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APOSTILA PARA CERTIFICAÇÃO DE 
AGENTES DE CRÉDITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
- Sumário 
1 - Sistema Financeiro Nacional 
Instituições Financeiras 
 Conselho Monetário Nacional 
 Banco Central do Brasil 
 Banco do Brasil 
 Demais instituições financeiras públicas e privadas 
Banco Central (atribuições e reclamações) 
 Atribuições 
 Reclamações 
 SAC e Ouvidoria 
O Correspondente no País 
 Atividades que podem executar 
 Atividades que não podem executar 
 Atributos dos bons agentes 
2 - Mercado financeiro 
Conceito de risco 
 Risco de crédito 
 Risco de mercado 
 Risco operacional 
 Risco de reputação 
(definição, tipo de risco, avaliação do risco de crédito) 
Elementos básicos de Matemática Financeira 
 Capital 
 Juros 
 Taxas 
 Descontos 
 Prestações 
 Custo de Empréstimo 
 Cálculos de prestações 
 Risco legal 
 sobre o crédito 
Finanças pessoais 
 Orçamento 
 Controle de gastos 
3 - Produtos e serviços 
Conceito de produtos de financiamento 
 Definição de empréstimo e financiamento 
 Tipos de empréstimo 
 Tipos de financiamento 
 CET – Custo Efetivo Total 
 Tarifas 
(definições, papel do Banco Central) 
Consignado 
 Empréstimo pessoal consignado 
 Empréstimo pessoal consignado – cartão 
1. Definição 
2. Papel do Banco Central 
3. Aposentados e pensionistas 
Crédito Direto ao Consumidor e Arrendamento Mercantil 
 Conceitos gerais e diferenças 
 Financiamento de veículos 
 Leasing (arrendamento mercantil) 
Crédito imobiliário 
 
4 - Crime de lavagem de dinheiro 
Combate ao crime de lavagem de dinheiro 
 Definição 
 Fases do processo 
 Combate ao crime 
 Fraudes, detecção e prevenção 
 Legislação brasileira 
Compliance 
 Controles internos 
 Fraudes, detecção e prevenção 
(definição, objetivo, informações e comunicação) 
 Sigilo bancário 
 Definição 
 Quebra de sigilo 
 Penalidades 
5 - Ética nos negócios 
Código de ética e conduta: 
 princípios 
 endividamento 
 uso consciente do crédito 
 Código de Defesa do Consumidor 
 Direitos básicos do consumidor 
 Práticas comerciais 
 Proteção contratual 
 SAC e Ouvidoria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 - Sistema Financeiro Nacional 
As instituições Financeiras 
 
Estrutura institucional do SFN 
Descreve os sistemas normativo e operativo do SFN 
O SFN do Brasil é a reunião de instituições e instrumentos financeiros que regula, fiscaliza e 
executa as operações relativas à circulação da moeda e do crédito, possibilita a transferência de 
recursos dos ofertadores finais para os tomadores finais, e cria condições para que os ativos financeiros, 
os títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado. 
O SFN é constituído por um subsistema normativo e por outro operativo. 
 O subsistema normativo regula e controla o subsistema operativo. Regulação e controle são exercidos 
através de normas legais, expedidas pela autoridade monetária, ou pela oferta seletiva de crédito 
levada a efeito pelos agentes financeiros do governo; 
 O subsistema operativo é constituído pelas instituições financeiras públicas ou privadas, que atuam no 
mercado financeiro. 
O SFN do Brasil agrupa-se segundo as seguintes funções: 
Crédito de Curto Prazo Bancos Comerciais e Bancos Múltiplos, 
Caixas Econômicas, Cooperativas de Crédito. 
Crédito de Médio 
e Longo Prazo 
Bancos de Investimento e Desenvolvimento. 
Crédito ao Consumidor Financeiras, Caixas Econômicas, 
Sociedades de Crédito ao Microempreendedor 
Crédito Habitacional Caixas Econômicas, Sociedades de 
Crédito Imobiliário, Bancos Múltiplos. 
Intermediação de Títulos e 
Valores Mobiliários 
Bolsas de Valores, Bolsas de Mercadorias e Futuros, 
Sociedades Corretoras e Distribuidoras, 
Agentes Autônomos de Investimento. 
Seguro, Previdência 
Complementar e Capitalização 
Seguradoras, Fundações de Seguridade Social, 
 Companhias de Capitalização, instituições financeiras. 
Arrendamento Mercantil Companhias de Leasing. 
A instituição financeira 
A instituição financeira é a empresa intermediária entre aqueles que têm recursos financeiros 
disponíveis (doadores finais de recursos) e aqueles que necessitam de recursos financeiros(tomadores 
finais de recursos). 
Para exercer suas funções como intermediária, a instituição financeira realiza atividades 
financeiras específicas para viabilizar a transferência de recursos dos ofertadores finais para os 
tomadores finais. 
As instituições financeiras, para efeito legal, são pessoas jurídicas, públicas ou privadas, que 
tenham como atividade principal ou acessória, a coleta, intermediação ou aplicação de recursos 
financeiros, próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valores de 
propriedade de terceiros. 
Para os efeitos da lei, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam 
qualquer das atividades referidas de forma permanente ou eventual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização do SFN 
Mostra como se organiza o SFN do Brasil 
O diagrama a seguir descreve a organização do SFN – Sistema Financeiro 
Nacional: 
Órgãos 
normativos 
Entidades 
supervisoras 
Operadores 
CMN - Conselho 
Monetário Nacional 
Bacen – Banco 
Central do Brasil 
Captadores de 
depósitos à vista 
 Bancos múltiplos 
com carteira 
comercial 
 Caixa econômica 
 Cooperativas de 
Crédito 
Não captadores 
de depósitos à 
vista 
 Outros bancos 
múltiplos 
 Bancos de 
investimento 
 Bancos de câmbio 
 Bancos de 
desenvolvimento 
 Financeiras 
 Crédito imobiliário 
 Companhias 
hipotecárias 
 Crédito ao 
microempreendedor 
 APEs 
 Agências de fomento 
 Administradores de 
consórcio 
CVM – Comissão de 
Valores Mobiliários 
 Bolsas de Valores 
 Bolsas de Mercadorias e futuros 
 Corretoras de valores 
 Corretoras de câmbio 
 Distribuidoras de valores 
 Arrendamento mercantil 
 Representação de instituições estrangeiras 
 Agentes autônomos 
 Fundos de investimento 
 Clubes de investimento 
 Carteiras de investidor estrangeiro 
 Administrador de ativos financeiros 
BCB + CVM  Selic 
 Cetip 
 Outras caixas de liquidação e custódia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CMN - Conselho Monetário Nacional 
Descreve as principais atribuições do CMN 
 ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 26/04/2013 12:55 
O CMN é o órgão deliberativo de cúpula do SFN. 
Suas principais atribuições são: 
 Estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; 
 Regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições 
financeiras; 
 Disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial. 
O CMN é constituído pelos seguintes membros: 
 Ministro da Fazenda – presidente; 
 Ministro do Planejamento; 
 Presidente do Banco Central. 
 
 
 
 
Banco Central do Brasil 
Descreve as principais funções do Banco Central 
 ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 26/04/2013 12:55 
O Banco Central, autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, é um órgão 
executivo. 
Tem como missão institucional a estabilidade do poder de compra da moeda e a 
solidez do sistema financeiro como um todo. 
Suas atribuições privativas são, entre outras, as seguintes: 
 Emitir dinheiro; 
 Executar os serviços de circulação do dinheiro; 
 Executar os recolhimentos compulsórios, encaixes obrigatórios e depósitos 
voluntários das instituições financeiras; 
 Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras; 
 Controlar e fiscalizar o crédito; 
 Controlar e fiscalizar o capital estrangeiro; 
 Ser depositário de reservas oficiais de ouro e moedas estrangeiras no país; 
 Fiscalizar as instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas; 
 Todos os atos relativos à instalação, funcionamento, fusõesetc, de instituições 
financeiras; 
 Administrar a dívida interna. 
Desde agosto de 2004, o cargo de Presidente do Banco Central do Brasil foi 
transformado em cargo de Ministro de Estado. 
Funcionam junto ao BACEN Conselhos e Comitês com funções específicas, dentre 
os quais se destacam: 
 COPOM – Comitê de Política Monetária; 
 SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro 
 
O Banco do Brasil 
Descreve a função do Banco do Brasil 
O Banco do Brasil, pessoa jurídica de direito privado, sociedade anônima aberta 
de economia mista, tem como acionista controlador a União e como principal 
acionista minoritário a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil 
(Previ). 
O Banco tem por objeto a prática de todas as operações bancárias ativas, passivas 
e acessórias, a prestação de serviços bancários, de intermediação e suprimento 
financeiro sob suas múltiplas formas e o exercício de quaisquer atividades facultadas 
às instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. 
O Banco poderá, também, atuar na comercialização de produtos agropecuários e 
promover a circulação de bens. 
A administração de recursos de terceiros será realizada mediante a contratação 
de sociedade subsidiária ou controlada do Banco. 
 
Outras instituições financeiras públicas 
Menciona outras instituições financeiras do setor público 
CVM - Comissão de Valores Mobiliários 
Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. 
Compete à CVM: 
 Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; 
 Regulamentar, orientar e fiscalizar os fundos de investimento; 
 Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais 
de administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores 
de carteira de valores mobiliários; 
 Evitar ou coibir modalidades de fraudes ou manipulação destinadas a criar condições 
artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado; 
 Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e 
às companhias que os tenham emitido; 
 Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores 
mobiliários; 
 Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; 
 Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e 
estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias 
abertas. 
SUSEP – Superintendência de Seguros Privados 
É o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, 
previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Autarquia vinculada ao 
Ministério da Fazenda, faz parte do Sistema Nacional de Seguros Privados. 
Outras entidades públicas participantes são: 
 Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, 
 IRB Brasil Resseguros S.A. - IRB Brasil Re, 
 companhias de seguros privados e capitalização, 
 entidades de previdência privada aberta 
 corretores habilitados. 
Tem a missão de atuar na regulação, supervisão, fiscalização e incentivo das 
atividades de seguros, previdência complementar aberta e capitalização, de forma ágil, 
eficiente, ética e transparente, protegendo os direitos dos consumidores e os 
interesses da sociedade em geral. 
PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar 
Autarquia de natureza especial com autonomia administrativa e financeira e 
patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Previdência Social (MPS), atua como 
entidade de fiscalização e de supervisão das entidades fechadas de previdência 
complementar (EFPC) e de execução das políticas para o regime de previdência 
complementar operados por essas entidades. 
SPPC – Secretaria de Políticas de Previdência Complementar 
Órgão do Ministério da Previdência Social que assiste o Ministro de Estado na 
formulação e no acompanhamento das políticas e diretrizes do regime de previdência 
complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar. 
Outras entidades 
Além dessas, funcionam ainda como instituições públicas ou de economia mista 
empenhadas em atividades dos mercados financeiros as seguintes instituições: 
Empresa pública Sociedade de economia 
mista 
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social 
Banco do Brasil 
CEF - Caixa Econômica Federal Banco do Nordeste do 
Brasil 
 Banco da Amazônia 
 
 
 
 
 
Instituições financeiras privadas 
Descreve as principais instituições financeiras privadas 
1. Bancos comerciais. Os bancos comerciais são classificados como instituições 
monetárias, por terem o poder de criar moeda escritural, resultante do acúmulo 
de depósitos. São instituições financeiras que recebem depósitos à vista em 
contas de movimento e efetuam empréstimos a curto prazo, principalmente para 
capital de giro das empresas. 
2. Bancos Múltiplos. São bancos que podem operar simultaneamente, com 
autorização do Banco Central, carteiras de banco comercial, de investimento, de 
crédito imobiliário, de crédito, financiamento e investimento, de arrendamento 
mercantil (leasing) e de desenvolvimento, constituindo-se em uma só instituição 
financeira de carteiras múltiplas, com personalidade jurídica própria, e que pode 
selecionar com o que deseja operar, dentre as modalidades referidas. Uma das 
carteiras será sempre de banco comercial ou de banco de investimento. 
3. Bancos de Investimento. Os bancos de investimentos são entidades 
especializadas na montagem e colocação no mercado de operações de 
participação ou financiamento a médio e longo prazos, para suprimento de capital 
fixo ou de giro, mediante a aplicação de recursos próprios e/ou captação, 
intermediação e aplicação de poupanças de terceiros. Além do capital próprio, os 
bancos de investimentos contam com uma ampla pauta de alternativas para 
captar recursos. Podem fazê-lo oferecendo aos investidores os recibos e os 
certificados de depósitos a prazo. Também operam como agentes financeiros do 
BNDES. 
4. Companhias de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras): Instituição 
financeira privada, constituída sob a forma de companhia, realiza o financiamento 
ao consumo através do CDC - Crédito Direto ao Consumidor, e financiamento de 
vendas. ode captar recursos de público mediante aceite e colocação de letras de 
câmbio. Desde maio de 2007 pode ainda captar recursos mediante a emissão de 
RDB - Recibo de Depósito Bancário. As SCFI devem dirigir os recursos 
provenientes de suas captações para as seguintes operações: 
 a) no mínimo 60% para o financiamento de bens e serviços a pessoas físicas 
ou jurídicas 
 b)no máximo 40% para o financiamento de capital de giro a pessoas jurídicas, 
com prazo mínimo de 3 meses, admitidas as operações sob a forma de crédito 
rotativo. 
5. Sociedades de Crédito Imobiliário: Instituição financeira constituída sob a forma 
de companhia, realiza financiamentos habitacionais e imobiliários. Pode operar 
com recursos próprios ou captar recursos de terceiros em cadernetas de 
poupança, letras hipotecárias, letras de crédito imobiliário, repasses e 
financiamentos contraídos no país, inclusive os provenientes de fundos nacionais, 
empréstimos e financiamentos contraídos no exterior 
6. Empresa de Leasing: Empresa que tem como objeto social principal a prática de 
operações de arrendamento mercantil, com o próprio vendedor do bem ou com 
pessoas jurídicas a ele coligadas ou interdependentes. 
7. Companhia hipotecária: Companhia que tem por objeto social: conceder 
financiamentos destinados à produção, reforma ou comercialização de imóveis 
residenciais ou comerciais e lotes urbanos; 
8. Companhia Administradora de consórcios: Empresa que administra fundos 
providos por futuros adquirentes de bens móveis ou imóveis, mediante sistema 
de liberação parcial de recursos. Tem sua atividade fiscalizada pelo Banco Central; 
9. Bolsas deValores e de Mercadorias. São instituições administradoras de 
mercados, que funcionam como local físico ou virtual para a realização de 
negócios com títulos e valores mobiliários, mercadorias e cereais, em mercados 
livres e abertos, com operações à vista, a termo e a futuro. Desta forma, 
investidores têm acesso a sistemas de negociação adequados, transparentes e 
líquidos, para realizarem suas transações com todos esses tipos de ativos. 
Outras instituições do mercado 
Descreve outras instituições que operam nos mercados financeiros 
O Brasil dispõe ainda de diferentes instituições e agentes que realizam tarefas 
diferenciadas no mercado financeiro, entre as quais destacam-se as seguintes 
instituições: 
1. Bancos e Companhias de Desenvolvimento: instituição pública não federal, 
constituída sob a forma de companhia, com sede na Capital do Estado da 
Federação que detiver seu controle acionário; 
2. Companhias de Seguros: Empresa financeira que administra riscos, com 
obrigação de pagar indenizações se ocorrerem perdas e danos nos bens 
segurados. Opera em dois ramos básicos: ramos elementares (incêndio, 
transporte, acidentes pessoais e eventos que possam afetar pessoas e bens, 
responsabilidades, obrigações, garantias e direitos); e ramo vida (benefícios ou 
rendas). 
3. Sociedade de propósito exclusivo: Sociedade auxiliar, mero instrumento de sua 
controladora, constituída para prestar um serviço específico, cumprir a etapa de 
um projeto, ou desenvolver um projeto para a controladora. Cumprido seu 
propósito, seu destino é a liquidação; empresa formada com o objetivo único de 
transformar os recebíveis em títulos securitizados; 
4. Empresa de factoring: Empresa comercial, opera na aquisição incondicional de 
faturamento de empresas industriais ou comerciais. 
5. Entidades de Previdência Complementar: as entidades fechadas são sociedades 
limitadas ou fundações, sem fins lucrativos, com objeto social de instituir planos 
privados de concessão de pecúlios ou de rendas, de benefícios complementares 
ou assemelhados aos da previdência social, mediante contribuição de seus 
participantes, dos respectivos empregadores ou de ambos. 
6. Sociedade de Crédito ao Microempreendedor: Empresa constituída sob a forma 
de companhia fechada, ou sob a forma de sociedade limitada. Destina-se a 
conceder financiamentos e prestar garantias a pessoas físicas, com vistas a 
viabilizar empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial, de 
pequeno porte, e a pessoas jurídicas classificadas como microempresas na forma 
da legislação e regulamentação em vigor. 
7. Auditor independente: Perito-contador que presta serviços de auditoria 
independente a empresas. Para exercer atividade no âmbito do mercado de 
valores mobiliários, está sujeito ao registro na CVM - Comissão de Valores 
Mobiliários. Pode ser pessoa física ou jurídica, sociedade profissional, constituída 
sob a forma de sociedade limitada. 
Reclamações 
Define procedimentos para reclamações 
O Banco Central do Brasil mantém o RDR - Sistema de Registro de Denúncias, Reclamações e 
Pedidos de Informações, destinado ao registro e ao tratamento de denúncias, reclamações e pedidos de 
informações a ele apresentados por usuários de produtos e serviços das instituições financeiras, demais 
instituições autorizadas a funcionar pela referida autarquia e administradoras de consórcios. 
Considera-se denúncia os fatos que caracterizem indícios de descumprimento de dispositivos 
legais e regulamentares cuja fiscalização esteja afeta ao Banco Central. 
As denúncias e as reclamações registradas no sistema RDR serão disponibilizadas às instituições e 
às administradoras na página do Banco Central do Brasil na internet (www.bcb.gov.br). 
As instituições e as administradoras devem responder ao interessado em até dez dias úteis, 
contados da data de disponibilização do registro no sistema RDR. 
Cópia eletrônica da resposta e dos respectivos anexos, além de relato das providências adotadas e 
dos esclarecimentos cabíveis, devem ser encaminhados ao Banco Central do Brasil, por meio do sistema 
RDR, no prazo mencionado acima. (Circular 3.289) 
 
 
Ouvidoria 
Descreve os procedimentos da ouvidoria do Banco Central 
A missão da Ouvidoria do Banco Central é garantir que a manifestação do cidadão 
sobre os serviços prestados pelo Banco seja apreciada pela Instituição. 
Encontra-se localizada no Edifício-Sede, em Brasília, e exerce sua função em todo 
o território nacional, em virtude da competência legal da Instituição. 
A atuação da Ouvidoria do Banco Central do Brasil ocorre da seguinte forma: 
 recebe as manifestações do cidadão sobre os serviços prestados pelo Banco Central; 
 envia as manifestações às áreas do Banco Central do Brasil responsáveis pelo assunto; 
 acompanha as providências e cobra soluções; 
 responde no menor prazo possível com clareza e objetividade; 
 sugere/recomenda mudanças de procedimentos internos e adequações de normas e 
serviços; 
 avalia o grau de satisfação do cidadão. 
O COPOM 
Descreve as atividades do COPOM 
Comitê encarregado de formular a política monetária do País. 
Estabelece diretrizes de política monetária, e define a meta da taxa de juros 
primária (SELIC) que remunera os títulos da dívida pública federal 
 
O COPOM foi instituído com o objetivo de estabelecer diretrizes da política monetária 
e definir a taxa de juros. 
A criação do Comitê tem objetivos semelhantes aos do Federal Open Market 
Committee (FOMC), do FED - Federal Reserve System, do Central Bank Council do 
banco central da Alemanha e doMonetary Policy Committee (MPC) do banco central da 
Inglaterra. 
Posteriormente, o Banco Central Europeu instituiu sistema semelhante para a 
administração do euro. 
Os objetivos do COPOM são "estabelecer diretrizes de política monetária, definir 
a meta da taxa SELIC e seu eventual viés, e analisar o Relatório de Inflação". 
A taxa de juros fixada na reunião do COPOM é a meta para a taxa SELIC para o 
período entre reuniões ordinárias do Comitê. 
O COPOM é composto por oito diretores do Banco Central, com direito a voto, e é 
presidido pelo Presidente do Banco Central, que tem o voto de qualidade. 
No último dia dos meses de março, junho, setembro e dezembro, o COPOM 
publica o Relatório de Inflação, que explicita as condições da economia que orientaram 
as decisões do COPOM. 
Tarifas bancárias 
Descreve o que são 
Tarifas bancárias são as taxas que os clientes pagam pela utilização de 
determinados serviços bancários. 
Não se caracteriza como tarifa o ressarcimento de despesas decorrentes de 
prestação de serviços por terceiros, podendo seu valor ser cobrado desde que 
devidamente explicitado no contrato de operação de crédito ou de arrendamento 
mercantil. 
É vedada às instituições a cobrança de tarifas pela prestação de serviços bancários 
essenciais a pessoas físicas. 
Entre outras, as tarifas bancárias incidem sobre: 
 abono de assinatura; 
 aditamento de contratos; 
 avaliação, reavaliação e substituição de bens recebidos em garantia; 
 cartão de crédito; 
 certificado digital; 
 coleta e entrega em domicílio ou outro local; 
 cópia ou segunda via de comprovantes e documentos; 
 corretagem; 
 custódia; 
 extrato mensal diferenciado contendo informações adicionais àquelas relativas a 
contas-correntes de depósitos à vista e a contas de depósitos de poupança; 
 fornecimento de atestados, certificados e declarações; 
 aviso automático de movimentação de conta. 
 
Resumidamente, são isentos de tarifas, na conta corrente de depósitos à vista: 
 fornecimento de cartão de débito; 
 fornecimento de dez folhas de cheques por mês, 
 realização de até quatro saques, por mês, em guichê de caixa, inclusive por meio de 
cheque ou de cheque avulso, ou em terminal de auto-atendimento; 
 fornecimento de até dois extratos contendo a movimentação do mês pormeio de 
terminal de auto-atendimento; 
 realização de consultas via internet; 
 realização de duas transferências de recursos entre contas na própria instituição, por 
mês, em guichê de caixa, em terminal de auto-atendimento e/ou pela internet; 
 compensação de cheques; 
 fornecimento do extrato 
Mais detalhes no endereço: http://www.febraban-star.org.br/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.febraban-star.org.br/
O Sistema de Informações de Crédito 
 
Definição do SCR 
Descrição geral do SCR - Sistema de Informações de crédito 
O SCR - Sistema de Informações de Crédito do Banco Central - é um sistema 
completo, amigável, consistente e ágil e de acesso fácil pela internet. 
O SCR é um banco de dados alimentado mensalmente pelas instituições 
financeiras, mediante coleta de informações sobre as operações concedidas. 
Paulatinamente, esse valor foi sendo diminuído, inicialmente para o patamar de 
R$ 20.000,00 (vinte mil reais), depois para R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e atualmente, 
são armazenadas no banco de dados do SCR as operações dos clientes com 
responsabilidade total igual ou superior a R$ 1.000,00 (mil reais) a vencer e vencidas, e 
os valores referentes às fianças e aos avais prestados pelas instituições financeiras a 
seus clientes, além de créditos a liberar contabilizados nos balancetes mensais. 
A base legal para o sistema coletar e compartilhar informações entre as 
instituições participantes do Sistema Financeiro Nacional e o respeito à privacidade do 
cliente quanto ao sigilo e à divulgação de informações obedecem às condições 
previstas na Lei Complementar 105/01 e na Resolução 2.724/00. 
Entidades participantes 
 Bancos Múltiplos; 
 Bancos Comerciais; 
 Caixa Econômica Federal; 
 Bancos de Investimento; 
 Bancos de Desenvolvimento; 
 Sociedades de Crédito Imobiliário; 
 Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento; 
 Companhias Hipotecárias; 
 Agências de Fomento ou de Desenvolvimento; 
 Associações de Poupança e Empréstimo; 
 Sociedades de Arrendamento Mercantil; 
 Cooperativas de Crédito 
O SCR armazena dados sobre as operações contratadas por todas as instituições, 
de forma que o Banco Central pode adotar medidas preventivas com o objetivo de 
proteger os recursos que os cidadãos confiam às instituições integrantes do sistema. 
Assim, o principal objetivo do SCR é o de reforçar os mecanismos de supervisão 
bancária, com aumento da eficácia de avaliação dos riscos inerentes à atividade. 
O outro objetivo do SCR é auxiliar as instituições financeiras na gestão de suas 
carteiras de crédito, preenchendo uma lacuna na obtenção de informações sobre as 
características e avaliação da capacidade de pagamento dos devedores, com impactos 
positivos na diminuição dos índices de inadimplência. 
O sistema fomenta a competição entre os agentes pela possibilidade de oferta de 
taxas de juros menores nas operações que oferecem menor risco. 
Acesso às informações do SCR 
Como se realiza o acesso a essas informações 
O acesso ao SCR pode ser feito pelas instituições financeiras participantes do sistema, pelos 
tomadores de empréstimos e financiamentos e pelas áreas especializadas do Banco Central. 
Para as instituições financeiras, é necessária a autorização expressa dos clientes. A inobservância 
desse requisito sujeitará os implicados às penalidades previstas na lei. 
As pessoas físicas e jurídicas podem se cadastrar no Banco Central para acessarem, gratuitamente, 
por meio da internet, seus dados porventura cadastrados no SCR. 
Se conveniente, podem obter relatórios com informações detalhadas a seu respeito, diretamente 
nas Centrais de Atendimento ao Público, mantidas pelo Banco Central em dez capitais do país, mediante 
apresentação dos documentos exigidos. 
Documentação exigida para consulta 
Relação dos documentos exigidos para realização de consultas 
 ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 17/01/2013 10:22 
Os documentos exigidos para consulta ao SCR são: 
 Pessoa física: identidade e CPF. 
 Pessoa jurídica: contrato social (original ou cópia autenticada), certidão da Junta 
Comercial, declaração atestando que os documentos apresentados são atuais e 
fidedignos, bem como documento de identificação do representante legal (original ou 
cópia autenticada). 
As instituições financeiras são responsáveis pelo encaminhamento sistemático de 
dados sobre as operações de crédito. 
Cumpre a elas também corrigir ou excluir as informações imprecisas. 
Eventuais questionamentos judiciais devem ser encaminhados diretamente à 
instituição financeira que informou os dados sobre a operação. 
 
O correspondente e seus agentes 
 
Atributos do bom agente 
Descreve os principais atributos profissionais dos agentes dos 
correspondentes e o que um cliente leva em consideração ao avaliar uma 
oferta de negócio 
Todos os itens a seguir formam um conjunto de atributos que bons agentes 
apresentam. 
Um bom agente potencializa um bom cliente. 
As principais qualidades que um agente deve desenvolver para dar qualidade ao 
seu sistema de atendimento ao cliente são: 
Cortesia É item fundamental no atendimento. 
Agilidade É essencial para que o cliente obtenha rapidamente a solução para 
seus problemas 
Comunicação Quem se comunica bem sabe ouvir melhor, para estabelecer um 
diálogo cortês e profissional 
Saber o que está fazendo Conhecer produtos e serviços é fundamental para transmitir 
informações corretas, precisas e concisas ao cliente 
Entrar na realidade do 
cliente 
Para poder atendê-lo adequadamente, o agente deve buscar entender 
as necessidades dele, ter empatia com o cliente à sua frente 
Estimular a curiosidade 
do cliente 
Será que o cliente precisa apenas daquilo que ele próprio definiu? 
Será que nossa carteira de produtos não tem algo mais adequado, 
algo que chame mais a atenção do cliente, algo que ele queira além 
do que já está pedindo? 
Estar disponível com bom 
humor, motivação e alto 
astral 
O agente mal-humorado tem poucas chances de sucesso com clientes 
Praticar todas essas 
qualidades também no 
atendimento interno 
Com isso se evitam demoras, atrasos e duplicidade nos serviços. 
Tratar os chefes e companheiros de trabalho como se eles também 
fosse clientes 
E o cliente? 
O que uma pessoa leva em consideração para se transformar em cliente? Eis 
alguns pontos em que ele pensa: 
Preços, para pagamento a 
prazo 
Custos que não reflitam aumento significativo no total a pagar. 
O consumidor tem noção do valor, à vista, do que é oferecido pelos 
concorrentes 
Agilidade no atendimento complementada por instrumento adequado para a transformação do 
cliente em cliente fidelizado 
Condições adequadas  O valor da prestação deve estar de acordo com as suas condições de 
pagamento. 
 Para a maioria dos clientes de crédito, em função da renda da população 
brasileira, o mais importante é o enquadramento da prestação no 
orçamento do cliente do que efetivamente o custo do financiamento. 
Não ter qualquer tipo de 
constrangimento 
Todos os detalhes do negócio devem ser explicados. Seja na 
obtenção do crédito como no decorrer do prazo, evitando a cobrança 
agressiva ou inadequada 
Controles adequados Os controles da empresa devem ser adequados, para não ocorrerem 
cobranças indevidas. 
 
O contrato do correspondente 
Relaciona os principais tópicos do contrato do correspondente 
A regulamentação sobre a atividade dos correspondentes foi baixada pela 
Resoluçao nº 3.954, mencionada na Introdução deste Curso, para ser executada e 
fiscalizada pelo Banco Central do Brasil. 
Os correspondentes estabelecidos no País prestam serviços em atividades de 
atendimento a clientes e usuários da instituição contratante. 
 O correspondente atua por conta e sob as diretrizes da instituição financeira 
contratante, que assume inteira responsabilidade pelo atendimento prestado aos 
clientes e usuários por meio do contratado.A instituição contratante, para celebração ou renovação de contrato de 
correspondente, deve verificar a existência de fatos que, a seu critério, desabonem a 
entidade contratada ou seus administradores, estabelecendo medidas de caráter 
preventivo e corretivo a serem adotadas na hipótese de constatação, a qualquer 
tempo, desses fatos, abrangendo, inclusive, a suspensão do atendimento prestado ao 
público e o encerramento do contrato. 
O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de 
atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da 
instituição contratante a seus clientes e usuários: 
 recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, 
a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante; 
 realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à 
movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela 
instituição contratante; 
 recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes de 
contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição contratante 
com terceiros (água, luz, telefone, etc); 
 execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da 
instituição contratante por solicitação de clientes e usuários; 
 recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de 
arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante; 
 recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição 
contratante; 
 recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito de 
responsabilidade da instituição contratante; 
 serviços complementares de coleta de informações cadastrais e de documentação, 
bem como controle e processamento de dados; 
 realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante, 
relativamente a: 
1. compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem, 
bem como carga de moeda estrangeira em cartão pré-pago, limitadas ao valor 
equivalente a US$3 mil dólares dos Estados Unidos por operação; 
2. execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência 
unilateral do ou para o exterior limitada ao valor equivalente a US$ 3 mil dólares 
dos Estados Unidos por operação; e 
3. recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio. 
Outras exigências contratuais 
Relaciona mais itens que devem constar dos contratos 
O contrato de correspondente deve estabelecer ainda: 
 exigência de que o contratado mantenha relação formalizada mediante vínculo 
empregatício ou vínculo contratual de outra espécie com as pessoas naturais 
integrantes da sua equipe, envolvidas no atendimento a clientes e usuários; 
 vedação à utilização, pelo contratado, de instalações cuja configuração arquitetônica, 
logomarca e placas indicativas sejam similares às adotadas pela instituição contratante 
em suas agências e postos de atendimento; 
 divulgação ao público, pelo contratado, de sua condição de prestador de serviços à 
instituição contratante, identificada pelo nome com que é conhecida no mercado, com 
descrição dos produtos e serviços oferecidos e telefones dos serviços de atendimento 
e de ouvidoria da instituição contratante, por meio de painel visível mantido nos locais 
onde seja prestado atendimento aos clientes e usuários, e por outras formas caso 
necessário para esclarecimento do público; 
 realização de acertos financeiros entre a instituição contratante e o correspondente, 
no máximo, a cada dois dias úteis; 
 utilização, pelo correspondente, exclusivamente de padrões, normas operacionais e 
tabelas definidas pela instituição contratante, inclusive na proposição ou aplicação de 
tarifas, taxas de juros, taxas de câmbio, cálculo de Custo Efetivo Total (CET) e 
quaisquer quantias auferidas ou devidas pelo cliente, inerentes aos produtos e serviços 
de fornecimento da instituição contratante; 
 permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos firmados ao amparo 
desta resolução, à documentação e informações referentes aos produtos e serviços 
fornecidos, bem como às dependências do contratado e respectiva documentação 
relativa aos atos constitutivos, registros, cadastros e licenças requeridos pela 
legislação; 
 possibilidade de adoção de medidas pela instituição contratante, por sua iniciativa ou 
por determinação do Banco Central do Brasil; 
 observância do plano de controle de qualidade do atendimento, estabelecido pela 
instituição contratante e das medidas administrativas nele previstas; 
 declaração de que o contratado tem pleno conhecimento de que a realização, por sua 
própria conta, das operações consideradas privativas das instituições financeiras ou de 
outras operações vedadas pela legislação vigente sujeita o infrator às penalidades 
previstas em lei. 
 
Assuntos vedados nos contratos 
Relaciona assuntos que não podem ser exercidos pelo correspondente 
As normas impõem uma série de vedações à atividade de correspondente 
bancário. 
Por estas normas é vedado ao correspondente: 
 a celebração de contrato de correspondente que configure contrato de franquia. 
 a contratação, para o desempenho das atividades de atendimento de entidade cuja 
atividade principal seja a prestação de serviços de correspondente. 
 a contratação de correspondente cujo controle seja exercido por administrador da 
instituição contratante ou por administrador de entidade controladora da instituição 
contratante. 
 a cobrança, pela instituição contratante, de clientes atendidos pelo correspondente, 
de tarifa, comissão, valores referentes a ressarcimento de serviços prestados por 
terceiros ou qualquer outra forma de remuneração, pelo fornecimento de produtos ou 
serviços de responsabilidade da referida instituição, ressalvadas as tarifas constantes 
da tabela adotada pela instituição contratante, 
 emitir, a seu favor, carnês ou títulos relativos às operações realizadas, ou cobrar por 
conta própria, a qualquer título, valor relacionado com os produtos e serviços de 
fornecimento da instituição contratante; 
 a realização de adiantamento a cliente, pelo correspondente, por conta de recursos a 
serem liberados pela instituição contratante; 
 a prestação de garantia, inclusive coobrigação, pelo correspondente nas operações a 
que se refere o contrato; 
 a realização, pelo contratado, de atendimento aos clientes e usuários relativo a 
demandas envolvendo esclarecimentos, obtenção de documentos, liberações, 
reclamações e outros referentes aos produtos e serviços fornecidos, as quais serão 
encaminhadas de imediato à instituição contratante, quando não forem resolvidas 
pelo correspondente. 
 
O pastinha 
Descreve sua existência e ressalta suas fraudes 
Pessoa que atua irregularmente como intermediário entre instituições bancárias e 
correspondentes bancários, através de empresas promotoras de crédito. 
Está presente especialmente em operações de crédito consignado. 
Sua atuação pode originar fraudes como: 
 Cobrança de taxas superiores às contratadas; 
 Descontos não autorizados; 
 Ausência de recebimento de valor, apesar de o contracheque do devedor apresentar o 
desconto. 
O relacionamento banco-correspondente 
Descreve como os bancos encaram este relacionamento 
Como os bancos encaram o seu relacionamento com os Correspondentes – e, 
claro, com os Agentes dos Correspondentes? 
UNIC pesquisou e encontrou um posicionamento de banco, que fixa as condições 
e limites de seu relacionamento contratual com os Correspondentes. 
Não se trata de uma posição generalizada, mas pode perfeitamente servir de base 
para o agente entender como será apreciada e recebida a sua atividade, bem como 
quais as condições que deve preencher para realizá-la a contento. 
Esta posição está descrita segundo umprocesso de perguntas e respostas, das 
quais as mais importantes para o agente são: 
O Correspondente pode realizar toda e 
qualquer prestação de serviços ao 
banco? 
Não. O Correspondente pode prestar ao banco 
somente os serviços descritos no Contrato de 
Prestação de Serviços de Correspondente no País, 
que devem se limitar a: 
 Recepção e encaminhamento de propostas 
referentes a operações de crédito 
 Recepção e encaminhamento de propostas de 
fornecimento de cartões de crédito. 
 Serviços de coleta de informações cadastrais e de 
documentação, bem como controle e processamento 
de dados. 
O Correspondente pode é remunerado 
pelos serviços prestados ao banco? 
Sim. Conforme a política de remuneração do banco, 
que poderá ser: adiantamentos por meio de 
operações de crédito, aquisição de recebíveis, 
constituição de garantias, pagamento de despesas, 
distribuição de prêmios, bonificações, promoções 
ou qualquer outra forma assemelhada. 
Quem responde pelo atendimento 
prestado ao cliente? 
O Correspondente atua por conta e sob diretrizes do 
banco, ao qual cabe inteira responsabilidade pelo 
atendimento prestado aos clientes e usuários. 
O que cabe ao banco assegurar em 
relação ao objeto do contrato? 
O banco deve assegurar: 
 Aos clientes, a integridade, a confiabilidade, a 
segurança e o sigilo das transações, o cumprimento 
da legislação e da regulamentação relativa às 
transações. 
 Ao Correspondente, equipe de atendimento, 
documentação técnica adequada, canal de 
comunicação permanente para prestar 
esclarecimentos, atualização sobre toda e qualquer 
alteração na regulamentação bancária relacionada à 
atividade de correspondente. 
Os Agentes que atuam no Para atuar junto aos Correspondente, os Agentes 
Correspondente também precisam de 
algum tipo de registro? 
deverão possuir uma certificação, obtida em uma 
entidade de reconhecida capacidade técnica. 
 Permite-se a certificação de um Agente certificado 
por ponto de atendimento para os Correspondente 
de veículos, desde que ele seja também o fornecedor 
do bem financiado. 
 Para os Correspondente que atuam com 
consignado, é obrigatória a certificação de todos os 
agentes. 
Os profissionais do Correspondente 
que derem atendimento aos clientes 
terão identificação especial? 
Esses profissionais devem portar crachá contendo, 
de forma visível, a denominação (social ou de 
fantasia) do Correspondente, o nome do profissional 
e seu número de registro no CPF/MF. 
Como o cliente saberá que está sendo 
atendido por um Correspondente de 
determinada instituição? 
Em painel afixado em local visível ao público, o 
Correspondente deverá declarar ser prestador desse 
serviço ao banco, que será identificado pelo nome 
como é conhecido no mercado, descrever os 
produtos e serviços oferecidos com a respectiva 
tabela de tarifas e informar os telefones do banco 
destinados a dar atendimento ao cliente. 
 
Quais são os principais procedimentos 
operacionais a serem observados pelo 
Correspondente? 
 Utilizar exclusivamente os padrões, as normas 
operacionais, as tabelas, as tarifas, as taxas de juros, 
as taxas de câmbio, o cálculo de Custo Efetivo Total 
(CET) conforme informação do banco. 
 Encaminhar, ao banco, as questões ou dúvidas dos 
clientes que não conseguir solucionar. 
 Repassar aos clientes, previamente à contratação da 
operação, informações a respeito do CET e entregar 
ao cliente o Orçamento da Operação. 
 Obter, dos clientes, autorização para consultas 
junto ao Sistema de Informação de Crédito. 
 Manter sigilo quanto aos dados, informações e 
documentos a que tiver acesso no âmbito das suas 
funções de Correspondente. 
Quais cuidados devem ser tomados 
com relação ao sigilo bancário? 
Ao Correspondente, cabe zelar pelas informações e 
documentos recebidos dos clientes, utilizando essas 
informações somente para o fim a que se destinam. 
Quais são as obrigações do 
Correspondente com relação ao 
Código de Defesa do Consumidor? 
 Manutenção de um exemplar do Código de Defesa 
do Consumidor nos estabelecimentos comerciais e 
de prestação de serviços. 
 Correspondente deve ter conhecimento do 
conteúdo do referido Código, para que mantenha 
um bom atendimento, seguindo as normas nele 
estabelecidas. 
Quais são as principais obrigações 
contratuais do Correspondente? 
 Permitir a entrada e permanência de funcionários 
do banco no âmbito dos serviços contratados e na 
medida do estritamente necessário para o 
andamento destes. 
 Não fazer distinção entre seus clientes em função 
de serem ou não clientes do banco. 
 Observar as regras relativamente à segurança, 
prevenção e combate às atividades nela relacionadas 
como crimes. 
 Manter, nas dependências em que forem prestados 
os serviços, uma cópia do Contrato de Prestação de 
Serviços de Correspondente no País. 
 Manter sigilo quanto aos dados, informações e 
documentos a que tiver acesso no âmbito das 
Há restrições para a atuação do 
Correspondente? 
Sim. Ao Correspondente é vedado: 
 Utilizar configuração arquitetônica, logomarcas ou 
placas indicativas similares às adotadas pelo banco. 
 Emitir a seu favor carnês ou títulos relativos aos 
serviços objeto do contrato. 
 Cobrar do cliente, por iniciativa própria, a qualquer 
título, tarifa, comissão, valores ou qualquer outra 
forma de remuneração relativos aos serviços objeto 
do contrato. 
 Realizar adiantamento aos clientes por conta de 
recursos a serem liberados pelo banco. 
 Prestar qualquer tipo de garantia (aval, fiança, etc.) 
inclusive coobrigação, nas operações relacionadas 
com o objeto do contrato. 
 Substabelecer, ceder, subcontratar ou por qualquer 
outra forma transferir, total ou parcialmente, o 
contrato a terceiros, sem a prévia anuência do 
banco. 
 Utilizar-se dos termos do contrato em divulgação 
ou publicidade, sem prévia e expressa autorização 
do banco. 
O Correspondente assume 
responsabilidades pela formalização 
das operações? 
Sim. O Correspondente assume as seguintes 
responsabilidades com a formalização das 
operações: 
 Conferir a documentação original relativa às 
informações cadastrais dos clientes; 
 Observar a fidelidade e a veracidade das 
informações cadastrais dos clientes; 
 Coletar as assinaturas do cliente necessárias à 
formalização da operação; 
 Garantir a entrega, ao cliente, da documentação 
necessária para a transferência do bem fornecido; 
 Vistoriar o bem que será financiado ou arrendado e 
a respectiva documentação, caso houver; 
 Verificar e confirmar a origem e a propriedade do 
bem arrendado ou financiado, caso houver; 
 Assegurar a identidade da pessoa a quem será 
entregue o bem financiado ou arrendado, caso 
houver. 
Como o Correspondente deve 
apresentar as condições da operação ao 
Apresentação aos clientes, durante o atendimento, 
dos planos oferecidos pela instituição contratante e 
pelas demais instituições financeiras para as quais 
cliente? preste serviços de Correspondente. 
Qual participação do Correspondente 
no processo de análise da proposta de 
crédito? 
Cabe ao Correspondente sempre obter do cliente as 
informações atualizadas e necessárias para a decisão 
do crédito. A concessão de crédito está 
fundamentada na análise criteriosa das informações 
contidas na proposta. 
 
A situação do lojista 
Especifica a situação dos correspondentes lojistas 
No caso de correspondentes que sejam, ao mesmo tempo, fornecedores de 
bens e serviços financiados ou arrendados, admite-se a certificação de uma pessoa 
por ponto de atendimento, que se responsabilizará, perante a instituição 
contratante, pelo atendimento ali prestado aos clientes. 
É o caso, por exemplo, dos revendedores de automóveis, motocicletas, lojas de 
magazine e outros, em que o correspondente é também vendedor de bensou 
serviços. 
 
As respostas do Banco Central 
Como o Banco central encara diversas situações da atividade do 
Correspondente 
Para ser correspondente, precisa ter autorização do Banco Central? 
Não. A contratação de empresa para a prestação dos serviços acima referidos 
deve ser objeto de comunicação ao Banco Central do Brasil. 
O correspondente pode utilizar a expressão "banco" em seu nome? 
Dentro do sistema financeiro, o uso da palavra "banco" está restrito aos bancos 
comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimento e de desenvolvimento. Para 
empresas não integrantes do sistema financeiro, não há restrição legal ou 
regulamentar ao uso da palavra "banco". Contudo, a instituição contratante deve 
obter autorização do Banco Central para a contratação de empresas que utilizarem, 
em sua denominação social ou no respectivo nome fantasia, o termo "banco" ou 
outros termos característicos das denominações das instituições do SFN, bem como 
suas derivações em língua estrangeira. 
De quem é a responsabilidade pelas operações dos correspondentes? 
A responsabilidade é da instituição que contratou o correspondente. Os 
correspondentes devem informar ao público os telefones dos serviços de atendimento 
e de ouvidoria da instituição financeira contratante, por meio de painel visível, 
mantido nos locais onde seja prestado atendimento aos clientes e usuários, e por 
outras formas, caso necessário para esclarecimento do público. 
Os correspondentes podem se negar a receber pagamentos de "boletos"? 
Depende do que foi contratado com a instituição financeira. Caso o 
correspondente tenha sido contratado para receber contas, ele acolherá o pagamento 
dos mesmos boletos e outras contas (água, luz, telefone, impostos) que são recebidos 
pela instituição financeira contratante em suas agências. Porém, nada impede que ele 
seja contratado somente para alguns serviços de recebimento e não para todos. 
No caso geral, até a data do vencimento, os correspondentes são obrigados a 
aceitar o pagamento em dinheiro de "boletos" emitidos pela instituição financeira 
contratante, mas não são obrigados a aceitar pagamentos em cheque. 
Se o "boleto" tiver sido emitido por outra instituição financeira, o correspondente 
também não é obrigado a aceitar o pagamento, dependendo do que tiver sido 
contratado com a instituição financeira. 
O correspondente pode cobrar pelos serviços prestados? 
O correspondente somente pode cobrar dos clientes as tarifas previstas na tabela 
da instituição contratante, elaborada de acordo com a regulamentação em vigor. Não 
pode ser cobrado do cliente qualquer outro valor pelo serviço prestado. 
 
 
 
 
Novas regras de comissionamento 
Resolução 4294/2013 institui novas regras 
A Resolução 4.294, do CMN, divulgada pelo Banco Central, estabelece que o 
pagamento da remuneração dos correspondentes se dará da seguintes forma: 
1. Na contratação da operação: pagamento à vista, relativo aos esforços 
desempenhados na captação do cliente quando da originarão da operação; e 
2. Ao longo da operação: pagamento pro rata tempo ris ao longo do prazo do 
contrato, relativo a outros serviços prestados após a originarão. 
O valor pago na contratação da operação deve representar: 
 No máximo 6% (seis por cento) do valor de operação de crédito encaminhada, 
repactuada ou renovada; ou 
 No máximo 3% (três por cento) do valor de operação objeto de portabilidade. 
O contrato deve prever, ainda, que, no caso de liquidação antecipada da operação 
com recursos próprios do devedor ou com recursos transferidos por outra instituição, 
será cessado o pagamento pro rata tempo ris ao longo do prazo do contrato. 
A instituição contratante deve implementar sistemática de monitoramento e 
controle da viabilidade econômica da operação de crédito ou de arrendamento 
mercantil, cuja proposta seja encaminhada por correspondente, com a produção de 
relatórios gerenciais contemplando todas as receitas e despesas envolvidas, tais como 
 Custo de captação, 
 Taxa de juros e remuneração paga e devida ao correspondente sob qualquer forma, 
bem como prazo da operação, 
 Probabilidade de liquidação antecipada e de cessão. 
Para a apuração da viabilidade econômica, o valor presente das rendas da 
operação de crédito ou de arrendamento mercantil, bem como de sua repactuação ou 
renovação, considerada a possibilidade de sua liquidação antecipada ou inadimplência, 
deve ser superior ao valor presente do somatório da remuneração do correspondente 
com as demais despesas envolvidas. 
 
2 - Mercado financeiro 
Os riscos 
Conceito de risco 
Descreve o conceito de risco em geral 
 
Em termos legais, risco é a exposição a uma possibilidade de perda, mudanças 
adversas ou responsabilidade por algum dano. 
É também a possibilidade da ocorrência de um evento resultar em perdas de toda 
a espécie podendo vir comprometer a continuidade das atividades de uma 
organização. 
Normalmente, o risco tem relação direta com o nível de renda do investimento ou 
com o custo de um financiamento: quanto maior o custo ou nível de renda exigidos, 
maior o potencial de risco. 
Risco é algo que pode ser evitado. 
Portanto, risco é algo que a maioria das pessoas – físicas e jurídicas – está 
disposta a pagar par anão ter. 
Pode-se classificar os riscos em: 
 exógenos: riscos não ligados aos negócios financeiros; 
 endógenos: ligados - ainda que indiretamente -aos negócios financeiros; 
 passíveis de proteção: através de instrumentos financeiros adequados; 
Alguns tipos de riscos exógenos estão exemplificados a seguir: 
 Riscos políticos: mudança de regime; mudança de governo; 
 Riscos econômicos: estatização, alterações em políticas (fiscal, cambial), confiscos; 
 Riscos sociais: greves, tensões sociais, criminalidade elevada; 
 Riscos tecnológicos: obsolescência de produtos e processos de produção. 
 Riscos de desastres: incêndios, inundações; 
 Riscos de fraudes: roubo, sabotagem, extorsão, seqüestros. 
Já entre os riscos endógenos, citam-se: 
 Riscos econômicos: custos, preços, oscilação de demanda, taxa de inadimplência; 
 Riscos financeiros: taxa de juros, inflação, taxa de câmbio; 
 Riscos operacionais: sistemas internos, qualidade da mão-de-obra, custódia, 
alavancagem. 
O risco de crédito 
Conceitua e descreve o risco de crédito 
Risco de crédito é a possibilidade de não pagamento por parte: 
 do tomador de recursos, ou 
 do emitente de um título de crédito; 
 do comprador a prazo 
Decorre de situações de inadimplência e de insolvência do devedor da obrigação. 
Entre estas situações, uma exposição a um maior risco de mercado pode 
redundar num aumento do risco de crédito. 
Alguns dos principais fatores de risco de crédito se transformam em risco ou sub-
riscos, que devem ser monitorados separadamente, como: 
 risco de inadimplência 
 risco de deterioração de crédito 
 risco de garantia real 
O risco de crédito é uma parte inevitável do processo de venda a prazo para os 
estabelecimentos industriais e comerciais, de financiamentos e empréstimos para as 
instituições financeiras. 
Existe sempre a possibilidade do tomador de empréstimos ou comprador que 
utiliza financiamentos para suas aquisições, não pagar o compromisso na data 
contratada. 
Desse modo, o risco de crédito consiste não somente em risco de a contraparte 
ficar totalmente inadimplente com suas obrigações, mas também em apenas poder 
pagar uma parte de seus compromissos, após a data combinada. 
Normalmente, nas instituições financeiras, para minimizar o risco de crédito, são 
constituídas garantias adicionais. 
Como evitar o risco de crédito? Ou diminuí-lo? 
Levantando o máximo de informações sobre o cliente ou financiado, definindo, 
com elas, a curva de probabilidade de risco dos eventos contratados naquela situação. 
As empresas comerciais, industriais ou prestadoras de serviços poderão ou não ter 
interesseem assumir o risco na concessão de crédito nas vendas a prazo para seus 
clientes. 
No caso de desinteresse na assunção do risco de crédito ou do interesse na sua 
redução, a empresa pode buscar caminhos para tal proteção, como: 
Redução do risco  Investir em informações pode representar diminuição do risco de 
crédito, mas tem seu limite. 
 É viável enquanto o custo das informações adicionais for menor que o 
benefício proporcionado pela diminuição do risco. 
Diluição do risco Diversificação da concessão de crédito para um determinado perfil de 
cliente, determinada região ou dependente de determinado segmento de 
atividade econômica. 
Transferência do 
risco 
 Parceria com uma instituição financeira que assume todo o risco, 
concedendo o crédito dentro dos seus padrões. 
 Desta forma, com custos operacionais menores (despesas operacionais 
de crédito e de perda eliminadas), a empresa busca a competitividade 
no preço, beneficiando-se no fluxo de caixa com as vendas vista. 
 
O grau de informações 
Descreve a importância das informações no risco de crédito 
Existe uma correlação entre o risco e o grau de informações obtidas pelo 
observador para determinada contingência. 
Quanto mais informado estiver o observador sobre determinado evento futuro, 
as probabilidades que compõem a curva de contingência ou riscos possíveis do evento 
podem ser alteradas, para melhor ou para pior, de acordo com a qualidade das 
informações. 
Assim, o conhecimento básico sobre a quem está sendo concedido crédito 
engloba as seguintes informações em relação aos candidatos a crédito: 
 Identificação do beneficiário do crédito; 
 Fontes de pagamento (rendimentos) e estabilidade dessa fonte; 
 Localização do devedor - residência e trabalho. 
Esta análise, não raramente, e é feita de forma superficial, tornando o crédito 
vulnerável e arriscado, não criando a relação nível de informação x nível de risco x 
nível de sinistro de crédito, básica para qualquer processo de gerenciamento de 
carteira de crédito no varejo. 
A capacidade de administrar o risco e de, através dela, atingir a disposição de 
assumi-lo, efetuando seleções progressivas, são elementos imprescindíveis à geração 
de negócios que impulsiona o crescimento das empresas. 
A gestão do risco deve começar com o conhecimento da natureza das várias 
tendências do risco e a diferença entre elas. 
Particularmente, o risco de crédito, para as empresas que necessitam vender a 
prazo, sofre a influência de inúmeras variáveis, algumas controláveis e outras externas 
(fora de seu controle), cuja mitigação depende do acompanhamento e monitoramento 
dos acontecimentos nas diversas áreas envolvidas – processo interno, governo, 
mercado, economia mundial e outras. 
O risco de mercado 
Descreve e particulariza este tipo de risco 
Define-se o risco de mercado como sendo a possibilidade de perdas: 
 decorrentes da flutuação adversa do valor de ajuste diário de mercado financeiro 
durante o período necessário para liquidação; 
 em função de flutuação desfavorável do valor de ativos, valores mobiliários ou 
qualquer outro instrumento utilizado pelo mercado financeiro; 
 decorrente da má utilização de instrumentos financeiros, como hedge e swap, 
diversificação excessiva ou insuficiente, etc. 
Alguns riscos que compõem o risco de mercado: 
risco de variação 
na taxa de juros 
quando há descasamento de prazos 
entre a captação de recursos para a 
concessão do crédito e sua 
liquidação 
exemplo: capta a 12 
meses, financia a 36 
meses 
risco cambial mesma situação relatada acima, 
agora em relação a variações nas 
taxas de câmbio 
Exemplo: capta com 
dólar a R$ 2,00, 
financia com dólar a 
R$ 1,70 
O administrador de recursos busca gerenciar suas carteiras focado no objetivo de 
mitigar o risco. 
Quando ele constata movimento de preço de ativos, esse fato representa risco e a 
perda deve ser quantificada diariamente, através da marcação a mercado do 
investimento. 
A perda decorrente deste risco caracteriza-se pela redução do valor de mercado 
do ativo. 
A quantificação do risco de mercado está ligada à volatilidade de mercado ou à 
volatilidade de determinado investimento. 
O risco de mercado é maior em situações que apresentam maior variação de 
valor nos preços, ou seja, quando há maior oscilação de preço em relação à sua média. 
O risco de liquidez 
Descreve e particulariza este tipo de risco 
O risco de liquidez se caracteriza pela possibilidade de perda decorrente da falta 
de compradores ou de vendedores para realizar operações com o mínimo de esforço e 
sem alterações expressivas nos preços dos ativos. 
O risco de liquidez é um risco financeiro devido à incerteza de poder realizar as 
operações de uma empresa. 
Outras características apontam situações em que uma entidade não consegue 
cumprir com seu objeto social porque não consegue achar outra entidade interessada 
em assumir o lado contrário da operação a um preço de mercado. 
Uma instituição pode perder acesso à liquidez se o sua classificação de crédito 
cair, ou se um outro evento levar outras contrapartes a evitar operar com a 
companhia. Pequeno volume de negócios podem aafetar a liquidez da empresa. 
Uma firma também está exposta a risco de liquidez se os mercados do qual ela 
depende estiverem sujeitos a possível perda de liquidez. 
Quanto mais desenvolvido for um mercado tanto mais ele será líquido. Mercados 
poucos desenvolvidos, ao contrário, podem ser um obstáculo à compra ou à venda de 
ativos financeiros, ocasionando quase sempre alteração nos preços de cotação. 
E a tecnologia, atualmente, é vital para a criação de mercados modernos e 
seguros. 
O Brasil é um exemplo desse desenvolvimento, através de seus sistemas de 
registro, compensação e liquidação de operações, tais como: 
SPB Sistema de Pagamentos Brasileiro, conjunto de procedimentos, regras, 
instrumentos e sistemas operacionais integrados com a finalidade de transferir 
fundos do pagador para o recebedor e, com isso liquidar uma obrigação. 
As economias de mercado dependem deste sistema para movimentar fundos 
decorrentes das atividades econômicas (produtiva, comercial e financeira), tanto 
em moeda local como em moeda estrangeira. 
Selic Sistema computadorizado administrado pelo Banco Central. 
Destina-se ao registro de títulos e depósitos interfinanceiros por meio de 
equipamento eletrônico de teleprocessamento, em contas gráficas abertas em nome 
de seus participantes, bem como ao processamento, utilizando o mesmo 
mecanismo, de operações de movimentação, resgates, ofertas públicas e 
respectivas liquidações financeiras. 
Destina-se à custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro Nacional e do 
Banco Central, bem como ao registro e à liquidação de operações com os referidos 
títulos. 
Cetip Sociedade administradora de mercados de balcão organizados, ou seja, de 
ambientes de negociação e registro de valores mobiliários, títulos públicos e 
privados de renda fixa e derivativos de balcão. 
É uma câmara de compensação e liquidação sistemicamente importante, nos 
termos definidos pela legislação do SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro, que 
efetua a custódia escritural de ativos e contratos, registra operações realizadas no 
mercado de balcão, processa a liquidação financeira e oferece ao mercado uma 
Plataforma Eletrônica para a realização de diversos tipos de operações online, tais 
como leilões e negociação de títulos públicos, privados e valores mobiliários de 
renda fixa. 
CORE Nova câmara de compensação da BM&FBovespa, que unifica os sistemas de 
clearing existentes, e permite o exercício da função CCP (contraparte que garante 
os pagamentos dos investidores em caso de quebra de um dos participantes do 
mercado). Com a adoção do sistema CORE, é possível administrar toda sorte de 
riscos envolvendo as negociações com diversos ativos, como ações, câmbio, 
instrumentosfinanceiros, valores mobiliários e commodities, negociados na Bolsa. 
A nova plataforma substitui as câmaras de compensação existentes na estrutura da 
BM&FBovespa. 
Concorrem ainda para mitigar os riscos de liquidez no Brasil: 
 a existência de mercados organizados para a transferência de riscos (mercado de 
derivativos da BM&FBovespa), 
 o grau de confiança nos agentes econômicos e financeiros que regem a Economia, 
 e a grande variedade de instrumentos financeiros que permite aos administradores de 
carteiras selecionar operações apropriadas para praticamente todos os objetivos de 
investimento dos investidores brasileiros. 
Esta situação não beneficia mercados de ativos não financeiros, como os 
mercados imobiliário e o mercado de arte. 
 
Outros tipos de riscos 
Descreve particularidades destes tipos de risco 
Outros tipos de risco são os seguintes: 
Risco legal  Possibilidade de perda em caso de situações envolvendo modificações na 
legislação ou no regime tributário a que se submetem as aplicações 
financeiras. 
 São ainda riscos legais julgamentos desfavoráveis em situações 
contratuais, compromissos em contratos omissos, mal redigidos ou sem 
amparo legal. 
 Assinaturas em contratos por pessoa que não representa a instituição, 
não-execução de garantias, informalidade na execução de ordens de 
compra e venda de investimentos, estão entre as principais situações de 
risco legal. 
 Possibilidade de questionamento jurídico da execução dos contratos, 
processos judiciais ou sentenças contrárias ou adversas àquelas esperadas 
pela Instituição e que possam causar perdas ou perturbações significativas 
que afetem negativamente os processos operacionais 
Risco 
sistêmico 
 Risco que compromete todo um sistema. 
 Risco generalizado 
 Também chamado risco sistemático 
Risco 
soberano 
 Risco legal, ou político, de liquidação e de outros riscos relacionados com 
transações com títulos públicos de um país. 
 Risco empresarial em outro país, em face de problemas de natureza 
política ou econômica, de diversas naturezas 
 Quando relacionado a transações internacionais, denomina-se risco de 
país, ou risco geográfico. 
Moral hazard  Risco moral. 
 Risco que a existência de um contrato possa afetar o comportamento de 
uma ou mais partes. O exemplo clássico está na indústria de seguros, onde 
a cobertura contra uma perda pode modificar para pior o comportamento 
do segurado, em relação ao risco. Um motorista de carro com seguro total 
pode começar a dirigir de modo afoito, com excesso de velocidade, 
simplesmente porque "está no seguro" 
Aversão ao 
risco 
O investidor avesso ao risco não participa de um negócio pelo prazer do 
risco, como faz o jogador, mas sim porque vislumbra um prêmio de risco 
adequado. 
Prêmio de 
risco 
 Taxa adicional exigida pelo investidor, em função do nível de risco do 
financiamento oferecido. 
 Diferença entre a taxa de juros de uma aplicação com risco e de uma 
aplicação sem risco. Constatada a diferença, aceitar o risco merece um 
prêmio. 
Risco de 
fraude 
Possibilidade de ocorrência de evento que cause prejuízo direto ou 
indireto para a organização, oriundo de ações de pessoas ou empresas que 
venham subtrair recursos da conta de um banco participante em favor de 
terceiros ou ainda de outras ações que caracterizem ato de má-fé 
Risco de 
reputação 
Possibilidade de ocorrer publicidade negativa, verdadeira ou não, em 
relação à prática da condução dos negócios da Instituição, gerando 
declínio na base de clientes, litígio ou diminuição da receita 
Risco 
operacional 
Possibilidade de perda decorrente da falta de consistência e adequação dos 
sistemas de informação, processamento e operações, falhas nos controles 
internos, fraudes ou qualquer tipo de evento não previsto 
 
Conceito de garantia 
Descreve como se conceitua a garantia oferecida em operações 
financeiras 
São ativos, recursos financeiros, direitos, contratos e outros instrumentos 
depositados para assegurar o cumprimento das obrigações dos participantes de uma 
operação financeira. 
É também o documento, compromisso ou assinatura com que se assegura a 
execução de direito ou obrigação contratado, ou a satisfação de um crédito. 
 
Tipos de garantias 
Relaciona os diferentes tipos de garantias da legislação brasileira 
As principais garantias exigidas em operações financeiras estão relacionadas a 
seguir: 
real  Garantia que constitui um direito real sobre os direitos patrimoniais de 
outrem 
 garantia hipotecária ou pignoratícia. 
Exemplos: penhor de bens móveis ou direitos (recebíveis), hipoteca de 
bens imóveis, anticrese; 
pignoratícia  Garantia real conferida ao credor através de penhor mercantil, de 
direitos, de títulos de crédito etc, onde o bem ou direito permanece 
empenhado até o cumprimento da obrigação garantida, ou por 
determinado prazo. 
 Ela torna a propriedade do bem precária até a liquidação da dívida 
fidejussória Garantia por aval, fiança ou cláusula contratual, na forma de 
responsabilidade pessoal do garantidor 
quirografária  Garantia em que o credor concorre com demais credores quirografários 
no caso de liquidação da companhia. 
 O credor quirografário é aquele destituído de qualquer privilégio ou 
preferência. 
fiduciária  Garantia de dívida através de alienação fiduciária 
 garantia baseada no crédito ou na confiança pública 
acessória Garantia adicional, como o seguro do bem adquirido 
valores em 
garantia 
Valores empenhados pelo devedor em favor do credor, para garantir 
adimplemento de obrigações assumidas por aquele perante esse 
 
 
 
 
 
 
O aval e a fiança 
Caracteriza estes tipos de garantia fidejussória 
Aval 
É a declaração que consiste na assinatura do declarante lançada em título de 
crédito, em razão da qual o declarante se compromete a garantir, de forma autônoma, 
as obrigações de outra pessoa que figure no título; 
É ainda a garantia pessoal, plena e solidária, que se dá em favor de qualquer 
obrigado ou coobrigado em título cambial. 
Caracterizam o aval: 
 o portador do título avalizado não tem direito a substituição do aval; 
 o avalista é devedor solidário até a liquidação do título; 
 o credor pode executar o avalista antes mesmo de executar o devedor principal; 
 o avalista vincula-se solidariamente ao devedor, no próprio título avalizado; 
 a obrigação do avalista é vinculada ao título avalizado; 
 o título avalizado só é válido quando comparecem ambos os cônjuges. 
Fiança 
É a obrigação acessória assumida por terceira pessoa para garantir o pagamento 
da obrigação assumida pelo devedor, se a obrigação não for por este cumprida no 
tempo e nas condições formalmente estabelecidas. 
Caracterizam a fiança: 
 pressupõe a existência de um contrato principal, da qual é a garantia do credor; 
 é obrigatoriamente assumida na forma escrita; 
 pode revestir também as formas de fiança bancária e fiança locatícia; 
 exige o comparecimento de ambos os cônjuges. 
 
 
 
 
 
A alienação fiduciária 
Descreve como funciona esta garantia, para automóveis e imóveis 
A alienação fiduciária em garantia é: 
 a garantia que o devedor dá ao credor, em operações de crédito direto ao consumidor; 
 a extensão dessa forma de garantia para operações no SFI – Sistema Financeiro Imobiliário; 
 transferência para o credor do domínio resolúvel e a posse indireta da coisa móvel alienada, 
independentemente da tradição (entrega) efetiva do bem 
O devedor, como depositário do bem, não pode revendê-lo. 
O não-pagamento das prestações contratuais constitui esbulho possessório, o que 
abre ao credor a possibilidade da retomada imediata do bem. 
A atualização da legislação prescreve que o credor fiduciário faz a busca e 
apreensão, pede uma liminar e, se em cinco dias o devedor não pagar, o banco poderá 
tomar o bem. 
Com isso consolidam-se a propriedadee a posse plena e exclusiva do bem no 
patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições competentes, quando for o 
caso, expedir novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou de 
terceiro por ele indicado, livre do ônus da propriedade fiduciária. 
Para evitar este procedimento, o devedor fiduciante poderá pagar a integralidade 
da dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial 
da ação, hipótese na qual o bem lhe será restituído livre do ônus. 
Na sentença que decretar a improcedência da ação de busca e apreensão, o juiz 
condenará o credor fiduciário ao pagamento de multa, em favor do devedor 
fiduciante, equivalente a cinqüenta por cento do valor originalmente financiado, 
devidamente atualizado, caso o bem já tenha sido alienado. 
Gravame 
É a situação que ocorre quando se financia um veículo, até que o mesmo seja 
totalmente quitado, junto ao um banco ou uma financeira, ou então quando o veículo 
não está corretamente documentado. 
A baixa no gravame se dá pela extinção da alienação fiduciária em garantia, no 
cadastro do Detran/PR, mantendo-se o mesmo proprietário, com a emissão de novo 
Certificado de Registro de Veículo (CRV) e Certificado de Registro e Licenciamento do 
Veículo (CRLV). 
Básico de Matemática Financeira 
Conceitos básicos 
Define os conceitos básicos da Matemática Financeira 
Matemática Financeira é uma ferramenta útil na análise de algumas alternativas 
de investimentos ou financiamentos de bens de consumo. 
As principais definições de Matemática Financeira estão descritas a seguir: 
Capital  Valor financeiro que está sendo emprestado ou investido 
 Principal, 
 Valor Atual, 
 Valor Presente 
 Valor Aplicado 
 Present Value (nas calculadoras financeiras) 
Montante  Soma do Capital com os juros. 
 Valor Futuro 
 Future Value (nas calculadoras financeiras) 
Juros  Remuneração do Capital empregado em alguma atividade produtiva. 
 Remuneração pelo empréstimo do dinheiro 
Taxa de 
juros 
 Remuneração que será paga ao dinheiro emprestado, para um determinado 
período, expressa da forma porcentual, em seguida da especificação do 
período de tempo a que se refere: 8 % a.a. - (a.a. significa ao ano), 10 % 
a.m. - (a.m. significa ao mês). 
Parcela ou 
Prestação 
 Valor pago pelo tomador do empréstimo (ou receptor do investimento). 
Payback  Tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro 
líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento. 
Desconto  Abatimento que o devedor faz jus quando antecipa o pagamento de um 
título ou quando o mesmo é resgatado antes de seu vencimento 
 Juro cobrado por um intermediário para antecipar o recebimento de um 
título 
 Pode ser desconto simples ou desconto composto (também chamado de 
racional) 
 
Nota: Se a taxa de juros for mensal, trimestral ou anual, os períodos deverão ser 
respectivamente, mensais, trimestrais ou anuais, de modo que os conceitos de taxas 
de juros e períodos sejam compatíveis, coerentes ou homogêneos. 
O juro 
Conceitua o juro em suas diferentes definições 
Juro é o valor da remuneração do dinheiro. 
É pago pelo financiado ao financiador. 
O juro pode ser: 
taxa 
básica de 
juro 
menor taxa de juros vigente em um país, funcionando como taxa de referência 
para todos os contratos. 
É também a taxa nas operações interbancárias. 
taxa de 
juro 
taxa porcentual cobrada como remuneração do capital para empréstimos, 
crédito ou financiamentos de dinheiro 
taxa de 
juro 
simples 
Juro calculado sobre o montante inicial 
taxa de 
juro 
Juro calculado sobre o montante inicial acrescido de seus próprios juros 
composto 
taxa de 
juro 
nominal 
valor do juro num contrato de financiamento 
taxa de 
juro real 
juro nominal menos a taxa de inflação do período. 
taxa de 
juro pós 
fixado 
Juro calculado sobre o montante final 
taxa de 
juro pré 
fixado 
Juro calculado sobre o montante inicial 
taxa de 
juro 
legal 
Juro autorizado por lei. Está previsto no novo Código Civil, fixado segundo a 
taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à 
Fazenda Nacional 
 
O juro simples 
Define e demonstra cálculo de juro simples 
o regime dos juros simples, a taxa de juros é aplicada sobre o principal (valor 
emprestado) de forma linear, ou seja, não considera que o saldo da dívida aumenta ou 
diminui conforme o passar do tempo. 
No juro simples, a taxa de juros é aplicada sobre o valor principal de um 
empréstimo ou financiamento. 
Exemplo: 
empresta-se R$ 1.000,00, ao juro de 2% ao mês, durante 6 meses. 
F = P (1 + i.n) 
Onde: 
 P = valor presente do empréstimo 
 F = valor futuro do empréstimo 
 I = taxa de juro em decimais 
 N = número de períodos (meses, anos) 
Teremos: 
F = 1.000 (1 + 0,02 x 6) = 
= 1.000 (1 + 0,12) = 
= 1.000 x 1,12 = 1.120 
 
O juro composto 
Define e demonstra o cálculo do juro composto 
No regime de juros compostos (também chamado de regime de juros sobre 
juros), os juros de cada período são somados ao capital para o cálculo de novos juros 
nos períodos seguintes. 
Nesse caso, o valor da dívida é sempre corrigido e a taxa de juros é calculada 
sobre esse novo valor, como mostra a planilha abaixo. 
Exemplo 
Seja um empréstimo de 1.000, juro composto de 2% (0,02), prazo de 6 meses. 
Este empréstimo seria planilhado na forma a seguir: 
período principal juro total 
jan 1.000,00 20,00 1.020,00 
fev 1.020,00 20,40 1.040,40 
mar 1.040,40 20,81 1.061,21 
abr 1.061,21 21,22 1.082,43 
mai 1.082,43 21,65 1.104,08 
jun 1.104,08 22,08 1.126,16 
Se fossem juros simples, o valor final seria de 1.120. No juro composto, esse valor 
torna-se 1,126,16 
Esta planilha transforma-se numa fórmula, que define o juro composto: 
F = P (1 + i)n 
onde: 
 F= valor futuro 
 P = valor presente 
 i = taxa de juros em decimais 
 n = período 
Teremos: 
F = 1.000 (1 + 0,02)6= 
= 1.000 x 1,026 = 1.000 x 1,12616 = 
= 1.126,16 
 
O juro nominal e o juro real 
Define e demonstra o cálculo desses dois juros 
Juro nominal é o valor contratado do juro, expresso num documento. 
Juro real é a diferença entre o juro nominal e a inflação do período. 
A avaliação do juro real depende de diferentes combinações de conceitos. 
O analista deve selecionar: 
 qual é a taxa de juro nominal, entre as taxas Selic, taxa futura ou a taxa de juros que atrai o 
investidor estrangeiro; 
 qual é o índice de preços que mais convém à análise (IPCA ou IGP-M, ou ainda outro indicador 
relevante); 
 qual é a taxa de inflação a ser descontada: inflação que já ocorreu ou a inflação projetada; 
 qual o prazo a levar em conta na análise: seis meses, doze meses ou outro prazo. 
A partir deste processo de seleção se constrói a taxa de juros real. 
No modelo brasileiro, adiciona-se o conceito do juro real ex-ante, que resulta do 
desconto da expectativa de inflação projetada para um ano à frente, ou do juro ex-
post, quando ele é calculado sobre a inflação passada. 
Exemplo: 
consta de um contrato o juro nominal de 12% ao ano e conhece-se a taxa Selic de 
7,25% ao ano. 
O juro real da operação será 12% - 7,25% = 4,75% ao ano 
 
O juro pré e o juro pós fixado 
Descreve e exemplifica os dois tipos de juros 
Num contrato de financiamento, podem ser fixadas duas formas de cobrança de 
juros: 
Juro pré-fixado Juro calculado sobre o capital inicial 
Juro pós-fixado Juro calculado sobre o montante final 
 
O juro pré-fixado tem formato simplificado: basta fixá-lo no contrato. 
Já o juro pós-fixado é normalmente adicionado a um indexador da economia, 
denominado no contrato de financiamento. 
Exemplos: 
Pré prazo de X meses, juros de 3% ao mês. 
Pós prazo de X meses, indexado ao IPCA mais juros de 6% ao ano 
 Principais taxas do mercado financeiro 
Relaciona e conceitua os diferentes tipos de taxas de juros utilizadas neste

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