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A3 - CIRCULAÇÃO, RESPIRAÇÃO E DIGESTÃO

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- -1
ESTRUTURA E FUNÇÃO HUMANA BÁSICA
UNIDADE 3 - CIRCULAÇÃO, RESPIRAÇÃO E 
DIGESTÃO
Juliane Cristina de Souza Brito e Vivian Alessandra Silva
- -2
Introdução
Você sabe como o sistema circulatório está organizado? Como o coração funciona, colocando os elementos do
sangue em movimento? E quanto à remoção dos resíduos metabólicos pelos sistemas sanguíneo e linfático, sabe
como ocorre?
Aliás, como o sistema respiratório prepara o ar para que a troca gasosa ocorra e como funcionam nossos
pulmões? E os órgãos digestórios? Como eles processam os alimentos ingeridos, para que os nutrientes possam
ser absorvidos pelos capilares sanguíneos e conduzidos até nossos tecidos?
Ao longo desta unidade, estudaremos os sistemas relacionados ao transporte de gases e nutrientes para cada
célula do corpo humano. Ambos são elementos fundamentais para a manutenção da homeostase celular, visto
que, sem eles, nossas células e nossos tecidos não poderiam realizar suas funções. Assim, os processos vitais
para o organismo se tornariam insustentáveis.
Vamos começar nossas observações? Acompanhe!
3.1 Sistemas cardiovascular e linfático
Quando pensamos em sistema cardiovascular ou circulatório, pensamos que a ele são atribuídas quais funções?
A resposta mais comum é a de fazer circular o sangue, certo? Isto porque, no sangue, estão contidos os nutrientes
adequados para a sobrevivência das células e o oxigênio provindo da nossa respiração. Portanto, é de
fundamental importância que esse sistema esteja ativo 24 horas do dia. Para tanto, ele é composto por uma
bomba propulsora de sangue, que chamaremos de “coração”, associado a diversos órgãos condutores, os quais
chamaremos de “vasos sanguíneos”.
Com os itens a seguir, iremos no aprofundar na temática. Vejamos!
3.1.1 Coração
O coração é uma bomba propulsora capaz de gerar o impulso que movimenta o sangue. Tal capacidade é devido
à presença do tecido muscular estriado cardíaco, chamado de (“mio” significa músculo e “cardio” émiocárdio
coração).
O miocárdio é nutrido por artérias chamadas artérias coronárias direita e esquerda. O consumo de oxigênio
pelas células do músculo estriado cardíaco é alto, por isso, o órgão é bastante vascularizado. A obstrução dessas
artérias pode levar à redução do fluxo sanguíneo do miocárdio e a consequente morte celular (necrose).
Chamamos essa situação de “infarto agudo do miocárdio”.
A anatomia do coração não apresenta aquela forma romântica que todos conhecemos. Observe as diferenças na
VOCÊ QUER LER?
Para saber mais sobre o infarto agudo do miocárdio e outras doenças do coração, sugerimos o
acesso e a análise ao quadro azul intitulado “Anatomia clínica”, na página 296 do livro
“Anatomia orientada para clínica”, de Anne M. R. Agur e Keith L. Moore. A obra está disponível
na biblioteca virtual. em: .https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527734608
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527734608
- -3
A anatomia do coração não apresenta aquela forma romântica que todos conhecemos. Observe as diferenças na
figura a seguir.
Figura 1 - Forma do coração popular e o coração humano, de fato
Fonte: grmarc; decade3d - anatomy online, Shutterstock, 2019.
Se observarmos bem, o coração é muito mais semelhante a uma pirâmide invertida, não é? Acompanhe a
comparação a seguir.
Figura 2 - Comparação do coração com uma pirâmide invertida
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em decade3d - anatomy online; moreninha, Shutterstock, 2019.
Se o coração é uma pirâmide invertida, a base cardíaca será a porção superior e o ápice cardíaco a porção
- -4
Se o coração é uma pirâmide invertida, a base cardíaca será a porção superior e o ápice cardíaco a porção
inferior. A maior parte do coração se situa no plano mediano, com o ápice voltado para o lado esquerdo da
cavidade torácica. O espaço do tórax entre os dois pulmões que aloja o coração recebe o nome de “mediastino”.
Anatomia viva:
Vamos encontrar onde se situa o coração em nosso corpo?
Para isso, você precisa estar usando uma roupa fina sobre o tórax ou com o tórax desnudo. Palpe o osso esterno
próximo ao pescoço e, depois, deslize a mão sobre ele lentamente, até encontrar uma linha horizontal palpável.
Este é o ângulo esternal. É nessa altura que está a base do seu coração.
Já o ápice se situa na altura do 5º espaço intercostal, altura da linha clavicular média. Tente palpar as suas
costelas até encontrar as 4ª e 5ª costelas. A linha clavicular média é uma linha vertical que está bem no meio da
clavícula.
Veja as figuras na sequência para entender melhor.
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock, 2019; Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019.
Agora, veja acima na figura (B), a correspondência da posição do coração com as estruturas do tórax que você
palpou.
Também é possível observarmos a posição do coração em exames de imagem, como a radiografia.
Veja na figura a seguir a posição da base e do ápice do coração, sendo que o coração corresponde à área brilhante
contornada em vermelho. No entanto, o que você acha que são as duas manchas escuras de cada lado do
coração? São os pulmões.
- -5
Figura 3 - Radiografia de um tórax
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock, 2019.
Em relação à anatomia interna do coração, encontramos quatro cavidades: duas posteriores e duas anteriores.
Dois átrios e dois ventrículos, respectivamente. Temos um átrio direito (AD) e um esquerdo (AE), bem como um
ventrículo direito (VD) e um ventrículo esquerdo (VE).
- -6
Figura 4 - Coração em corte com a visualização das câmaras cardíacas
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock, 2019.
Os átrios e ventrículos são separados por paredes musculares chamadas de “septos”. Separando o átrio direito
do esquerdo, temos o septo interatrial; enquanto o septo interventricular separa o ventrículo direto do
esquerdo. Já entre átrios e ventrículos, temos um conjunto de válvulas que garantem o direcionamento do
sangue.
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Figura 5 - Septos cardíacos e valvas atrioventriculares cardíacas
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock, 2019.
A valva localizada entre o AD e o VD recebe o nome de “valva tricúspide” e a que separa o AE do VE recebe o 
nome de “valva bicúspide” ou, como também é conhecida, “valva mitral” Elas são suportadas pelas “cordas. 
tendíneas” que se fixam aos músculos papilares dos ventrículos. 
- -8
Figura 6 - Anatomia das valvas atrioventriculares
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock, 2019.
Agora que já aprendemos a morfologia interna do coração, sabemos que ele tem quatro câmaras, separadas
pelos septos ou pelas valvas.
A seguir, vamos estudar sobre a circulação do sangue.
3.1.2 Circulação do sangue
Assim que o sangue sai do VE enriquecido em oxigênio, ele passará por todo o corpo, fazendo a distribuição do
gás. Ao mesmo tempo, conforme as células fazem uso do oxigênio, seu metabolismo gera a produção de gás
carbônico. Portanto, aquele sangue que estava enriquecido por oxigênio, agora está enriquecido de gás
carbônico. A solução, então, é retornar ao coração para que seja conduzido ao local de reabastecimento.
O sangue retorna ao AD, passa pela valva tricúspide e cai no VD, que o impulsiona para os pulmões e, lá, ocorre
um processo denominado “hematose” que é a troca de gases entre sangue e pulmões. Você inspira oxigênio e, 
expira gás carbônico. Assim, o sangue é oxigenado nos pulmões e retorna para o AE do coração, passa pela valva
bicúspide ou mitral e cai no VE. Do ventrículo esquerdo, o sangue é impulsionado para todo o corpo.
Observe o esquema a seguir para compreender melhor a distribuição.
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Figura 7 - Em vermelho, o sangue rico em oxigênio e, em azul, o pobre em oxigênio
Em relação aos vasos sanguíneos, estes são os condutores do sangue ao chegar e sair do coração. Sempre que
mencionarmos os vasos sanguíneos, estamos nos referindo a artérias, capilares sanguíneos e veias.
Você sabe qual a diferença entre eles? Uma delas é a direção do fluxo do sangue em seu interior. Por exemplo,
pelas veias, o sangueentra no coração (direção centrípeta), enquanto pelas artérias o sangue sai do coração
(direção centrífuga).
Perceba que as artérias sempre saem dos ventrículos e as veias sempre chegam aos átrios. A artéria que conduz
o sangue do VE para todo o corpo é a maior e principal, conhecida como “aorta”. Já a artéria que conduz o sangue
do VD para os pulmões é a “tronco pulmonar”.
Em relação às veias, as que trazem o sangue do corpo para o AD são as veias cavas superior e inferior. Já as veias
que trazem o sangue enriquecido em oxigênio de volta ao AE são as veias pulmonares.
Observe o esquema a seguir para compreender melhor essa distribuição.
VOCÊ SABIA?
A palavra “artéria” vem do grego que significa “guardar ar”. Antigamente, os gregos
acreditavam que as artérias continham ar, pois nunca encontravam sangue dentro de uma
artéria de um cadáver, apenas nas veias.
VOCÊ O CONHECE?
Você sabe quem foi William Harvey? Ele nasceu em 1578 e viveu até 1657. Foi um médico
britânico que descreveu em primeira mão a circulação do sangue a partir do coração
corretamente.
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Figura 8 - Circulação pulmonar e sistêmica
As arteríolas e vênulas são artérias e veias de menor calibre. Nosso sistema circulatório se assemelha à copa de
uma árvore, em que os galhos principais originam ramos menores e estes geram outros ramos mais pequenos.
Temos grandes artérias saindo do coração, que se ramificam em artérias de calibre menor, as arteríolas. Estas,
por sua vez, ramificam-se em arteríolas cada vez menores até se tornarem tão finas quanto um fio de cabelo.
Esses vasos são chamados de “capilares sanguíneos”.
Os capilares sanguíneos estão espalhados por todo o tecido conjuntivo e são os vasos responsáveis pela nutrição
tecidual, pois, em vez de três túnicas, possuem apenas uma, o endotélio. Isto facilita a difusão. Posteriormente,
tais capilares se unem formando vasos de calibre um pouco maior, e assim por diante. Dessa forma, formam-se
as vênulas que, por sua vez, criam as grandes veias, até retornar ao coração.
Podemos perceber, com isso, que não temos uma artéria saindo da região inferior dos ventrículos. Este é outro
motivo para a região superior do coração ser denominada “base”, uma vez que nela estão apoiados os grandes
vasos. Quando os ventrículos contraem (sístole cardíaca), o sangue é impulsionado para a região superior, onde
estão as entradas das artérias e os átrios. 
As valvas atrioventriculares se mantêm abertas enquanto o sangue passa do átrio para o ventrículo, porém,
quando ocorre a sístole ventricular, o próprio sangue empurra as valvas, fechando-as. 
- -11
Figura 9 - Funcionamento das valvas cardíacas
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock, 2019.
Dessa forma, como podemos perceber pelo esquema anterior, o sangue não retorna aos átrios, mas é ejetado
para as artérias.
Sempre que as valvas cardíacas se fecham elas emitem um som. As valvas atrioventriculares
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Podemos, agora, completar o esquema sobre a circulação do sangue em nosso organismo. Veja a figura na
sequência.
Figura 10 - Circulação do sangue, incluindo vasos da base e valvas atrioventriculares
Para facilitar a compreensão, costumamos dividir o trajeto do sangue em duas etapas: pequena e grande
circulação.
A pequena circulação também pode ser chamada de “circulação pulmonar”. Ela consiste na etapa em que o
sangue sai do ventrículo esquerdo, vai para o pulmão, faz a hematose e volta para o átrio esquerdo.
Veja as duas circulações com a figura na sequência.
Sempre que as valvas cardíacas se fecham elas emitem um som. As valvas atrioventriculares
emitem um som mais abafado, parecido com “tum”. Dentro das artérias aorta e do tronco
pulmonar, também encontramos valvas: são as valvas da aorta e do tronco pulmonar. Ao se
fecharem, elas emitem um som mais metálico, parecido com “tá”.
Os sons das valvas cardíacas são chamados de “bulhas” e podem ser auscultados. A ausculta
consiste no uso de um estetoscópio, que permite que escutemos os sons que são emitidos pelo
próprio organismo. A ausculta da valva da aorta será feita no 2º espaço intercostal, à direita do
esterno e perto da borda esternal. Já a ausculta da valva pulmonar será feita no 2º espaço
intercostal, à esquerda do esterno, próximo à borda do esterno. A ausculta da valva tricúspide,
por sua vez, será feita na parte esquerda do 4º espaço intercostal, ao longo do esterno. Por fim,
a ausculta da valva mitral será feita no 5º espaço intercostal, do lado esquerdo da linha média
clavicular.
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Figura 11 - Circulação do sangue dividida em pequena e grande circulação
Agora que você conheceu todas as estruturas cardíacas importantes, vamos verificar o que aprendeu? Para tanto,
realize a atividade a seguir.
Vamos passar para o aprendizado a respeito da circulação linfática.
3.1.3 Circulação da linfa
O sistema linfático é paralelo e complementar ao sistema circulatório. Ele participa da remoção dos restos do
metabolismo celular na Matriz Extracelular (ME).
Para compreender melhor como o sistema linfático funciona em paralelo e complementarmente ao sistema
sanguíneo, vamos estudar este primeiro.
O sangue é uma modalidade de tecido conjuntivo com grande quantidade de Matriz Extracelular entre as células,
o que lhe confere a consistência de um fluido. Ele é composto por parte celular (glóbulos vermelhos e brancos) e
parte líquida (água, íons, proteínas, hormônios etc.) a qual denominaremos “plasma”. É a parte plasmática do
sangue que pode se difundir para os tecidos adjacentes, nutrindo-os. O processo de difusão é lento, mais até que
a velocidade da circulação sanguínea. Portanto, a tendência é que esse plasma comece a se acumular entre os
tecidos, causando edema (inchaço).
A maior parte do Líquido Extracelular (LEC) retorna aos vasos sanguíneos, mas as macromoléculas não
conseguem passar pela parede do capilar sanguíneo e precisam ser removidas pelo sistema linfático. A função
dos capilares linfáticos é recolher esse líquido contendo macromoléculas e devolvê-lo à circulação sanguínea nas
grandes veias. A partir do momento que o líquido é recolhido, nós o chamamos de “linfa”.
No intestino delgado, os nutrientes provenientes da alimentação são absorvidos pelos capilares sanguíneos.
Porém, os lipídeos são macromoléculas e não podem ser absorvidos pelos capilares sanguíneos, sendo
absorvidos, então, pelos capilares linfáticos.
VOCÊ QUER LER?
Para entender ainda mais sobre o sistema linfático e sua relação com o sistema circulatório,
sugerimos a leitura do capítulo 34 do livro “Fisiologia”, de Margarida de Melo Alves. Na obra,
temos uma explicação mais detalhada quanto aos dois sistemas e a forma como eles se
- -14
Por causa do grande teor de gordura, a linfa do intestino delgado fica esbranquiçada e recebe um nome especial:
quilo.
Figura 12 - Localização do sistema linfático associado ao sistema cardiovascular
temos uma explicação mais detalhada quanto aos dois sistemas e a forma como eles se
relacionam. Vale a pena conferir!
- -15
Figura 12 - Localização do sistema linfático associado ao sistema cardiovascular
Fonte: Alila Medical Media, Shutterstock, 2019.
Contudo, por que devolver a linfa à circulação sanguínea?
Temos dois motivos. O primeiro é porque nessa linfa ainda existem nutrientes que podem ser utilizados pelas
células, portanto, retornar à circulação significa dar uma nova chance de estes se difundirem. O segundo motivo
é que, ao mesmo tempo que as células absorvem muitos nutrientes plasmáticos, elas também excretam resíduos
metabólicos, comumente chamamos de toxinas. Para serem excretadas do corpo, é necessário que sejam
enviadas para os rins, sendo que o meio de transporte de quase tudo no corpo é a corrente sanguínea.
É muito comum, também, que nesse líquido intersticial se acumule algum antígeno. Para que este não fique
circulante em nosso corpo, temos os linfonodos, que são órgãos arredondados, semelhantes a um grão de feijão,
localizados em meio aos vasos linfáticos, que contêm em seu interior células de defesa (linfócitos).
Assim, paraconhecer as funções do sistema linfático, clique no recurso a seguir.
• Sistema auxiliar de drenagem tecidual
Retorna o excesso de Líquido Extracelular (LEC) e proteínas plasmáticas para a corrente sanguínea.
Além disso, mantém o volume sanguíneo normal e elimina variações locais na composição química do
líquido intersticial — a pressão no capilar sanguíneo impulsiona água e soluto para o líquido intersticial,
que retorna à corrente sanguínea por meio dos vasos linfáticos. A ruptura do vaso linfático calibroso
causa queda abrupta do volume sanguíneo.
• Defesa do organismo
Produz, mantém e distribui os linfócitos.
• Absorção de lipídeos
Absorve lipídeos e vitaminas lipossolúveis nas vilosidades intestinais.
Os principais grupos de linfonodos estão situados no pescoço (linfonodos cervicais), na axila (linfonodos
axilares), no cotovelo (linfonodos cubitais), posteriormente ao joelho (linfonodos poplíteos) e na virilha
(linfonodos inguinais).
Quando um linfonodo recebe grande quantidade de antígenos, como no caso de uma infecção, ele fica
edemaciado e, por vezes, proeminente. Tal aspecto é popularmente conhecido por íngua, mas o termo científico é
“linfonodo infartado”.
Agora que você já conheceu os principais grupos de linfonodos e vasos linfáticos, realize a atividade a seguir e
teste seus conhecimentos sobre o assunto.
Além dos linfonodos já descritos, as tonsilas, o baço e o timo constituem órgãos linfáticos. As tonsilas palatinas,
•
•
•
VOCÊ QUER VER?
Veja no objeto 3D na sequência a distribuição dos linfonodos e dos vasos linfáticos no nosso
organismo. Movimente a imagem e aplique o zoom para compreender em que posição do
corpo encontramos esses órgãos.
- -16
Além dos linfonodos já descritos, as tonsilas, o baço e o timo constituem órgãos linfáticos. As tonsilas palatinas,
popularmente chamadas de amígdalas, quando ficam edemaciadas, causam dor de garganta, pois provavelmente
algum antígeno está tentando invadir seu sistema respiratório e digestório.
Na figura a seguir, podemos ver a posição dos órgãos linfoides no organismo.
Figura 13 - Principais constituintes do sistema linfático
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em VectorMine, Shutterstock, 2019.
Para compreender melhor quanto a formação da linfa e o funcionamento do sistema linfático, assista a videoaula
na sequência.
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/44388221/partner_id
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/44388221/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1567109014&entry_id=1_gbmhuv3v
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Diferentemente do sistema cardiovascular, o sistema linfático não possui uma bomba propulsora e o retorno da
linfa ao coração é lento. A movimentação da linfa ocorre pela movimentação do nosso corpo. Ao caminhar, por
exemplo, os músculos dos membros inferiores empurram esse líquido para cima. Por isso, é muito comum
pessoas que trabalham muito tempo em pé ou sentadas terem os pés edemaciados.
A rede de vasos linfáticos começa no tecido com os capilares linfáticos. Os capilares linfáticos formam uma
extensa rede na Matriz Extracelular de nossos tecidos. No intestino delgado, eles absorveram os lipídeos
oriundos da digestão, formando uma linfa leitosa, esbranquiçada, chamada de quilo. Por causa da coloração
esbranquiçada do quilo, os capilares linfáticos do intestino receberam o nome de vasos lácteos.
Os capilares linfáticos se fundem para formar vasos maiores, chamados de vasos coletores. Estes, por sua vez,
unem-se e formam os troncos linfáticos. Temos nove troncos linfáticos no organismo. Para saber mais sobre eles,
clique nos ícones a seguir.
Tronco jugular direito e esquerdo
Drenam a linfa da cabeça e do pescoço.
Tronco subclávio direito e esquerdo
Drenam a linfa dos membros superiores e da parede do tórax.
Tronco broncomediastinal direito e esquerdo
Drenam a linfa das vísceras do tórax.
Tronco intestinal
Drena a linfa do intestino.
Tronco lombar direito e esquerdo
Drenam a linfa dos membros inferiores e da parede do abdome.
Os troncos linfáticos se unem e formam dois ductos linfáticos.
• Ducto torácico: formado pelos troncos lombares e intestinais que se unem, formando a cisterna do 
quilo. Desta, o ducto torácico tem um trajeto ascendente pelo tórax, em que recebe a linfa dos troncos 
broncomediastinal esquerdo, subclávio esquerdo e cervical esquerdo. O ducto torácico drena a linfa dos 
membros inferiores, do abdome, da região esquerda do tórax, do membro superior esquerdo e do lado 
esquerdo da cabeça e do pescoço. Ele desemboca na circulação sanguínea.
• Ducto linfático direito: formado pelos troncos broncomediastinal direito, subclávio direito e jugular 
direito. O pequeno ducto linfático direito drena a linfa do membro superior direito, da região torácica 
direita e do lado direito da cabeça e do pescoço. O ducto torácico se abre na veia subclávia esquerda, 
misturando a linfa ao plasma sanguíneo.
Conforme a linfa vai passando pelos linfonodos que estão nos trajetos dos vasos linfáticos, ela vai sendo filtrada
•
•
VOCÊ SABIA?
Os vasos linfáticos contêm válvulas para evitar o refluxo da linfa. As válvulas mantêm a
movimentação da linfa em uma só direção. O linfedema é a perturbação da circulação linfática
por obstrução ou compressão de um vaso linfático ou mal funcionamento das válvulas
linfáticas. Pode causar desconforto e até dor, de acordo com a quantidade de líquido
acumulado nos tecidos.
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Conforme a linfa vai passando pelos linfonodos que estão nos trajetos dos vasos linfáticos, ela vai sendo filtrada
até atingir a corrente sanguínea.
Veja nos esquemas na sequência, podemos observar o trajeto da linfa de acordo com a região do corpo.
- -19
- -20
Figura 14 - Trajeto da linfa por segmento corpóreo
É válido ressaltar que o trajeto da linfa não é completamente correspondente dos lados direito e esquerdo do
corpo, sendo bastante desproporcional o calibre do ducto torácico e do ducto linfático direito.
Para testar os conhecimentos adquiridos até aqui, realize a atividade proposta na sequência com atenção.
Vamos avançar nos estudos da estrutura e função do sistema circulatório? Agora que já conhecemos o coração,
os vasos sanguíneos e linfáticos, será mais fácil compreendermos o papel desse sistema na manutenção da
homeostase.
3.2 Ciclo e débito cardíacos
A pequena e grande circulação ocorrem constantemente durante a vida, formando um ciclo. A cada batimento
cardíaco o ciclo se renova.
Já ouviu falar que, mesmo após a morte de uma pessoa, o coração pode continuar funcionando por alguns
momentos? No caso, estamos falando de uma causa de morte não cardíaca. Essa capacidade cardíaca de se
manter viva, independentemente de outros sistemas, ocorre graças ao sistema de condução elétrica do coração.
Na região superior do AD, encontramos um grupo de células especializadas, denominadas marcapasso, que, em 
conjunto, formam uma região que chamamos de “nó sinusal” ou “nó sinoatrial” Essas células geram o potencial. 
de ação, as células musculares estriadas cardíacas que se localizam ao redor das células marcapasso são
estimuladas a também se despolarizarem. Assim como um condutor elétrico, em milésimos de segundos, os dois
átrios se encontram em potencial de ação, ou seja, em sístole.
Na região do septo interatrial existe um segundo nó, o nó atrioventricular Somente quando o estimulo elétrico.
alcança esse grupo de células, o potencial de ação consegue ser propagado paraos ventrículos.
Devido a esse processo, o impulso elétrico do nó sinusal faz com que os átrios se contraiam. Até que o nó
atrioventricular despolarize, ocorre um pequeno atraso na condução do impulso para que este seja conduzido
aos ventrículos. Tal atraso é necessário para que os ventrículos se encham do sangue provindo dos átrios. Se o
atraso não ocorresse, o impulso do nó sinusal se espalharia por todo o coração simultaneamente, fazendo com
que átrios e ventrículos se contraíssem ao mesmo tempo.
Se átrios e ventrículos tivessem a sístole (contração) no mesmo instante, como o coração se encheria de sangue?
Na verdade, seria impossível. Por isso, átrios devem se contrair (sístole) enquanto ventrículos estão relaxados
(diástole), e vice-versa.
- -21
Figura 15 - Complexo estimulante do coração
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock, 2019.
Na imagem anterior, podemos ver as células marcapasso localizadas na região do nó sino atrial que se
despolarizam, propagando o potencial de ação para as células musculares dos átrios (direito e esquerdo).
Contudo, esse impulso só consegue migrar para os ventrículos por meio da região do nó atrioventricular, que,
por sua vez, conduz o impulso elétrico para os ventrículos por meio do feixe atrioventricular (feixe de His), até
atingir os ventrículos.
Dessa forma, o coração garante seu funcionamento, independentemente de outros sistemas. Uma pessoa em
estado vegetativo teve morte cerebral, mas o coração continua atuando e enviando sangue para que os demais
órgãos continuem funcionando graças ao sistema estimulante do coração (marcapasso cardíaco).
Em média, uma pessoa adulta em repouso possui de 60 a 80 batimentos cardíacos por minuto (bpm), que é o
complexo estimulante que o coração permite. Contudo, esses batimentos precisam ser alterados de acordo com a
necessidade fisiológica, como no momento de uma prática esportiva. A partir daí, precisaremos da influência do
sistema nervoso.
VOCÊ QUER VER?
Veja no objeto 3D na sequência o coração e as estruturas anatômicas cardíacas. Movimente a
imagem e aplique o zoom para compreender como as valvas, as câmaras cardíacas e os vasos
da base interatuam para permitir que o ciclo cardíaco ocorra.
- -22
Antes de lermos sobre o ciclo cardíaco, assista a mais um vídeo para se inteirar a respeito do que estamos
estudando.
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/44388221/partner_id
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O ciclo cardíaco é o período que vai desde o início de um batimento cardíaco até o início do próximo. Durante o
ciclo, a sequência de eventos elétricos e mecânicos deve se repetir, enviando um fluxo sanguíneo adequado para
todas as partes do corpo.
O ciclo cardíaco se caracteriza por uma sequência de contrações (sístoles) e relaxamentos (diástoles).
Vamos considerar como sendo a primeira fase do ciclo cardíaco, a sístole ventricular. Nela, os ventrículos se
contraem para ejetarem o sangue para dentro das artérias. Para tanto, é necessário que as valvas mitral e
tricúspide estejam fechadas e que, conforme os ventrículos se contraiam, a pressão do sangue aumente e force as
valvas da aorta e do tronco pulmonar a se abrirem. A abertura destas permitirá a saída do sangue do coração e
sua distribuição para o organismo.
Na sequência da sístole (contração), ocorrerá o esvaziamento dos ventrículos, pois o sangue foi para o
organismo. Quando os ventrículos esvaziam, eles entram em diástole (relaxamento) e a redução na pressão
ventricular faz com que haja entrada de sangue no ventrículo. Para que o sangue que está na aorta e no tronco
pulmonar não retorne ao coração, as valvas se fecham. Após, a valva mitral e a tricúspide se abrem, permitindo
que o sangue que está nos átrios entre nos ventrículos.
Quando os ventrículos estiverem quase cheios, os átrios se contraem e preenchem os ventrículos
completamente. Agora, com os ventrículos cheios, um novo ciclo pode começar e estes se contraem ejetando
novamente o sangue no interior das artérias.
VOCÊ SABIA?
As pessoas que possuem algum mau funcionamento no complexo estimulante do coração
desenvolvem arritmia cardíaca e, por isso, necessitam colocar — por meio de uma cirurgia —
um marcapasso. Este recebe o nome em questão porque irá fazer exatamente a mesma função
das células marcapasso originais.
As arritmias fazem com que os sons (bulhas) do coração apresentem alteração. O
popularmente conhecido “sopro” no coração é um som anômalo que, normalmente, ocorre em
decorrência de uma má formação em alguma valva cardíaca ou nos septos que separam átrios
de ventrículos, permitindo o refluxo de sangue. São muito comuns em crianças, pois, logo após
o nascimento, o coração ainda não está completamente pronto. Porém, caso persista, mesmo
após a fase adulta, alguns tratamentos podem ser necessários. Em casos mais graves, cirurgias
com a substituição da valva defeituosa por uma cardíaca de porco ou artificial pode ser
necessária.
VOCÊ QUER LER?
Para consolidar tudo o que aprendemos até aqui, sugerimos a leitura do capítulo 7 do livro
“Anatomia e fisiologia”, disponível na biblioteca virtual em: https://integrada.minhabiblioteca.
.com.br/books/978-85-277-2445-6
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2445-6
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2445-6
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O ciclo cardíaco consiste em cinco fases. Para conhecê-las, clique nas abas a seguir e preste bastante atenção.
Contração
ventricular
volumétrica
Fechamento das valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide) e das arteriais (valva da
aorta e pulmonar).
E j e ç ã o
ventricular
Pressão do ventrículo excede a pressão nas artérias e as valvas arteriais (da aorta e
pulmonar) abrem, permitindo a saída do sangue dos ventrículos.
Relaxamento
isovolumétrico
Todas as valvas estão fechadas e ocorre a diástole atrial.
Enchimento
ventricular
As valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide) se abrem e ocorre enchimento de 70%
do volume dos ventrículos.
Sístole atrial Supre os ventrículos com 30% do sangue remanescente.
No eletrocardiograma, são captadas fundamentalmente três ondas: a P, o complexo QRS e a T. Veja na figura a
seguir em mais detalhes.
Figura 16 - Traçado típico de um eletrocardiograma
- -24
Figura 16 - Traçado típico de um eletrocardiograma
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em Shutterstock, 2019.
A onda P corresponde à despolarização atrial, momento em que os átrios iniciarão a sístole; o complexo QRS
corresponde à despolarização ventricular, momento em que os ventrículos darão início à sístole; e, por fim, a
onda T corresponde à repolarização ventricular, momento em que terá início a diástole ventricular.
O eletrocardiograma é uma ferramenta importante para que os médicos e profissionais de saúde, como
fisioterapeutas e educadores físicos, conheçam as condições de saúde e eficiência cardíaca. Muito da reabilitação
de cardiopatas e da preparação física de atletas é decidido por esses profissionais, a partir dos dados observados
no exame.
Vamos, então, verificar se você realmente compreendeu o ciclo cardíaco e sua relação com o eletrocardiograma?
Realize a atividade a seguir!
Temos, assim, que o coração é uma máquina fenomenal.
O volume de sangue ejetado pelos ventrículos a cada minuto é chamado de . Se sua frequênciadébito cardíaco
cardíaca aumenta, o débito também.
Normalmente, o coração bate cerca de 70 vezes por minuto durante o repouso (frequência cardíaca de repouso)
e ejeta um volume sistólico de cerca de 70 ml a cada contração. Se fizermos o cálculo, veremos que, em um adulto
normal, por minuto, o débito é de 70 contrações70 ml = 4.900 ml de sangue por minuto.vs
Imagine, por exemplo, que você tenha realizado uma atividade física e sua frequência cardíaca subiu para 120
batimentos por minuto. Quanto é o débito nesse momento? Como podemos analisá-lo?
CASO
Ariovaldo tem 60 anos e chegou ao pronto socorro com uma dor de forte intensidade no tórax
há duas horas. Ele contou que a dor irradiava para o membro superior esquerdo e para a
mandíbula, assim como relatou que tem diabetes, pressão alta e é tabagista de dois maços/dia
há 35 anos. O paciente também comentou que sua mãe faleceu de infarto agudo do miocárdio
(IAM) aos 50 anos.
No exame físico, Ariovaldo apresentou bulhas normofonéticas sem sopros e pressão arterial de
180x11mgHg. Imediatamente, o paciente foi medicado e tratado com melhora parcial dos
sintomas. Além disso, foi realizado um eletrocardiograma (ECG) de urgência que evidenciou
alterações na onda T, com diagnóstico clínico de IAM.
O IAM ocorre quando há necrose das células do miocárdio. Frequentemente, é causado por
obstrução das artérias coronárias e obesidade, sendo a hipertensão e o tabagismo importantes
fatores de risco. No caso de Ariovaldo, houve lesão na parede dos ventrículos, pois o
eletrocardiograma apresentou alteração na onda T. Dessa forma, sabemos que, após o infarto,
poderá ser mais difícil para Ariovaldo manter um débito cardíaco adequado, já que o débito
depende da força de contração da parede ventricular.
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Figura 17 - Aferição da frequência cardíaca
Fonte: Rido, Shuterstock, 2019.
Vamos fazer as contas?
Débito cardíaco = Frequência cardíaca Volume sistólico
Débito cardíaco = 120 70 = 8.400 ml/min
Portanto, 8,4l de sangue seria o volume ejetado do seu coração, por minuto, a uma frequência de 120 batimentos
por minuto.
Percebeu o quanto o coração trabalha? Imagine o quanto ele consome de energia. Além disso, para manter a
homeostase, é necessário que o pulmão ajuste o seu funcionamento de acordo com o funcionamento do coração.
Na sequência, você vai estudar sobre o tecido epitelial e o sistema respiratório. Fique atento!
3.3 Tecido epitelial e sistema respiratório
Para estudarmos o próximo sistema, precisamos compreender melhor um dos tecidos fundamentais. Isto porque
a função do sistema respiratório só é possível graças ao tecido epitelial. Este se difere drasticamente do tecido
conjuntivo.
Figura 18 - Comparação entre as características do tecido conjuntivo e do epitelial
Podemos encontrar o tecido epitelial de duas formas: revestimento ou glandular. O tecido epitelial de
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Podemos encontrar o tecido epitelial de duas formas: revestimento ou glandular. O tecido epitelial de
revestimento, como o nome sugere, apresenta-se revestindo superfícies externas, como a pele; ou internas, como
a superfície dos órgãos. Já o tecido epitelial glandular apresenta a capacidade de secreção de substâncias.
De qualquer forma, o tecido epitelial não se mostra sempre igual, independentemente do local. Na verdade, pode
apresentar formas celulares e quantidades de camadas celulares diferentes.
Em relação à forma celular, podemos classificar o tecido epitelial em três tipos: pavimentoso, cúbico ou cilíndrico
(colunar ou prismático).
No entanto, o tecido epitelial também pode ser classificado quanto a quantidade de camadas celulares. Se
apresentar uma única camada celular, denominaremos como simples. Porém, apresentando duas ou mais
camadas, denominaremos estratificado.
Agora, observe no quadro a seguir esses tecidos em lâminas.
Figura 19 - Tecido epitelial de revestimento
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Quanto maior o número de camadas celulares, maior a variação nas formas celulares, observe na sequência.
Figura 20 - Formas celulares do tecido epitelial estratificado
Fonte: Kateryna Kon, Shutterstock, 2019.
Sabemos que a figura anterior se trata de um tecido epitelial estratificado, mas você sabe qual é a forma celular?
Consideraremos o formato das células que estão mais profundas, cuboides, ou das mais superficiais, achatadas?
Para essas situações, padronizou-se que o tecido seria classificado pela camada mais superficial, portanto,
pavimentoso. O motivo pelo qual a forma celular varia tanto tem a ver com outra característica do tecido
epitelial: a falta de vascularização.
Veja a seguir as características do epitélio de revestimento.
O único tecido vascularizado é o tecido conjuntivo, portanto, ele estará associado a todos os demais, incluindo o
tecido epitelial. A nutrição tecidual vem por difusão, célula a célula. Quanto mais distante do tecido conjuntivo a
camada estiver, menos nutrientes ela receberá, fazendo com que a célula comece a diminuir seu tamanho até a
apoptose. Quando fazemos um procedimento de esfoliação da pele, estamos, na realidade, retirando essas
camadas mais superficiais de células que estão morrendo.
No entanto, toda regra tem a sua exceção. Duas exceções são o tecido epitelial pseudoestratificado ciliado
(epitélio respiratório) e o tecido epitelial de transição (urinário). Veja a figura a seguir.
Figura 21 - Lâmina e esquema com o tecido epitelial pseudoestratificado ciliado
Fonte: Shutterstock, 2019.
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Podemos observar a lâmina que apresenta várias alturas de núcleos, ou seja, é um tecido estratificado. Porém,
quando analisamos a forma celular, o que encontramos é uma única camada celular, com células em formatos
diversos, caracterizando um “falso estratificado”, chamado de “pseudoestratificado”.
O epitélio pseudoestratificado é encontrado nas vias aéreas, chamado de epitélio respiratório. A presença dos
cílios favorece em muito a função das vias aéreas.
Por fim, outra exceção é o tecido epitelial de transição, também encontrado na literatura como urotélio, por ser
um tipo de epitélio frequente nas vias urinárias.
Figura 22 - Lâmina histológica do tecido epitelial de transição e a transição de forma do epitélio de uma bexiga 
vazia e cheia
Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017, p. 75.
Observe que as células do tecido epitelial não se misturam com o tecido conjuntivo. Isto porque o tecido epitelial
possui uma especialização chamada “lâmina basal”, uma camada de gel e proteínas adesivas que 
compartimentaliza os tecidos e, ao mesmo tempo, serve de barreira filtradora para as substâncias transportadas
entre os tecidos.
Agora que sabemos as funções do tecido epitelial e de que forma ele pode ser classificado, poderemos
compreender melhor as funções dos demais sistemas, a começar pelo sistema respiratório.
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O sistema respiratório possui as seguintes funções: respiração, olfação e fonação. Ele é composto por diversos
órgãos, como mariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. Observe a próxima figura.
VOCÊ QUER LER?
Quer saber mais sobre o tecido epitelial e de que forma ele pode ser importante para sua
profissão? Leia o capítulo 4 do livro “Histologia básica: texto e atlas”, dos autores José Carneiro
e Luiz Carlos Uchôa Junqueira. A obra está disponível na biblioteca virtual em: 
.https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527732178
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527732178
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Figura 23 - Órgãos que compõem o sistema respiratório
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock, 2019.
O ar é uma mistura de gases que compõem a atmosfera terrestre. Desta, para o nosso organismo, o oxigênio é a
parte mais importante. Se perguntassem a você com qual órgão respiramos, provavelmente sua resposta seria os
pulmões. Contudo, se pegarmos o ar da forma como ele está e já o inserirmos no pulmão, muito provavelmente
mataríamos as células pulmonares. Por isso, o sistema respiratório é composto por outras estruturas. Serão elas
que irão preparar o ar até a hematose (troca de gases entre pulmões e vasos sanguíneos).
O nariz, por exemplo, que vemos ao olharmos uns para os outros, é apenas uma parte desse órgão, chamado de
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O nariz, por exemplo, que vemos ao olharmos uns para os outros, é apenas uma parte desse órgão, chamado de
“nariz externo” Internamente, ele é formado pela cavidade nasal. No interior desta, encontramosas conchas. 
nasais e o septo nasal.
Toda a cavidade nasal é recoberta por um tecido epitelial secretor de muco, que tem por objetivo umidificar o ar
e fazer com que pequenas partículas de sujeira grudem no nariz, impedindo de descer até os pulmões. Além
disso, a cavidade nasal possui um tecido conjuntivo extremamente vascularizado, fazendo com que o ar seja
aquecido.
Os espaços entre as conchas nasais são os meatos nasais, sendo que, nestes, existem pequenos orifícios que
comunicam a cavidade nasal com os seios paranasais Veja essas estruturas na figura a seguir.. 
Figura 24 - Estruturas anatômicas da cavidade nasal e seios paranasais
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock, 2019.
Depois de passar pela cavidade nasal, o ar é conduzido para a faringe. Esta se trata de um tubo de tecido
muscular estriado esquelético que serve tanto para a passagem do ar quanto do alimento. Na figura a seguir,
temos a faringe e sua divisão em partes nasal, oral e laríngea.
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Figura 25 - Partes da faringe
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock, 2019.
Inferiormente à faringe, encontraremos a laringe, uma estrutura altamente complexa formada por várias
cartilagens. A cartilagem mais superficial e mais proeminente é a da tireoide popularmente chamada de “gogó”, 
ou “pomo de adão”. Ela recebe esse nome por ser a cartilagem de apoio da glândula tireoide.
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Figura 26 - Estrutura anatômica da laringe
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em Shutterstock, 2019.
Outra cartilagem de extrema importância na laringe é a epiglote.
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Figura 27 - Vista lateral da laringe em um corte sagital
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock, 2019.
Repare que, enquanto você engole qualquer tipo de alimento, não respira. Isto porque a sua epiglote está
fechando as vias aéreas.
Inferiormente à epiglote e posterior à cartilagem da tireoide, temos as pregas vocais, erroneamente chamadas de
“cordas vocais”. Elas são duas pregas mucosas que vibram com a passagem, sendo que essa vibração emite som:
a voz.
Anatomia viva:
Quer sentir a vibração das pregas vocais? Encontre no seu pescoço onde fica a cartilagem da tireoide, colocando
seus dedos sobre ela.
Veja na imagem na sequência como palpar a cartilagem da tireoide.
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Fonte: iStock, 2019.
Palpe suavemente a região e emita um som vibratório, como “zzzzzzzzzzzzzzzzzzz” bem forte. Sentiu a vibração
das pregas vocais? É exatamente nessa posição do pescoço que elas se localizam e sua voz é produzida.
Assim que o ar passa pela laringe, chega a um canal formado por cartilagens e músculo liso que se localiza
anteriormente ao esôfago, chamado traqueia. Ao final desta, encontramos uma bifurcação que dá origem a dois
novos canais, os brônquios principais. Eles se ramificam em segmentos cada vez menores, denominados
bronquíolos.
3.3.1 Traqueia e brônquios
Conforme os brônquios se ramificam, passam a ser chamados de bronquíolos. Da cavidade nasal até alguns
bronquíolos, o ar estará apenas sendo conduzido (filtrado, umidificado e aquecido), sendo que somente na
região dos alvéolos (porção final dos bronquíolos) é que teremos o processo de hematose. Chamaremos a
primeira porção de “zona de condução do ar” e a segunda de “zona respiratória”.
VOCÊ QUER VER?
Agora que você sentiu a presença das pregas vocais durante a palpação da laringe, vamos vê-
las funcionando? As pregas vocais também podem ser visualizadas por exames de imagem,
conforme vemos no vídeo a seguir, intitulado “Exame: videonasofibroscopia”, disponível em: 
.https://youtu.be/dpRPYD-rEqE
https://youtu.be/dpRPYD-rEqE
- -36
E quanto aos pulmões? Estes são um conjunto de alvéolos, como você pode observar na figura a seguir.
Figura 28 - Composição pulmonar
Fonte: BlueRingMedia, Shutterstock, 2019.
Cada alvéolo é envolto por muitos capilares sanguíneos (vindo da artéria pulmonar) com sangue empobrecido
de oxigênio. Por outro lado, cada alvéolo contém ar enriquecido de oxigênio. Assim, por difusão, ocorrem as
trocas gasosas (hematose).
VOCÊ SABIA?
A bronquite é uma inflamação de brônquios e a bronquiolite é uma inflamação de bronquíolos.
Já a asma é uma inflamação mais crônica de bronquíolos, em que estes, devido à inflamação,
tornam-se mais estreitos, dificultando a passagem de ar.
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Figura 29 - Alvéolos pulmonares cobertos por capilares sanguíneos
Fonte: iStock, 2019.
Os pulmões formam a parte respiratória das vias aéreas. Eles são em número de dois e ficam na cavidade
torácica, apoiados sobre o músculo diafragma.
Os pulmões apresentam um ápice superior e uma base. O pulmão direito é formado por três lobos (superior,
médio e inferior), que são separados pelas fissuras oblíqua e horizontal. O pulmão esquerdo, por sua vez, tem
somente dois lobos (superior e inferior), separados pela fissura oblíqua.
Veja os pulmões, seus lobos e fissuras na imagem a seguir.
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Figura 30 - Morfologia do pulmão
Fonte: Shutterstock, 2019.
Agora que você conheceu os órgãos do sistema respiratório, vamos fazer uma verificação dos seus
conhecimentos por meio do exercício na sequência.
Etapa 1
Ventilação pulmonar: capacidade que o corpo tem de fazer o ar entrar e sair.
Etapa 2
Hematose: troca gasosa, difusão entre alvéolos e vasos sanguíneos.
Etapa 3
Transporte de gases até os tecidos.
O objetivo da respiração é levar o oxigênio para as células — pois é a partir dele que as células produzem ATP —,
portanto, deve alcançar a terceira etapa.
Qualquer dificuldade que haja em qualquer uma das etapas poderá levar à falta de oferta de oxigênio para as
células e, consequentemente, à necrose tecidual. Além disso, não é simplesmente cumprir as três etapas, visto
que precisamos fazer com que ora ocorram mais rapidamente, ora mais lentamente, de acordo com a
necessidade dos tecidos.
Vamos compreender o funcionamento de cada uma das etapas.
A ventilação pulmonar é uma etapa mecânica que envolve a contração e o relaxamento de alguns músculos,
como diafragma e músculos intercostais. Veja a seguir suas localizações.
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Figura 31 - Localização anatômica dos principais músculos respiratórios
Fonte: Blamb, Shutterstock, 2019.
Não basta ter um pulmão cheio de ar, lembre-se de que o objetivo é fazer com que o oxigênio contido no ar
chegue até os demais tecidos. Assim, a segunda etapa consiste na capacidade de retirar desse ar o oxigênio e
difundi-lo para o sangue. Além disso, o sangue enriquecido com gás carbônico (produto do metabolismo celular)
precisa excretá-lo para o meio externo. Tal processo ocorre por difusão simples, ou seja, sem gasto energético, a
favor do gradiente de concentração.
O ar que chega aos alvéolos tem uma concentração maior que o sangue em oxigênio. Por outro lado, o sangue
possui maior concentração em gás carbônico que o ar contido nos alvéolos. Logo, esses gases se difundem do
meio mais concentrado para o menos concentrado.
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Figura 32 - Processo de hematose e difusão tecidual
Fonte: VectorMine, Shutterstock, 2019.
Esses gases percorrem a corrente sanguínea de duas formas: diluídos no plasma sanguíneo (cerca de 2%,
apenas) e fixados em uma proteína chamada “hemoglobina” (98%), contida no interior das hemácias.
Cada hemoglobina possui quatro sítios de ligação, aos quais atribuíram o nome grupo heme. Para que o oxigênio
possa se ligar a ele, é necessário a presença de um átomo de ferro. Cada hemoglobina consegue carregar cerca de
quatro oxigênios.
A partir daí, o oxigênio é carregado pelo sangue para todo o corpo e, conforme as hemácias vão passando pelos
capilares sanguíneos, ocorre a terceira etapa: a perfusão tecidual, também por difusão simples.
Louis Pasteur, em 1881, descobriu a existência de uma bactéria chamada estreptococo
- -41
Agora, assista a videoaula sobre o sistema respiratório a seguir e reforce os conceitos aprendidos até aqui!
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O próximo tema de estudo é acercado epitélio glandular exócrino. Vamos lá?
3.4 Epitélio glandular exócrino, tubo digestório e glândulas 
anexas
O tecido epitelial possui, além da função de revestimento, função glandular. Glândulas são, portanto, formadas
por células epiteliais que, isoladamente ou em grupo, possuem a capacidade de secreção de substâncias.
Funcionalmente, existem dois tipos principais de glândulas: exócrinas e endócrinas. Para conhecer sobre elas,
clique nos a seguir.cards 
Glândulas exócrinas
São glândulas que secretam substâncias para o meio externo ou para o interior de uma cavidade. Exemplo:
glândulas lacrimais, glândulas salivares, glândulas sudoríparas, entre outras.
Glândulas endócrinas
São glândulas que secretam substâncias para o interior dos vasos sanguíneos, sendo estas carregadas para todo
o corpo por meio do sangue. A essas substâncias damos o nome de “hormônios”.
Aqui, então, estudaremos as glândulas exócrinas. Observe a figura a seguir.
Figura 33 - Morfologia das glândulas
Louis Pasteur, em 1881, descobriu a existência de uma bactéria chamada estreptococo
pneumonia, maior agente causador de pneumonia no mundo. Ela causa uma infecção
pulmonar que dificulta a ventilação pulmonar.
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Figura 33 - Morfologia das glândulas
Fonte: Tefi, Shuttersctok, 2019.
Geralmente, as glândulas exócrinas são constituídas por unidades secretoras, nas quais é sintetizada e secretada
a secreção; e por ductos excretores que conduzem a secreção. Essas glândulas podem apresentar de uma a várias
unidades secretoras e um ou muitos ductos excretores.
Figura 34 - Regiões da glândula exócrina
Fonte: Designua, Shuttestock, 2019.
- -43
A ramificação nas glândulas exócrinas é critério para sua classificação. As glândulas com ducto único são
denominadas “glândulas simples”, enquanto as glândulas com ductos ramificados são as “glândulas compostas”.
Por fim, as glândulas com unidades secretoras ramificadas são denominadas “glândulas ramificadas”.
Ainda podemos classificar as glândulas exócrinas quanto à forma das unidades secretoras. Há dois tipos de
formato de unidades secretoras: glândulas tubulosas, em forma de tubos; e glândulas acinosas ou alveolares, que
são arredondadas.
Na figura a seguir, temos alguns exemplos de glândulas exócrinas.
Figura 35 - Classificação das glândulas exócrinas
Fonte: Aldona Griskeviciene, Shutterstock, 2019.
Sobre o produto secretado, ele pode ser de origem proteica (glândula serosa) ou de mucinas (glândula mucosa).
Facilmente identificado em cortes histológicos pela sua coloração, o produto mucoso não é corado com
facilidade, mostrando-se mais claro que quando comparado a uma glândula serosa.
Figura 36 - Glândula serosa (à esquerda) e glândula mucosa (à direita)
Fonte: Jose Luis Calvo; Kateryna Kon, Shutterstock, 2019.
- -44
As glândulas também apresentam três formas principais de secretar seus produtos: merócrina, apócrina ou
holócrina. Clique nas abas a seguir e aprenda mais sobre elas.
• Merócrina
Quando a secreção presente em vesículas é transferida por exocitose.
• Apócrina
Quando uma delgada região do citoplasma apical da célula é eliminada juntamente aos grãos de secreção.
• Holócrina
Na região próxima ao ducto excretor, as células involuem, morrem e se rompem. Todo o seu conteúdo se
transforma em secreção, que é conduzida ao longo do ducto.
Veja na sequência as características do epitélio glandular.
A compreensão do que é e de que forma as glândulas exócrinas se apresentam será importante para a
compreensão do funcionamento do sistema digestório. Assista a videoaula na sequência, sobre o sistema
digestório.
https://cdnapisec.kaltura.com/html5/html5lib/v2.77.2/mwEmbedFrame.php/p/1972831/uiconf_id/44388221
/ e n t r y _ i d / 1 _ t i u y f b b t ?
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Se perguntássemos a função do sistema digestório, provavelmente você diria que é digerir. Essa conclusão não
está errada, apenas incompleta. Isto porque digerir significa “quebrar em moléculas menores”. Os alimentos que
consumimos são formados por nutrientes importantíssimos para a sobrevivência das células, portanto, mais do
que quebrar em moléculas menores, precisamos distribuir esses nutrientes para cada um de nossos tecidos.
Nosso sistema digestório é formado por uma série de estruturas que desempenharão funções desde a preensão
do alimento até a eliminação daquilo que não será absorvido pelo corpo, ou seja, da boca ao ânus.
A cavidade oral será responsável pela preensão, mastigação, digestão e deglutição do alimento.
Os dentes são estruturas rígidas e esbranquiçadas que se articulam com a mandíbula e a maxila. Sua função é
participar da mastigação, com o auxílio de alguns músculos. Alguns destes já conhecidos por nós, como o
músculo , serão os principais responsáveis pelo processo de movimentação da mandíbula, gerando amasseter
mastigação dos alimentos.
•
•
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Figura 37 - Localização anatômica do músculo masseter
Fonte: iStock, 2019.
Formando o limite lateral da cavidade oral, temos o músculo bucinador. É ele que forma as bochechas.
Outro músculo importante na função de preensão do alimento será o músculo orbicular da boca. Ele também
forma o limite anterior da cavidade oral, os lábios superiores e inferiores.
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Figura 38 - Músculo orbicular da boca (interior do círculo amarelo)
Fonte: Teguh Mujiono, Shutterstock, 2019.
O limite superior da cavidade oral é formado pelo palato duro. Posteriormente ao palato duro, encontraremos o
palato mole, formado por músculos que auxiliarão no processo de deglutição do alimento. A porção final do
palato mole é uma região chamada de “úvula palatina”, popularmente conhecida como “campainha” ou “sininho”,
que impedirá que o alimento suba para a cavidade nasal.
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Figura 39 - Limite superior da cavidade oral
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em medicalstocks, Shutterstock, 2019.
A língua, por sua vez, fica no assoalho da cavidade oral e terá um papel importantíssimo em diversas ações no
processo interno da boca. Por possuir fibras musculares em diversos sentidos, ela será capaz de movimentos
nessas mesmas direções. Ela auxilia, por exemplo, o músculo bucinador: enquanto este joga o alimento para o
centro da cavidade oral, a língua joga para a periferia. O movimento alinhado dos dois músculos faz com que o
alimento fique exatamente ao alcance dos dentes.
Além disso, na superfície superior da língua, encontraremos a maior concentração de papilas gustativas, que são
responsáveis pelo paladar.
De maneira geral, a percepção de sabor ocorre conforme a figura a seguir.
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Figura 40 - Áreas de sabor na língua: doce, salgado, azedo, amargo e umami
Fonte: Peter Hermes Furian, Shutterstock, 2019.
O processo de mastigação é classificado como uma digestão mecânica na cavidade oral. No entanto, teremos,
também, a digestão química, que será realizada com o auxílio de algumas glândulas acessórias denominadas
glândulas salivares. Estas são exócrinas e sua substância secretada para a cavidade oral é a saliva.
Há trêspares de glândulas salivares maiores: parótidas, submandibulares e sublinguais. Veja na figura a seguir.
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Figura 41 - Glândulas salivares maiores
Fonte: gritsalak karalak, Shutterstock, 2019.
Sobre a constituição química da saliva, temos três tipos principais de glândulas: aquelas que produzem uma
saliva rica em amilase, outras que produzem uma saliva rica em mucina e aquelas que chamamos de “mistas” por
produzirem os dois tipos.
A amilase é uma enzima que digere componentes de origem do amido, ou seja, carboidratos de maneira geral.
Portanto, a digestão desse grupo alimentar é iniciada na região oral, graças a presença dessas glândulas.
A secreção de mucina (muco) se faz necessária uma vez que o alimento irá passar por canais estreitos que
podem ser lesionados por atrito. A secreção da glândula parótida é do tipo serosa, rica na proteína amilase.
VOCÊ SABIA?
A parotidite é a infecção viral da glândula parótida, conhecida popularmente como “caxumba”.
Ela pode ser fatal para crianças pequenas e trazer complicações como a infecção dos testículos
(orquidite) e possível esterilidade masculina e meningite. A melhor maneira de se prevenir da
caxumba é com a vacinação. A vacina para caxumba é muito segura (gestantes e
imunodeprimidos devem consultar o médico antes de se vacinarem) e pode ser tomada
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O processo de deglutição se inicia com o levantar da língua, quando o alimento desliza para a região posterior da
boca e a úvula palatina protege a cavidade nasal, a fim de garantir o sentido único de direção do alimento. Este
será conduzido para um canal já conhecido anteriormente por nós: a faringe. Após a faringe, o alimento
prosseguirá a caminho do esôfago.
Tanto faringe quanto esôfago serão responsáveis pela condução do alimento de uma região a outra. Isto ocorrerá
graças ao muco que envolve o alimento e ao peristaltismo exercido pela musculatura do esôfago.
O esôfago é um tubo de músculo liso que se inicia na altura de sexta vértebra cervical e se estende até o
estômago. Conforme o alimento passa por meio do esôfago, as glândulas esofágicas secretam muco, que lubrifica
o bolo alimentar e protege o esôfago do atrito provocado por alimentos mal mastigados.
O estômago é uma bolsa muscular localizada na cavidade abdominal, mais voltado para a porção esquerda do
abdome. Anatomicamente, o estômago é formado pelas seguintes regiões: cárdia, fundo gástrico, corpo gástrico,
piloro.
Figura 42 - Regiões anatômicas do estômago
Fonte: iStock; Shutterstock, 2019.
A função principal do estômago é a digestão mecânica — quando formada por músculos — ou química —
quando formada pela secreção de enzimas.
Quando o alimento chega ao estômago por meio da cárdia, a parede do estômago se distende e estimula o
estômago a liberar gastrina. A gastrina aumenta as contrações do estômago e a secreção de suco gástrico pelas
glândulas gástricas. O pH dessa secreção é extremamente ácido, variando de 0,9 a 1,5, e forma o suco gástrico
que contém pepsina, ácido clorídrico, fator intrínseco e enzimas proteolíticas. Diariamente, são secretados pela
mucosa gástrica de dois a três litros de suco gástrico.
A pepsina contida no suco gástrico é uma enzima de pH ácido e com ação proteolítica. Portanto, o alimento que
veio da região oral com pH neutro deverá ser acidificado para poder ser digerido. Dessa forma, no interior do
estômago será secretado, além da pepsina, o ácido clorídrico (HCl), a fim de acidificar a cavidade estomacal. Daí
surge o questionamento: esse ácido não faz mal ao epitélio estomacal?
Faria, se não fosse um epitélio adaptado. Entre as células de revestimento, encontraremos glândulas mucosas
imunodeprimidos devem consultar o médico antes de se vacinarem) e pode ser tomada
gratuitamente em postos de saúde. Para saber mais, acesse o site do Ministério da Saúde em: 
.http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/caxumba
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/caxumba
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Faria, se não fosse um epitélio adaptado. Entre as células de revestimento, encontraremos glândulas mucosas
que produzem uma camada protetora contra o ácido e protegem o estômago da autodigestão.
As contrações peristálticas do estômago transformam o bolo alimentar em pequenas partículas e o misturam
com sucos gástricos, formando uma massa semilíquida, o quimo. Em seguida, este é conduzido em direção ao
antro pilórico e liberado no intestino delgado, em uma região chamada “duodeno”, dando início à fase intestinal
da digestão.
O intestino delgado é um tubo muscular de aproximadamente seis metros de comprimento. Anatomicamente,
possui três regiões: duodeno, jejuno e íleo.
VOCÊ O CONHECE?
Barry J. Marshall e J. Robin Warren ganharam o prêmio Nobel da medicina em 2005 pela
descoberta da Helicobater Pylori. A gastrite é a inflamação crônica na mucosa do estômago
pela bactéria Helicobacter Pylori e é responsável por sintomas como sensação de dor no
estômago, náusea e vômitos. Acredita-se que a incidência de gastrite na população brasileira
seja de até 70%, sendo que seu agravamento pode levar à úlcera e até ao câncer.
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Figura 43 - Regiões do intestino delgado: duodeno, jejuno e íleo
Fonte: iStock, 2019.
No duodeno proximal, as glândulas de Brunner também secretam grandes quantidades de muco, a fim de
lubrificar e proteger o duodeno contra sucos potencialmente corrosivos de quimo ácido e suco gástrico. O
duodeno produz, ainda, os hormônios secretina e colecistocinina.
As células absortivas consistem em um grande número de microvilosidades densamente juntas sobre uma
membrana plasmática, que contém os mecanismos de transporte para absorção e produz enzimas para a etapa
final na digestão.
A região inicial (duodeno) também é responsável pela digestão lipídica. Associadas a ele, temos duas glândulas
de extrema importância: fígado e pâncreas.
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Figura 44 - Posição do fígado e do pâncreas no abdome, respectivamente
Fonte: iStock, 2019.
O fígado é a maior glândula do corpo, com múltiplas funções. Aqui, queremos destacar a síntese e a secreção de
bile. As principais células que compõem o fígado são os hepatócitos, que sintetizam a bile e a conduzem por uma
rede de ductos até a vesícula biliar, onde ela é armazenada. Durante o processo de digestão alimentar, a vesícula
libera no interior do duodeno a bile, que terá por função a emulsificação da gordura.
Sabe quando você vai lavar louça e se depara com uma panela extremamente gordurosa? O que, geralmente,
você faz? Deixa de molho na água com detergente, certo? Após algum tempo, a gordura está mais fácil de limpar.
Essa é a ideia da bile: ela emulsiona a gordura para que seja digerida.
No entanto, quem digere a gordura? O suco pancreático, produzido pelo pâncreas. O pâncreas é uma glândula
mista que compõe o corpo, o que significa que ela tem capacidades exócrina e endócrina. Neste momento, vamos
nos ater a capacidade exócrina.
A função exócrina do pâncreas compreende células que secretam mais de 1.000 ml de enzimas digestivas todo
dia. Os ácinos de células produtoras de enzimas liberam suas secreções dentro dos ductos que emergem no
ducto pancreático. Entre as substâncias secretadas pelo pâncreas, temos as proteases e a lipase.
A lipase, assim como a bile, é secretada para o interior da cavidade duodenal por meio de um ducto (ducto
pancreático). Assim, logo que o alimento sai do estômago e adentra a cavidade intestinal, inicia-se a digestão
lipídica e, ao longo de jejuno e íleo, os nutrientes serão absorvidos.
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Figura 45 - Glândulas anexas ao duodeno
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em Alila Medical Media, Shutterstock, 2019.
O intestino delgado possui duas funções principais: absorção de nutrientes e digestão. Todos os nutrientes que
foram digeridos até o momento serão absorvidos no jejuno e no íleo para a corrente sanguínea. Por isso, o
comprimento intestinal é tão importante, pois aumenta as chances de absorção dos nutrientes.
Múltiplas projeções da mucosa intestinal aumentam a área de superfície para absorção no jejuno e íleo. Essas
projeções são chamadasde . As contrações intestinais e as várias secreções digeremvilosidades intestinais
carboidratos, proteínas e gorduras, possibilitando à mucosa intestinal absorver os nutrientes para a corrente
sanguínea.
Após passar ao longo dos seis metros de intestino delgado, o restante do alimento que não foi absorvido passa
para o intestino grosso. Este possui cerca de 1,5 metros de comprimento e tem por função principal a absorção
de água para a corrente sanguínea e formação das fezes.
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Figura 46 - Localização anatômica do intestino grosso
Fonte: iStock, 2019.
O íleo se comunica com o intestino grosso em uma região chamada “ceco”. De lá, o alimento passa pelo colo
ascendente do intestino grosso, colo transverso, colo descendente, colo sigmoide, reto e ânus, por onde é
excretado.
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Figura 47 - Regiões anatômicas do intestino grosso e comunicação entre intestinos delgado e grosso
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em iStock; Shutterstock, 2019.
Agora que você conheceu os órgãos do sistema digestório, vamos fazer uma verificação dos seus conhecimentos
por meio do exercício a seguir.
Para confirmar seus estudos, vamos a mais uma atividade. Acompanhe!
Antes de finalizar seus estudos sobre a circulação, a respiração e a digestão, leia com atenção a síntese do
capítulo. Você terá a oportunidade de rever, de forma geral, o que estudamos até aqui, além de relembrar os
principais pontos abordados.
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Síntese
Chegamos ao fim de mais uma unidade de estudos. Aqui, pudemos entender que o sistema respiratório é
formado por diversas estruturas anatômicas que possuem papel fundamental na preparação do ar até a chegada
aos pulmões. Além disso, todas essas estruturas são fundamentais, uma vez que, caso elas não exerçam seu
papel, a hematose não será possível. Sem esta, não atingiremos o objetivo principal, que é ofertar o oxigênio aos
tecidos (perfusão).
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Aprender de que forma trabalha o coração e o trajeto do sangue pelo corpo;
• Conhecer as estruturas anatômicas dos sistemas respiratório e cardíaco;
• Conhecer sobre o sistema linfático e sua importante função na manutenção da homeostase;
• Conhecer as estruturas que compõem o sistema respiratório, bem como aprender sobre as três etapas 
da respiração: ventilação, hematose e perfusão;
• Aprender que os sistemas linfático, cardíaco e respiratório estão intimamente integrados entre si e com 
os sistemas anteriormente estudados.
Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Caxumba: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Brasília,
2019. Disponível em: . Acesso em: 21 ago. 2019.http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/caxumba
COSTANZO, L. S. Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
JUNQUEIRA, U. L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 13. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2017.
Disponível em: . Acesso em: 21 ago. 2019.https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527732178/
MOORE, L. K.; DALLEY, F. A.; AGUR, R. A. M. Anatomia orientada para clínica. 8. ed. São Paulo: Guanabara Koogan,
2019. Disponível em: . Acesso em: 21 ago.https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527734608
2019.
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
PROGRAMA Viver Livre. Exame: videonasofibroscopia. 20 jul. 2012. Disponível em: https://www.youtube.com
. Acesso em: 21 ago. 2019./watch?v=dpRPYD-rEqE&feature=youtu.be
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Disponível em: . Acesso em: 21 ago. 2019.https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788582714041
TORTORA, J. G.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 14. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2016.
Disponível em: . Acesso em: 21 ago. 2019.https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867
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http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/caxumba
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https://www.youtube.com/watch?v=dpRPYD-rEqE&feature=youtu.be
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788582714041
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867
	Introdução
	3.1 Sistemas cardiovascular e linfático
	3.1.1 Coração
	3.1.2 Circulação do sangue
	3.1.3 Circulação da linfa
	Sistema auxiliar de drenagem tecidual
	Defesa do organismo
	Absorção de lipídeos
	3.2 Ciclo e débito cardíacos
	3.3 Tecido epitelial e sistema respiratório
	3.3.1 Traqueia e brônquios
	3.4 Epitélio glandular exócrino, tubo digestório e glândulas anexas
	Merócrina
	Apócrina
	Holócrina
	Síntese
	Bibliografia

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