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Arritmias Profª Enfª Cinthia Lopes Principais taquirritmias Taquicardia Sinusal Flutter Fibrilação atrial Fibrilação ventricular Taquicardia ventricular Coração O coração é formado por músculo cardíaco, é involuntário e tem um ritmo próprio. Tem como função principal bombear sangue nutrido de oxigênio para diferentes partes do corpo e “recolher” o gás carbônico e resíduos para serem eliminados. A fase de contração é chamada de sístole e a fase de relaxamento é denominada de diástole. É formado por 4 câmaras: ÁTRIO E VENTRICULO DIREITO E ESQUERDO. Frequência cardíaca A frequência cardíaca varia de acordo com a idade e a atividade física, visto que a frequência cardíaca se dá de acordo com as vezes que o coração bate por minuto. Adulto: 60 – 100 bpm (batimentos por minuto) Crianças: 80 – 120 bpm (batimentos por minuto) Bebês: 100 – 160 bpm (batimentos por minuto) Dentro da UTI, essa medição é feita através do monitor cardíaco, através do ECG – Eleetrocardiograma As alterações da frequência cardíacas podem ser: Taquicardia: frequência cardíaca acima de 100 bpm no adulto. Bradcardia: frequência cardíaca abaixo de 60 bpm no adulto. Ritmo Sinusal Nosso coração tem um ritmo correto a seguir, que se inicia na onda P e termina na onda T. Esse ritmo correto a ser seguido é chamado de RITMO SINUSAL. O batimento cardíaco, a função de contrair e relaxar é chamada de despolarização e repolarização. Despolarização: É a contração do miocárdio. Repolarização: É o relaxamento do miocárdio. Taquicardia sinusal O ritmo continua regular, porém a frequência cardíaca é superior a 100 bpm e inferior a 150 bpm. Pode ser decorrente de patologias cardíacas, como por exemplo: • Pericardite; • Insuficiência cardíaca; • Choque cardiogênico. Pode ser causada também por outros quadros, tais como: • Anemia; • Hemorragias; • Hipovolemia; • Infarto agudo do miocárdio; • Hipertireoidismo; • Embolia pulmonar; • Sepse; • Angústia respiratória. Pode ser ainda induzida por fármacos, como por exemplo: • Aminofilina; • Dopamina; • Dobutamina; • Anfetaminas; • Epinefrina. Pode ser uma resposta normal nos casos de: • Exercícios físicos; • Febre; • Dor; • Situações estressantes; • Ansiedade; • Medo. E por último, pode ser causado por hábitos e estilo de vida: • Uso de álcool, cafeína, nicotina. Além da alteração na frequência cardíaca, o paciente pode apresentar outros sinais e sintomas: Ritmo regular; Em muitas situações não apresenta sintomas; Ansiedade; Dor torácica; Hipotensão arterial; Palpitações; Síncopes; Nervosismo; Crepitações; Distensão da veia jugular. Tratamento: Se o paciente está assintomático não é necessário realizar nenhum tratamento; a causa subjacente deve ser corrigida; perguntar ao paciente sobre o uso de medicamentos; auxilie o paciente a reduzir o medo e a ansiedade e em caso de isquemia cardíaca, administre medicamentos para reduzir a frequência cardíaca, como betabloqueadores (atenolol, propranolol) e bloqueadores dos canais de cálcio (anlodipino, verapamil). Fibrilação atrial A FA é uma das arritmias mais comuns, comprometendo cerca de 2,3 milhões de adultos nos EUA. Homens e brancos têm maior probabilidade de desenvolvê-la que em mulheres e negros. A prevalência aumenta com a idade, uma vez que compromete quase 10% dos indivíduos com > 80 anos. A FA tende a ocorrer em pacientes com doença cardíaca. As causas mais comuns da fibrilação atrial são Hipertensão Doença coronariana Cardiomiopatia Distúrbios da válvula tricúspide ou mitral Hipertireoidismo Consumo abusivo de álcool (síndrome do coração pós-feriado) As causas menos comuns da fibrilação atrial incluem Embolia pulmonar Defeitos do septo atrial e outros defeitos cardíacos congênitos DPOC Miocardite Pericardite Tratamento: Controle de frequência com fármacos ou ablação AV do nódulo Algumas vezes, controle de ritmo com cardioversão sincronizada, fármacos ou ablação de substrato da FA Prevenção de tromboembolia Se houver suspeita de doença de base significativa, os pacientes com fibrilação atrial de início recente podem beneficiar-se com a hospitalização, mas aqueles com episódios recorrentes não necessitam de hospitalização, a não ser que outros sintomas justifiquem essa conduta. Uma vez tratadas as causas, o tratamento da FA inclui o controle da frequência ventricular, controle do ritmo e prevenção de tromboembolia. Ablação Cardíaca É um procedimento minimamente invasivo, realizado com o auxílio de cateteres inseridos em veias e artérias do paciente. Esses cateteres captam os sinais gerados pela atividade elétrica do coração, que são registrados em aparelhos especiais. Isto permite a identificação dos pontos responsáveis pela origem ou manutenção das arritmias. Com um cateter especial (dotado de termístor e com dirigibilidade externa), é feita a aplicação de radiofrequência nos locais selecionados. A duração da ablação é variável conforme cada caso. Ao término dos procedimentos, é feita compressão no local da punção e aplicado um curativo compressivo, sem a necessidade de pontos. Flutter Atrial É uma arritmia atrial de frequência entre 250 a 300 bpm e está comumente associado a algum bloqueio atrioventricular. É uma arritmia regular e organizada e se expressa de forma típica no ECG. Bloqueio: É a dificuldade ou a impossibilidade de condução dos estímulos dos átrios para os ventrículos. Podem ser classificados como de 1º, 2º e 3º grau. É o resultado do atraso ou interrupção da condução através do nódulo atrioventricular. Ele pode ser causado por fibrose ou dilatação atrial. Pode ser encontrado em pacientes que foram submetidos a intervenção cirúrgica cardíaca, portadores de valvulopatias graves, doença pericárdica e miocardiopatias. A forma mais eficaz para o tratamento seria a cardioversão elétrica. Também existe o tratamento medicamentoso para controle da doença e a ablação. Algumas medicações utilizadas para controle do Flutter podem ser a Digoxina 0,25 mg, miocoron 200 mg. Fibrilação Ventricular É caracterizada por um traçado irregular, de amplitude variada e ondas grosseiras. É responsável por grande parte das paradas cardiorrespiratórias. Ocorre quando não há sincronismo na contração das fibras musculares cardíacas dos ventrículos . Pode ser causada por uma complicação de uma doença cardíaca ou circulatória, hipertensão arterial. Essa arritmia é caracterizada, no traçado eletrocardiográfico, pela ausência de qualquer atividade elétrica organizada. No traçado está presente um padrão deficitário caracterizado por ondulações irregulares da linha de base, no qual não reconhecemos nem ondas P nem complexos QRS, ou ondas T. Tratamento: Num paciente que esteja hospitalizado, deve-se recorrer imediatamente a um choque elétrico e a medicamentos injetáveis, na tentativa de reverter a situação. Fora do ambiente médico devem ser instituídas manobras de ressuscitação cardiopulmonar (massagem cardíaca e ventilação). Posteriormente, deve-se identificar o foco ou focos da arritmia e, se possível, fazer uma ablação dele(s). Em pacientes com tendência à fibrilação ventricular pode ser instalado no corpo do paciente um dispositivo chamado desfibrilador automático implantável, o qual é capaz de identificar e tratar imediatamente um episódio de fibrilação ventricular. Taquicardia Ventricular Taquicardia ventricular é uma arritmia que ocorre em um dos ventrículos do coração. Cada batimento nascido no ventrículo é chamado extrassístole ventricular. Quando três ou mais extrassístoles aparecem em sequência, com frequência maior que 100 batimentos por minuto, chama- se taquicardia ventricular. A taquicardia ventricular pode ser de tipos variados: Monomórficas: quando apresentam origem no mesmo lugar do ventrículo Polimórficas: quando tem varias origens Instáveis: quandofazem a pressão cair muito, colocando em risco imediato a vida da pessoa Estáveis: quando não altera a pressão arterial, nível de consciência ou falta de ar. Tratamento: Marcapasso, medicamentoso (ancoron, digoxina), ablação. Principais Bradiarritimias Bradicardia Sinusal; Bloqueios atrioventriculares; Bradicardia Sinusal Trata-se de um ritmo que, em geral, não é patológico, em que a frequência cardíaca é inferior a 60 bpm. Normalmente a bradicardia sinusal não apresenta sintomas, porém, como há diminuição do fluxo de oxigênio para o coração, a pessoa pode se sentir cansada, fraca e ter episódios de tontura, sendo recomendado ir ao cardiologista para que sejam feitos exames e se chegue a uma conclusão diagnóstica. O tratamento é realizado com a implantação do marcapasso, para que o ritmo seja estabilizado mais rápido. Bloqueios Atrioventriculares É a interrupção parcial ou completa da transmissão do impulso dos átrios aos ventrículos. As causas mais comuns são fibrose e esclerose idiopáticas do sistema de condução, pode ser causados também por medicações. O diagnóstico é feito por ECG. Seu tratamento vai variar de acordo com o grau do bloqueio. São divididos em 3 graus: 1º grau; 2º grau: Tipo 1 Tipo 2 3º grau. BAV 1º grau: a condução é mais lenta, causando um maior espaço entre o intervalo P – R. Pode ser fisiológico em atletas bem treinados. BAV 2º tipo 1: Pode ser fisiológico em pacientes mais jovens e atléticos, caracteriza-se pela presença de ondas P que não são sucedidas de complexos QRS. O tratamento é desnecessário, a menos que o bloqueio provoque bradicardia sintomática e as causas reversíveis e transitórias tenham sido excluídas. O tratamento é o implante de marcapasso. BAV 2º grau tipo 2: Sempre é patológico, os pacientes podem ser assintomáticos ou desenvolver sensação de desfalecimento, pré-síncope e síncope, dependendo da razão dos batimentos conduzidos e bloqueados. O tratamento é o implante de marcapasso. BAV 3º grau ou completo: Não existe nenhuma comunicação elétrica entre átrios e ventrículos e não há qualquer relação entre ondas P e complexos QRS. Os sinais são fadiga, sensação de desfalecimento relacionado a postura. O tratamento é o implante de marcapasso. Atividade para Aula Pesquise sobre os tipos de Angina, seus sinais e sintomas e tratamento. Lembre-se, você tem 10 dias, a partir de hoje, 26/11, para devolver essa atividade!! Até a próxima aula! Arritmias Principais taquirritmias Número do slide 3 Coração Número do slide 5 Frequência cardíaca Número do slide 7 Número do slide 8 Ritmo Sinusal Número do slide 10 Taquicardia sinusal Número do slide 12 Número do slide 13 Fibrilação atrial Número do slide 15 Número do slide 16 Ablação Cardíaca Número do slide 18 Número do slide 19 Flutter Atrial Número do slide 21 Fibrilação Ventricular Número do slide 23 Número do slide 24 Taquicardia Ventricular Número do slide 26 Principais Bradiarritimias Bradicardia Sinusal Número do slide 29 Bloqueios Atrioventriculares Número do slide 31 Número do slide 32 Atividade para Aula
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