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TÓPICOS ESPECIAISTÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DEEM DESIGN DE INTERIORESINTERIORES UNIDADE 3. DO PROJETO ÀUNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃOEXECUÇÃO Autor: Fabio Henrique Sales NogueiraAutor: Fabio Henrique Sales Nogueira Revisora: Aline Kedma Araujo AlvesRevisora: Aline Kedma Araujo Alves INICIAR Introdução Caro estudante, o conteúdo desta disciplina está voltado para os itens da concepção de projeto referente as etapas de anteprojeto (AP) e projeto executivo (PE) destacando alguns pontos sobre representação gráfica e apresentação da proposta além de questões que envolvem a escolha de materiais de um projeto de interiores. Como parte das representações gráficas que podemos apresentar no anteprojeto, abordaremos no capítulo desenhos técnicos como layouts, elevações, cortes, perspectivas etc., bem como ferramentas como painéis conceituais. Já para o item de projeto executivo aprofundamos o conteúdo sobre tipos de materiais, revestimentos, equipamentos e Autor: Fabio Henrique Sales Nogueira Revisora: Aline Kedma Araujo Alves TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO INTRODUÇÃO 01 3.1 ANTEPROJETO 02 3.2 ANTEPROJETO 02 3.3 PROJETO EXECUTIVO 11 3.4 PROJETOS EXECUTIVOS 19 SÍNTESE 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23 UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 1 acabamentos que podemos adotar no projeto de interiores. Esta fase pode se concentrar sob os aspectos estéticos e técnicos da especificação de materiais. 3.1 Anteprojeto Aprofundando o conhecimento acerca das etapas de projeto, na unidade anterior, pudemos conhecer mais sobre as etapas de estudo preliminar (EP) e de anteprojeto (AP). Uma vez que o estudo preliminar é aprovado, o designer está apto a avançar para o nível de anteprojeto. As próximas fases do desenvolvimento projetual são muito importantes, pois a partir delas que a proposta vai ganhando contornos mais concretos ao trabalhar as várias especificações de equipamentos, materiais e mobiliários e com a elaboração dos detalhes construtivos que irão guiar a execução. 3.2 Anteprojeto É na fase de anteprojeto que os documentos gráficos como plantas baixas, cortes e vistas recebem mais informações técnicas relativas à especificações e onde é possível estimar os custos e cronograma de execução. A NBR 13532 (ABNT, 1995) recomenda para essa etapa, a elaboração de um memorial descritivo do projeto, em forma de texto, documento que guarda todas as especificações projetuais, ainda não definitivos. Na unidade anterior, pudemos compreender as definições de planta baixa, vistas, cortes e perspectivas, como também sobre a importância do emprego da humanização nesses documentos gráficos. Finalizando com a recapitulação de alguns elementos acerca de elementos importantes na representação projetual como níveis, cotas, emprego de linhas e hachuras. 3.2.1 Layout e demais representações Para o desenvolvimento dos layouts, o designer precisa levar em consideração uma série de fatores que já foram descritos nas unidades anteriores, como por exemplo, as necessidades dos usuários, a adequada definição dos setores e a boa conexão e os fluxos desejados, entre outros. No entanto, um dos elementos mais importantes é o UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 2 correto dimensionamento dos espaços assumindo que o corpo humano será o principal usuário. Cada tipo de projeto de interiores, seja residencial, comercial, serviço ou institucional, demanda um estudo específico no que se refere ao dimensionamento de seus espaços, mobiliários e equipamentos. Entretanto, podemos estabelecer, de modo geral, algumas medidas que podem auxiliar e serem aplicadas a vários tipos de projetos. Ching e Binggeli (2013) apresentam uma classificação dessas necessidades do corpo no espaço edificado a partir de quatro zonas: zona íntima, zona pessoal, zona social e pública. Segundo esses autores: Desse modo, o espaço pessoal ou zona íntima seriam as atividades que se situam numa distância restrita ao indivíduo. Os autores recomendam ações que estejam entre 0,45 a 1,20 m de distância dos usuários, permitindo uma conversa entre colegas sem penetrar Os espaços internos das edificações são projetados como locais de movimento, atividade e repouso humano. Deve haver, portanto, um ajuste entre a forma e as dimensões do espaço interior e nossas próprias dimensões corporais. (CHING; BINGGELI, 2013, p. 52). Os seres humanos, assim como os animais, têm a percepção dos usos apropriados do espaço em torno de seus corpos, o que varia conforme os grupos, a cultura e os indivíduos de um grupo. Isso se chama de espaço territorial ou de defesa de um indivíduo. Os outros têm a permissão de penetrar nessas áreas somente por curtos períodos de tempo. A presença de outras pessoas, de objetos e do ambiente imediato pode aumentar ou reduzir nossa sensação de espaço pessoal. A invasão do espaço pessoal de um indivíduo pode afetar os sentimentos da pessoa e as reações em relação a tudo em torno dela. (CHING; BINGGELI, 2013, p. 56). UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 3 na esfera intimista. As atividades sociais estariam em um intervalo compreendido entre 1,20 e 3,60 m, sendo adequadas para relações profissionais. Por fim, a zona pública se situa a partir dos 3,60 m e constitui os comportamentos formais e hierárquicos, conforme Figura 1. Figura 1 – Tipos de espaços e zonas. Fonte: CHING; BINGGELI, 2013, p. 56. Essas noções de distância precisam ser analisadas no contexto de cada tipo de projeto. Em um projeto residencial, certamente trabalharemos mais as dimensões íntimas e pessoais. Por outro lado, ao pensar a ambientação de um restaurante, certamente expandiremos para trabalhar também as zonas sociais. Logo, o que se conclui, é a importância de se estar atento em como devem ser trabalhadas essas escalas e por meio de quais elementos. Sobre o espaço de circulação, Ching e Binggeli (2013) sugerem que para uma única pessoa se tenha como referência um espaçamento de 75 a 90 cm, e de 1,80 a 2,40 m para duas ou três pessoas caminhando lado a lado, conforme Figura 2. UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 4 Figura 2 – Referência para circulação linear de uma ou mais pessoas. Fonte: CHING; BINGGELI, 2013, p. 56. No entanto, precisamos estar atentos às questões ligadas a acessibilidade. No Brasil, a NBR 9050 (ABNT, 2015) – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos – define os parâmetros que garantem o acesso espacial para pessoas com mobilidade reduzida. O documento define acessibilidade como sendo a “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos” (ABNT, 2015). Sobre a circulação linear de pessoas com cadeiras de rodas, por exemplo, a norma recomenda uma dimensão mínima de 90 cm para uma cadeira e de 1,50 a 1,80 m para duas (ABNT, 2015). UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 5 Figura 3 – Esquema visual das circulações mínimas necessárias para cadeira de rodas. Fonte: ABNT, 2015, p. 7. Por outro lado, se a atividade com a cadeira de rodas demandar deslocamento (como em banheiros acessíveis, por exemplo), há a orientação de utilizar um espaço mínimo de 1,20 x 1,20 m para rotações de 90º, de 1,50 x 1,20 m para giros de 180º, e de um diâmetro mínimo de 1,50 m para rotações de 360º. Figura 4 – Representação dos giros para cadeira de rodas. Fonte: ABNT, 2015, p. 8. UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 6 Além dessas informações, a norma também apresenta recomendações de dimensionamento para as mais variadas categorias espaciais como teatros, cozinhas e restaurantes, escolas, bibliotecas, entre outros. Figura 5 – Recomendações de medidas para postos de trabalho (dimensões em milímetros). Fonte: CHING; BINGGELI, 2013, p. 60. Ching e Binggeli (2013) apresentam uma série de infográficos com dimensões médias para as mais diversas atividades espaciais que incluam o uso da cadeira de rodas. Cabe ao designer de interiores sempre realizar consulta específica acerca dos equipamentos,mobiliários e exigências de dimensionamento mínimo que podem variar de acordo com os projetos. UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 7 Figura 6 – Recomendações de medidas para quartos (dimensões em milímetros). Fonte: CHING; BINGELLI, 2013, p. 62. UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 8 3.2.1 Painel conceitual (concept board) Outro recurso muito utilizado também como instrumento de visualização do projeto é a materialização dele em um artefato conhecido como “placa conceitual” ou “painel conceitual”. Figura 7 – Exemplo de um painel conceitual em design de interiores. Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 30 jun. 2020. Alguns designers de interiores formalizam seus conceitos em painéis que são apresentados ao cliente com o objetivo de transmitir a atmosfera do conceito do projeto. Os painéis conceituais permitem comunicar com sucesso a essência do projeto, de uma forma que a apresentação convencional de materiais não possibilita Esses painéis costumam ser montados como uma colagem, reunindo recortes de panfletos, jornais, revistas, fotografias e croquis que expressam o estilo ou tema que o designer de interiores tem em mente (GIBBS, 2010, p. 66). UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 9 A linguagem visual do painel conceitual permite que o cliente e a equipe de projeto consigam visualizar de modo mais concreto as intenções projetuais a serem implementadas na proposta. O painel pode conter referências de texturas dos revestimentos de pisos e paredes, das paletas de cores idealizadas ou exemplificar peças de decoração e mobiliário presentes na proposta, entre outras coisas. A principal intenção com o painel conceitual é demonstrar como os elementos pensados para o projeto podem harmonizar entre si. O painel conceitual pode conter amostras reais dos materiais ou apenas imagens que traduzam, por exemplo, texturas e padronagens que estarão presentes nos tecidos de um estofado do projeto. Figura 8 – Exemplo de painel conceitual/de amostras em que é possível perceber as texturas e características do material. Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 30 jun. 2020. Quanto mais informativo e menos técnico for o painel, melhor será a compreensão por parte do cliente/usuário. A apresentação das informações visuais, cores, texturas e a representação literal dos equipamentos e mobiliários são estratégias eficazes na comunicação das intenções projetuais aos clientes e usuários. Assim, o painel conceitual se trata, portanto, de uma solução visual e conceitual para comunicar sobre as qualidades e características dos materiais e equipamentos adotados, se coloridos ou sóbrios, quentes ou frios, por exemplo. UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 10 VOCÊ SABIA? Atualmente, existem diversos aplicativos e sites onde você pode elaborar os seus painéis conceituais de modo mais fácil e gratuitamente. Indicamos o Canva, que conta com uma série de templates pré-configurados que auxiliam no desenvolvimento dos painéis, disponível em: <https://www.canva.com>. Uma outra possibilidade é o app Florense Creative, gratuito, que além de possibilitar a criação dos painéis, também carrega as especificações e acabamentos mais utilizados nos móveis desse fabricante. 3.3 Projeto executivo Após o fechamento da etapa de anteprojeto, o designer pode dar início ao desenvolvimento do chamado projeto executivo. De acordo com a NBR 13531 (ABNT, 1995) – Elaboração de projetos de edificações, o projeto executivo é a: Para Netto (2014), o projeto executivo é o conjunto de todos os desenhos técnicos detalhados relativos ao projeto com as informações necessárias para sua execução. Em outras palavras, é o documento que contém todas as informações definitivas que farão parte do projeto de interiores. Em termos de documentos a serem produzidos, a NBR 13532-2 (ABNT, 1995) – Elaboração de projetos de edificações, diz que para o nível de projeto executivo devemos entregar os seguintes itens: Itens necessários em um projeto executivo » Clique nas setas ou arraste para visualizar o conteúdo Etapa destinada à concepção e à representação final das informações técnicas da edificação e de seus elementos, instalações e componentes, completas, definitivas, necessárias e suficientes à licitação (contratação) e à execução dos serviços de obras correspondentes (ABNT, 1995, p. 6). UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 11 VOCÊ SABIA? <https://www.canva.com>. Além do layout com a ambientação, um projeto de interiores em nível executivo deve apresentar detalhamento e especificação de cada objeto utilizado no projeto de design. De modo geral, pode conter os seguintes itens: Plantas e vistas com paginação de pisos e revestimentos: documento elaborado para informar quais e como devem ser aplicados os pisos e revestimentos relativos aos ambientes em questão; Planta de sugestão pontos elétricos: projeto apresentado com a proposta de pontos elétricos necessários para o bom uso do espaço; Projeto luminotécnico: especificação dos pontos e tipos de iluminação pensado para o design do ambiente; Planta de forro refletido: projeto elaborado para mostrar o tipo e o detalhamento do plano horizontal superior do espaço; Detalhamento de mobiliário: em projetos de interiores é muito comum a necessidade de execução de móveis sob medida. Desse modo, devem ser apresentados as medidas e tipos especificados no projeto; Detalhamento de bancadas: as bancadas em pedras polidas (mármores ou granitos) são muito utilizadas em projetos de interiores. Como também são feitas sob medida, o designer deve desenvolver projeto específico para elas.O DESENHOS Plantas baixas; Cortes (longitudinais e transversais); Elevações; Plantas, cortes e elevações das chamadas “áreas molhadas” (banheiros, cozinhas, lavatórios etc.); Detalhes construtivos. • Plantas baixas; • Cortes (longitudinais e transversais); • Elevações; • Plantas, cortes e elevações das chamadas “áreas molhadas” (banheiros, cozinhas, lavatórios etc.); • Detalhes construtivos. DESENHOS • Memorial descritivo dos componentes construtivos e dos materiais de construção e acabamento; • Quantitativo dos componentes de construção e de materiais de acabamentos em geral. TEXTOS VOCÊ SABIA? Atualmente, existem diversos aplicativos e sites onde você pode elaborar os seus painéis conceituais de modo mais fácil e gratuitamente. Indicamos o Canva, que conta com uma série de templates pré-configurados que auxiliam no desenvolvimento dos painéis, disponível em: <https://www.canva.com>. Uma outra possibilidade é o app Florense Creative, gratuito, que além de possibilitar a criação dos painéis, também carrega as especificações e acabamentos mais utilizados nos móveis desse fabricante. 3.3 Projeto executivo Após o fechamento da etapa de anteprojeto, o designer pode dar início ao desenvolvimento do chamado projeto executivo. De acordo com a NBR 13531 (ABNT, 1995) – Elaboração de projetos de edificações, o projeto executivo é a: Para Netto (2014), o projeto executivo é o conjunto de todos os desenhos técnicos detalhados relativos ao projeto com as informações necessárias para sua execução. Em outras palavras, é o documento que contém todas as informações definitivas que farão parte do projeto de interiores. Em termos de documentos a serem produzidos, a NBR 13532-2 (ABNT, 1995) – Elaboração de projetos de edificações, diz que para o nível de projeto executivo devemos entregar os seguintes itens: Itens necessários em um projeto executivo » Clique nas setas ou arraste para visualizar o conteúdo Etapa destinada à concepção e à representação final das informações técnicas da edificação e de seus elementos, instalações e componentes, completas, definitivas, necessárias e suficientes à licitação (contratação) e à execução dos serviços de obras correspondentes (ABNT, 1995, p. 6). UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 12 desenvolvimento desses detalhamentos são elementos essenciais a um projeto executivo de interiores e devem ser compartilhados com os demais técnicos e projetistas que irão se responsabilizar pela execuçãoe/ou instalação desses itens; Materiais e revestimentos: dentro da fase de projeto executivo, a escolha de materiais e revestimentos é um item de fundamental importância no projeto de interiores. São eles que concretizam, de fato, todo o conceito desenvolvido nas etapas anteriores e trazer a funcionalidade, a estética e a segurança para os usuários. Ching e Binggeli (2013) reforçam essa importância ao dizer que: Especificar materiais em um projeto de interiores se trata de discriminar, descrever e enumerar características de um determinado conjunto dos elementos que o compõem. Esse detalhamento de itens é importante para a elucidação de dúvidas ao cliente e construtor que possam surgir na execução do mobiliário ou da própria obra, para analisar informações de qualidade dos elementos compositivos, para contabilizar a quantidade dos itens ou para elencar informações de custos/orçamentos. Essa etapa do projeto de interiores, assim como acontece com outros caminhos da construção projetual, deve estar em conformidade com normas e leis de aplicabilidade dos materiais, deve considerar as condições locais em relação ao clima e técnicas construtivas a serem utilizadas, bem como estar atento aos fornecedores locais, promovendo uma especificação e execução de projeto um pouco mais sustentável no sentido de contribuir com a redução do impacto ambiental pelo transporte dos mesmos. Também, é fundamental estar sensível ao orçamento total do cliente para evitar surpresas desagradáveis. Ching e Binggeli (2013) sugerem a escolha dos materiais por categorias funcionais, estéticas, econômicas e sustentáveis. 3.3.2 Aplicação de materiais Juntamente com os móveis, os materiais de acabamento desempenham um papel significativo na criação da atmosfera desejada de um espaço interno. Ao se especificar os materiais de acabamento, há fatores funcionais, estéticos e econômicos a serem considerados. (CHING; BINGGELI, 2013, p. 298). UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 13 Para entender os tipos de materiais e acabamentos disponíveis para o projeto de interiores é importante fazer uma retomada dos planos de atuação e composição do projeto. De modo geral, podemos dizer que a escolha de materiais e revestimentos está conectada com os planos horizontais e verticais do espaço a ser executado, ou seja, pisos, paredes, forros e acabamentos em geral. Entendendo esses planos, o designer deve trabalhar com itens que vão possibilitar a vivência dos mesmos, bem como vesti-los de função e vontades do cliente. Ching e Binggeli (2013) definem o revestimento de piso como sendo “a camada final de um sistema” e que representam boa parte da superfície de um ambiente. Os autores sugerem ainda que sejam observados os seguintes itens: São muitos os materiais disponíveis no mercado que podem ser especificados como acabamentos de piso, os mais comuns são os cerâmicos (azulejos, porcelanatos, ladrilho, entre outros). Durabilidade: resistência a abrasão física, amassões [sic] e desgaste. Facilidade de manutenção: resistência a sujeira, umidade, gordura e manchas, especialmente em áreas de trabalho e de trânsito intenso. Conforto dos pés: esta característica refere-se ao grau de elasticidade e – em menor grau – de calor. Resistência a escorregões: em áreas suscetíveis a [sic] umidade, recomenda-se evitar o uso de materiais de revestimento de piso [sic] duros e escorregadios. Ruídos de impacto: pisos flexíveis podem abafar parte desses ruídos. Materiais de pisos macios, peluciados ou porosos reduzem ruídos de impacto e sons aerotransportados. (CHING; BINGGELI, 2013, p. 300). desenvolvimento desses detalhamentos são elementos essenciais a um projeto executivo de interiores e devem ser compartilhados com os demais técnicos e projetistas que irão se responsabilizar pela execução e/ou instalação desses itens; Materiais e revestimentos: dentro da fase de projeto executivo, a escolha de materiais e revestimentos é um item de fundamental importância no projeto de interiores. São eles que concretizam, de fato, todo o conceito desenvolvido nas etapas anteriores e trazer a funcionalidade, a estética e a segurança para os usuários. Ching e Binggeli (2013) reforçam essa importância ao dizer que: Especificar materiais em um projeto de interiores se trata de discriminar, descrever e enumerar características de um determinado conjunto dos elementos que o compõem. Esse detalhamento de itens é importante para a elucidação de dúvidas ao cliente e construtor que possam surgir na execução do mobiliário ou da própria obra, para analisar informações de qualidade dos elementos compositivos, para contabilizar a quantidade dos itens ou para elencar informações de custos/orçamentos. Essa etapa do projeto de interiores, assim como acontece com outros caminhos da construção projetual, deve estar em conformidade com normas e leis de aplicabilidade dos materiais, deve considerar as condições locais em relação ao clima e técnicas construtivas a serem utilizadas, bem como estar atento aos fornecedores locais, promovendo uma especificação e execução de projeto um pouco mais sustentável no sentido de contribuir com a redução do impacto ambiental pelo transporte dos mesmos. Também, é fundamental estar sensível ao orçamento total do cliente para evitar surpresas desagradáveis. Ching e Binggeli (2013) sugerem a escolha dos materiais por categorias funcionais, estéticas, econômicas e sustentáveis. 3.3.2 Aplicação de materiais Juntamente com os móveis, os materiais de acabamento desempenham um papel significativo na criação da atmosfera desejada de um espaço interno. Ao se especificar os materiais de acabamento, há fatores funcionais, estéticos e econômicos a serem considerados. (CHING; BINGGELI, 2013, p. 298). UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 14 Figura 9 – Variedades em cores, tipos e texturas para revestimentos cerâmicos de pisos e paredes. Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 30 jun. 2020. Também são comuns os acabamentos para os pisos em madeira, laminados naturais ou vinílicos (artificiais). Há ainda os pisos que podem ser moldados no local, como o cimento queimado, granilite, porcelanato líquido etc. Independente do tipo de piso, o designer deve estar atento ao desempenho não apenas estético, como também técnico. Espaços de áreas molhadas ou que devem receber água não podem ter acabamento liso ou polido, devem inclusive ser antiderrapantes. Espaços de garagem, por exemplo, devem receber pisos que resistam de modo adequado aos esforços de intensa circulação. Os azulejos cerâmicos são peças de revestimento moduladas de argila cozida e de outros materiais cerâmicos. Eles proporcionam uma superfície permanente, duradoura e à prova d’água para as superfícies internas. Estão disponíveis em acabamentos brilhantes ou foscos e com uma ampla gama de cores e desenhos superficiais. (CHING; BINGELLI, 2013, p. 321). UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 15 Para os planos verticais, as paredes, também há uma imensa gama de materiais que podem ser aplicados. Para além das questões estéticas, os acabamentos nas paredes podem também oferecer desempenho acústico, ou reforçar uma iluminação, por exemplo. Do mesmo modo, é importante avaliar a adequação da escolha do material ao ambiente. VOCÊ QUER LER? Para conhecermos melhor as opções de revestimentos acústicos, sugerimos a leitura da matéria: 6 opções de revestimentos que ajudam no isolamento acústico, publicada pela revista Arquitetura e Construção, disponível em: <https://arquiteturaeconstrucao.abril.com.br/materiais/6-opcoes-de-revestimentos- que-ajudam-no-isolamento-acustico/>. A escolha do acabamento nas paredes pode variar muito de acordo com o ambiente em si. Destacamos o uso recorrente das tintas e texturas que devem ser escolhidas de acordo com o seu uso, se para espaços internos ou externos, ou superfície que deve ser pintada (parede, metal, madeira etc.). É comum também a aplicação de azulejos e acabamentos cerâmicos, pedras naturais, revestimentos cimentícios, placas 3D, entre outros. Também érecorrente a utilização de papéis de parede e adesivos. A tinta é uma mistura de um pigmento sólido suspenso em um veículo e é aplicada como um revestimento fino e geralmente opaco. As tintas podem decorar, proteger e modificar a superfície sobre a qual elas são aplicadas (CHING; BINGELLI, 2013, p. 323). <https://arquiteturaeconstrucao.abril.com.br/materiais/6-opcoes-de-revestimentos- que-ajudam-no-isolamento-acustico/>. O realismo de seus movimentos dinâmicos, no entanto, gerava certas consequências orçamentárias: os dynamations eram caros, aparecendo em apenas algumas cenas, sempre combinados com filmagens reais, uma vez que seu processo de produção era extremamente lento. Para remediar essa lacuna, foram criadas sucessivas gerações de bonecos cada vez mais automatizados, passando pela supermarionation, na qual já se viam os primeiros recursos eletrônicos como expressões faciais articuladas e manipuladas por comandos de joystick, até o Go motion, na qual a automação é total e o joystick e os circuitos elétricos são substituídos por softwares, códigos de programação e sistemas mecatrônicos. Podemos citar ainda outra variante das animações por bonecos articulados, a claymation ou clay animation, ou seja, animação baseada em figuras de plasticina, modeladas no formato desejado e dispostas sobre um esqueleto de arame capaz de sustentá-lo e dotá-lo de movimento. A plasticina foi criada por William Harbutt, que a concebeu como ferramenta educativa, em 1897, tornando-se imediatamente um popular brinquedo infantil. Por sua natureza de baixo custo e fácil acesso, tornou-se ferramenta utilizada em muitas áreas, tendo encontrado aplicação em cinema não apenas para animação, mas sendo também empregada em maquiagens que simulavam ferimentos ou deformações anatômicas. Já durante os cinemas dos primeiros tempos, muitos filmes se utilizaram da plasticina para efeitos visuais ou pequenas animações, como se vê nas criações de Helena Smith-Dayton, a primeira mulher a dirigir filmes de animação, principalmente VOCÊ QUER LER? O fantástico universo de Ray Harryhausen foi explorado em um artigo publicado em 2016 na revista de comunicação e cultura da UFBA, em um excelente texto redigido pelo Professor Jorge Manuel Carrega. Em seu artigo, ele percorre uma análise histórica e formal, propondo uma leitura maneirista da obra de Harryhausen. Um aspecto importante sublinhado por Carrega se encontra na profunda reverência, percebida por ele em sua pesquisa, de Harryhausen em relação a seu mentor Willis O’brien. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/14341/11080>. UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 16 » Clique nas setas ou arraste para visualizar as imagens Figura 10 – A) Ambiente com papel de parede ao fundo; B) As tintas se destacam pelo preço mais acessível e pela possibilidade de mudança no ambiente. Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 30 jun. 2020. O papel de parede tem um revestimento de papel sobre uma base, também de papel. Não costuma ser empregado em projetos comerciais, uma vez que suja, desgasta e desbota, além de não ser testado quanto à resistência ao fogo. Os revestimentos de parede vinílicos, com base de papel ou tecido, são feitos para serem resistentes e duradouros e são testados quanto à resistência ao fogo. São fáceis de limpar, resistem à abrasão e não desbotam (CHING; BINGGELI, 2013, p. 322). » Clique nas setas ou arraste para visualizar as imagens Figura 10 – A) Ambiente com papel de parede ao fundo; B) As tintas se destacam pelo preço mais acessível e pela possibilidade de mudança no ambiente. Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 30 jun. 2020. O papel de parede tem um revestimento de papel sobre uma base, também de papel. Não costuma ser empregado em projetos comerciais, uma vez que suja, desgasta e desbota, além de não ser testado quanto à resistência ao fogo. Os revestimentos de parede vinílicos, com base de papel ou tecido, são feitos para serem resistentes e duradouros e são testados quanto à resistência ao fogo. São fáceis de limpar, resistem à abrasão e não desbotam (CHING; BINGGELI, 2013, p. 322). A B UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 17 Para o plano horizontal superior, usualmente os forros, podem ser moldados in loco ou do tipo industrial. Os materiais mais comuns acabam sendo o gesso e as placas de gesso acartonado, forros em PVC e em madeira. Por outro lado, os forros industriais apresentam mais opções de design e desempenho acústico, por exemplo. É um recurso muito comum no design de ambientes trabalhar diferentes formatos e alturas no forro com a criação de rebaixos e sancas que podem conter iluminação direta ou indireta. Figura 11 – Exemplo de aplicação de forro em gesso acartonado. Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 30 jun. 2020. Também se destacam os acabamentos aplicados às bancadas e balcões, sejam em pedras naturais polidas ou sintéticas. Entre as opções in natura se destacam o mármore e o granito. É possível encontrar diversas opções de cores e padronagens diferentes no mercado que podem ser empregadas em qualquer tipo de projeto de interiores. Os forros do tipo nuvem ou em placas retangulares e isoladas umas das outras são suspensos no teto, ajudando a configurar os espaços internos. Suas superfícies podem ser suavemente curvas e acabadas de modo que a luz refletida seja destacada. (CHING; BINGGELI, 2013, p. 326). UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 18 Usualmente, os granitos são especificados para áreas mais úmidas ou que receberão líquidos de modo mais recorrente. Os mármores, por serem mais porosos, são recomendados para áreas mais secas. Figura 12 – Amostras de padrões e cores diferentes de mármores e granitos. Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 30 jun. 2020. Os materiais apresentam propriedades características que podem orientar os profissionais de design de interiores ao especificar determinado acabamento, em detrimento de outro em um projeto. As vantagens e desvantagens dos materiais devem ser consideradas ao projetar espaços, pois elas podem valorizar ou desvalorizar as propostas. O responsável pela elaboração dos projetos é responsável pelo cumprimento de todas as normas técnicas pertinentes ao seu projeto específico, em sua versão mais atualizada. Apresentamos, aqui, algumas dessas normas que podem auxiliar o momento da especificação com responsabilidade técnica. 3.4 Projetos executivos Pela sua natural complexidade, o projeto executivo acaba sendo composto por diversas partes. Como desdobramento dessa fase, podemos pontuar a importância dos projetos Usualmente, os granitos são especificados para áreas mais úmidas ou que receberão líquidos de modo mais recorrente. Os mármores, por serem mais porosos, são recomendados para áreas mais secas. Figura 12 – Amostras de padrões e cores diferentes de mármores e granitos. Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 30 jun. 2020. Os materiais apresentam propriedades características que podem orientar os profissionais de design de interiores ao especificar determinado acabamento, em detrimento de outro em um projeto. As vantagens e desvantagens dos materiais devem ser consideradas ao projetar espaços, pois elas podem valorizar ou desvalorizar as propostas. O responsável pela elaboração dos projetos é responsável pelo cumprimento de todas as normas técnicas pertinentes ao seu projeto específico, em sua versão mais atualizada. Apresentamos, aqui, algumas dessas normas que podem auxiliar o momento da especificação com responsabilidade técnica. 3.4 Projetos executivos Pela sua natural complexidade, o projeto executivo acaba sendo composto por diversas partes. Como desdobramento dessa fase, podemos pontuar a importância dos projetos UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 19 complementares e da elaboração do caderno técnico de especificações, detalhados a seguir. 3.4.1 Projetos complementares Como já comentado, o projeto de interiores é um dos muitos necessários para a total realização de um ambiente. No entanto,para que o designer de interiores possa desempenhar corretamente sua função, é necessária a compreensão e elaboração dos chamados projetos complementares. Esses são desenvolvidos pelos profissionais de áreas afins, como engenheiros, arquitetos e outros designers, para que se tenha todos os projetos necessários para a execução da obra. São considerados projetos complementares os projetos estruturais, projeto elétrico, projeto hidrossanitário, de ar-condicionado, entre outros. E são desenvolvidos pelos demais profissionais acima mencionados, entretanto, para a ideal atuação, o designer deve saber interpretá-los para que se possa prever possíveis impactos dentro do projeto de interiores. 3.4.2 Caderno técnico A NBR 13532 (ABNT, 1995) apresenta o memorial descritivo e o quantitativo como um item obrigatório relativo ao projeto executivo. Desse modo, a especificação do projeto executivo de interiores pode acontecer: Como componente do projeto: em composição, associação, fixação ou aplicação de materiais e equipamentos na edificação; Como especificação do serviço: quando se refere a uma atividade executiva e componente da edificação, definida por meio de suas características essenciais; E para traduzir uma especificação técnica de acabamentos, equipamentos e serviços: caracterização de materiais, equipamentos e serviços a serem utilizados nos serviços e obras, visando um desempenho técnico determinado. VOCÊ QUER LER? UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 20 Entende-se que o caderno técnico deve conter as seguintes características: Descrição e dados do serviço a ser prestado (ambiente, metragem, localização etc.); Uma listagem elencando os materiais escolhidos; Informações de aplicação, uso e durabilidade dos materiais selecionados; Imagens de referência do material; Lista com especificação de elementos compositivos e decorativos; Quantidade dos itens do projeto; Esclarecer sobre características e/ou recomendações gerais sobre o desempenho de determinado material ou sua aplicação. Para a discriminação do desempenho dos materiais, equipamentos, serviços ou outro componente, é importante deixar evidente as seguintes características: Quanto ao componente: Nomenclatura; Material básico; Forma, dimensões e tolerâncias; Funcionamento; Acabamento superficial; Padrão final referido a um desempenho técnico. Quanto ao serviço: Materiais; Modo de preparo; Acabamento superficial; Padrão final referido a um desempenho técnico; Aspectos técnicos do material: O realismo de seus movimentos dinâmicos, no entanto, gerava certas consequências orçamentárias: os dynamations eram caros, aparecendo em apenas algumas cenas, sempre combinados com filmagens reais, uma vez que seu processo de produção era extremamente lento. Para remediar essa lacuna, foram criadas sucessivas gerações de bonecos cada vez mais automatizados, passando pela supermarionation, na qual já se viam os primeiros recursos eletrônicos como expressões faciais articuladas e manipuladas por comandos de joystick, até o Go motion, na qual a automação é total e o joystick e os circuitos elétricos são substituídos por softwares, códigos de programação e sistemas mecatrônicos. Podemos citar ainda outra variante das animações por bonecos articulados, a claymation ou clay animation, ou seja, animação baseada em figuras de plasticina, modeladas no formato desejado e dispostas sobre um esqueleto de arame capaz de sustentá-lo e dotá-lo de movimento. A plasticina foi criada por William Harbutt, que a concebeu como ferramenta educativa, em 1897, tornando-se imediatamente um popular brinquedo infantil. Por sua natureza de baixo custo e fácil acesso, tornou-se ferramenta utilizada em muitas áreas, tendo encontrado aplicação em cinema não apenas para animação, mas sendo também empregada em maquiagens que simulavam ferimentos ou deformações anatômicas. Já durante os cinemas dos primeiros tempos, muitos filmes se utilizaram da plasticina para efeitos visuais ou pequenas animações, como se vê nas criações de Helena Smith-Dayton, a primeira mulher a dirigir filmes de animação, principalmente VOCÊ QUER LER? O fantástico universo de Ray Harryhausen foi explorado em um artigo publicado em 2016 na revista de comunicação e cultura da UFBA, em um excelente texto redigido pelo Professor Jorge Manuel Carrega. Em seu artigo, ele percorre uma análise histórica e formal, propondo uma leitura maneirista da obra de Harryhausen. Um aspecto importante sublinhado por Carrega se encontra na profunda reverência, percebida por ele em sua pesquisa, de Harryhausen em relação a seu mentor Willis O’brien. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/14341/11080>. Entende-se que o caderno técnico deve conter as seguintes características: Descrição e dados do serviço a ser prestado (ambiente, metragem, localização etc.); Uma listagem elencando os materiais escolhidos; Informações de aplicação, uso e durabilidade dos materiais selecionados; Imagens de referência do material; Lista com especificação de elementos compositivos e decorativos; Quantidade dos itens do projeto; Esclarecer sobre características e/ou recomendações gerais sobre o desempenho de determinado material ou sua aplicação. Para a discriminação do desempenho dos materiais, equipamentos, serviços ou outro componente, é importante deixar evidente as seguintes características: Quanto ao componente: Nomenclatura; Material básico; Forma, dimensões e tolerâncias; Funcionamento; Acabamento superficial; Padrão final referido a um desempenho técnico. Quanto ao serviço: Materiais; Modo de preparo; Acabamento superficial; Padrão final referido a um desempenho técnico; Aspectos técnicos do material: UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 21 Síntese Caro estudante, nesta unidade, aprofundamos alguns aspectos importantes no desenvolvimento de um projeto de interiores. Conhecemos os instrumentos que compõem a fase de anteprojeto (AP), como por exemplo, o recurso do painel conceitual e as noções de dimensionamento para definição dos layouts em um ambiente. Em seguida, compreendemos quais elementos compõem a fase de projeto executivo (EP), uma vez que é nesse momento que o projeto recebe as informações definitivas sobre seus acabamentos, materiais, detalhamentos e equipamentos. Sobre os materiais, conhecemos os que são usualmente aplicáveis aos diferentes planos que compõem um ambiente de interiores (piso, parede e teto e demais equipamentos, como as bancadas). Sobre os projetos complementares e o caderno técnico (memorial descritivo), pudemos conhecer brevemente suas especificidades e importância dentro do momento de execução de uma obra. Referências bibliográficas Aspecto; Textura; Dureza; Resistência mecânica; Resistência ao fogo; Porosidade; Absorção de água e impermeabilidade padrão final referido a um desempenho técnico. Entende-se que o caderno técnico deve conter as seguintes características: Descrição e dados do serviço a ser prestado (ambiente, metragem, localização etc.); Uma listagem elencando os materiais escolhidos; Informações de aplicação, uso e durabilidade dos materiais selecionados; Imagens de referência do material; Lista com especificação de elementos compositivos e decorativos; Quantidade dos itens do projeto; Esclarecer sobre características e/ou recomendações gerais sobre o desempenho de determinado material ou sua aplicação. Para a discriminação do desempenho dos materiais, equipamentos, serviços ou outro componente, é importante deixar evidente as seguintes características: Quanto ao componente: Nomenclatura; Material básico; Forma, dimensões e tolerâncias; Funcionamento; Acabamento superficial; Padrão final referido a um desempenho técnico. Quanto ao serviço: Materiais; Modo de preparo; Acabamento superficial; Padrão final referido a um desempenho técnico; Aspectos técnicos do material: UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 22 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações,mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13531: Elaboração de projetos de edificações – Atividades técnicas. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13532: Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: Representação de projetos de Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. CAPELLO, G. 6 opções de revestimentos que ajudam no isolamento acústico. Arquitetura & Construção, São Paulo, 4 jul. 2018. Disponível em: <https://arquiteturaeconstrucao.abril.com.br/materiais/6-opcoes-de-revestimentos-que- ajudam-no-isolamento-acustico/>. Acesso em: 30 jun. 2020. CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Tradução: Alexandre Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2013. GIBBS, J. Design de interiores: guia útil para estudantes e profissionais. Espanha: G.Gili, 2010. NETTO, C. C. Desenho arquitetônico e design de interiores. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014. Síntese Caro estudante, nesta unidade, aprofundamos alguns aspectos importantes no desenvolvimento de um projeto de interiores. Conhecemos os instrumentos que compõem a fase de anteprojeto (AP), como por exemplo, o recurso do painel conceitual e as noções de dimensionamento para definição dos layouts em um ambiente. Em seguida, compreendemos quais elementos compõem a fase de projeto executivo (EP), uma vez que é nesse momento que o projeto recebe as informações definitivas sobre seus acabamentos, materiais, detalhamentos e equipamentos. Sobre os materiais, conhecemos os que são usualmente aplicáveis aos diferentes planos que compõem um ambiente de interiores (piso, parede e teto e demais equipamentos, como as bancadas). Sobre os projetos complementares e o caderno técnico (memorial descritivo), pudemos conhecer brevemente suas especificidades e importância dentro do momento de execução de uma obra. Referências bibliográficas Aspecto; Textura; Dureza; Resistência mecânica; Resistência ao fogo; Porosidade; Absorção de água e impermeabilidade padrão final referido a um desempenho técnico. UNIDADE 3. DO PROJETO À EXECUÇÃO 23
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