Classificação Econômica da Despesa Pública

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DESPESA PÚBLICA II
CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DA DESPESA
 
Assim como ocorre com as receitas, a classificação econômica divide as des-
pesas em dois principais grupos, despesas correntes e despesas de capital, 
conforme previsão na Lei n. 4.320/1964. 
Atenção! 
As atuais subdivisões das despesas correntes e de capital não são as mesmas 
previstas na Lei n. 4.320/1964. Previsões antigas:
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: 
Despesas correntes:
• Despesas de Custeio
• Transferências Correntes 
 
Despesas de capital: 
• Investimentos
• Inversões Financeiras
• Transferências de Capital
Classificação atual 
Despesa Corrente
1. Pessoal e Encargos Sociais
2. Juros e Encargos da Dívida
3. Outras Despesas Correntes
Despesas de Capital
1. Investimento
2. Inversões Financeiras
3. Amortização da Dívida
Reservas
1. Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor
2. Reserva de Contingência
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• Atualmente todos os entes da Federação, para fins contábeis, devem utili-
zar as classificações da despesa informadas pela STN, e não aquelas da 
Lei n. 4.320/1964.
• Já para as receitas não foram procedidas modificações, portanto, para as 
receitas são utilizadas as mesmas subdivisões daquelas previstas na Lei n. 
4.320/1964, conforme estudado no capítulo anterior. 
• As divisões da despesa previstas na Lei n. 4.320/1964 já estavam ultra-
passadas para atender à realidade da demanda de informações dos entes 
públicos. 
• Importante destacar, as despesas correntes e de capital encontram-se 
apenas subdivididas de maneira diferente daquela prevista pela Lei n. 
4.320/1964, todavia continuam englobando os mesmos tipos de despesa. 
 
DESPESA CORRENTE 
 
• Conforme informa a Portaria Conjunta STN/SOF n. 1/2011, “classificam-se 
nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, 
para a formação ou aquisição de um bem de capital.” 
• Pode-se dizer que são despesas necessárias para movimentar a máquina 
administrativa do estado, quais sejam: pagamento do funcionalismo público, 
contratação de serviços, aquisição de materiais de consumo, pagamento 
de juros, entre outras.
• As despesas correntes são despesas que ocorrem objetivando o con-
sumo (é o caso da aquisição de resmas de papel A4). Já as despesas de 
capital são geradas em virtude da formação ou aquisição de bens de 
capital (adquirir um imóvel).
• Logo, em geral, as despesas correntes impactarão negativamente no patri-
mônio líquido, ou seja, serão despesas efetivas: fatos modificativos 
diminutivos. 
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 Atenção!
As Despesas Correntes são aquelas que não contribuem, diretamente, 
para a formação ou aquisição de um bem de capital. Exemplos: gasto 
com pessoal, compra de material para consumo, obra de conservação. 
Normalmente (não é sempre) a despesa corrente coincide com a despesa 
efetiva, entretanto também existem despesas correntes não efetivas. 
Exemplo: no pagamento de pessoal (efetivo) não há a saída de recurso 
e há a entrada; ao contrário da aquisição de material de consumo (não 
efetivo). No entanto, embora um seja gasto efetivo e o outro não efetivo, 
ambos são despesas correntes.
 
A STN (Secretaria do Tesouro Nacional) subdivide a despesa corrente em 
três grupos, conforme denomina também o Manual Técnico de Elaboração do 
Orçamento versão 2014:
1) Pessoal e Encargos Sociais;
2) Juros e Encargos da Dívida;
3) Outras Despesas Correntes.
1) Pessoal e Encargos Sociais 
Despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas, rela-
tivas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e 
de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como 
vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposen-
tadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras 
e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e 
contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme 
estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar n. 101, de 2000 (Lei de 
Responsabilidade Fiscal).
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�bss:� verbas indenizatórias recebidas pelos funcionários públicos são classifi-
cadas como Outras Despesas Correntes, e não em Pessoal e Encargos 
Sociais. Nesse último grupo, são incluídas as despesas de caráter remu-
neratório. Exemplos: 
• Auxílio-alimentação
• Diárias 
• Vale-transporte 
• Reembolso de despesas médicas etc. 
 
�bss:� o grupo de despesa “Pessoal e Encargos Sociais” não engloba mais as 
despesas com terceirização de mão de obra que se referem à substitui-
ção de servidores e empregados públicos. 
As despesas decorrentes de contratação de serviços terceirizados (vigilância 
armada, limpeza e conservação, telefonista etc.) são normalmente classificadas 
no grupo “Outras Despesas Correntes”.
Segundo a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), quando a terceirização de 
mão de obra referir-se a substituição de servidores e empregados públicos, tal 
despesa será uma despesa de pessoal.
Atenção!
Preste atenção ao enunciado das questões que estiver resolvendo. Caso diga 
“conforme a LRF”, então considere a terceirização para substituir servidores 
como gastos com pessoal. Caso contrário, mantenha a ideia de que no 
orçamento entrará como outras despesas correntes. 
 
2) Juros e Encargos da Dívida 
Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros 
encargos de operações de crédito (empréstimos, financiamentos) internas e 
externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. 
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3) �utras Despesas Correntes 
Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento 
de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, 
além de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não 
classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. 
Observe que pagamento de diárias não representa gastos com pessoal. 
 
�bss:� “Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização” 
atualmente deve ser classificado no grupo “Outras Despesas Correntes. 
 
Porém o elemento de despesa “Outras Despesas de Pessoal decorrentes de 
Contratos de Terceirização” abrange as despesas dos contratos de terceirização 
de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados públi-
cos e continuam sendo computadas na “despesa total com pessoal”, em obedi-
ência aos limites de gastos com pessoal previstos no art. 19 da LRF. 
Despesa de capital
 
Conforme preceitua a Portaria Conjunta STN/SOF n. 1/2011, “classificam-se 
nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a forma-
ção ou aquisição de um bem de capital.” 
Exemplo: uma obra pública, aquisição de ativos imobilizados prédio, veícu-
los). São despesas que geram um incremento do ativo permanente ou são gera-
das pela amortização de dívidas. 
Outros exemplos:
Construção de escolas, rodovias, pontes, aquisição de materiais permanentes 
(ativos imobilizados), pagamento do principal da dívida (amortização da dívida), 
aquisição de imóveis, aquisição de ações, entre outras. Apesar de serem despe-
sas, não provocam decréscimo no patrimônio líquido, só ocorrendo uma troca de 
elementos patrimoniais. Isso denomina-se fatos contábeis permutativos.
 
�bss:� na despesa de capital, há uma saída de recurso financeiro, más há uma 
entrada de um bem patrimonial, como no caso da aquisição de um prédio. 
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�bss:� Despesas de Capital são aquelas que contribuem diretamente para a for-
mação ou aquisição de um bem de capital.
 
A STN subdivide a despesa de capital em três grupos, conforme também des-
taca o Manual Técnico de Elaboração do Orçamento Público, versão 2014: 
• Investimentos;
• Inversões Financeiras
• Amortização da Dívida. 
 
Investimentos 
 
Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução 
de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à rea-
lização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e mate-
rial permanentes (ativos imobilizados).
 
Inversões Financeiras 
 
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já 
em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou 
entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe 
aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, 
além de outras despesas classificáveis neste grupo.
�bss:� a despesa com aquisição de imóvel é classificada como Inversão Financei-
ra; mas, caso o imóvel tenha sido adquirido por ser necessário à execução 
de uma obra, essa despesa será classificada como Investimento. 
 
Amortização da Dívida (desincorporação de um passivo - obrigações)
 
Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal 
e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, con-
tratual ou mobiliária.
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Refinanciar o principal da dívida significa renegociar e isso implica em con-
trair uma nova dívida para pagar o valor principal, mais a atualização monetária 
ou cambial. 
Logo, como o próprio nome claramente informa, refinanciar é financiar a 
dívida novamente.
�bss:� as despesas de capital demandam o registro de incorporação de ativo 
imobilizado, intangível ou investimento (investimentos e inversões finan-
ceiras) ou o registro de desincorporação de um passivo (amortização da 
dívida). 
 
CLASSIFICAÇÃO DE DESPESA QUANTO À NATUREZA 
Ocorre em 5 níveis e 8 dígitos, conforme estabelece o MTO 2016 – 2ª Edição: 
Exemplo: 
����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor José Wesley.