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1 - Drenagem Livro-Texto

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Prévia do material em texto

Autoras: Profa. Andreza Pereira dos Santos
 Profa. Sinária Rejany Nogaia de Sousa
Colaboradores: Prof. Thiago Macrini
 Profa. Laura Cristina da Cruz Dominciano
Drenagem Linfática
Professoras conteudistas: Andreza Pereira dos Santos / 
Sinária Rejany Nogaia de Sousa
Andreza Pereira dos Santos
É graduada em Fisioterapia pela Universidade de Guarulhos (2004), especializada em Dermatofuncional pela 
Universidade Gama Filho (2007) e Educação e Saúde pelo Centro Universitário Ítalo-brasileiro (2008), mestre em 
Patologia Ambiental e Experimental pela Universidade Paulista – UNIP (2013) e doutora em Patologia Ambiental 
e Experimental também pela UNIP (2018). Atualmente é docente e coordenadora auxiliar do curso de Estética e 
Cosmética na UNIP (campus Norte) e realiza atendimentos na área da estética e fisioterapia dermatofuncional.
Sinária Rejany Nogaia de Sousa
É fisioterapeuta graduada pela Universidade Bandeirante de São Paulo (2001), pós-graduada em Intervenção em 
Neuropediatria pela Universidade Federal de São Carlos (2004) e Fisioterapia Dermatofuncional pela Universidade 
Gama Filho (2008), mestre em Patologia Ambiental e Experimental pela UNIP (2014) e doutora em Patologia Ambiental 
e Experimental pela UNIP (2018). Atualmente é docente na UNIP no curso de Tecnologia em Estética e Cosmética e na 
pós-graduação de Fisioterapia Dermatofuncional e Cosmetologia e Estética Funcional. Atua em projetos de pesquisa 
relacionados aos cursos de Estética e Fisioterapia Dermatofuncional.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
S237d Santos, Andreza Pereira dos.
Drenagem linfática / Andreza Pereira dos Santos, Sinária Rejany 
Nogaía de Sousa. – São Paulo: Editora Sol, 2020.
200 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Fisiologia. 2. Protocolo desintoxicante. 3. Drenagem. I. Sousa. 
Renajy Nogaía de. II. Título.
CDU 615.825
U505.77 – 20
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcello Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Giovanna Oliveira
 Kleber Souza
Sumário
Drenagem Linfática
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8
Unidade I
1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E URINÁRIO ..... 11
1.1 Sistema cardiovascular ...................................................................................................................... 12
1.1.1 Coração ....................................................................................................................................................... 12
1.1.2 Sangue ........................................................................................................................................................ 17
1.1.3 Vasos ............................................................................................................................................................ 20
1.2 Sistema linfático ................................................................................................................................... 25
1.2.1 Linfa .............................................................................................................................................................. 26
1.2.2 Capilares linfáticos ................................................................................................................................. 26
1.2.3 Linfonodos ................................................................................................................................................. 28
1.2.4 Troncos linfáticos .................................................................................................................................... 29
1.2.5 Ductos linfáticos ..................................................................................................................................... 29
1.2.6 Órgãos linfoides: tonsilas, timo, baço e apêndice ..................................................................... 31
1.3 Sistema urinário .................................................................................................................................... 34
1.3.1 Rim e glândula suprarrenal ................................................................................................................ 35
1.3.2 Ureter ........................................................................................................................................................... 39
1.3.3 Bexiga urinária ......................................................................................................................................... 39
1.3.4 Uretra ........................................................................................................................................................... 39
2 FISIOPATOLOGIA DAS ALTERAÇÕES EDEMATOSAS APLICADAS À ESTÉTICA ............................ 41
2.1 Distúrbios hemodinâmicos ............................................................................................................... 41
2.2 Edema ....................................................................................................................................................... 43
2.3 Linfedema ................................................................................................................................................ 46
2.3.1 Linfedema primário ................................................................................................................................ 47
2.3.2 Linfedema secundário ........................................................................................................................... 47
2.3.3 Classificação do linfedema ................................................................................................................. 51
Unidade II
3 HISTÓRICO, DEFINIÇÃO, EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS, INDICAÇÕES E 
CONTRAINDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL .............................................................. 56
3.1 Histórico e definição da drenagem linfática manual ............................................................ 56
3.2 Efeitos fisiológicos e terapêuticos da drenagem linfática ................................................... 58
3.3 Indicações e contraindicações da drenagem linfática .......................................................... 59
3.3.1 Indicações .................................................................................................................................................. 59
3.3.2 Contraindicações .................................................................................................................................... 62
3.4 Métodos edescrição da drenagem linfática manual ............................................................ 63
3.4.1 Método Vodder ........................................................................................................................................ 63
3.4.2 Método Leduc .......................................................................................................................................... 66
3.4.3 Método Godoy ......................................................................................................................................... 69
4 PREPARAÇÃO PARA A TÉCNICA E PROTOCOLO DESINTOXICANTE .............................................. 72
4.1 Preparação para a aplicação da técnica de drenagem linfática ....................................... 72
4.2 Drenagem linfática manual para gestantes .............................................................................. 75
4.3 Protocolo desintoxicante .................................................................................................................. 76
Unidade III
5 DESCRIÇÃO DA APLICAÇÃO DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL FACIAL .............................. 81
5.1 Preparação para a técnica de drenagem linfática .................................................................. 82
5.2 Evacuação dos linfonodos faciais .................................................................................................. 84
5.3 Captação da linfa facial ..................................................................................................................... 91
6 DRENAGEM LINFÁTICA REVERSA: PRINCÍPIOS ATIVOS DESINTOXICANTES 
E PROTOCOLO DESINTOXICANTE FACIAL .................................................................................................107
6.1 Drenagem linfática reversa ............................................................................................................107
6.2 Princípios ativos desintoxicantes .................................................................................................107
6.3 Protocolo desintoxicante facial ....................................................................................................108
Unidade IV
7 PREPARAÇÃO PARA A TÉCNICA E DESCRIÇÃO DAS MANOBRAS 
DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL CORPORAL ................................................................................115
7.1 Preparação para a técnica da drenagem linfática manual corporal .............................117
7.2 Manobras de evacuação dos gânglios linfáticos corporais ...............................................122
7.3 Manobras de captação da linfa corporal ..................................................................................127
7.3.1 Decúbito dorsal ..................................................................................................................................... 128
7.3.2 Decúbito ventral ................................................................................................................................... 163
8 COMPRESSÃO EXTERNA DOS TECIDOS ................................................................................................181
8.1 Compressão externa dos tecidos e enfaixamento ................................................................181
8.2 Protocolo desintoxicante corporal ..............................................................................................182
7
APRESENTAÇÃO
Este livro-texto tem como objetivo fornecer a você um material teórico com amplo apoio visual 
e sugestões para um maior conhecimento sobre a técnica de drenagem linfática manual. Dando 
embasamento ao conhecimento proposto, serão apresentados exercícios através da análise de um caso 
clínico que faz parte do dia a dia de uma clínica de estética. O estudo de casos clínicos traz o aluno para 
uma visão mais próxima dos atendimentos com a técnica de drenagem linfática manual.
O conhecimento de anatomia e fisiologia oferecido aqui proporciona facilidade de correlacionar a 
técnica com as alterações estéticas faciais e corporais, como nos casos de fibroedema geloide (celulite), 
retenção hídrica (inchaço), olheiras, dificuldade circulatória, entre outras alterações visíveis na pele. Além 
disso, estar ciente de indicações e contraindicações, já que nem todos os indivíduos têm a indicação 
de receber a massagem, é vital – essas informações levam o profissional para a aplicabilidade de forma 
correta e segura das técnicas, seguindo a sequência fisiológica.
O conteúdo programático se iniciará com a abordagem da anatomia e fisiologia do sistema 
circulatório sanguíneo, pois este é responsável pela distribuição do sangue pelos órgãos e tecidos do 
corpo. Ele é importante para esta disciplina porque caminha paralelamente ao sistema linfático; além 
disso, todo líquido captado durante a drenagem vai desembocar no coração, aumentando o volume de 
sangue, então seria impossível falar de sistema linfático sem citar o circulatório sanguíneo.
O sistema linfático é responsável pela captação do líquido excedente durante a técnica de drenagem. 
Esse processo é importante, pois evita a formação de edema (inchaço). No interior dos vasos e gânglios 
linfáticos, além do líquido, temos uma grande concentração de células do sistema imunológico, 
responsáveis pelos mecanismos de defesa corporal.
Todo o líquido recolhido pelo sistema linfático será devolvido ao sistema circulatório, o que aumenta 
a quantidade de sangue distribuído pelo corpo, e esse sangue precisa passar pelo sistema urinário, em 
especial pelos rins, nos quais é depurado (filtrado), a fim de evitar que ocorram alterações na composição 
do sangue pelo acúmulo de substâncias nocivas. Assim, a drenagem tem o efeito de promover a formação de 
urina e sua eliminação, e por isso esse é um assunto estudado neste livro-texto.
Igualmente importante para a prática profissional é o tema da fisiopatologia das alterações 
edematosas aplicadas à estética. Vamos discutir as principais alterações relacionadas a problemas 
no próprio sistema linfático, como elefantíase, linfedema – que pode ser causado por obstrução do 
sistema linfático – ou por retirada de vasos ou linfonodos/gânglios, no caso de uma mastectomia 
radical, por exemplo.
Além disso, falaremos detidamente da técnica de drenagem linfática manual, trazendo ao aluno a 
oportunidade de avaliar um cliente/paciente a fim de verificar se essa técnica é a melhor indicação para 
o quadro clínico apresentado. Na continuação dessa proposta, o livro-texto trará o passo a passo da 
prática clínica da massagem, demonstrando de forma ilustrativa e descritiva a sequência da drenagem 
linfática manual facial e corporal.
8
Com isso, ao término de seus estudos, você, aluno, deverá estar apto para realizar a técnica da drenagem 
linfática manual facial e corporal associada às alterações estéticas, analisando de forma individualizada 
cada caso, o que é extremamente relevante para sua formação como profissional completo.
INTRODUÇÃO
Iniciaremos nosso percurso de estudos com a anatomia e fisiologia dos sistemas circulatório, 
linfático e urinário, conhecimento necessário para entender a integração de todos eles com as 
disfunções fisiopatológicas das alterações edematosas aplicadas à estética, tais quais distúrbios 
hemodinâmicos, edema e linfedema.
O sistema linfático é uma via de mão única: o líquido intersticial, após ser captado, só será 
liberado nos vasos sanguíneos. A linfa é o líquido presente nos vasos e gânglios linfáticos e apresenta 
semelhança com o sangue, embora seja incolor pela ausência de hemácias em sua composição. 
Além disso, é rica em glóbulos brancos, o que permite participar da defesa orgânica do indivíduo.
A rede linfática tem o percurso paralelo ao sistema vascular sanguíneo, no qual a linfa terá sua 
via final. Quando ela se junta ao sangue, ocorre aumento do fluido que deverá seguir o trajeto até 
os rins, nos quais ocorre o processo de filtração com a retenção de substânciasnão utilizáveis pelo 
organismo e o excedente de água, formando a urina, que, posteriormente, deve ser eliminada 
pela via excretora.
É essencial o conhecimento aprofundado sobre anatomia e fisiologia dos sistemas que 
envolvem a drenagem de líquidos corporais para que, na sequência, possa ser abordado o tema 
da técnica de drenagem linfática manual. Quando chegarmos a ele, falaremos da definição, do 
histórico, dos métodos e da descrição da drenagem linfática manual. Serão descritos os diferentes 
métodos da massagem, seus efeitos fisiológicos e terapêuticos, suas indicações e contraindicações. 
Demonstraremos a prática clínica da técnica em pacientes gestantes e, complementando o 
tratamento, a aplicação do protocolo desintoxicante.
A técnica de drenagem linfática manual foi criada em 1936 por Emil Vodder e sua esposa, Estrid 
Vodder, na Dinamarca. Ela é considerada uma massagem diferenciada pela ação direta no sistema 
linfático através da remoção do excesso de líquido presente no espaço intersticial e da retirada de 
proteínas plasmáticas e resíduos metabólicos, processo que aumenta a oxigenação e a nutrição tecidual.
Para sua execução, são utilizadas manobras de compressão manual nos tecidos de forma 
intermitente e monótona, sempre respeitando a anatomia do trajeto linfático e mantendo uma 
velocidade lenta nos movimentos, com pressão suave, em torno de 30 a 40 mm Hg. Quando a 
técnica é realizada de forma correta, ocorrem alterações benéficas no sistema imunológico, 
vascular, muscular, nervoso etc.
As indicações para a massagem são diversas, dentre elas, fibroedema geloide, conhecido 
popularmente como “celulite”, retenção de líquidos causada por períodos prolongados na 
posição sentada e/ou em pé, quadros de pós-operatório de cirurgias plásticas faciais e corporais, 
9
gestação, presença de edema, entre outras. Entretanto, nem todos os indivíduos podem realizar 
a drenagem linfática, por isso a necessidade de estudo profundo sobre suas contraindicações.
O próximo passo de nossa discussão é demonstrar de forma ilustrativa e descritiva as manobras 
da drenagem linfática manual facial, para que você, aluno, possa realizá-la no dia a dia em seus 
clientes/pacientes. A técnica pode ser aplicada em pessoas com edema na face, olheiras, pele 
envelhecida, dificuldade de circulação, rosácea, acne, situação de pré ou pós-operatório, entre outras.
Nossa demonstração trará a forma de preparação a fim de a técnica de drenagem linfática 
com as manobras de evacuação dos linfonodos faciais importantes para que o líquido estagnado 
(parado) nos gânglios linfáticos siga o percurso e auxilie o mecanismo de captação (absorção) 
da linfa facial. Como sugestão, descrevemos um protocolo desintoxicante facial que auxilia na 
eliminação de toxinas e favorece o processo de remineralização com o uso de argila.
Por fim, a última etapa de nosso estudo descreve as manobras da drenagem linfática manual 
corporal, a preparação para a técnica da drenagem linfática manual corporal com posicionamento 
do cliente na maca, técnicas de respiração para o relaxamento, seguindo com as manobras de 
evacuação dos gânglios corporais e captação da linfa corporal. Para potencializar e manter a 
drenagem por mais tempo, vamos discutir a importância da compressão externa dos tecidos com 
o uso de cintas ou bandagens compressivas, e depois oferecer como sugestão de finalização o 
protocolo desintoxicante corporal, de grande auxílio para a prática clínica.
11
DRENAGEM LINFÁTICA
Unidade I
1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO 
E URINÁRIO
Podemos simplificar os componentes do sistema cardiovascular em: vasos através dos quais circulam 
continuamente os líquidos corporais e coração, que é uma bomba responsável por impulsionar o sangue 
para todo o corpo através de sua contração rítmica. Os vasos são considerados um circuito fechado de 
tubos de diversos tipos e calibre (espessura), que fazem a comunicação de todos os sistemas do organismo.
O sistema cardiovascular é formado pelo sistema vascular sanguíneo e pelo sistema vascular linfático. 
O sanguíneo tem como função o transporte de sangue por órgãos e tecidos, distribuindo oxigênio, 
nutrientes, hormônios, fatores de coagulação, células de defesa e calor. Ele promove o recolhimento de 
gás carbônico e catabólitos produzidos pelas células durante seu metabolismo, que devem ser recolhidos e 
conduzidos aos locais onde são eliminados, contribuindo, assim, com o processo de homeostase (equilíbrio).
Quando temos alguma falha no processo de vascularização em membros inferiores, podemos observar 
que a perna ou o pé apresentam alterações na coloração e muitas vezes a presença de um quadro doloroso.
No sistema linfático, temos a circulação de um líquido transparente chamado de linfa, na qual pode 
ser encontrada uma grande quantidade de células de defesa e também de partículas estranhas que 
foram retiradas de outras regiões do corpo e precisam ser destruídas pelas células de defesa.
Como funções do sistema linfático, podemos citar:
• limpeza da linfa através da remoção de partículas estranhas;
• destruição de agentes agressores, por exemplo, bactérias que são destruídas através de fagocitose;
• resposta imune como a produção de anticorpos que agem no combate aos agentes agressores 
e no retorno do líquido intersticial excedente para corrente sanguínea, evitando o acúmulo de 
edema no espaço intersticial.
O funcionamento adequado do sistema urinário complementa o sistema vascular sanguíneo e 
linfático. Ele é considerado de vital importância, pois é responsável pela filtração do sangue, retendo 
todas as substâncias nocivas e o excedente de líquido, que serão posteriormente eliminados através 
da formação de urina. Durante a aplicação da técnica de drenagem linfática, é comum observar esse 
processo de filtração pela vontade de urinar durante a massagem.
A partir de agora, vamos conversar um pouco mais profundamente sobre essas informações.
12
Unidade I
1.1 Sistema cardiovascular
O sistema cardiovascular, também chamado de sistema vascular sanguíneo, é composto de coração, sangue 
e vasos, e é responsável por realizar o deslocamento (circulação) do sangue através do corpo, começando no 
coração, passando, na sequência, por todos os tecidos e órgãos e finalmente retornando ao coração.
Para que a circulação seja feita constantemente e sem falhas, é necessário que todos os seus 
componentes funcionem de forma harmônica. Um exemplo de desarmonia é a presença de uma doença 
cardíaca em razão da qual os batimentos e a força contrátil do coração apresentam comprometimento. 
Nesse quadro, o sangue tem dificuldade de chegar em regiões mais distantes do coração, ameaçando a 
sobrevida das células, órgãos e tecidos.
1.1.1 Coração
O coração é um órgão presente no corpo humano, constituído por tecido muscular específico, chamado 
de músculo cardíaco. Esse músculo apresenta contração involuntária, ou seja, ele bate independentemente 
da vontade do indivíduo, e seu funcionamento é rítmico e estável, cerca de 70 batimentos por minuto.
O coração está localizado entre os pulmões sobre o músculo diafragma no espaço denominado 
mediastino, posteriormente posicionado em relação ao osso esterno, às cartilagens costais e às costelas 
esquerdas. O órgão pesa aproximadamente 400 gramas em adultos e apresenta o formato de um cone 
com o tamanho de uma mão fechada.
O coração é composto de quatro cavidades cardíacas, dois átrios e dois ventrículos; os átrios estão 
localizados na porção superior do coração e os ventrículos, na porção inferior. Além disso, ele é dividido 
em lado direito e lado esquerdo pelo septo interventricular, que separa o ventrículo direito do ventrículo 
esquerdo e o septo interatrial, que separa o átrio direito do átrio esquerdo.
Átrio 
direito
Átrio 
esquerdo
Ventrículo 
esquerdoVentrículo direito
Figura 1 – Câmaras cardíacas, átrios e ventrículos
13
DRENAGEM LINFÁTICA
Os átrios, situados na porção superior do coração, sãoresponsáveis pelo recebimento do sangue 
proveniente do corpo e dos pulmões e por ejetar o sangue para os ventrículos. Anatomicamente, 
são cavidades menores que os ventrículos, inclusive tendo paredes mais finas que as deles, o que 
se deve ao fato de os átrios não precisarem realizar muita força na sua contração para ejetar o 
sangue para os ventrículos.
No átrio direito, desembocam as veias cavas inferior e superior, que liberam o sangue proveniente do corpo 
rico em gás carbônico, enquanto o átrio esquerdo recebe o sangue oxigenado que retornou dos pulmões 
pelas veias pulmonares.
Os ventrículos são cavidades maiores e com paredes mais densas (ou mais potentes) que as dos 
átrios, devido à força de que eles precisam para impulsionar o sangue em direção aos pulmões e 
ao corpo.
 Lembrete
Os ventrículos estão localizados na porção inferior do coração, já os 
átrios, na superior.
Os ventrículos realizam a propulsão do sangue em direção aos pulmões a fim de serem 
oxigenados e impulsionam o sangue em direção ao corpo para serem distribuídos a todos os 
órgãos e tecidos.
O ventrículo direito recebe o sangue do átrio direito pela valva atrioventricular direita (também 
chamada de tricúspide). Ela evita que o sangue retorne ao átrio, já que ele deve ser impulsionado para 
os pulmões através das artérias pulmonares para serem oxigenados.
O ventrículo esquerdo é mais potente que o ventrículo direito pela necessidade que este lado 
apresenta de encaminhar o sangue para todo o corpo. O ventrículo esquerdo recebe o sangue do átrio 
esquerdo pela valva atrioventricular esquerda (bicúspide ou mitral) e seguirá o percurso pela artéria 
aorta em direção ao corpo.
Na saída do sangue do ventrículo direito em direção aos pulmões, encontramos a valva 
pulmonar, que evita o retorno do sangue para o coração. Já do ventrículo esquerdo em direção 
à artéria aorta, temos a valva aórtica, cuja função é evitar o retorno do sangue em direção ao 
coração. Todo esse mecanismo de entrada e saída de sangue no coração ocorre de forma rítmica 
e constante, e qualquer falha pode comprometer a saúde do indivíduo.
O coração é chamado de bomba porque apresenta entrada e saída (através dos átrios e 
ventrículos, respectivamente), as valvas, que direcionam o sangue (evitando seu retorno) e os 
vasos, que conduzem o sangue do coração para os órgãos e corpo e do corpo e órgãos de volta 
para o coração.
14
Unidade I
Todo esse processo de distribuição de sangue é chamado de circulação sanguínea, e podemos 
dividi-lo em pequena e grande circulação, como veremos logo a seguir.
Ventrículo esquerdo
Aorta
Artéria 
pulmonar
Átrio direito
Valva 
pulmonar
1
2
3
4
Átrio esquerdo
Valva 
aórtica
Valva 
mitral
Valva 
tricúspide
Ventrículo direito
Figura 2 – Válvulas cardíacas: 1) valva tricúspide; 2) valva pulmonar; 3) valva mitral; 4) valva aórtica
O processo da grande circulação ocorre na maior parte do corpo, passando pelo coração, todos 
os órgãos e tecidos e retornando novamente ao coração. Seu trajeto se dá no seguinte caminho: 
átrio esquerdo, válvula bicúspide, ventrículo esquerdo, válvula aórtica, artéria aorta, órgãos e tecidos, 
retornando ao átrio direito pelas veias cava superior e inferior. Essa circulação é importante para a total 
distribuição do sangue oxigenado.
A pequena circulação engloba o sangue que sai do coração ao pulmão e retorna ao coração. Seu caminho 
se dá da seguinte forma: o sangue chega ao átrio direito, passa pela válvula tricúspide em direção ao 
ventrículo direito, segue para os pulmões pelas artérias pulmonares (direita e esquerda) e retorna ao átrio 
esquerdo pelas veias pulmonares (direita e esquerda). Essa circulação é importante para que o sangue 
chegue aos pulmões, onde ocorre a troca gasosa, liberando o gás carbônico e captando o oxigênio para 
ser distribuído pelos órgãos e tecidos.
15
DRENAGEM LINFÁTICA
Pulmões
Corpo
Coração 
esquerdo
Circuito pulmonar
Bombeamento Bombeamento
Grande circulação
Coração 
direito
Figura 3 – Pequena e grande circulação
O coração é composto (revestido) de três túnicas (camadas) chamadas de pericárdio (camada 
externa), miocárdio (camada intermediária) e endocárdio (camada interna).
Endocárdio é a túnica interna, responsável pelo revestimento das cavidades cardíacas em contato 
direto com o sangue. Ela é composta de tecido endotelial, de uma camada subendotelial de tecido 
conjuntivo denso e da camada subendocárdica de tecido conjuntivo frouxo.
O pericárdio é a túnica (camada) externa que reveste o coração. Ele é composto de tecido conjuntivo frouxo 
recoberto por epitélio simples pavimentoso. Essa camada tem funções como a proteção do coração e das raízes dos 
vasos, o auxílio na manutenção da posição correta do órgão na cavidade torácica e a limitação na distensão 
dos ventrículos, o que é importante para a manutenção do líquido pericárdico nos seus níveis adequados.
O pericárdio é composto de duas membranas: fibrosa e a serosa. O pericárdio fibroso é mais resistente pela 
presença de fibras elásticas e colágenas (tecido conjuntivo denso não modelado), o que confere sustentação 
estrutural e age como isolante elétrico, impedindo o fluxo livre de impulsos entre átrios e ventrículos, ou seja, 
controlando os movimentos entre contração e relaxamento dos átrios e ventrículos.
Já o pericárdio seroso é dividido em duas lâminas, entre as quais encontramos um fluido seroso que 
promove a lubrificação, evitando atrito entre as paredes do coração durante os batimentos cardíacos.
16
Unidade I
Miocárdio é a túnica intermediária composta de músculo estriado cardíaco que apresenta células 
musculares especializadas. Ele é responsável por manter a contração rítmica do coração durante toda a 
vida do indivíduo, pelo bombeamento do sangue através da contração e pelo relaxamento do músculo 
cardíaco, que ocorre cerca de 70 vezes por minuto.
 Saiba mais
Amplie seu conhecimento sobre a histologia cardíaca fazendo a leitura 
do seguinte livro:
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: 
texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
1
2
3
Figura 4 – Membranas que revestem o coração: 1) endocárdio; 2) miocárdio; 3) pericárdio
A frequência cardíaca, também chamada de ciclo cardíaco, consiste na contração alternada entre os átrios 
e ventrículos (já que não podemos ter contrações de átrios e ventrículos simultaneamente), e é controlada 
pelo sistema de condução elétrica, do qual depende tanto a contração do coração quanto seu ritmo constante.
O sistema de condução elétrica ocorre pelo controle de propagação das despolarizações e é realizado por 
feixes específicos de musculatura atrial. O processo de despolarização é feito pelo nodo sinoatrial localizado na 
junção da veia cava superior com o átrio direito. É nesse nodo que se iniciam os impulsos (condução) elétricos 
responsáveis pela contração cardíaca. Posteriormente, estimula-se o nodo atrioventricular, situado onde seu 
nome indica. Dessa forma, é realizada a estimulação cardíaca, que corresponde a dois batimentos consecutivos.
17
DRENAGEM LINFÁTICA
Então, resumindo, ocorre um estímulo elétrico no nodo sinoatrial e na sequência no nodo 
atrioventricular, primeiro um depois o outro, de forma ritmada e constante.
Nó sinoatrial
Nó atrioventricular
Rede de purkinje
Músculo ventricular
Ramos de 
feixe de His
Feixe de His
Músculo átrio
Figura 5 – Sistema de condução elétrica do coração
Para a função de bombeamento de sangue, é necessário que ocorram movimentos de contração e 
relaxamento de forma simultânea, ou seja, condução elétrica perfeita.
O período de contração dos ventrículos para expulsar o sangue proveniente dos átrios para as artérias 
pulmonares e aorta é chamado de sístole. Em contraposição a ele temos a diástole, que é o período de 
relaxamento dos ventrículos, simultâneo ao da contração dos átrios, permitindo a passagem do sangue 
dos átrios para os ventrículos. Esse ciclo repete-se incessantemente, mantendo a frequênciacardíaca sempre 
rítmica e estável. A pressão sanguínea deve ser controlada e mantida em torno de 120 a 80 mmHg, pressão 
que representa a força exercida pelo sangue no vaso sanguíneo.
 Observação
A frequência cardíaca pode ser alterada em situações emocionais ou no 
exercício pela influência do sistema nervoso autônomo.
1.1.2 Sangue
No sistema circulatório, temos o único órgão líquido do corpo humano, chamado de sangue, que é 
um componente fluído. Sendo um tecido conjuntivo especializado pela presença de matriz extracelular 
totalmente fluida, ele é capaz de interligar o meio interno e externo, e é responsável pelo transporte de 
substâncias entre os diferentes tecidos e tipos celulares. Sua cor varia de acordo com a concentração 
de oxigênio que detém, indo do vermelho ao roxo.
18
Unidade I
As células sanguíneas são produzidas na medula óssea (conhecida popularmente como “tutano”). 
A medula é um tecido gelatinoso presente no interior dos ossos como o fêmur, a tíbia, as costelas, o 
crânio, as vértebras e o osso esterno. Ela recebe nutrientes para a produção celular, dando origem a uma 
célula-tronco, que se diferencia, sofre multiplicação e se divide em diferentes tipos celulares, como os 
mieloides, que dão origem aos glóbulos vermelhos (como as hemácias), os eritrócitos e as plaquetas, e 
as células linfoides, que dão origem aos glóbulos brancos (como os linfócitos B).
O sangue é impulsionado nos vasos pelas contrações cardíacas, estimulando a circulação dentro dos 
vasos sanguíneos. Essa circulação é de vital importância, pois se o indivíduo ficar com o sangue parado, 
ele pode coagular, trazendo malefícios ao organismo.
Um adulto tem cerca de 5 a 6 litros de sangue distribuídos pelo corpo, quantidade que corresponde 
a 8% do peso corporal do indivíduo. As principais funções do sangue são respiratória (troca gasosa), 
nutritiva (distribuição de nutrientes), excretora (liberação de toxinas), defesa (glóbulos brancos), 
termorreguladora (aumento ou diminuição de temperatura), endócrina (distribuição de hormônios), e 
de manutenção do potencial de hidrogênio (pH).
Vale a pena conversarmos um pouco mais detidamente sobre essas funções. Na função respiratória, 
ocorre o transporte de oxigênio dos pulmões até as células e de gás carbônico das células até os pulmões. 
Não podemos esquecer que a presença de oxigênio é vital para nossa sobrevida, sua falta pode levar a 
pessoa à morte.
Logo após a alimentação, ocorre o processo de metabolização do alimento para posterior absorção, 
depois de absorvido, ocorre o transporte e a distribuição dos nutrientes através do sangue, que deve 
chegar a todas as células do corpo.
O transporte e a distribuição dos hormônios produzidos nas diversas glândulas endócrinas são 
realizados através do sangue que chega às diversas regiões do corpo, onde eles são necessários para que 
ocorra a regulação e a coordenação das inúmeras atividades celulares e tissulares.
Todo o metabolismo (funcionamento) celular gera produtos do catabolismo (restos do metabolismo). 
Catabólitos como amônia e ureia, por exemplo, devem ser eliminados para não causarem toxicidade 
ou acúmulo de toxinas ao indivíduo. Logo, assim como o sangue faz o transporte de substância para 
o funcionamento metabólico, ele é responsável por carregar os restos do metabolismo para que sejam 
metabolizados ou eliminados por outros órgãos, promovendo, assim, um ambiente celular saudável.
Esse ambiente saudável também ocorre pela ausência de agentes infecciosos, e para isso o sangue 
conduz os leucócitos, que são células especializadas no combate aos agentes agressores externos 
que invadem o corpo (vírus, bactérias, entre outros), assim como conduz anticorpos para a defesa do 
organismo e elementos relacionados à imunização do organismo.
A manutenção da temperatura corpórea nos seres humanos é vital, o homem é considerado um ser 
homeotérmico, ou seja, mantém sua temperatura constante em torno de 38 ºC para que as atividades enzimáticas 
ocorram sempre nesse ambiente saudável. O sangue é um dos responsáveis por essa temperatura constante.
19
DRENAGEM LINFÁTICA
O potencial de hidrogênio (pH) mantém o equilíbrio hidrossalino, como regulação iônica e eletrolítica 
entre o sangue e as células, de extrema importância para a manutenção da vida e do conteúdo aquoso, 
de sais, ácidos e bases de todas as células e tecidos.
Na composição do sangue, temos o plasma e os elementos celulares. O plasma corresponde a 55% do 
volume sanguíneo, sendo composto de 90% de água e o restante de diversos materiais, como proteínas 
plasmáticas, sais minerais, hormônios, fatores de coagulação, como o fibrinogênio, globulinas, que agem 
na resposta imune, entre outros. As proteínas plasmáticas são muito importantes, pois contribuem com 
a pressão osmótica e com o controle da viscosidade do sangue, evitando que ele se torne mais fino ou 
mais grosso.
Os elementos celulares incluem os glóbulos vermelhos (também conhecidos como hemácias 
ou eritrócitos), os glóbulos brancos (ou leucócitos) e as plaquetas (ou trombócitos).
Os eritrócitos ou hemácias fazem parte dos glóbulos vermelhos e são as células em maior número no 
sangue. Os eritrócitos não apresentam núcleo e contêm grande quantidade de pigmento no seu interior, 
chamado de hemoglobina.
A hemoglobina é de vital importância, pois tem como função o transporte de oxigênio dos pulmões 
para os tecidos e o carregamento do gás carbônico das células para os pulmões. Esse processo de troca 
de gases entre oxigênio e gás carbônico ocorre nos pulmões através da nossa respiração. As moléculas de 
hemoglobina têm total afinidade com o oxigênio e quando se ligam a ele, fazem a liberação apenas no 
ambiente celular, deixando o oxigênio e ligando-se automaticamente ao gás carbônico, direcionando-se, 
na sequência, aos pulmões, onde deixam o gás carbônico para ser eliminado e se ligam novamente ao 
oxigênio, formando um circuito constante de distribuição e troca gasosa.
As plaquetas que também fazem parte dos elementos figurados estão envolvidas na coagulação 
sanguínea, não são células inteiras e sim fragmentos celulares.
Finalizando os elementos figurados, temos os leucócitos ou glóbulos brancos, que são células nucleadas 
maiores do que as hemácias e cuja função está ligada à defesa orgânica contra doenças e infecções. Dentre 
essas células de defesa, temos os linfócitos, que atuam no combate de agentes agressores, produzindo 
anticorpos, monócitos e neutrófilos, que realizam a fagocitose (destruição) dos agentes invasores.
Quando o organismo humano está sofrendo algum tipo de lesão, como um corte, por exemplo, os 
glóbulos brancos entram em resposta imediata a esse processo, as células de defesa precisam migrar 
rapidamente em direção à área lesionada, e fazem isso atravessando a parede dos vasos sanguíneos em 
direção aos tecidos lesionados para fazer a defesa do local.
Muitos leucócitos estão presentes no sistema linfático, como nas tonsilas, timo, linfonodos e baço, 
como veremos mais adiante em nossos estudos.
20
Unidade I
Figura 6 – Elementos celulares no interior do vaso sanguíneo
1.1.3 Vasos
Agora que já sabemos que o coração é responsável por ejetar o sangue em direção ao corpo, 
precisamos conhecer um pouco mais sobre os vasos, responsáveis por distribuir todo o sangue que flui 
através do coração e percorre todo o corpo.
O corpo humano é formado por um grande sistema de tubos chamados de vasos sanguíneos, 
divididos em capilares, veias e vênulas, artérias e arteríolas.
 Lembrete
Os vasos apresentam uma estrutura tubular e são responsáveis pelo 
transporte sanguíneo em direção ao corpo e do corpo de volta ao coração, 
movimento circulatório responsável pela troca de nutrientes, oxigênio, 
hormônios, produtos metabólicos, entre outros.
A circulação de sangue nos vasos é impulsionada através da mobilidade de contração e relaxamento 
do próprio vaso, da contração dos músculos e da movimentação dos órgãos que estão em torno dos 
vasos, e é afetadapela quantidade de sangue dentro do vaso. O que devemos saber e considerar é que 
ela é de extrema importância na regulação do débito cardíaco e na pressão arterial.
Os vasos apresentam uma variação de tamanho e espessura relacionada à pressão do sangue no 
seu interior. Essa variação de espessura, que também chamamos de calibre, se deve à quantidade de 
camadas que compõem a parede vascular.
As camadas que revestem os vasos são três: túnica íntima (interna), túnica média (intermediária) 
e túnica adventícia (externa). Elas apresentam composição feita de diferentes tecidos, o que confere 
maior ou menor resistência durante sua contração.
Túnica íntima, a camada mais interna dos vasos, é formada por tecido endotelial de tecido 
conjuntivo frouxo e uma membrana basal. A túnica média é frequentemente mais espessa que a íntima 
21
DRENAGEM LINFÁTICA
e é encontrada entre a íntima e adventícia. Sua composição engloba células de musculatura lisa, matriz 
extracelular, fibras elásticas e reticulares. Por fim, a túnica adventícia, também chamada de externa, é 
relativamente fina e reveste as outras camadas externamente, que são compostas de tecido conjuntivo, 
fibras elásticas e colágenas.
Logo a seguir vamos falar sobre os vasos arteriais e venosos e a diferença de ambos com relação às 
camadas de revestimento, o que vai conferir ao vaso maior ou menor resistência à passagem do sangue 
no seu interior.
Seio sagital superior
Tronco pulmonar
V. safena parva esquerda
Seio coronário
V. tibial anterior esquerda
V. cardíaca magna
V. tibial posterior esquerda
V. porta do fígado
Arco venoso dorsal esquerdo
V. esplênica
V. metatarsal dorsal esquerda
V. mesentérica superior
V. digital dorsal do pé esquerda
V. renal esquerda
V. mesentérica inferior
V. cava inferior
V. ilíaca comum esquerda
V. ilíaca interna esquerda
V. ilíaca externa esquerda
V. femoral esquerda
V. jugular interna direita
V. jugular externa direita
V. subclávia direita
V. braquiocefálica direita
V. cava superior
V. axilar direita
V. cefálica direita
V. hepática direita
V. branquial direita
V. intermédia do cotovelo direita
V. basílica direita
V. radial direita
V. intermédia do antebraço direita
V. ulnar direita
Plexo venoso palmar direito
V. digital palmar direita
V. digital palmar própriadireita
V. safena magna esquerda
V. poplítea esquerda
Seio sagital inferior
Seio reto
Seio transverso direito
Seio sigmóideo
Figura 7 – Vasos sanguíneos venosos
22
Unidade I
A. carótida externa direita
A. carótida comum esquerda
A. subclávica esquerda
Arco da aorta
A. axilar esquerda
A. gástrica esquerda
A. esplênica
A. renal esquerda
A. mesentérica superior
A. testicular (ou ovárica) esquerda
A. mesentérica inferior
A. ilíaca comum esquerdaA. ilíaca externa 
esquerda
A. femoral esquerda
A. femoral profunda esquerda
A. poplítea esquerda
A. tibial anterior esquerda
A. tibial posterior esquerda
A. fibular esquerda
A. dorsal do pé esquerda
A. arqueada esquerda
A. metatarsal dorsal esquerda
A. digital dorsal esquerda
A. femoral profunda direita
A. ulnar direita
A. renal direita
A. radial direita
A. hepática comum
Tronco celíaco
A. branquial direita
Tronco braquicefálico
A. subclávia direita
A. carótida comum direita
A. carótida interna direita
A. vertebral direita
Parte abdominal da aorta
Parte ascendente da aorta
Arco palmar 
superficial direito
Arco palmar 
profundo direito A. ilíaca interna 
esquerda
A. digital palmar comum esquerda
A. digital palmar própria esquerda
Parte torácica da aorta
Diafragma
Figura 8 – Vasos sanguíneos arteriais
Artérias
As artérias fazem a condução do sangue do coração para o corpo. Elas são vasos de diferentes calibres 
(diâmetro) ricos em fibras elásticas e musculares, o que confere maior resistência a grandes pressões internas.
As paredes arteriais mudam conforme o diâmetro do vaso. Artérias de maior calibre, como aorta 
e seus principais ramos, apresentam-se com uma camada mais espessa de túnica média, o que dá aos 
vasos maior elasticidade pela presença de muitas fibras elásticas em sua composição. Em razão disso, 
são também denominadas artérias elásticas. As artérias com maior diâmetro se dividem em artérias mais 
finas e estas, por sua vez, em arteríolas, as quais se estreitam tornando-se finos capilares.
23
DRENAGEM LINFÁTICA
As artérias mais finas são denominadas musculares por apresentarem muitas células musculares 
lisas e poucas fibras elásticas. Elas são consideradas artérias de distribuição, pois levam o sangue 
para o corpo.
Arteríola é um vaso arterial de calibre menor que 0,5 mm responsável por regular a passagem do 
sangue para os capilares. As arteríolas recebem o sangue com muita pressão e velocidade dos vasos 
maiores, as artérias, e controlam essa passagem para os capilares de modo a evitar sua ruptura.
Sangue desce do coração
Troca gasosa
Sangue retorna ao coraçãoLâmina 
basal
Lâmina 
elástica interna
Lâmina 
elástica externa
Área transversal
Músculo 
liso
Músculo 
liso
Túnica 
adventíciaTúnica 
adventícia
Membrana 
basal
Válvula
Membrana 
basal
Capilares
Arteríola Vênula
CapilaresArteríola
Eritrócito
Endotélio
Endotélio
Endotélio
Lúmen Lúmen
VeiaArtéria
Figura 9 – Vaso arterial, venoso e a junção através dos capilares
Capilares sanguíneos
Os capilares sanguíneos são vasos extremamente finos, responsáveis por fazer a conexão das arteríolas 
com as vênulas. Eles são compostos de uma única camada de tecido epitelial, e essa composição favorece 
a troca capilar, ou seja, a saída do sangue do interior do vaso para o espaço intersticial, facilitando a 
distribuição de oxigênio e nutrientes, bem como a retirada de gás carbônico e restos metabólicos. No corpo 
humano, os capilares representam cerca de 60.000 quilômetros de comprimento.
Os capilares podem ser fenestrados, contínuos ou sinusoides. Os fenestrados apresentam orifícios 
(janelas) ovais nas paredes do endotélio, o que facilita a troca de substâncias entre o tecido e o sangue. 
Contínuos não contêm fendas no endotélio. Já capilares sinusoides apresentam paredes muito finas, 
às vezes incompletas, que acompanham o formato da sua localização, fazendo com que eles deixem 
de ser cilíndricos.
24
Unidade I
Capa endotelial 
(túnica íntima)
Contínuo Fenestrado Sinusoide
Junção 
comunicante
Membrana basal 
incompleta
FenestraçõesFissura intercelular
Membrana basal
Figura 10 – Tipos de capilares sanguíneos
Veias
As veias são responsáveis pelo transporte de sangue da periferia do corpo de volta ao coração, processo 
chamado de retorno venoso. Anatomicamente, os vasos venosos são mais rígidos e finos do que os vasos 
arteriais, o que se deve ao fato de o sangue chegar sem força, prescindindo de pressão para ser impulsionado.
As veias apresentam válvulas que dividem os vasos mais longos em segmentos, evitando, assim o 
refluxo sanguíneo. Durante a contração muscular, ocorre uma pressão nas veias profundas que facilita 
o processo de retorno venoso, forçando o sangue a seguir no sentido do coração.
 Observação
As veias, conforme sofrem diminuição no seu calibre, passam a ser 
chamadas de vênulas.
As vênulas são veias mais finas consideradas pequenos vasos sanguíneos que se juntam aos capilares, 
proporcionando o retorno do sangue em direção aos vasos de maior calibre. As paredes das veias também 
são compostas de túnicas: íntima, média e adventícia, assim como as artérias.
Como pudemos observar até aqui, os vasos são compostos de artérias, arteríolas, capilares, vênulas 
e veias. Todos juntos fazem um sistema completo de circulação entre a entrada e saída de sangue do 
coração em direção ao corpo e do corpo em direção ao coração.
O sistema venoso é dividido em superficial e profundo. O superficial inclui a veia safena longa e a 
veia safena curta nos membros inferiores, fazendo o transporte do sangue da superfície (pele e tecidos 
subcutâneos) em direção às veias profundas. O sistema venoso profundo está disposto de forma paralela 
às artérias correspondentes,composto de veias ilíacas, femorais, poplíteas e femorais profundas.
O sistema venoso é importante para esta disciplina porque ele tem a função de facilitar o retorno 
venoso e quando acontece qualquer falha nesse processo, ocorre a formação de edema (inchaço), o que 
muitas vezes apresenta indicação de drenagem linfática manual para auxiliar na normalização do quadro.
25
DRENAGEM LINFÁTICA
1.2 Sistema linfático
Antes de entrarmos no tema do sistema linfático propriamente, vamos falar sobre os folhetos 
embrionários que dão origem aos órgãos e tecidos do corpo humano. Durante o período gestacional, entre 
a terceira e oitava semanas, temos a formação dos três folhetos embrionários chamados de ectoderme, 
endoderme e mesoderme.
O sistema linfático é formado por células embrionárias (ectoderme, mesoderme, endoderme), e 
esses três folhetos embrionários dão origem a quatro grupos teciduais: tecido epitelial, tecido muscular, 
tecido nervoso e tecido conjuntivo.
A ectoderme, parte mais externa desses folhetos embrionários, é responsável por originar a epiderme 
e o sistema nervoso. Tanto a pele quanto o sistema nervoso possuem a mesma origem e estão estrutural e 
funcionalmente ligados. A mesoderme origina o sistema linfático e os vasos sanguíneos, o tecido 
conjuntivo responsável pelo preenchimento de cavidades, diferenciando-se em derme, tendões, 
ligamentos e outros, além disso, a mesoderme é responsável por originar os músculos, ossos, gônadas e 
rins. A endoderme é a parte mais interna e dá origem ao aparelho digestório e aos pulmões.
O sistema vascular linfático é também chamado de sistema imune e representa uma via para o 
retorno do líquido intersticial, trazendo consigo proteínas plasmáticas que escaparam do vaso sanguíneo 
e são incapazes de retornar pelo seu alto peso molecular. Essas proteínas devem ser encaminhadas 
novamente ao sangue pelos vasos linfáticos.
O sistema atua como reservatório de água e eletrólitos e também participa na resposta imune através 
da produção de anticorpos, destruição de bactérias e remoção de partículas estranhas da linfa.
Os vasos linfáticos apresentam semelhança com os vasos sanguíneos e caminham paralelamente a eles, 
porém não têm um órgão bombeador como o coração – o bombeamento da linfa depende da contração 
dos vasos e dos músculos e da movimentação dos órgãos que estão em volta dos vasos linfáticos.
Compõem o sistema uma vasta rede de capilares, vasos coletores, ductos linfáticos, linfonodos, linfa 
e órgãos linfoides como as tonsilas, o baço e o timo. Vamos falar de cada um deles mais à frente.
O líquido acumulado deve ser retirado pelos capilares linfáticos para evitar alteração na homeostase 
(equilíbrio) e para solucionar esse problema os capilares linfáticos têm como função a captação do 
líquido intersticial excedente.
O espaço intersticial fica entre as células. Ele corresponde a cerca de 1/6 do volume corporal. Como sugere 
o nome, o líquido intersticial é aquele que se encontra nesse espaço. Muito semelhante ao plasma, o líquido 
intersticial se diferencia deste principalmente por ter uma baixa concentração de proteínas plasmáticas.
Os membros inferiores tendem a reter maior quantidade de líquido pela ação da gravidade, 
principalmente quando passamos muito tempo em pé, posição que gera dificuldade para a captação de 
líquido devido à diferença de pressão e ao retorno e bombeamento de sangue e linfa.
26
Unidade I
Por exemplo: se o indivíduo permanecer parado por longo período, o líquido se acumula, inclusive 
a ponto de ser possível observar a presença de retenção nos tornozelos e pés. Por isso é importante 
realizar a drenagem linfática: para melhorar o conforto dos membros inferiores e o inchaço.
 Observação
Homeostase é habilidade de manter o meio em equilíbrio quase constante, 
independentemente das alterações que ocorram no meio externo.
1.2.1 Linfa
A linfa é um líquido tecidual claro e incolor, constituída de água (cerca de 95%) e substâncias 
minerais. Encontrada apenas no sistema linfático, é formada a partir da captação do líquido intersticial 
pelos capilares linfáticos. Apresenta semelhança com o sangue, mas não contém hemácias, o que a torna 
transparente. Apresenta glóbulos brancos – como os linfócitos –, água, eletrólitos, imunoglobulinas e 
lipídios absorvidos no intestino delgado.
A linfa circula até seis vezes mais lenta do que o sangue, cerca de 2 a 3 litros a cada vinte e quatro 
horas, em grande parte devido à ausência de um órgão bombeador como o coração para movimentar 
o líquido. A circulação linfática depende da contração muscular, da pulsação dos vasos e do próprio 
sistema linfático pela mudança de pressão.
A região torácica também influencia de forma importante o fluxo da linfa. A movimentação que 
ocorre durante o processo respiratório atua sobre os troncos linfáticos da região, através de compressão 
e descompressão, o que facilita o encaminhamento da linfa.
1.2.2 Capilares linfáticos
Os capilares linfáticos estão presentes em quase todo o corpo, compondo uma vasta rede. 
Estão distribuídos no espaço intersticial e são vasos de pequena espessura, extremamente finos, 
compostos de uma lâmina basal descontínua, que se sobrepõe em escamas, o que lhe permite 
abrir-se ou fechar-se, conforme a tração dos filamentos de proteção. Essa anatomia permite a 
entrada de líquidos e macromoléculas, denominados vasos de fundo cego, pois não possibilitam o 
refluxo da linfa de volta ao interstício.
A pressão do líquido intersticial empurra as margens (paredes) dos capilares linfáticos, permitindo 
a entrada do líquido. Essa entrada torna o capilar impermeável, enquanto a pressão interna impede o 
refluxo do líquido captado.
No sistema linfático, encontramos capilares especiais chamados de vasos lácteos. Eles auxiliam na 
absorção de gordura do sistema digestivo, transportando um líquido leitoso chamado de quilo que 
depois é liberado na chamada cisterna do quilo.
27
DRENAGEM LINFÁTICA
Localizada no abdome, entre a artéria aorta abdominal e veia cava inferior, na altura das vértebras 
lombares L1 ou L2, a cisterna do quilo recebe a linfa dos troncos lombares direito e esquerdo e dos 
troncos intestinais e drena a linfa de todas as áreas do corpo localizadas abaixo do músculo do 
diafragma na altura do umbigo, de todo abdome e das vísceras pélvicas, e conduz a linfa para o canal 
torácico esquerdo.
Parede de capilares linfáticos
Linfa
Abertura nos vasos linfáticos
Células do tecido
Líquido intercelular
Figura 11 – Capilar linfático
A junção de vários capilares é chamada de anastomose e forma vasos de maior calibre (mais grosso) 
semelhantes às veias, os chamados vasos coletores. Essa semelhança ocorre pela presença de válvulas 
que impedem o refluxo da linfa e apontam a direção a seguir.
Os vasos coletores seguem ao lado das veias e artérias, passando por um ou mais linfonodos. Os que 
estão antes do linfonodo são chamados de coletores linfáticos pré-nodais ou aferentes, e depois do 
linfonodo, pós-nodais ou eferentes. Apresentam distribuição anatômica superficial e profunda.
Segmento coletor 
(enchimento)
Segmento coletor 
(esvaziamento)
Válvula distal
Válvulas linfáticas
Figura 12 – Válvulas do vaso linfático
28
Unidade I
1.2.3 Linfonodos
Linfonodos, nodos ou gânglios linfáticos são órgãos linfáticos pequenos de formato arredondado, 
lembrando um grão de feijão. O linfonodo é composto de uma camada externa cortical e uma interna 
medular. No seu interior, o centro germinativo é rico em tecido linfoide – como os linfócitos e macrófagos, 
que fazem a defesa e fagocitose (destruição) – já que na linfa podem circular agentes estranhos capazes 
de causarem doenças, se não forem destruídos.
Os gânglios são distribuídos pelo trajeto dos vasos e recebem a linfa dos vasos linfáticos aferentes, 
com a função de filtrar a linfa retendo as partículas estranhas que são presas e rapidamente atacadas 
e destruídas pelos macrófagos. Ao mesmo tempo, os linfócitos e plasmócitos aprisionam osagentes 
agressores (como bactérias, por exemplo) e produzem anticorpos contra eles. Depois disso, a linfa filtrada 
será encaminhada para os vasos eferentes.
A quantidade e o tamanho dos gânglios podem sofrer variações entre as regiões e os indivíduos. 
Por exemplo, idosos ou pessoas doentes apresentam linfonodo aumentado na área afetada. Temos como 
modelo a inflamação de garganta quando observamos as amígdalas inchadas e vermelhas, dificultando, 
muitas vezes, a deglutição dos alimentos.
O número de vasos também sofre alterações entre a entrada e saída dos linfonodos, o que faz 
com que a linfa siga seu percurso de forma lenta e rítmica e permite uma função mais efetiva. 
Temos maior quantidade de vasos na entrada dos linfonodos do que na saída deles, isso ocorre 
para que a linfa tenha uma saída mais controlada e seja, assim, capaz de reter qualquer tipo de 
agente agressor.
A distribuição dos linfonodos ocorre em cadeias como em regiões axilares, inguinais e 
cervicais, tendo aproximadamente de 400 a 600 linfonodos distribuídos pelo corpo em regiões 
superficiais e profundas.
 Lembrete
No câncer de mama, é importante a biópsia dos linfonodos axilares, pois 
as células tumorais podem entrar nos capilares linfáticos, serem transportadas 
pela linfa e, no linfonodo, se multiplicarem e produzirem metástases.
29
DRENAGEM LINFÁTICA
Vaso aferente
Vaso aferente
Vaso eferente
Figura 13 – Anatomia do linfonodo, vasos aferentes de entrada e eferentes de saída
1.2.4 Troncos linfáticos
Os vasos coletores eferentes convergem para vasos maiores, denominados troncos linfáticos, que 
são cinco:
• lombares direito e esquerdo, que recebem a linfa dos membros inferiores e de alguns órgãos pélvicos;
• troncos subclávios, que recebem a linfa dos membros superiores e de parte do tórax e dorso;
• troncos jugulares, que recebem a linfa da cabeça e do pescoço;
• troncos mediastinais, que recebem a linfa do tórax e do tronco intestinal – o único par que recebe 
linfa dos órgãos abdominais;
• tronco intestinal, que recebe a linfa dos órgãos abdominais.
Os troncos se convergem e formam dois grandes vasos, denominados ducto linfático direito e ducto 
torácico (SPENCE, 1991, p. 345).
1.2.5 Ductos linfáticos
Os ductos linfáticos são dois: o ducto torácico e o ducto linfático direito, que estruturalmente são 
semelhantes às veias de grande calibre.
O ducto torácico é o maior e se estende do abdome até o pescoço. Ele recebe a maior quantidade 
de linfa, tem origem na cisterna do quilo (dilatação sacular situada anteriormente à segunda 
vértebra lombar), sobe pelo mediastino posterior e pela abertura torácica superior, em parte do seu 
30
Unidade I
trajeto entrando na veia braquiocefálica esquerda. O ducto torácico recebe a linfa dos membros 
inferiores (MMII), dos órgãos abdominais, do membro superior esquerdo (MSE), da metade 
esquerda do tórax, da metade esquerda da cabeça e do pescoço. A união dos troncos intestinais 
lombares forma o ducto torácico.
O ducto linfático direito é formado pelos troncos subclávio, jugular e broncomediastinal direito 
e recebe a linfa do membro superior direito (MSD), da metade direita do tórax e direita da cabeça. 
Os ductos recebem toda a linfa que foi coletada e filtrada através do sistema linfático. Ela é lançada 
na corrente sanguínea pelas veias subclávias direita e esquerda, nas quais recomeçará o seu circuito 
como plasma sanguíneo.
1
2
Figura 14 – A região de número 1 refere-se à área de drenagem do 
ducto linfático direito e a de número 2, à área de drenagem do ducto torácico
31
DRENAGEM LINFÁTICA
Figura 15 – Distribuição do sistema linfático pelo corpo
1.2.6 Órgãos linfoides: tonsilas, timo, baço e apêndice
Os órgãos linfoides não têm ação direta nos vasos linfáticos ou na linfa, eles são partes integrantes 
do sistema imune que já participam da defesa orgânica: tonsilas, baço e timo, como veremos adiante.
Tonsilas
As tonsilas faríngeas, palatinas e linguais, são constituídas por numerosos folículos de tecido linfoide, 
dispostos em nódulos com centros germinativos de anticorpos e linfócitos. Elas fazem uma defesa 
adicional da cavidade oral e nasal contra a entrada de agentes infecciosos.
Tonsilas faríngeas localizadas na região posterior da nasofaringe têm a função de monitorar as 
fossas nasais e são conhecidas como adenoides. Já tonsilas palatinas estão presentes na retroboca e são 
nomeadas popularmente como amígdala; elas fazem a defesa dessa região.
32
Unidade I
Tonsilas linguais situam-se no dorso da língua, das papilas valadas até a epiglote.
Úvula
Tonsilas faríngeas
Tonsilas linguais
Tonsilas palatinas
Palato mole
 
Figura 16 – Tonsilas palatinas, linguais e faríngeas
 Observação
Amigdalite é a inflamação das tonsilas palatinas atacadas por vírus ou 
bactérias resultando numa hipertrofia do órgão.
Timo
É um órgão achatado, de coloração rosa-cinzenta, que se apresenta com dois lobos localizados à 
frente da artéria aorta e abaixo do osso esterno na região do mediastino anterior, seu tamanho aumenta 
durante a infância e com o passar dos anos diminui lentamente.
O timo participa da resposta imune através da produção do hormônio timosina, responsável 
pela maturação dos linfócitos T, gerados na medula óssea. Essa maturação favorece a resposta 
imune durante a invasão de microrganismos, atuando na sua identificação e destruição. Muitas 
vezes essa resposta imune também acontece durante o processo de recuperação de transplantados 
e células malignas.
33
DRENAGEM LINFÁTICA
Baço
Tonsila
Ducto linfático direito, 
entrando na veia
Timo
Coração
Gânglios linfáticos
Figura 17 – Timo
Baço
É o maior dos órgãos linfáticos. Sua anatomia é a de um órgão sólido, meio arroxeado, de consistência 
mole e elástica, e ele está localizado no lado esquerdo e superior do abdome, entre o fundo do estômago 
e o diafragma. Ele mede cerca de doze centímetros, embora haja variação de peso e tamanho entre os 
indivíduos. Está protegido pelas costelas inferiores e é revestido por uma cápsula fibrosa que contém 
linfócitos, plasmócitos e macrófagos, que são células de defesa.
O baço participa da função linfática e sanguínea. Na sanguínea, atua como filtro para o sangue, 
está relacionado com o metabolismo do ferro, com o mecanismo de hemocaterese – que é a destruição 
de células sanguíneas danificadas ou envelhecidas – e apresenta ligação com a reserva e produção de 
células do sangue (hematopoiese), principalmente na fase da infância.
 Observação
Quando um indivíduo retira o baço, ele se torna mais susceptível a 
processos infecciosos.
Já na função linfática, participa da retenção de agentes agressores presentes no sangue e também 
da produção de linfócitos e plasmócitos, ambos responsáveis pela fabricação de anticorpos. É um órgão 
extremamente frágil e, por isso, suscetível à ruptura em casos de trauma ou crescimento.
 Observação
Esplenectomia (cirurgia de retirada do baço) determina capacidade 
reduzida na defesa contra alguns tipos de infecção.
34
Unidade I
Vasos linfáticos
Tonsila
Timo
Baço
Gânglios linfáticos
Figura 18 – Baço
Apêndice
É uma pequena porção do intestino grosso, de formato vermiforme, cilíndrico e flexível, inserido no 
ceco (intestino grosso), abaixo da válvula ileocecal. Atua como órgão linfático e possui a função de produzir 
alguns leucócitos que contribuem com a defesa da região do intestino grosso na qual se encontra.
1.3 Sistema urinário
Para a sobrevida das células, é necessário o equilíbrio do meio onde elas estão, o que depende da 
constância no nível de água, sódio, potássio, cálcio, hidrogênio, nutrientes, entre outros. O desequilíbrio 
de substâncias pode ocasionar ao corpo certa toxicidade, trazendo alterações na homeostase.
Os rins são órgãos excretores que mantêm o equilíbrio do meio celular e extracelular, eliminam produtos 
do metabolismo, conservam ou excretam excesso de água e eletrólitos. Além disso, são importantes na 
produção do hormônio eritropoietina, que estimulaa produção de glóbulos vermelhos do sangue.
O sistema urinário é responsável pela depuração do sangue. É a partir desse processo que se dá a 
formação de urina, cuja eliminação é importante, pois evita alterações na composição do sangue pelo 
acúmulo de substâncias nocivas.
O sistema é composto de vias urinárias, de rins direito e esquerdo, responsáveis pela depuração do 
sangue, de dois ureteres (direito e esquerdo), que são vias de condução da urina produzida, uma bexiga 
– a qual funciona como reservatório – e um canal de uretra responsável pela eliminação da urina.
35
DRENAGEM LINFÁTICA
Muitas vezes, durante a execução da drenagem linfática, o cliente/paciente sente vontade de urinar. 
Isso é decorrente do aumento do fluxo linfático, que aumenta o fluxo sanguíneo e, consequentemente, 
a filtração do sangue pelos rins, formando uma maior quantidade de urina – sendo a vontade de urinar 
do cliente, portanto, uma resposta satisfatória.
Rim
Bexiga
Ureter
Uretra
Figura 19 – Componentes do sistema urinário
1.3.1 Rim e glândula suprarrenal
Rim é um órgão par, está localizado posterior à região abdominal, à direita e à esquerda da coluna 
vertebral, apresenta formato de um grão de feijão, pesa cerca de 150 gramas, mede aproximadamente 
12 cm, e na porção superior do órgão se encontra a glândula suprarrenal.
A glândula suprarrenal é responsável pela produção de hormônios como adrenalina, noradrenalina, 
mineralocorticoides e glicocorticoides. O hormônio adrenalina aumenta a excitabilidade e atividade 
metabólica em todo o organismo até 100 vezes, controla funções como a pressão arterial, os batimentos 
cardíacos, provoca vasoconstrição periférica, aumenta a frequência respiratória, entre outras. O hormônio 
noradrenalina produz os mesmos efeitos da adrenalina, porém seus efeitos duram até 10 vezes mais, por 
ser lentamente eliminada.
Os mineralocorticoides, como aldosterona, aumentam a reabsorção da água e sódio e a excreção de 
potássio. A falta de aldosterona afeta o coração, debilitando-o e diminuindo a pressão arterial.
Os glicocorticoides são androgênio e estrogênio, que são formados em pequenas quantidades 
pela glândula suprarrenal e pelo cortisol, que estimula o armazenamento de glicogênio no fígado, a 
mobilização dos tecidos graxos de depósitos adiposos, atua contra o cansaço físico e auxilia na resposta 
inflamatória, antialérgica e antichoque anafilático.
36
Unidade I
Glândula suprarrenal
A. renal
Rim
V. renal
Ureter
A. aorta
V. cava inf.
Figura 20 – Glândula suprarrenal
Os rins têm como função a filtração sanguínea com a retenção de substâncias ainda utilizáveis 
pelo organismo que são devolvidas ao sangue, controlam a quantidade de sais minerais do corpo, a 
quantidade e o potencial de hidrogênio (pH) de líquidos corporais e na sequência formam a urina de 
acordo com o líquido excedente.
Diariamente ocorre uma ingestão de aproximadamente 2.300 ml/dia de líquido. Essa quantidade de 
água corporal é proveniente da ingestão de líquido propriamente dito, da água contida nos alimentos 
e do processo de oxidação dos carboidratos. Esse consumo pode sofrer variações de acordo com os 
hábitos de vida, atividade física e temperatura do local.
A ingestão de água deve ser balanceada de acordo com as perdas diárias. A diminuição no volume 
hídrico ocorre de diversas formas, por exemplo, durante o processo respiratório, temos perdas de 
aproximadamente 350 ml/dia, durante a sudorese, cerca de 350 ml/dia, na eliminação das fezes, 100 ml/dia 
e na perda de urina, 1.400 ml/dia. Esses valores podem sofrer alterações de acordo com a atividade física, 
quadros de diarreias, entre outros.
 Observação
No paciente queimado, no qual se perde a camada córnea, a perda de 
água pode ser dez vezes maior, chegando até a 5 l/dia.
A água corporal total está distribuída entre o espaço intracelular, que corresponde a cerca de 40% 
do peso corporal, e o extracelular, que equivale a cerca de 20% do peso do corpo. O líquido extracelular 
(intersticial) corresponde a ¾ do volume extracelular e o plasma, a ¼. Esse controle d’água entre o interior 
37
DRENAGEM LINFÁTICA
da célula e o espaço intersticial é mantido pela força hidrostática e oncótica, como visto anteriormente, 
e, por outro lado, é determinado principalmente pelo efeito osmótico.
A osmose ou – efeito osmótico – é mantida pela concentração de solutos de baixo peso 
molecular, como o sódio, cloreto, entre outros eletrólitos; eles atuam através da permeabilidade da 
membrana celular.
Osmose é a difusão de água de um meio mais concentrado para um meio menos concentrado, 
sendo assim, onde houver uma concentração maior de soluto – como o sódio, por exemplo – haverá uma 
migração de água nessa direção, na tentativa de equilibrar o meio com maior concentração. Esse processo 
ocorre pela facilidade de permeação da água, que vence facilmente a membrana celular, diferente dos 
solutos, que não conseguem passar pela membrana celular.
A seguir, falaremos de um modo breve sobre os líquidos isotônicos, hipotônicos e hipertônicos, que 
influenciam diretamente a entrada e saída de água, principalmente em pacientes hospitalizados.
Soluções isotônicas com o cloreto de sódio a 0,9% ou glicose a 5% não causam alterações no espaço 
intra e extracelular. A célula não muda de volume, pois existe um equilíbrio osmótico entre os líquidos. 
Esses solutos são utilizados na prática clínica sem prejuízo ao cliente/paciente.
Já soluções hipotônicas (menor concentração de soluto) com cloreto de sódio menor que 0,9% 
fazem com que a água migre para o interior da célula. Essa migração tem como objetivo diluir o líquido 
intracelular até que ocorra o equilíbrio entre o meio intra e extracelular.
Soluções hipertônicas (maior concentração de soluto) com cloreto de sódio maior que 0,9% fazem 
com que a célula entre em contração e a água saia do meio intracelular para o espaço extracelular. 
Quando isso ocorre de forma descontrolada, a quantidade de líquido no espaço intersticial aumenta, 
embora possa haver acúmulo de líquido também no interior da célula, devido a fatores como processo 
inflamatório, falta de nutrição adequada, queda no metabolismo tecidual etc.
O excedente de líquido será captado pelo sistema linfático e devolvido ao sangue pelos ductos 
linfáticos, do coração o sangue será distribuído pelos órgãos e tecidos pela artéria aorta. É exatamente 
nesse ponto que o sistema urinário exerce sua função.
O sangue penetra nos rins pelas artérias renais e depois é distribuído pelas milhares de unidades 
renais chamadas de néfrons, responsáveis pela retirada de resíduos tóxicos a serem eliminados. Cerca de 
1.200 ml de sangue passam por minuto nos rins.
Anatomicamente os néfrons são compostos da seguinte forma: o glomérulo é a unidade por 
onde entra o sangue com produtos residuais. Dentro dele, encontra-se a cápsula de Bowman, na 
qual o sangue é filtrado. Já na região da alça de Henle, ocorre a reabsorção de elementos como 
sais e água.
38
Unidade I
O sangue filtrado sai dos rins pelas veias renais. O líquido excedente fica retido no túbulo contornado 
e forma a urina, que se torna mais concentrada à medida que é encaminhada para o tubo coletor, de 
onde ela vai sendo gotejada nos cálices renais e encaminhada para a pelve renal, a via final do rim. 
Dos rins, a urina é encaminhada para os ureteres.
A urina é composta de 95% de água, 2% de sais minerais (sódio, potássio, cloro, amônia), 3% de 
substâncias orgânicas como ureia, ácido úrico e creatina. O volume da acidez e a concentração de sais 
na urina são regulados pelo hormônio antidiurético aldosterona, o qual atua nos rins controlando os 
limites de normalidade. A urina é normalmente estéril quando expelida e tem apenas um vago odor. Um 
adulto saudável pode produzir entre 500 mL e 2 L de urina por dia.
Se os rins sofrem algum tipo de falha na sua função, o meio interno sofre diferentes alterações e as células 
não conseguem funcionar adequadamente, por isso a necessidade de transplanterenal ou hemodiálise.
Cápsula de 
Bowman
Arteríola 
eferente
Urina original
Urina final
Arteríola 
aferente Glomérulo
Túbulo 
contorcido 
proximal
Íons, água 
e outros 
compostos
Íons e água
Secreção
Reabsorção 
controlada por 
retroalimentação
Porção permeável 
à água
Porção não 
permeável à 
água
Permeabilidade variável à água
Retroalimentação 
não requerida
De
ns
id
ad
e 
el
ev
ad
a
Túbulo contorcido distal
Ducto 
coletor
Alça de Henle
Na+Água
Túbulos renaisCorpúsculo renal
Filtração
Néfron
Figura 21 – Vista dos néfrons
39
DRENAGEM LINFÁTICA
1.3.2 Ureter
Ureteres são dois condutos que saem dos rins (direito e esquerdo), com a função de conduzir a urina 
da pelve renal para a bexiga. Eles são tubos musculares com cerca 25 cm de comprimento que têm seu 
início na pelve renal e fim na bexiga urinária.
1.3.3 Bexiga urinária
A bexiga recebe a urina e deve armazená-la temporariamente até eliminação, funcionando, portanto, 
como reservatório. É um órgão oco, de forma esférica, localizada anteriormente à pelve. Envolvendo a 
bexiga, encontra-se o músculo detrusor, responsável por espremer a bexiga no ato de urinar.
A bexiga consegue armazenar cerca de 600 mL de urina. O volume acumulado estimula a sensação 
de urinar, porém, se não for possível fazê-lo, a bexiga relaxa suas paredes para receber mais urina e 
aperta o esfíncter interno para não “vazar”.
Ureter
Peritônio
Rugosidades
Abertura uretral
Trígono
Glândula próstata
Orifício uretral externo
Orifício uretral interno
Tecido fibroso conectivo
Mucosa
Submucosa
Músculo detrusor
Figura 22 – Bexiga urinária
1.3.4 Uretra
Uretra é o conduto que vai da bexiga ao escoamento da urina. É o último segmento das vias urinárias, 
sendo diferente no sexo feminino e masculino.
A uretra masculina mede cerca de 18 cm e tem duas funções: micção e ejaculação. É composta de 
três porções, a prostática, que atravessa a próstata, a membranosa, que se estende do ápice da próstata 
até o bulbo do pênis, e a esponjosa, localizada no corpo esponjoso peniano, atravessando o bulbo, o 
corpo e a glande do pênis.
Já a uretra feminina mede cerca de 3 a 5 cm e sua função é apenas a excreção de urina.
40
Unidade I
Próstata normal
Bexiga
Urina
Uretra
Figura 23 – Uretra masculina
 Observação
A infecção urinária, decorrente da presença de microrganismos que 
contaminam o sistema, é mais frequente nas mulheres pela uretra ser 
mais curta.
Trompas de Falópio
Fímbria
Bexiga
Púbis
Glândulas de Skene
Ponto G
Clitóris
Bulbo do vestíbulo
Uretra
Lábios menores
Lábios maiores
Glândulas de Bartholin
Ânus
Vagina
Reto
Cérvix
Fórnix
Útero
Sigmoide
Ovário
Figura 24 – Uretra feminina
41
DRENAGEM LINFÁTICA
2 FISIOPATOLOGIA DAS ALTERAÇÕES EDEMATOSAS APLICADAS À ESTÉTICA
2.1 Distúrbios hemodinâmicos
Alterações nos mecanismos vasculares podem causar mudanças na homeostase dos líquidos 
corporais. Esse desequilíbrio pode ser ocasionado por diversos fatores, dentre eles:
• mudança na velocidade de movimentação dos líquidos, que pode ser causada pela alteração na 
pressão dentro e fora do vaso e pelo aumento na pressão intravascular, que favorece o escape 
sanguíneo para o espaço intersticial;
• processos ligados à manutenção da integridade da parede vascular, como a vasodilatação, por 
exemplo, que favorece o escape de sangue para fora do vaso;
• manutenção do sangue no estado líquido;
• osmolaridade fisiológica do sangue (difusão de água de uma região com alta concentração para 
uma na qual a concentração esteja menor).
Água
Solução hipotônica
Solução hipertônica
Membrana semipermeável
H2O
∆t
Açúcar
Figura 25 – Demonstração de osmose. Migração de água em direção à solução hipertônica, 
buscando equilíbrio entre a quantidade de água presente nas duas soluções
 Saiba mais
Com relação à osmose, leia:
GHYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
Aproximadamente 60% do peso corporal magro consiste em água: cerca de 2/3 estão contidos dentro 
das células, no conteúdo intracelular, e 1/3, no espaço extracelular (fora da célula). O volume de entrada e 
saída do líquido do vaso para o interstício e do interstício para o vaso é controlado pela pressão hidrostática 
e pela pressão oncótica. O equilíbrio dessas pressões mantém constante a movimentação dos líquidos 
corporais. As pressões oncótica e hidrostática existem no espaço intersticial e no meio intravascular, 
determinando se o líquido entra ou sai de cada área. Vamos entender um pouco mais essas pressões.
42
Unidade I
A pressão hidrostática força o líquido para fora do compartimento onde se encontra. Ela tende a 
ser maior dentro do vaso do que no interstício e depende do bombeamento cardíaco. Quando a pressão 
apresenta-se maior dentro do vaso, favorece a saída excessiva de líquido, quando está maior no espaço 
intersticial, força o líquido a retornar ao vaso.
A pressão oncótica tem a função de atrair água para o seu compartimento. Ela é gerada pela 
quantidade de proteínas plasmáticas no plasma sanguíneo e no interstício. A proteína albumina é a 
responsável pela pressão oncótica.
 Observação
A diminuição na pressão oncótica no interior do vaso pode ocorrer pela 
perda excessiva ou síntese reduzida de albumina.
O equilíbrio das pressões hidrostática e osmótica é dado pela lei ou forças de Starling, que tem 
como função manter constantes as pressões (hidrostática e osmótica), dentro e fora do vaso, sendo 
responsáveis pelo movimento de fluido entre o meio intravascular e intersticial.
O indivíduo em homeostase mantém um equilíbrio quase perfeito nas membranas dos capilares, ou 
seja, no fluxo entre a entrada e saída dos vasos. Esse movimento é determinado pelas forças médias 
que tendem a mover os líquidos e são comandadas por pressões variáveis, nos capilares sanguíneos, 
nos capilares linfáticos e no interstício. Esse equilíbrio entre as pressões é realizado pela ultrafiltração, 
absorção venosa e absorção linfática, como veremos a seguir.
Seguem algumas definições sobre a entrada e saída de líquido e substâncias dos compartimentos:
• Ultrafiltração é definida como a saída de água e nutrientes do capilar arterial para o interstício. 
Esse movimento é controlado pela pressão hidrostática e pressão oncótica do interstício.
• Absorção venosa é dada pela entrada de água, gás carbônico, pequenas moléculas e catabólitos 
do interstício para o capilar venoso, esse processo ocorre por difusão, quando a quantidade de 
proteínas presentes no interstício é maior do que no capilar venoso.
• Absorção linfática é a entrada de líquido intersticial, proteínas de alto peso molecular e pequenas 
células no capilar linfático inicial. Esse movimento ocorre pelo aumento das proteínas presentes 
no interstício, que forçam os filamentos presentes nos capilares linfáticos.
Em outras palavras, o líquido extravasa do capilar arterial pelo processo de ultrafiltração e ocorre em 
100% na movimentação, que, na entrada do capilar venoso, é chamada de absorção venosa e representa 
90% da absorção linfática. Os capilares linfáticos realizam a absorção linfática dos 10% restantes, 
lembrando que nesses 10% é observada a presença de proteínas plasmáticas de alto peso molecular que 
não conseguem retornar ao interior dos vasos sanguíneos, por isso só retornam ao sangue através do 
sistema linfático.
43
DRENAGEM LINFÁTICA
A falha em algum mecanismo de retorno do líquido intersticial faz com que haja um aumento no 
volume de líquido no espaço, esse acúmulo de líquido é denominado edema.
2.2 Edema
Edema quer dizer inchaço, tumefação. É o acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial ou em 
cavidades naturais do corpo.
 Lembrete
O processo de edema pode ocorrer por alterações nas forças de Starling 
como visto anteriormente, por alterações hemodinâmicas ou por fatores 
como obstrução linfática, retenção de sódio, inflamação, entre outros.
O edema pode se apresentar como transudato ou exsudato.
Diminuição

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