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Tratados e Protocolos Ambientais

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Protocolos de Proteção Ambiental
Universidade Federal de São João del Rei 
Departamento Natural de Ciências Naturais – DCNAT
Políticas Ambientais: Princípios
Custos da poluição ambiental: danos
Políticas propostas para sua redução
Barreiras para a sua implementação
Medidas para superá-las
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A ONU durante conferências, aprova documentos conhecidos como tratados (propostas para reduzir impactos ambientais);
As nações concordantes assinam os tratados e passam a participar de conferências regulares de discussão (chamadas conferências das partes). Resultam protocolos ou anexos.
Para que um anexo ou protocolo entre em vigor, é preciso que cada nação o ratifique e, a seguir, adote uma legislação interna compatível.
Tratados e Protocolos
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1) Propostas visando a redução dos impactos ambientais causados pelo poluição ou outros fatores humano. 2) Disso resultam os anexos ou protocolos, que detalham medidas e metas para atingir determinado objetivo. 
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Protocolos de Proteção Ambiental
Protocolo de Montreal – 1987
Protocolo de Kyoto - 1997
	
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Protocolo de Montreal
Tratado feito internacionalmente, com o objetivo de fazer os países se comprometerem a acabar e substituir o uso do CFC’s e de outras substâncias que contribuem para a degradação da camada de ozônio.
O tratado ficou aberto para adesão a partir do dia 16 de setembro de 1987, e entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 1989. 
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Protocolo de Montreal: Camada de Ozônio
PROBLEMA: O ozônio (O3) é um gás naturalmente presente na atmosfera. Ele forma uma camada na atmosfera que serve de filtro protetor à radiação solar ultravioleta (UV-A e UV-B). 
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Na atmosfera, a presença da radiação ultravioleta desencadeia um processo natural que leva à contínua formação e fragmentação do ozônio, como na imagem abaixo:
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Clorofluorcarbono (CFC);
Hidroclorofluorcarbono (HCFC);
Brometo de metila (BR);
Óxido de nitrogênio (NO).
Sem o escudo protetor da Camada de Ozônio, os seres vivos estarão mais expostos aos raios ultravioleta (UV), e, consequentemente, mais propensos a desenvolver doenças. A radiação UV também afeta seriamente o crescimento das plantas e sua produtividade, com importantes implicações para a segurança alimentar.
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SDO’s
Protocolo de Montreal: Camada de Ozônio
Condições: baixas temperaturas; vórtice; nuvens estratosféricas polares.
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Protocolo de Montreal: Camada de Ozônio
Consequências: Sem o escudo protetor da Camada de Ozônio, os seres vivos estarão mais expostos aos raios ultravioleta (UV).
Saúde
Plantações
Vida Marinha
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1) É essa radiação que acaba provocando o câncer de pele, que mata milhares de pessoas por ano em todo o mundo. A radiação ultravioleta afeta também o sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças. 2) Os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultravioleta. Todos as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação podem diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. 3) A vida marinha também está seriamente ameaçada, especialmente o plâncton (plantas e animais microscópicos) que vive na superfície do mar. 
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Protocolo de Montreal: Solução
SOLUÇÃO: Em 1987 as nações mundiais inauguraram este protocolo para regular a produção e o consumo de produtos destruidores da camada de ozônio. 
Em 1990, foi instituído o Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal (FML)
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para prover assistência técnica e financeira aos países em desenvolvimento com recursos provenientes dos países desenvolvidos. 
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Protocolo de Montreal: Solução
A mudança de processos industriais foi fundamental para que esses objetivos fossem alcançados. Para tanto, CFCs foram substituídos na fabricação de vários itens de gases alternativos, como HCFCs.
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Protocolo de Montreal: Resultados
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Concentraões de cloro estratosfericos
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Protocolo de Montreal: No Brasil
Plano Nacional de Eliminação dos CFCs – PNC, em 2002, aprovado pela Secretaria do Fundo Multilateral para a implementação do Protocolo de Montreal – FML. (US$ 26,7 milhões)	
Objetivo: Eliminar o consumo de CFCs por meio de projetos de conversão industrial e gerenciar o seu passivo por meio de ações de recolhimento, reciclagem e regeneração. Eliminação do consumo de CFCs em 2010.
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O plano agrupou projetos direcionados aos setores de espumas, refrigeração comercial e doméstica, aerossóis, solventes, esterilizantes, MDIs, além de segmentos que ainda estavam operando com esse fluido refrigerante, como estratégia para eliminar a substância. 
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Protocolo de Montreal: No Brasil
O Brasil está entre os cinco países que cumprem metas do Protocolo de Montreal com maior excelência. Em 1º de janeiro de 2010, o país anunciou o fim da produção, comercialização e importação de clorofluorcarbonos (CFCs) em seu território;
Os fabricantes de aerossóis foram obrigados a informar nas embalagens dos produtos a ausência do uso da substância. Mais tarde, produtores de refrigeradores e aparelhos de ar condicionado também foram impedidos de incorporar o gás à estrutura dos equipamentos;
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Protocolo de Montreal: No Brasil
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Protocolo de Montreal – 1987
Protocolo de Kyoto - 1997
	
Tratados e Protocolos
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Protocolo de Kyoto
Acordo internacional que fixa metas para limitar a poluição pelos gases do efeito estufa, principalmente, o CO2.
Durante a Conferência Rio92 da ONU sobre Meio Ambiente, mais de 200 países adotaram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que entrou em vigor em 1994. Conferências anuais das Partes se seguiram, culminando com a assinatura do Protocolo de Kyoto em 1997.
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Protocolo de Kyoto: Efeito Estufa
PROBLEMA: Gases como o gás carbônico (CO2), o metano (CH4) e o vapor d'água (H2O) impedem que a energia do sol absorvida pela Terra seja completamente emitida de volta para o espaço. Sendo assim, parte do calor fica “aprisionado” próximo da Terra. A esse fenômeno de aquecimento da Terra dá-se o nome de efeito estufa.
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funcionam como uma cortina de gás que vai da superfície da Terra em direção ao espaço, 
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Protocolo de Kyoto: Efeito Estufa
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Protocolo de Kyoto: Efeito Estufa
PROBLEMA: A queima de combustíveis fósseis (gás natural, carvão mineral e, especialmente, petróleo). No caso das florestas, o desmatamento e as queimadas estão contribuindo para o efeito estufa, uma vez que liberam o carbono armazenado na biomassa florestal para a atmosfera na forma de CO2.
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ocorre principalmente pelo setor de produção de energia (termelétricas), industrial e de transporte (automóveis, ônibus, aviões, etc.). 
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Protocolo de Kyoto: Efeito Estufa
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funcionam como uma cortina de gás que vai da superfície da Terra em direção ao espaço, 
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Protocolo de Kyoto: Efeito Estufa
Consequências: Extinção de espécies animais e vegetais, alteração na frequência e intensidade de chuvas, elevação do nível do mar e intensificação de fenômenos meteorológicos (tempestades severas, inundações, vendavais, ondas de calor, secas prolongadas), entre outros. 
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Protocolo de Kyoto: Solução
SOLUÇÃO: O Protocolo prevê uma redução total das emissões de 5,2% entre 2008 e 2012 em comparação aos níveis de 1990, pelos países desenvolvidos. O Protocolo de Kyoto determina seis gases cujas emissões devem ser reduzidas:
• CO2 - Dióxido de Carbono
• N2O - Óxido Nitroso
• CH4 - Metano
• HFC - Hidrofluorcarboneto
• PFC - Perfluorcarboneto
• SF6 - Hexofluor Sulfuroso
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O Protocolo de Kyoto não apenas discute e implanta medidas de redução de gases, mas também incentiva e estabelece medidas com intuito de substituir produtos oriundos do petróleo por outros que provocam menos impacto. 
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Protocolo de Kyoto: Solução
SOLUÇÃO: Além da redução interna, os países têm mais três alternativas: 1) Investir em projetos de redução em outras nações; 2) Comprar créditos de carbono em bolsas mundiais que comercializam esse produto;2) Alocar recursos em projetos de mitigação de poluentes em países em desenvolvimento, no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (projetos de energia limpa).
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• Comércio de Emissões - realizado entre países listados no Anexo B, de maneira que um país que tenha diminuído suas emissões abaixo de sua meta transfira o excesso de suas reduções para outro país que não tenha alcançado tal condição. Segundo os critérios do Protocolo de Kyoto, os projetos são registrados na ONU e podem ter seus créditos vendidos a empresas da União Européia e do Japão, cujos governos já estabeleceram metas de redução de poluição para alguns setores da indústria. Cada crédito significa que a companhia retirou da atmosfera uma tonelada de CO2 e repassa ao comprador o direito de emitir o equivalente em gases-estufa. A segunda alternativa é colocar os créditos à venda em bolsas independentes, como a Bolsa do Clima, de Chicago, fundada em dezembro de 2003. Sua proposta foi criar um mercado de carbono alternativo ao Protocolo de Kyoto. Entre as empresas fundadoras estão a Ford Motor, a AEP Manitoba Hydro, a Motorola e a DuPont.
• Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) - permite que países desenvolvidos invistam em projetos de energia limpa nos países em desenvolvimento (que não têm metas de reduções de emissões de GEE). Hoje, existem mais de 40 países conduzindo estes projetos, e os principais são Índia (557 projetos), China (299) e Brasil (210 projetos).
• Implementação conjunta (IC) – implantação de projetos de redução de emissões de GEEs entre países que apresentam metas a cumprir (Países do Anexo I).
Brasil, China e Índia apresentam o maior número de iniciativas de MDL registradas no organismo da ONU que coordena essas atividades.
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Protocolo de Kyoto: no Brasil
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PCH pequenas centrais hidrelétricas
Bagaço cana de açucar
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Protocolo de Kyoto: Resultados
Atualmente o Protocolo de Kyoto se encontra ainda mais enfraquecido do que quando foi criado. Grande parte da culpa devido a não ratificação dos EUA. Tanto que a Organização das Nações Unidas prorrogou a validade do Protocolo para 2020. Grande parte da culpa devido a não ratificação dos EUA.
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Protocolo de Kyoto: Resultados
O grupo comprometido em reduzir emissões se reduziu a 36 países (todos os países que integram a União Européia, além de Noruega, Austrália, Ucrânia). Vale ressaltar que, juntos, esses países são responsáveis por apenas 15% do total em todo o mundo.
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Considerações Finais
Os Protocolos de Montreal e Kyoto resultaram de preocupações mundiais com o meio ambiente, sua alteração pelo homem e as conseqüências adversas que essas mudanças podem produzir sobre a vida na Terra;
Enquanto que o Protocolo de Montreal conta com o Fundo Multilateral e apóia projetos-piloto supervisionados por um Comitê Executivo, o de Kyoto não tem um fundo próprio e depende do MDL, cuja avaliação não tem sido a mais favorável.
Segundo especialistas, a ausência dos Estados Unidos enfraqueceu e muito o Protocolo de Kyoto, uma vez que somente esse país é responsável por um terço do total de emissões em nosso planeta.
Para o Ministério do Meio Ambiente brasileiro, o cumprimento de metas do Protocolo de Montreal já colaborou mais para a proteção climática do que o Protocolo de Kyoto. 
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Do lado norte americano, a desculpa para a não adesão foi bem simples: aderir a esse acordo significaria ao país colocar em prejuízo tanto o seu desenvolvimento como a sua economia.
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Referências Bibliográficas
Ministério do Meio Ambiente (sem data), Plano Nacional de Eliminação de CFCs, Relatório 2007, p.9.         
Ministério do Meio Ambiente, sem data, O que o Brasil está fazendo para a proteção da Camada de Ozônio? Plano Nacional de Eliminação de CFCs, p.10.         
Ministério do Meio Ambiente, PROZON, Ata 9/11/2007.     
Ministério do Meio Ambiente/IBAMA, Portaria Nº15 de 16/04/2008.        
O Anexo I contém os países membros da Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e os países do antigo bloco soviético. 
Estipula no mínimo 55 países do Anexo I que compatibilizem juntos pelo menos 55% do total da quantidade de dióxido de carbono equivalente emitida por eles em 1990. Ver Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima e o Protocolo de Kyoto publicado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável , Câmara dos Deputados, Ed(2005), Brasília:Plenarium, 84p, Apresentação e p.43.         
Cada crédito de carbono representa uma tonelada de gás carbônico equivalente não lançado na atmosfera. 
Folha de São Paulo, Mecanismo de Kyoto é ineficaz contra CO2, 19/12/2007, Ciência, p.A24,         
Blüchel, Kurt G , Ed.(2008) A Fraude do efeito estufa, aquecimento global, mudança climática: os fatos, São Paulo: Publishing House, 317p, p. 70-71,         
O Brasil tem uma meta de redução da taxa de desmatamento de 70% até 2018, segundo o Ministro Carlos Minc que apresentou na reunião de Poznan da ONU em 12/2008 o Plano Nacional de Mudanças Climáticas (Folha de São Paulo, Ban elogia Brasil, que alivia para desmatador, 12/12/2008, Ciência, p.A16),        
Alvim, Carlos F.; Eidelman, Frida; Mafra, Olga; Ferreira, Omar C.(2008) Avaliação das Emissões Evitadas pela Política Energética Brasileira no Setor Transporte Rodoviário. Revista Economia e Energia, Nº 70, outubro-novembro 2008, ano XII, p.32-33,         
Folha de São Paulo, Marinha mercante emite 4,5 do CO2 mundial, 14/02/2008, p.A20.        
O Globo, Mapa de riquezas do solo ajuda a combater aquecimento global, Ciência, 05/03/2009, p. 32.        
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Obrigada pela atenção!

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