses de epinefrina há preferência de ação em alfa1 – vasoconstrição que pode gerar aumento da PA
- em pequenas quantidades, há preferência de ação nos receptores beta2 – vasodilatação que pode reduzir a PA
- sistema respiratório: dilatação do músculo liso brônquico por ação em receptores beta2 no local
- sobredose pode causar estimulação no SNC
NORADRENALINA/NOREPINEFRINA: vasoconstritor adrenérgico; 25% da potência da epinefrina, 90% de atuação em alfa e 10% de atuação em beta1; não atua em beta2, atuação em alfa promove vasoconstrição, provoca aumento da PA independente da dose; risco cardiovascular, principalmente para pacientes sistemicamente comprometidos, risco de necrose tecidual (palato)
LEVONORDEFRINA/CORBADRINA: vasoconstritor adrenérgico; 15% da potência da epinefrina; 75% de atuação em receptores alfa e 25% de atuação em receptores beta; mesmos efeitos da epinefrina, porém em menor grau (concentrações mais elevadas para suprir a menor potência)
FELINEFRINA: vasoconstritor adrenérgico; 5% da potência da epinefrina; 95% de atuação em alfa e 15% em beta, mesmos efeitos da epinefrina, em menor grau e com maior duração
FELIPRESSINA: vasoconstritor não-adrenérgico; análogo sintético da vasopressina, estimulante direto da musculatura vascular, não atua em receptores alfa e beta; ações mais acentuadas na microcirculação venosa que na arteriolar; evitar em gestantes (semelhante à ocitocina – contrações uterinas)
TEORIA DO RECEPTOR ESPECÍFICO
- dentro dos canais de sódio presentes nas membranas celulares dos nervos há um receptor específico para anestésicos locais
- quando o AL se conecta ao receptor, há fechamento dos canais de Na+ e diminuição ou eliminação da permeabilidade ao íon sódio
- impedimento da condução nervosa
Quando se injeta o AL, ele se liga a um receptor específico dentro dos canais de sódio, fechando-os. Assim, não é possível que o estímulo para a condução nervosa abra os canais de sódio para que o sódio entre na célula e provoque a sua despolarização. Ou seja, a célula permanece polarizada/ com seu interior mais negativo que o exterior.
· TRAUMA
TIPOS DE FRATURA:
SIMPLES/FECHADA: não tem exposição ao meio externo
COMPOSTA/ ABERTA: há exposição ao meio externo – pequenas lacerações já são suficientes para caracterizar as FTs como abertas; o próprio ligamento periodontal pode possibilitar essa comunicação
DIRETA: FT ocorre no próprio local do impacto
INDIRETA: FT ocorre em uma região diferente da que ocorreu o impacto (FT de côndilo – impacto na sínfise)
SIMPLES: possui apenas um traço de fratura, divide o local em segmento proximal e distal
COMINUTIVA: vários traços de fratura
GALHO-VERDE: não há rompimento entre os dois segmentos; um fica unido e o outro se separa; é como se o osso dobrasse
TIPOS DE HEMORRAGIA:
CLASSE I:
- perda de até 750mL de sangue (15%)
- alterações na PA e FR (14 a 20) são insignificantes 
- restabelecimento do volume em 24h
- diurese normal: 0,5mL/Kg/h - paciente de 70kg= 35mL/h
- BPM menores que 100 (taquicardia leve)
- paciente levemente ansioso
- não requer reposição sanguínea ou reposição apenas de cristaloides
CLASSE II:
- perda sanguínea de 750 - 1500mL (15 a 30%)
- BMP: 100 – 120 (taquicardia)
- PA normal ou pouco aumentada
- pulso diminuído
- FR: 20 -30 (taquipneia)
- diurese diminuída: 20 a 30mL/h 
- moderadamente ansioso
- reposição volêmica de cristaloides ou bolsas de sangue
CLASSE III:
- perda sanguínea de 1500 a 2000mL (30 a 40%)
- BPM: 120 a 140 (taquicardia)
- PA diminuída e pulso diminuído
- FR: 30 – 40 (taquipneia)
- diurese: 5 a 15mL/h
- paciente ansioso, confuso
- reposição volêmica de cristaloides e sangue
CLASSE IV:
- perda sanguínea maior que 2000mL (maior que 40%)
- BPM maiores que 140 (taquicardia)
- PA e pulso diminuídos
- FR maior que 35 (taquipneia)
- diurese desprezível
- confusão e letargia que podem levar a convulsões
- reposição volêmica de cristaloides e sangue
LESÃO NERVOSA:
NEUROPRAXIA: contusão nervosa com bloqueio fisiológico transitório; recuperação espontânea que ocorre em poucas semanas; continuidade anatômica é mantida
AXONOTMESE: ruptura dos axônios, com manutenção da integridade da bainha (endoneuro intacto); ocorre degeneração Walleriana; pode ocorrer recuperação espontânea em alguns meses; lesão do axônio, com graus variáveis de danomore
NEUROTMESE: ruptura parcial ou total dos axônios (mais grave); recuperação, quando possível, é por meio de cirurgia; lesão do axônio e endoneuro, com transecção completa do nervo
(ALODINIA: dor causada por um estímulo que normalmente não provoca dor)
ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO:
-ABCDE do trauma
A: airway – vias respiratórias + estabilização da coluna cervical
B: breathing – respiração
C: circulation – circulação/hemorragias
D: disability – avaliar danos neurológicos
E: exposition – exposição com prevenção de hipotermia
CICATRIZAÇÃO TECIDUAL:
FASE INFLAMATÓRIA: inicia no momento do ferimento e dura de 3 a 5 dias; vasoconstrição e depois ocorre a vasodilatação; achados clínicos: dor, calor, rubor, tumor; ocorre previamente à resposta reparadora do organismo e tem duração de 3 a 5 dias, ocorre vasoconstrição e ativação do fator de Hageman
FASE PROLIFERATIVA: fase fibroblástica, inicia no quarto a quinto dia após a lesão e dura de 2 a 3 semanas; crescimento e proliferação de tecido de granulação; citocinas, interleucina IL II e o fator de necrose tumoral estimulam a formação tecidual, maior produção de colágeno tipo III
FASE DE REMODELAÇÃO: aumento da produção de colágeno, ferida fica mais resistente; início após 3 semanas, dura entre 6 e 12 meses; colágeno tipo III é substituído por colágeno tipo I
- para ocorrer cicatrização por primeira intenção a distância entre as margens de um osso fraturado deve ser de 0,5mm
ESTABILIZAÇÃO DE FRATURAS DENTOALVEOLARES:
- dente com mobilidade (subluxação): esplintagem não-rígida de 7 a 10 dias
- fratura radicular: 2 a 4 meses/ 4 semanas (28 dias)
- dente reimplantado: 3 a 4 semanas (21 a 28 dias)
- deslocamento dentário: 2 a 8 semanas (14 a 56 dias)
 
AVULSÃO DENTÁRIA: dente acondicionado em água limpa por 3 horas – realizar remoção do ligamento periodontal inviável e tratamento radicular com ácido cítrico e solução fluorídrica; imersão em doxiciclina e contenção semirrígida de 7 a 10 dias
- melhor meio de conservação, depois da solução de Hank, é o leite
TRATAMENTO DE FRATURAS: exposição adequada, redução de fragmentos, fixação interna adequada e fechamento meticuloso da ferida
MÉTODO DE CHAMPY: técnica não-rígida para tratamento de fratura de ângulo quando o côndilo contralateral está bem assentado na fossa glenoide sem rompimento da relação temporomandibular; se o lado contralateral fraturado for tratado com uma fixação rígida, a fratura de ângulo pode ser tratada como uma fratura isolada; considerada uma fixação funcionalmente estável; uso de uma única miniplaca adaptada à borda superior das fraturas de ângulo
- uma miniplaca do sistema e quatro parafusos do sistema 2.0 sobre a linha oblíqua
FIXAÇÃO RÍGIDA: evita movimentação óssea; placa de reconstrução, 2 placas ósseas, 2 lag screws, 1 placa de compressão + barra de Erich: uma unidade estabilizadora (placa óssea na borda inferior) e uma banda de tensão (miniplaca ou barra de Erich)
FIXAÇÃO NÃO-RÍGIDA: fios de aço interósseos ou interdentários
LOAD BEARING: carga suportada – fraturas cominutivas – placas de reconstrução
LOAD SHARING: carga compartilhada
LAG SCREW: compressão por parafusos convencionais ou tipo lag screw; utilizada quando há necessidade de aproximação de duas superfícies: fraturas oblíquas, fraturas de sínfise, fixação de enxertos ósseos, osteotomias sagitais de mandíbula; 2 ou 3 parafusos
SÍNDROME DA FISSURA ORBITÁRIA SUPERIOR: oftalmoplegia, ptose palpebral, midríase, proptose, parestesia da pálpebra superior – acometimento dos pares de nervos cranianos: III, IV, V e VI
SÍNDROME DO ÁPICE ORBITÁRIO: mesmos sinais e sintomas da síndrome da fissura orbitária superior + envolvimento do nervo óptico – acometimento dos pares de nervos cranianos: I, III, IV, V e VI
- midríase e pupilas não reagentes à luz, ptose palpebral superior, oftalmoplegia, amaurose e distúrbios sensitivos no globo ocular
HIFEMA: acúmulo de sangue na câmara anterior do globo ocular
FRATURA DE CÔNDILO:
REDUÇÃO FECHADA: fraturas cominutivas (FAF), tecido mole insuficiente para fechar fratura, fratura de côndilo em crianças, fraturas de côndilo intracapsulares
REDUÇÃO ABERTA: fraturas instáveis ou desfavoráveis, fraturas tardias com união fibrosa, fraturas complexas (fratura exposta), pacientes que não aceitam BMM (desordens mentais), fratura de côndilo + outra região
- INDICAÇÕES ABSOLUTAS: deslocamento do côndilo para a fossa craniana, corpo estranho intracapsular, deslocamento da cabeça do côndilo para lateral, impedimento mecânico da abertura bucal, oclusão não estável com BMM
- INDICAÇÕES RELATIVAS: fratura bilateral de côndilo + fratura de terço médio que não pode ser tratada cirurgicamente, BMM não é possível ou aconselhável (condições médicas ou mandíbula atrófica desdentada); FT bilateral com diminuição da altura facial (tentar tratar pelo menos 1 côndilo cirurgicamente), FTs deslocadas em adultos com disfunção do disco
TRATAMENTO DE FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO-MAXILAR-ORBITÁRIO: pilar zigomaticomaxilar, pilar frontozigomatico, margem infraorbitária e arco zigomático
FRATURAS PANFACIAIS:
- de baixo pra cima e de dentro para fora: palato, mandíbula, complexo zigomático, seio frontal, maxila, NOE
- de cima para baixo e de fora para dentro: seio frontal, complexo zigomático, NOE, maxila+palato, mandíbula (suprime um passo, unindo a fixação da maxila com o palato)
ÁREAS CHAVE: sutura esfenozigomática e parede lateral da órbita
DE DENTRO PARA FORA: restabelece a largura facial do terço médio da face, seguida da estabilização das regiões laterais
DE BAIXO PARA CIMA: mandíbula é a fundação para o tratamento do resto da face; redução aberta e fixação interna rígida das fraturas subcondilares, bem como o restante da mandíbula
DE FORA PARA DENTRO: restabelecimento da largura facial com a reparação do arco zigomático, seguida da porção superior e medial do osso zigomático
DE CIMA PARA BAIXO: não há necessidade de redução aberta das fraturas condilares, que por muitas vezes é o tratamento adequado em fraturas intracapsulares
ESCALA DE GLASGOW:
ABERTURA OCULAR
4 - espontânea
3 - ao estímulo sonoro/ à voz
2 - ao estímulo de pressão / dor
1 - nenhuma
RESPOSTA VERBAL
5 - orientada
4 - confusa
3 - verbaliza palavras soltas/ palavras inapropriadas
2 - verbaliza sons/ palavras incompreensíveis
1 - nenhuma
RESPOSTA MOTORA
6 - obedece à comandos
5 - localiza o estímulo/ com dor
4 - flexão normal/ movimento de retirada
3 - flexão anormal
2 - extensão anormal
1 - nenhuma
- distopia vertical pode ser acomodada pelo cérebro sem resultar em diplopia nos campos visuais primários até a distância de 1cm
FRATURAS DE MAXILA
LE FORT I: traço de fratura passa da borda lateral da abertura piriforme, pela borda anterior e lateral do seio maxilar, região posterior à tuberosidade maxilar e através da junção pterigoide
- patognomônico: mordida aberta anterior com contato prematuro dos dentes posteriores
-mobilidade total da porção dentada
- causada por forças na direção vertical
LE FORT II: traço de fratura passa ao longo da sutura nasofrontal, através dos ossos LACRIMAIS, rebordo infraorbital, região da sutura zigomático-maxilar, segue em um nível acima da FT Le Fort I, ao longo da parede lateral do seio e junção pterigoide
- o septo nasal pode ser dilacerado e os ossos nasais podem estar deslocados
- FT vai desde a região nasofrontal até a junção pterigoide
- mobilidade na sutura nasofrontal
- alongamento do terço médio/inferior da face
- causada por forças em direção superior
LE FORT III: ao longo da sutura zigomaticotemporal e zigomaticofrontal, parede lateral de órbita, fissura orbital inferior e medialmente para a sutura nasofrontal, terminando na fissura pterigomaxilar
-disjunção craniofacial
- forças horizontais altas
LANNELONGE: fratura que passa pela linha média; fratura anteroposterior do palato, diminuição da distância latero-lateral, mordida cruzada uni ou bilateral
· EMERGÊNCIAS
FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE ANAFILÁTICO: vasodilatação secundária mediante uma grande liberação de histamina em uma resposta sistêmica a um alérgeno mediado por imunoglobulina E (IgE)
- anafilaxia é mediada por anticorpos IgE, que provocam liberação de histamina e outros mediadores vasoativos
URGÊNCIA HIPERTENSIVA: PA > 180X100 mmHg (controle ambulatorial) – possibilidade de realização do procedimento odontológico com controle medicamentoso da ansiedade e limitar o uso de adrenalina como vasoconstritor em 0,04mg
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA: PA > 220X140 mmHg (ameaça à vida)
SÍNDROME DE HIPERVENTILAÇÃO: palpitações, tonteira, taquicardia, alterações visuais, tremores, fadiga e dor epigástrica
ANGINA DE LUDWIG: acomete espaço submentoniano, sublinguais e submandibulares (bilateral)
- complicações envolvem obstrução respiratória e mediastinite
TOXICIDADE AO VASOCONSTRITOR: taquicardia, tremores, palpitação, cefaleia e arritmias cardíacas
SUPERDOSAGEM DE ANESTÉSICOS: 
-fase 1: estimulação: ansiedade, inquietação, nervosismo, fala incessante e descontrolada, confusão mental, vertigem, visão dupla, gosto metálico
- fase 2: depressão: sonolência, inconsciência, depressão respiratória, náusea, vômito, calafrios, zumbidos no ouvido, miose
TETRALOGIA DE FALLOT: condição cardíaca de alto risco, sendo necessária a antibioticoprofilaxia para endocardite bacteriana com uso de amoxicilina 2g uma hora antes do procedimento
CONVULSÃO: se a apneia demorar mais que 30 segundos, as técnicas de SBV devem ser realizadas, não colocar objetos entre os dentes, colocar a cabeça do paciente de lado para evitar que ele aspire resíduos de vômito, estado epilético é diagnosticado pelo médico a partir da análise do que acontece com o paciente nos episódios de convulsão
HIPERSENSIBILIDADE: com sinais no trato respiratório e sem sinais cardiovasculares ou cutâneos – tratamento é feito com adrenalina administrada por meio de injeção parenteral 0,3Ml de uma solução com concentração de 1:1000
· CIRURGIA ORTOGNÁTICA
HEMORRAGIA EM OSTEOTOMIA LE FORT I:
- principais vasos acometidos são: artéria palatina maior e maxilar
- artéria palatina descendente é a mais provável de ser lesada e provocar hemorragia após o downfracture (ruptura do processo pterigoide do osso esfenoide) – sangramento vermelho vivo e abundante
- a vascularização principal da maxila após a osteotomia é feita pela artéria palatina ascendente e a artéria faríngea ascendente, por isso pode-se fazer a ligadura da artéria palatina descendente para evitar hemorragia
LINHA VERTICAL VERDADEIRA: traçada ao longo da área subnasal, perpendicular à posição natural da cabeça; medidas LVV são anteroposteriores de estruturas principais dos tecidos moles; maxila – ponto A de tecido mole
- posição labial superior com repercussão estética ideal se dá quando a inclinação do incisivo central superior com o plano oclusal maxilar é de 57 graus
- ponto mais simétrico no tecido mole da linha média é o filtro do lábio
- nível oclusal superior é avaliado traçando uma linha que passa pelas pontas dos dentes 13 e 23
OSTEOTOMIA VERTICAL DO RAMO MANDIBULAR: indicada para recuos mandibulares de até 7mm, especialmente para pacientes com DTM, pois permite o posicionamento passivo do côndilo na fossa e melhor acomodação do complexo músculo-côndilo-disco; BMM, menos danos ao NAI, não permite grandes avanços, mais usada para recuos e assimetrias mandibulares; contraindicada para avanços pois há um gap sem contato ósseo, pelo tipo de secção óssea 
OSTEOTOMIA SAGITAL DO RAMO MANDIBULAR: fixação interna rígida, mais danos ao NAI (85%), permite avanços mandibulares
- utilização de fixação interna rígida com três parafusos bicorticais é uma manobra que pode ser realizada para minimizar os índices de recidiva
- indicada para avanços, recuos e assimetrias
- acesso intraoral, ampla área de contato de osso medular entre os segmentos, permite aplicação de FIR, acelerada recuperação da função mandibular
- risco de parestesia do NAI, risco de bad Split, dificuldades de posicionamento do segmento proximal
TRAÇADO PREDICTIVO: estabelecer objetivos ortodônticos pré-cirúrgicos, desenvolver objetivo cirúrgico fiel que atingirá melhores resultados funcionais e estéticos, criar um objetivo de perfil facial
CIRURGIA DE MODELOS: determinar a mudança vertical a ser alcançada na hora da cirurgia, de tal modo que possa ser transferida com precisão intraoperatoriamente; construir os guias cirúrgicos; colocar os modelos maxilares na posição desejada, com base na análise facial, no estudo radiográfico e no desejo do paciente
EXPANSÃO RÁPIDA PALATINA ORTODÔNTICA: insucesso em adultos se deve ao fechamento da sutura intermaxilar
TIPOS DE PACIENTES – NAZARENO E GIL:
TIPO I: correção de problema funcional sem queixa estética; realizar menor cirurgia possível e com opções mais estáveis
TIPO II: possui queixa funcional, queixa estética moderada, mas não quer mudar muito
TIPO III: mudança estética é o maior objetivo, possui grandes deformidades e objetiva grandes mudanças
ESTABILIDADE DOS MOVIMENTOS CIRÚRGICOS
MAIS ESTÁVEIS: impacção maxilar, avanço mandibular e avanço maxilar, mento em qualquer direção
ESTABILIDADE PREVISÍVEL: impacção maxilar + avanço mandibular / avanço maxilar + recuo mandibular / assimetria mandibular
MENOS ESTÁVEIS: recuo mandibular, reposionamento inferior da maxila, expansão maxilar
- mais estável de todos é o reposicionamento superior da maxila (impacção da maxila) e o menos estável de todos é expansão maxilar (osteotomia Le Fort I segmentada)
· CIRURGIA ORAL MENOR:
IMPLANTES:
- distância dente-implante: 1,5 a 2mm
- distância implante-implante: 3mm
COMUNICAÇÕES BUCOSSINUSAIS:
- 2mm ou menos: nenhum tratamento é necessário; apenas formação de coágulo no local e recomendações pós-operatórias
- 2 a 6mm: sutura em forma de 8 para manter o coagulo na área; pode-se utilizar esponja de fibrina + ATB (amoxicilina, cefalezina ou clindamicina) por 5 dias + descongestionante nasal para manter a permeabilidade do óstio
- comunicação de 7mm ou mais: retalho bucal, realizado o fechamento mais rápido possível + recomendações
pós-operatórias e medicação (ATB + descongestionante nasal); promoção da mobilidade da gengiva com finalidade de realizar sutura oclusiva, instituir antibioticoterapia com penicilina ou clindamicina, descongestionante nasal + orientações PO
ALVEOLITE: dor forte, mau cheiro e gosto metálico; alvélolo vazio e com paredes expostas; TRATAMENTO: irrigação do alvéolo com solução fisiológica para remoção de possíveis corpos estranhos, colocação de curativo protetor e medicamento de suporte para dor
- irrigar e debridar suavemente o alvéolo e utilizar curativo compressivo contendo eugenol ou orientar o uso tópico diário de gel de clorexidina na concentração de 0,2%
- tratamento consiste basicamente no alívio da dor durante o período de cicatrização
BIÓPSIA INCISIONAL: contraindicada em melanoma e em lesões de origem vascular (biópsia excisional pode ser realizada nessas lesões dependendo de seu tamanho)
CLASSIFICAÇÃO DE PELL E GREGORY:
A, B e C - em relação ao plano oclusal do segundo molar adjacente
I, II e III - em relação ao ramo da mandíbula
- mais fácil: impacção mesioangular classe I A
- mais difícil: impacção distoangular classe III C
· SÍNDROMES
TREACHER-COLINS (coloboma): defeitos nas estruturas do primeiro e segundo arco branquiais, hereditária autossômica dominante, idade avançada do pai, zigomas hipoplásicos, coloboma, anomalias nas orelhas, face estreita, mandíbula hipoplásica, hipoplasia dos côndilos, glândulas parótidas hipoplásicas ou ausentes
APERT (abre fenda): craniossinostose, idade avançada do pai, herança autossômica dominante, osso occipital achatado e fronte com aparência alta, proptose ocular – hipertelorismo, RX com marcas digitais/metal martelado, terço médio da face retraído e hipoplásico, infecções do ouvido médio, fenda do palato mole e úvula bífida, sinonínqua, sindactilia, sinostose das falanges adjacentes, erupções semelhantes à acne
CROUZON (craniossinostose sem fenda): craniossinostose – fechamento prematuro das suturas cranianas que leva a malformações cranianas, idade avançada do pai, herança autossômica dominante, braquicefalia, fenda labial e palatina são raras, RX com marcas digitais/metal martelado
GORLIN-GOLTZ: síndrome do carcinoma nevoide basocelular, autossômica dominante, múltiplos carcinomas basocelulares na pele e múltiplos ceratocistos odontogênicos, calcificações intracranianas, anomalias de costelas e vértebras (costela bífida), bossa frontal e temporoparietal, hipertelorismo ocular leve, prognatismo mandibular leve
EAGLE: dor facial vaga, principalmente quando deglute, vira a cabeça ou abre a boca; disfagia, disfonia, cefaleia, tontura e síncope transitória; alongamento do processo estiloide ou a mineralização do complexo ligamentar estilo-hioideo
STURGE-WEBER: manchas vinho do porto facial e glaucoma	
PARRY-ROMBERG: hemiatrofia facial; atrofia hemifacial progressiva
COLE-ENGAM: disceratose congênita; traço recessivo ligado ao cromossomo X, lesões bucais podem sofrer transformação maligna, primeiro ocorre trombocitopenia e depois anemia aplásica, padrão reticular de hiperpigmentação na pele, bolhas na língua e mucosa jugal – erosões – leucoplasia, pacientes podem apresentar doença periodontal de progressão rápida
DOENÇA DE PAGET: osteíte deformante, causa desconhecida, diagnóstico em RX de rotina ou elevação não esperada nos níveis de fosfatase alcalina e níveis normais de cálcio e fósforo, cintilografia óssea contribui para o diagnóstico, pode ser monostótica ou poliostótica, dor óssea é queixa comum (ossos afetados ficam aumentados), RX com aspecto de flocos de algodão
DISOSTOSE CLEIDOCRANIANA: anomalias dentárias e claviculares, herança autossômica dominante; graus variáveis de malformação da clavícula, músculos associados com as clavículas anormais são mal desenvolvidos, pescoço longo, ombros estreitos e caídos, mobilidade anormal dos ombros, RX do crânio: suturas e fontanelas com fechamento tardio ou abertas, retenção prolongada de decíduos ou falha/ atraso na erupção dos permanentes altura facial inferior curta, ângulo goníaco agudo, inclinação anterior da mandíbula e prognatismo mandibular
ASHCER: DICA: Ascher/Adquirido – lábio duplo adquirido ou congênito, blefarocalásia: edema das pálpebras superiores que pode levar à flacidez da pálpebra no canto externo do olho, podendo interferir na visão, aumento atóxico da tireoide
VAN DER WOUDE: forma mais comum de fendas sindrômicas (fenda labial e fenda palatina), pode ocorrer hipodontia, relacionada à síndrome do pterígio poplíteo (tecido une coxa ao tornozelo, passando pela canela), anormalidades genitais e bandas congênitas que unem a maxila à mandíbula (singnatia), fossetas labiais paramedianas
KABUKI: eversão das pálpebras inferiores laterais, retardo mental, orelhas grandes, fenda palatina, frouxidão nas articulações, anormalidades esqueléticas
BECKWITH – WIEDEMANN: DICA: Beckwith/Big estruturas – macroglossia, visceromegalia, gigantismo, risco aumentado para o desenvolvimento de tumores na infância, hipoglicemia neonatal, língua com aumento difuso, liso e generalizado
BAELZ: queilite glandular superficial supurativa – estágio progressivo da queilite glandular com envolvimento bacteriano: aumento da inflamação, supuração e inchaço no lábio
MELKERSSON-ROSENTHAL: granulomatose orofacial, língua fissurada e paralisia facial (paralisia de Bell)
DOENÇA DE HECK: hiperplasia epitelial multifocal, proliferação localizada no epitélio escamoso oral, induzida por vírus
PIERRE-ROBIN: fenda palatina, micrognatia mandibular, glossoptose (obstrução das vias aéreas causada pelo deslocamento posterior da língua)
· ESTOMATOLOGIA
CISTO ÓSSEO DE STAFNE:
- cisto ósseo estático
- lesão radiolúcida assintomática, abaixo do canal mandibular, na região posterior da mandíbula, entre os molares e o ângulo da mandíbula
- lesão bem circunscrita e com margem esclerótica
- algumas vezes o defeito pode romper a continuidade da margem inferior da mandíbula, com uma depressão clinicamente palpável nessa área
PARACOCCIDIOOIDOMICOSE: lesão exofítica com aspecto eritematoso e moriforme entremeado por placas brancas raspáveis
CISTO ÓSSEO TRAUMÁTICO: cavidade benigna vazia ou contendo fluido no osso que é livre de revestimento epitelial; trauma anterior provocou hematoma ósseo que não sofreu reorganização e reparo, se liquefazendo e resultando em um defeito cístico
CISTO ÓSSEO ANEURISMÁTICO: acúmulo intraósseo de espaços preenchidos com sangue de tamanhos variáveis, circundados por tecido conjuntivo fibroso celularizado que frequentemente se misturam com trabéculas de osso esponjoso reativo
SÍFILIS:
- Treponema pallidum
SÍFILIS PRIMÁRIA: cancro que se desenvolve na área de inoculação, evidente de 3 a 90 dias após a exposição, linfadenopatia regional bilateral, lesão inicial cicatriza em 3 a 8 dias
SÍFILIS SECUNDÁRIA: 4 a 10 semanas após a infecção inicial, sintomas sistêmicos surgem: linfadenopatia indolor, dor de garganta, mal-estar, cefaleia, perda de peso, febre e dor musculoesquelética, erupções cutâneas maculopapulares difusas e indolores disseminadas por todo o corpo e região palmo-plantar, cicatriza sem deixar marcas, placas mucosas/pápulas fendidas, CONDILOMA LATA (DICA: segundona na lata), lesões múltiplas, resolução espontânea em 3 a 14 semanas, podem ocorrer recidivas no ano seguinte, lues maligna – pacientes imunocomprometidos
SÍFILIS TERCIÁRIA: após a sífilis secundária há um período de latência que pode durar de 1 a 30 anos, a fase terciária da doença inclui as complicações mais sérias, focos de inflamação granulomatosa – GOMA ( lesão endurecida, nodular ou ulcerada, que pode causar extensa destruição tecidual), glossite luética: atrofia difusa e perda das papilas no dorso lingual
- maior incidência de carcinoma epidermoide na língua ocorre em pacientes com sífilis terciária; carcinoma epidermoide pode ser confundido em seu aspecto histopatológico com tumor de células glanulares
CÉLULA DE REED-STERNBERG: linfoma de Hodgkin clássico
CERATOACANTOMA: similaridade
clínica e histopatológica com carcinoma de células escamosas bem diferenciado
PÊNFIGO VULGAR é o que mais frequentemente apresenta manifestações bucais; diagnóstico é por meio de imunofluorescência direta associada à histopatologia
SISTEMA TNM PARA ESTADIAMENTO DE TUMORES
T – TAMANHO DO TUMOR PRIMÁRIO
Tx – nenhuma informação disponível sobre o tumor primário
T0 – nenhuma evidência de tumor primário
Tis – somente carcinoma in situ no sítio primário
T1 – tumor de 2cm ou menor em seu maior diâmetro
T2 – tumor maior que 2cm e menor que 4cm em seu maior diâmetro
T3 – tumor maior que 4cm em seu maior diâmetro
N – ENVOLVIMENTO DO LINFONODO REGIONAL
Nx – linfonodos não podem ou não foram avaliados
N0 – nenhuma metástase em linfonodos regionais
N1 – metástase em um único linfonodo ipsilateral, menor ou igual a 3cm em seu maior diâmetro
N2 – metástase em um único linfonodo ipsilateram maior que 3cm, porém menor que 6cm em seu maior diâmetro
N3 – metástase em um linfonodo maior que 6cm em seu maior diâmetro
M – ENVOLVIMENTO DE METÁSTASE À DISTÂNCIA
Mx – metástase à distância não foi avaliada
M0 – sem evidência de metástase à distância
M1 – metástase à distância presente
ESTÁGIO I: T1N0M0
ESTÁGIO II: T2N0MO
ESTÁGIO III: T3N0MO / T1N1M0 / T2N1M0 / T3N1M0
ESTÁGIO IV: o resto 
PARALISIA DE BELL: 
- paralisia idiopática do nervo facial ( VII NC)
- unilateral
- autolimitante (regressão em 1 a 2 meses)
- mais frequente no outono e inverno
- eventos desencadeadores: otite média aguda, alteração na pressão atmosférica, isquemia do nervo próximo ao forame estilomastoideo, infecções locais ou sitêmicas, síndrome de Melkerson-Rosenthal, esclerose múltipla, gravidez
- tratamento com histamina ou outros vasodilatadores podem diminuir a duração, corticosteroides sistêmicos e terapia com oxigênio hiperbárico; descompressão cirúrgica do nervo, ATBs oculares tópicos, lágrimas artificiais, usar tampão ocular 
CARCINOMA ESPINOCELULAR: lesão in situ tem aspecto branco-avermelhado
ERITEMA MULTIFORME: condição mucocutânea bolhosa e ulcerativa de etiopatogenia incerta; em 50% dos casos é possível identificar uma infecção precedente: HERPES SIMPLES OU MYCOPLASMA PNEUMONIAE OU exposição à várias drogas e medicamentos (ATBs e analgésicos) que desencadeiam uma reação imunológica que desencadeia a doença; início agudo; ulcerações afetam primariamente a mucosa bucal; sintomas prodrômicos: febre, mal-estar, cefaleia, tosse, dor de garganta (1 semana antes); doença autolimitada: 2 a 6 semanas; episódios de recidiva; LESÕES EM ALVO; eritema multiforme maior (Síndrome de Stevens-Jonhson): mucosa ocular e genital são afetadas; presença de necrólise epidérmica tóxica (Doença de Lyell): forma mais grave; evitar corticoesteroides
MIELOMA MÚLTIPLO: apresenta lesões radiolúcidas em saca-bocados
TIREOIDE LINGUAL: início da formação da tireoide é entre a terceira e quarta semanas de vida intrauterina; tecido tireoidiano ectópico encontrado entre o forame cego e a epiglote; mais comum em mulheres - influência hormonal; sintomas geralmente surgem na puberdade, adolescência, gestação ou menopausa; em 70% dos casos, a glândula ectópica é o único tecido tireoidiano do paciente; pode variar de lesão nodular pequena e assintomática a grandes massas, que podem bloquear as vias aéreas; sintomas: disfagia, disfonia e dispneia; diagnóstico: cintilografia da tireoide utilizando-se isótopos de iodo ou tecnécio 99; TC e RM são importantes para ajudar avaliar o tamanho da lesão; biópsia é evitada por conta do risco de hemorragia e por muitas vezes esta ser o único tecido tireoidiano do paciente, porém em alguns casos ela pode ser necessária; em casos assintomáticos nenhum tratamento é necessário além do acompanhamento; em pacientes sintomáticos pode-se fazer terapia supressiva com suplemento de hormônio tireoidiano - reduzir o tamanho da lesão (tecido tireoidiano não precisa mais produzir o hormônio e reduz - hipofunção); quando a terapia hormonal não elimina os sintomas, a remoção cirúrgica ou ablação com iodo radioativo- 131 são indicadas; transformação maligna é rara
LEUCOPLASIA PILOSA ORAL: núcleo em colar de pérola – marginação periférica de cromatina
LINFOMA NÃO-HODGKIN: segundo tumor maligno mais comum em pacientes infectados pelo HIV
QUERUBISMO: características histopatológicas parecidas com as lesões de células gigantes e não permitem um diagnóstico específico na ausência de informação clínica e radiográfica
OSTEOMA OSTEOIDE: produz prostaglandinas, o que resulta em dor
MELANOMA DE DISSEMINAÇÃO SUPERFICIAL: forma mais comum descrita do melanoma
MIXOMA ODONTOGÊNICO: tem origem no esctomesênquima
TUMORES DE ORIGEM MISTA: fibroma ameloblástico, fibro odontoma ameloblástico, odontoma
· EXAMES DE IMAGEM
CEFALOMÉTRICA LATERAL: ossos nasais, seio frontal, seio esfenoidal
SUBMENTOVÉRTICE (HIRTZ): arco zigomático e seio esfenoidal
WATERS: processo coronóide, órbita, osso zigomático, seio maxilar
CEFALOMÉTRICA PÓSTERO-ANTERIOR: órbita, cavidade nasal e seio frontal
TOWNE REVERSA: pescoço e cabeça do côndilo
- TOWNE em angulação póstero-anterior: espaços pneumatizados da mastoide, crista petrosa, forame magno e sela túrcica
OBLÍQUA DE CORPO DA MANDÍBULA: corpo da mandíbula
LATERAL OBLÍQUA DE RAMO DA MANDÍBULA: ramo da mandíbula, processo coronóide, pescoço do côndilo
PANORÂMICA: corpo da mandíbula, ramo da mandíbula, maxila posterior, coronóide e côndilo
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA:
- corte sagital: visualização do assoalho orbitário no aspecto AP, deslocamento de tecido mole e limites anterior e posterior das fraturas
CINTILOGRAFIA ÓSSEA: auxilia no diagnóstico de alterações no ritmo de crescimento da cabeça da mandíbula
· ATM
INERVAÇÃO DA ATM: auriculotemporal, temporal profundo e massetérico
VASCULARIZAÇÃO DA ATM: artéria meníngea média, artéria maxilar interna e artéria temporal superficial
MOVIMENTOS:
- compartimento inferior: rotação (começa a abrir a boca)
- compartimento superior: translação (abertura máxima de boca)
CLASSIFICAÇÃO DE WILKES:
ESTÁGIO INICIAL: sem sintomas significantes, pode haver clique recíproco; sem dor ou limitação de movimento; TC normal e RX apresenta discreto deslocamento para frente e bom contorno anatômico do disco
ESTÁGIO INICIAL/INTERMEDIÁRIO: primeiros episódios de dor, sensibilidade ocasional da articulação e dores de cabeça temporais; iniciando grandes problemas mecânicos; aumento da intensidade do clique; TC normal e RC apresenta discreto deslocamento para frente, ligeiro espessamento de borda posterior ou começando deformidade anatômica do disco
ESTÁGIO INTERMEDIÁRIO: múltiplos episódios de dor; sensibilidade de articulações; cefaleia temporal; sintomas mecânicos maiores – captura ou bloqueio intermitente e travamento sustentado; restrições de movimento e função com dor; TC normal e RX apresenta deslocamento anterior com deformidade significativa do disco (moderado a marcado espessamento da borda posterior); cirúrgico: deformidade acentuada do disco com deslocamento, aderências variáveis e sem alterações de tecido duro
ESTÁGIO INTERMEDIÁRIO/AVANÇADO: dor crônica, com dor aguda variável e episódicas; cefaleias, restrição de movimento variável e curso ondulante; TC anormal e RX apresentando aumento de severidade em relação ao estágio intermediário; precoces a moderadas alterações degenerativas de tecido duro; cirúrgico: aumento da severidade sobre estágio intermediário, alterações degenerativas de remodelação de tecido duro de ambas as superfícies de apoio, osteófitos, aderências múltiplas e nenhuma perfuração de disco ou anexos
ESTÁGIO AVANÇADO: crepitação, sintomas de trituração, dor variável e episódica; restrição crônica de movimento; função com dificuldade; TC anormal – deslocamento anterior, perfuração com enchimento simultâneo do espaço articular superior e inferior, defeitos de enchimento, deformidade anatômica de disco e do tecido duro; alterações atríticas degenerativas; cirúrgico: alterações degenerativas grosseiras do disco e dos tecidos duros,
perfuração de anexos posteriores, erosões de superfícies de apoio e múltiplas aderências
REMODELAÇÃO CONDILAR PARCIAL:
REMODELAÇÃO CONDILAR TOTAL: envolve toda a cabeça da mandíbula, provoca retrusão mandibular e redução na altura do ramo mandibular
LIGAMENTOS ACESSÓRIOS DA ATM: estilomandibular e esfenomandibular
DESORDENS ARTICULARES NÃO-INFLAMATÓRIAS: osteoartrose é a mais comum	
- deslocamento de disco articular sem redução e fibrose da cápsula articular: remoção das adesões fibrosas, estiramento capsular, fisioterapia e oclusão estável
DTM – OKESON (2008): desordens dos músculos mastigatórios, desordens da articulação temporomandibular, hipomobilidade mandibular crônica e desordens do crescimento
· FARMACOLOGIA
BARBITÚRICOS: sedação e amnésia, sem perda de consciência
CORTICOESTEROIDES:
CURTA DURAÇÃO: cortisona e hidrocortisona; suprimem o ACTH de 8 a 12h
MÉDIA DURAÇÃO: prednisona, prednisolona, metilprednisona e triancinolona; suprimem o ACTH por 12 a 36h
LONGA DURAÇÃO: dexametasona e betametasona; suprimem o ACTH por 36 a 72h
BENZODIAZEPÍNICOS: 
- midazolam é utilizado para procedimentos de curta duração em crianças; particularmente pode provocar alucinações ou fantasias de caráter sexual (7,5 a 15mg em adultos; 7,5mg em idosos e 0,25 a 0,5mg/kg em crianças); início de ação em 30 minutos e duração de 1 a 2h
ANALGÉSICOS NÃO-OPIÓIDES: inibição periférica da dor, atuando nos nociceptores
ANALGÉSICOS OPIÓIDES: atuam a nível celular, ligando-se aos receptores opióides presentes em todo o SNC
AINEs: devem ser evitados em portadores de asma, pois ao inibirem a via da cicloxigenase, esses medicamentos provocam intensificação da atividade de leucotrienos, podendo desencadear uma crise asmática
TÉCNICA DE CLARK PARA PRESCRIÇÃO:
- pacientes com menos de 30kg: dose pediátria = (dose do adulto/70) X peso da criança
EX: criança com 28kg e medicamento de 500mg na dose do adulto
DOSE PEDIÁTRIA = (500/70) X 28
DOSE PEDIÁTRICA = 7,14 X 28
DOSE PEDIÁTRIA = 200mg
· MORDEDURAS
MORDEDURA HUMANA: 
- fechamento primário proporciona melhor resultado estético, quando possível de ser realizado
- cavidade oral é constituída preponderantemente por bactérias aeróbias que são sensíveis à penicilina e esta é uma das drogas de escolha
MORDEDURA DE ANIMAIS:
- amoxicilina + clavulanato de potássio
- realizar terapia antitetânica pois a bactéria Clostridium tetani faz parte da microbiota oral
- principal bactéria é a Pasteurella multocida
· ACESSOS
ACESSO PRÉ-AURICULAR: artéria temporal superficial e nervo auriculotemporal se localizam a frente do tragus
SUBCILIAR: apresenta maior risco de ECTRÓPIO – acesso à borda orbital inferior, parede lateral da órbita, parede medial da órbita, corpo do osso zigomático, porção inferior da borda orbital
SUBTARSAL: menor risco de ectrópio
TRANSCONJUNTIVAL: maior risco de ENTRÓPIO
CORONAL: acesso à região frontal, arco zigomático, órbita superior e média, nariz, côndilo
ACESSO DE WEBER-FERGUSSON: tipo de incisão cirúrgica que é utilizada para facilitar a visualização completa de grandes lesões malignas e benignas do terço médio da face; este acesso cirúrgico inicia-se com uma incisão de forma linear subciliar estendendo-se na região nasal lateral, contornando-se a região da asa do nariz, em direção da columela nasal para, logo após, realizar uma incisão linear no filtro labial e na linha média do lábio superior. Completa-se o acesso por intraoral em região de linha média da mucosa labial e incisão linear no fundo de sulco vestibular maxilar
- remover lesões que envolvem seio maxilar, fossa nasal e assoalho orbital
· EXAMES COMPLEMENTARES
VALORES DE REFERÊNCIA PARA CREATININA E UREIA:
- avaliação da função renal
CREATININA: 0,7 - 1,4mg/dL
UREIA: 10 - 40 mg/dL
Os valores de creatinina só ultrapassam o limite superior quando pelo menos 50% da taxa de filtração glomerular está comprometida.
PACIENTE COM DOENÇA DE VON WILLEBRAND: alterações nos exames de tempo de sangramento e tempo de tromboplastina (via intrínseca da coagulação)
DICA: doença VEM DE DENTRO, então precisa avaliar a via INTRÍNSECA – tempo de tromboplastina (o de dentro tem o maior nome)
AVALIAÇÃO DO WARFARIN/COUMADIN: anticoagulante, tempo de protrombina é utilizado para fazer seu monitoramento, via extrínseca da coagulação, ligado ao fibrinogênio
DICA: warfarina é um medicamento que VEM DE FORA então o exame é o mesmo utilizado para avaliar a VIA EXTRÍNSECA da coagulação – menor nome – tempo de protrombina
TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA: avaliação da via INTRÍNSECA da coagulação
TEMPO DE PROTROMBINA: avaliação da via EXTRÍNSECA da coagulação
· ANTIBIÓTICOS
ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA PAREDE CELULAR: penicilinas (amoxicilina) e cefalosporinas (cefalexina, cefazolina)
ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA SÍNTESE DE PROTEÍNAS: tetraciclinas, lincosaminas (clindamicina), macrolídeos (eritromicina) e azalídeos (azitromicina)
ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLEICOS: metronidazol
EFEITOS ADVERSOS DOS ATBS:
PENICILINAS: tontura, dor abdominal, náuseas, vômito e diarreia
CEFALOSPORINAS: nefrotóxicas se em altas doses + tempo prolongado; colite pseudomembranosa (bactéria resistente + TTO prolongado)
MACROLÍDEOS: icterícia colestática, sinal de toxicidade hepática (principalmente se a eritromicina for administrada na forma de estolato) – recomenda-se uso de estearato
CINDAMICINA: diarreia; colite pseudomembranosa
TETRACICLINAS: distúrbios gastrintestinais: anorexia, vômitos, náuseas, diarreia, ulcerações da boca e irritação da região perianal, fotossensibilidade
METRONIDAZOL: reação dissulfiram quando associado ao álcool; gosto metálico, dor estomacal, náuseas e vômitos
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA (ENDOCARDITE BACTERIANA):
- 30 a 60 min antes do procedimento
Para profilaxia, o antibiótico ideal deve ser seguro, agente único, de fácil administração, baixo custo, com mínimo efeito colateral e alterar pouco a flora do hospedeiro; além disso, deve ter espectro estreito para não selecionar a flora, ser eficaz contra bactérias Gram positivas e Gram negativas (principais agentes infecciosos). 
Cefalosporina de primeira geração é o antibiótico que apresenta características mais próximas às ideais.
AMOXICILINA 2g V.O. adultos - 50mg/kg crianças
ALÉRGICOS A AMOXICILINA: 
CEFALEXINA 2g V.O. adultos – 50mg/kg crianças
CLINDAMICINA 600mg V.O. adultos – 20mg/kg crianças
CALRITROMICINA/ AZITROMICINA 500mg V.O. adultos – 15mg/kg crianças
SUBSTÂNCIAS QUE INIBEM A AÇÃO DAS BETALACTAMASES: clavulanato de potássio, sulbactam e tazobactam

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