Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Acumulação Capitalista e Desigualdade Social Helane Mendes Rodrigues Assistente Social CRESS/ 10.794 Graduada em Serviço Social Especialista em Saúde Mental Perita Judicial Tutora no Curso de Serviço Social Supervisora/Orientadora Acadêmica de Estágio em Serviço Social Aula 1: Elementos da acumulação Acumulação capitalista Reprodução da pobreza e da exclusão social Desigualdade social A constituição dos direitos humanos e sociais no contexto brasileiro na formação democrática e cidadã. CF/88 Feudalismo Como surgiu? Quais as características? Burguesia Quem eram? Onde moravam? Surge o capitalismo comercial Surgimento do Capitalismo Século XV e XVIII (Mais-valia) Tendência ao acumulo de capital nas grandes empresas (monopólios, cartéis e conglomerados/corporações). Fases do Capitalismo As fases históricas do capitalismo Capitalismo comercial ou pré-capitalismo Capitalismo Industrial Capitalismo Monopolista ou Financeiro Capitalismo Concorrencial Revolução Francesa França – país absolutista. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho. Revolução Industrial Teve início na Inglaterra em meados do séc. XVIII. Consistiu numa série de avanços tecnológicos que teve impacto em vários processos como o produtivo, o econômico e o social. Martinelli (2007) pontua que: a máquina a vapor e o tear mecânico tornaram-se verdadeiros deuses dos capitalistas e a fábrica o seu templo. É o conjunto de trabalhadores que necessitam vender a sua força de trabalho a um empresário capitalista. Essa classe de forma geral apoiou a Revolução Americana e a Revolução Francesa, fazendo cair às leis e os privilégios da monarquia absolutista, abrindo o caminho para a rápida expansão do comércio. Proletariado x Burguesia CAPITAL Meio de produção, ou seja, o conjunto de elementos que, juntamente com o trabalho, contribui para a produção de bens e serviços. TRABALHO Conjunto de atividades realizadas, é o esforço feito por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta. O trabalho, de acordo com a perspectiva marxista, está subordinado, no sistema capitalista, ao propósito de reproduzir e expandir o domínio material e político da classe capitalista, enquanto a maioria da população está separada dos meios de produção e de subsistência e, por conseguinte, é compelida a ingressar no trabalho assalariado a fim de sobreviver. DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO A divisão do trabalho se dá entre quem concede e quem executa o trabalho, entre os donos dos meios de produção e os donos da força de trabalho. MAIS VALIA Sendo assim uma característica do sistema capitalista. Uma disputa totalmente desigual entre o capitalista e o proletário. É nesta disparidade entre o valor do produto produzido pelo operário e o que este ganha pela produção, o que denominado por Karl Marx de MAIS-VALIA (O lucro do patrão). O materialismo designa um conjunto de doutrinas filosóficas que, ao rejeitar um principio espiritual liga toda a realidade à matéria a sua modificação. MATERIALISMO Materialismo histórico é uma tese do marxismo, segundo a qual o modo de produção da vida material condiciona o conjunto da ida social, politica e espiritual. É um método de compreensão e analise da historia, das lutas e das evoluções econômicas e politicas. HISTÓRICO Infraestrutura Para Marx, a infraestrutura trata-se das forças de produção, compostas pelo conjunto formado pela matéria-prima, pelos meios de produção e pelos próprios trabalhadores (onde se dá as relações de produção: empregados-empregados, patrões empregados). Superestrutura É fruto de estratégias dos grupos dominantes para a consolidação e perpetuação de seu domínio. Trata-se da estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica (Estado, Religião, Artes, meios de comunicação, etc.). Aula 2: A “Questão Social” enquanto objeto de intervenção da profissão Conceito de Questão Social A “questão social” não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão” (IAMAMOTO, 1983, p. 77). SURGIMENTO DA QUESTÃO SOCIAL Surgimento – a partir de 1830. Expressão utilizada por diferentes correntes (Esquerda e Direita) Utilizada para designar o pauperismo gerado pela primeira onda da Revolução Industrial. Resolvido o problema da escassez, pelo aumento da produção (Revolução Industrial). Ocorre a partir desse período o crescimento expressivo da pobreza. Isso por conta da exploração a que a classe trabalhadora é submetida. A organização da classe trabalhadora do séc. XIX Trade unions: predecessoras dos sindicatos; uma forma de organização de trabalhadores no século XIX. (Antes dos sindicatos) Principal estratégia: GREVE Luddismo: Movimento de quebra das máquinas, no período de 1811-1817 Principais acontecimentos Revolução de 1848 – Primavera dos Povos Perseguição à manifestação das ideias. França – Prisão do Ministro Guizote fuga do Rei Luís Filipe para Inglaterra. Rebeliões por toda Europa; Acentuação da polarização burguesia X proletariado. Ocorre um deslize da expressão ‘questão social’ para um viés mais conservador. A Questão Social após 1848 Viés laico – Perspectiva Positivista. Ideário reformista: a ‘questão social’ poderia ser amenizada por uma intervenção política limitada (com suporte científico). A Questão Social após 1848 Na visão da igreja: Viés Conservador Confessional. Perspectiva católica: A “Questão Social” contraria a vontade divina. Encíclica Rerum Novarum – 1891 – para solucioná-la é preciso a cooperação entre as classes –solidariedade – caridade. Questão Social no séc. XIX Para essas vertentes, a “Questão Social” é entendida do ponto de vista moral/moralizante. Combate-se as manifestações da “Questão Social” sem tocar nos fundamentos da sociedade capitalista/burguesa (Reformismo). Para José Paulo Netto, a expressão “Questão Social” é uma tergiversação conservadora. Tergiversação – pretexto; desculpa; “fazer rodeios”; falta de clareza. Por isso, o uso de aspas ao tratar o conceito. A “Questão Social” no pensamento marxiano É uma necessidade do desenvolvimento capitalista em todos seus estágios; Advém do conflito Capital X Trabalho; No capitalismo, a escassez é produzida socialmente, denota a contradição entre as forças produtivas e as relações de produção, que garantem a apropriação privada do excedente e a decisão privada de sua destinação. Na perspectiva marxiana, só é possível romper/acabar com a “Questão Social” por meio de uma revolução; A “Questão Social” no séc. XX 1945 – Pós Segunda Guerra Mundial. Reconstrução da Europa. Anos de ouro do capitalismo. Construção do Welfare State (Estado de Bem Estar Social). A “Questão Social” fica relegada aos países subdesenvolvidos – Terceiro Mundo. Anos 1970 – esgotamento da longa onda expansiva do capitalismo. Nenhum compromisso desses governos com o ‘social’. Algumas correntes teóricas defendem a existência de uma “Nova Questão Social”. Para o marxismo: não existe “Nova Questão Social” A “Questão Social” é a razão de ser do Serviço Social, enquanto profissão inscrita na divisão sociotécnica do trabalho, tem sua intervenção voltada para tratar essas expressões. A “Questão Social no Brasil” Monarquia – Regime escravista: “Questão Social posta de modo aberto, transparente” (IANNI, 1989, p. 146). República Velha: “Questão Social é caso de polícia” Década de 1920/30: “[...] os governantes e setores dominantes começaram a admitir que a questão social poderia deixar de ser considerada um problema de polícia; e começar a ser tratada como um problema político” (IANNI, 1989, p. 146). Aula 3: O fenômeno da pobreza Ser pobre está ligadoa aspectos absolutos e relativos, tais como: Não ter renda para comprar o que se deseja; Ter fome; Estar saudável; Condições de moradia; Vulnerabilidade econômica; Sentir-se isolado socialmente; Excluído ou, entre tantas, outras privações De acordo com Januzzi (2006, p. 101) ▪ Indigência e pobreza retratam situações de carência de rendimentos suficiente para compra, respectivamente, de uma cesta básica de alimentos e cesta básica de produtos e serviços imprescindíveis à reprodução social. Mais conceitos importantes Famílias indigentes Linha de indigência Linha da pobreza Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) É calculado para diversos países desde 1990; O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais perto de 1, maior é o desenvolvimento humano, ou seja, a qualidade de vida medida do país ou do local onde é calculado com base em indicadores Aula 4: Direitos Humanos e Sociais DIREITOS HUMANOS Bases históricas: Código de Hammurabi – conjunto de leis criadas na Mesopotâmia pelo Rei Hammurabi. Não apresenta leis ou normas legais, mas as medidas sociais adotadas para coibir os abusos e corrigir as injustiças. Declaração Universal dos Direitos Humanos Declaração Universal de 1948 representa a culminância de um processo ético que, iniciado com a Declaração dos Direito do Homem e do Cidadão, da Revolução Francesa, levou ao reconhecimento da igualdade essencial de todo ser humano em sua dignidade de pessoa. Declaração Universal dos Direitos Humanos Artigo I – TODOS OS SERES HUMANOS NASCEM LIVRES E IGUAIS; Artigo II – É PROIBIDO QUALQUER TIPO DE DISCRIMINAÇÃO; Artigo VI – TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI. Constituição de 1988 “Declaro promulgado o documento da liberdade, da democracia e da justiça social do Brasil” FCC – 2007 – TRE-MS – Técnico Judiciário A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito. Assim, NÃO constitui fundamento constitucional do Brasil. a) A livre iniciativa e o pluralismo político. b) O pluralismo político e a soberania. c) A cidadania e a dignidade da pessoa humana. d) Os valores sociais do trabalho e a cidadania. e) A intervenção e a solução bélica dos conflitos. GABARITO: e) A intervenção e a solução bélica dos conflitos Politicas sociais afirmativas Pode-se afirmar que estas são voltadas para o apoio e promoção de determinados grupos socialmente fragilizados (GOMES, 2001). Dentre as quais incluem-se mulheres, jovens, deficientes e negros. Quem são essas “minorias”? Direitos Sociais Mulheres: Plano Nacional de Políticas para mulher; Idosos: Estatuto do Idoso- Lei nº 10.741/2003; Pessoas com deficiência: Lei nº 13.146; Negros: Estatuto da Igualdade Racial – Lei nº 12.288; ▪ População LGBT: Programa Brasil sem Homofobia. O contexto do Serviço Social Serviço Social passa por muitas reestruturações e reformulações; alteram consideravelmente a sua forma de dar respostas às desigualdades expostas pela questão social.
Compartilhar