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3.1 ESTRUTURAS CRISTALINAS Profa Daniele de Araujo Cella Química e Ciência dos materiais Estrutura Cristalina As propriedades exibidas pelos materiais é o resultado da combinação entre suas características atômicas como: A estrutura cristalina refere-se aos arranjos que os átomos podem assumir quando os materiais estão no estado sólido, e descreve uma estrutura altamente ordenada devido à natureza dos seus constituintes em formar padrões simétricos. Química e Ciência dos materiais Estrutura Cristalina Os constituintes de um sólido podem ser dispostos de duas maneiras: Quando formam um padrão tridimensional repetitivo de longo alcance denominado rede cristalina, produzindo, assim, um sólido cristalino Quando não há um padrão tridimensional repetitivo de longo alcance, formando assim um sólido amorfo, do grego amorphos, que significa “sem forma” Química e Ciência dos materiais Estrutura Cristalina Exemplos de sólidos amorfos e cristalinos: (a) opala; (b) pingente de opala e diamantes; (c) stibnite Química e Ciência dos materiais Estrutura Cristalina (a) Arranjo ordenado- O quartzo é uma forma cristalina da sílica (SiO2) (b) Arranjo desordenado- quando a sílica fundida se solidifica torna-se vidro Química e Ciência dos materiais Células unitárias É a menor unidade que se repete e que tem todas as características de simetria da forma organizada espacial dos átomos As células unitárias, para a maioria das estruturas cristalinas possuem seis lados, e cada lado é um paralelogramo. Por convenção, admite-se que os átomos ou íons são esferas sólidas e com diâmetros definidos, e que os vértices do paralelogramo devem coincidir com os centros de massa dos átomos (CALLISTER, 2018, p.48). Química e Ciência dos materiais Células unitárias Representação de uma célula unitária de uma pilha de tijolos Química e Ciência dos materiais Células unitárias Os materiais metálicos, por exemplo, podem se solidificar em estruturas cristalinas que apresentam quatro tipos de células unitárias: Cúbica Simples (CS): na CS cada átomo possui seis átomos vizinhos mais próximos e estão localizados nos oito vértices do cubo e apenas 1/8 de sua massa se encontra dentro da célula unitária em um arranjo octaédrico. Dessa maneira, tem-se somente um átomo no interior da célula unitária CS Somente 52% do seu volume total é preenchido. Possui número de coordenação igual a seis. Química e Ciência dos materiais Cúbica simles Química e Ciência dos materiais Células unitárias Cúbica Corpo Centrado (CCC): a célula unitária CCC é uma maneira mais eficiente de empacotamento atômico e muito mais comum entre os elementos puros. Nela, cada átomo tem oito átomos vizinhos mais próximos portanto, número de coordenação igual a oito e 68% do seu volume ocupado. A célula unitária cúbica de corpo centrado, além dos átomos nos vértices, possui um átomo central, de forma que se tem dois átomos na célula unitária CCC. Química e Ciência dos materiais Células unitárias Química e Ciência dos materiais Células unitárias Cúbica de Face Centrada (CFC): outra maneira bastante eficiente de empacotamento atômico muito encontrada nos metais é a estrutura cristalina de célula unitária cúbica de face centrada. Na CFC os átomos estão localizados em cada um dos vértices e nos centros de todas as faces do cubo. N= 6*(1/2) + 8*(1/8) =4 ÁTOMOS Química e Ciência dos materiais Células unitárias Química e Ciência dos materiais Células unitárias Hexagonal Compacta (HC): a maneira mais eficiente de empacotamento atômico nas estruturas cristalinas é a célula hexagonal compacta. A célula HC é formada por camadas atômicas alternadas, na qual a primeira e a terceira camadas ocupam os vazios tetraédricos em que cada átomo toca seis átomos no seu próprio plano, três átomos na camada acima e três abaixo do seu plano; dessa forma a HC possui número de coordenação igual a 12. A célula HC contém um átomo em cada vértice e em cada centro da face hexagonal, podendo ser descrita com ordenação atômica “a-b-a-b-a-b”. Na célula hexagonal compacta os átomos ocupam 74% do volume total da célula unitária. Química e Ciência dos materiais Células unitárias Química e Ciência dos materiais Células unitárias Química e Ciência dos materiais Células unitárias Além do número de coordenação característico para cada célula unitária, outra característica muito importante das estruturas cristalinas é o fator de empacotamento atômico (FEA), que é a razão entre a soma dos volumes das esferas de todos os átomos internos de uma célula unitária ( VE ) pelo volume da célula unitária ( Vc ), como apresentada em: Química e Ciência dos materiais Células unitárias No entanto, anteriormente ao cálculo do FEA das estruturas cristalinas, é necessário calcular VE e Vc para cada célula unitária. O volume dos átomos em uma célula unitária ( VE ) é dado por: Em que: n é o número de átomos no interior da célula unitária e 4/3 ¶ R3 é o volume de uma esfera. Química e Ciência dos materiais Células unitárias Para cada tipo de célula unitária existe uma relação distinta do comprimento da aresta (a) e o raio atômico (R), assim como uma relação distinta para o cálculo do volume da célula unitária, como são apresentadas na Tabela: Química e Ciência dos materiais Células unitárias O conhecimento do tipo de célula unitária e da estrutura cristalina de um sólido possibilita o cálculo da sua massa específica teórica ρ através da expressão: Química e Ciência dos materiais Exemplo Química e Ciência dos materiais Poliformismo Uma característica interessante dos materiais é a de que muitas vezes, um determinado material se solidifica com diferentes estruturas cristalinas, esse fenômeno é conhecido como polimorfismo. O polimorfismo é muito semelhante à alotropia, no entanto, a alotropia é usada para descrever sólidos elementares, enquanto o polimorfismo é utilizado para compostos. Em geral, para qualquer material cristalino utiliza-se o termo polimorfismo. Química e Ciência dos materiais Poliformismo Química e Ciência dos materiais Poliformismo a) diamante; b) grafita; c) lonsdaleíta; d) buckminsterfulereno; e) C540 fulereno; f) C70 fulereno; g) carbono amorfo; e h) nanotubos de carbono. Química e Ciência dos materiais Poliformismo Muitas cerâmicas, como a sílica ( SiO2 - óxido de silício) e a zircônia (ZrO2 - dióxido de zircônio), são exemplos de materiais polimórficos. Neste caso, a mudança de volume acompanha a transformação da estrutura cristalina durante o resfriamento ou aquecimento e, se essas condições não forem controladas corretamente, a mudança de volume pode tornar o material cerâmico frágil e quebradiço. A Figura mostra o arranjo atômico da zircônia, que apresenta estrutura cristalina monoclínica estável entre 25 e 1170 °C. Acima dessa temperatura e até 2370 °C, o dióxido de zircônio monoclínico transforma-se em uma estrutura tetragonal estável. Química e Ciência dos materiais Poliformismo Acima de 2370 °C a zircônia tetragonal se transforma em uma forma cúbica estável até 2370 °C para uma temperatura de fusão de 2680 °C. A zircônia também pode ter a forma ortorrômbica quando submetida a elevadas pressões Esse material é muito utilizado em substituição aos materiais metálicos em próteses dentárias devido à elevada resistência e por ser inerte em meio fisiológico Química e Ciência dos materiais Poliformismo Química e Ciência dos materiais Poliformismo Química e Ciência dos materiais Célula unitária As estruturas de todos os cristais que conhecemos podem ser classificadas de acordo com a simetria das células unitárias Existe um total de sete tipos fundamentalmente distintos dessas células que diferem nos comprimentos relativos das arestas e dos ângulos formados entre elas. Os arranjos atômicos ou iônicos dos materiais cristalinos são descritos por sete sistemas cristalinos apresentados na Figura: cúbico, hexagonal, tetragonal, romboédrico (trigonal), ortorrômbico, monoclínico e triclínico. Química e Ciência dos materiais Sistemas cristalinos A estrutura cristalina é caracterizada pelos comprimentos a, b e c, e pelos três ângulos α,β e γ. Esses parâmetros são denominados parâmetros de rede cristalina. Química e Ciência dos materiais Sistemas cristalinos Embora existam apenas sete sistemas de cristais ou formas, existem 14 redes cristalinas distintas, chamadas rede de Bravais. A rede de Bravais apresenta as seguintes redes cristalinas: três tipos cúbicos, um tipo romboédrico, quatro tipos ortorrômbicos, dois tipos tetragonais, um tipo hexagonal, um tipo triclínico e dois tipos monoclínicos Química e Ciência dos materiais Sistemas cristalinos https://www.youtube.com/watch?v=2s_TjH1teOI&t=431s https://www.youtube.com/watch?v=uZemT4YWo48 Química e Ciência dos materiais Exercícios B Química e Ciência dos materiais Exercícios E Química e Ciência dos materiais Exercícios Química e Ciência dos materiais Exercícios Química e Ciência dos materiais Exercício 4 Química e Ciência dos materiais Exercício 4 Química e Ciência dos materiais Exercício 5 Química e Ciência dos materiais Exercício 5 Química e Ciência dos materiais Exercício 6 C Química e Ciência dos materiais Exercício 7 B Química e Ciência dos materiais Exercício 8 A Química e Ciência dos materiais Exercício https://forms.office.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=WeSqvm6Ln0WHMfiCx0crZB12S3sxILxFtfDty8s37wxUQTBQNlg5NEYwUFZTQkVVMUVKWllaNjdZUy4u Química e Ciência dos materiais