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AULA 1 - Tópicos gerais em anestesiologia veterinária

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TÓPICOS GERAIS EM ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA – 08.05.17
1. HISTÓRICO 
Fora toda a complicação que se existia com relação às infecções, a própria dor exacerbada levava o paciente a uma descarga de adrenalina, arritmias e até mesmo óbito pela falta do conceito de anestesia. 
· 1540: Paracelsus produziu o éter 
· SÉC 18: produção de grande número de gases (O2, CO2, N2, N2O), até hoje utilizados na anestesiologia (seja com fim de oxigenação ou de transporte anestésico).
· No mesmo século, um fisiologista inglês, Humprey Davy, determinou as propriedades do oxido nitroso em si e em animais. O oxido nitroso é um gás anestésico com fraca capacidade anestésica, porem foi o primeiro gás com capacidade anestésica na história.
· Foi só em 1844, um dentista chamado Horace Wells, que observou as propriedades analgésicas do oxido nitroso, e tentou demonstrar em público fazendo a extração de um molar de uma pessoa sob efeito do óxido nitroso, e o paciente teve uma excitação do SNC durante a apresentação, e o trabalho dele foi desacreditado (retirou o gás muito cedo).
· Em 1846 um estudante de medicina em Boston, seguiu essa linha de pesquisa do Horace Wells e conseguiu determinar em público os efeitos anestésicos do éter, então Willian Thomas Green Morton foi considerado o pai da anestesia em 1846 quando conseguiu demonstrar ausência completa de sensação (seja dolorosa ou qualquer outro tipo de sensação), em uma pessoa sob o efeito do éter em que se retirou um pequeno tumor do pescoço (então a primeira anestesia realizada de fato foi esta). 
· Em 1847, tiveram os primeiros experimentos em cães e gatos com inalação de éter.
· Em 1852, existem relatos de George H. Dadd mostrando o uso éter e do clorofórmio de maneira rotineira em animais, objetivando o tratamento destes animais, logo em veterinária os primeiros relatos iniciaram em 1852, não como experimento com óticas da medicina humana, mas já testando as propriedades as propriedades anestésicas para o tratamento animal. 
· Em 1884, Karl Kolhler fez uma anestesia tópica com cocaína no globo ocular, demonstrando o primeiro anestésico local a ser utilizado para este fim. 
· 1885, começou a ser utilizado anestesia espinhal com cocaína, porém os efeitos colaterais começaram a surgir, e rapidamente a cocaína foi a abandonada para este fim. 
· Em 1904 surge a procaína, que é o primeiro anestésico local com propriedades puras anestésicas locais, 
· Em 1920 surgem os barbitúricos, que são os primeiros anestésicos gerais injetaveis, passa-se a utilizar a via intravenosa para a anestesia
· Em 1940 a anestesia paravertebral em bovinos, é uma modalidade de anestesia local.
· Em 1943 surge a lidocaína, que é a famosa xilocaína, que é o anestésico mais utilizado no mundo
· Na década de 40 e 50 surgiram os primeiros halogenados e os primeiros relatos de anestesia geral em pequenos animais. Esses halogenados são os anestésicos inalatórios utilizados até hoje, então temos 60-70 anos de anestesia segura que permite a realização de procedimentos mais longos. 
2. CONCEITOS
· Anestesia geral: é a depressão reversível do SNC com o uso de drogas específicas, capazes de abolir reflexos motores, musculares e sensitivos do paciente. Consiste em uma tétrade que envolve analgesia, hipnose, relaxamento muscular e hiporreflexia. A anestesia geral envolve a abolição tanto de sensações benéficas ou maléficas.
· Anestesia local: é o bloqueio de maneira reversível da condução nervosa após aplicação de substancias para esse fim em concentração adequada. O anestésico local vai atuar em nível de inervação, então bloqueando a condução a partir daquele ponto em que ele é aplicado, sendo reversível. A depender da proximidade do tronco nervoso, uma área cada vez maior acaba sendo dessensibilizada, isso acontece de maneira progressiva. 
· Analgesia: ausência de dor na presença de estímulo que normalmente seria doloroso. 
· Tranquilização: estado de calma, no qual o paciente esta relaxado, desperto, mas indiferente ao meio que o cerca, não há perda ou redução da consciência. (calmo, indiferente, mas acordado).
· Sedação: estado de calma no qual o paciente esta relaxado, mas indiferente ao meio que o cerca, a depender da dose pode haver perda ou redução da consciência. Alguns anestésicos gerais (em doses sedativas) são utilizados para estes fins de sedação. (ex: uso do proporfol, que é um anestésico geral, em doses sedativas).
· Ansiólise: estado de calma, induzido por drogas, durante o qual o paciente responde normalmente a estímulos, embora as funções cognitivas e de coordenação possam estar comprometidas (Ex: Diazepam, Rivotril). (São substâncias que deixam o paciente calmo, respondendo a estímulos, mas as funções cognitivas podem estar razoavelmente comprometidas).
· Hipnose: sono farmacológico semelhante ao fisiológico, todo anestésico geral tem um componente hipnótico. 
Do ponto de vista prático, o que “sossega leão” é sedação e tranquilização. São os grupos que mais deprimem o SNC. Ansiolítico deprime menos. No caso de ansiolíticos e tranquilizantes em momento nenhum você vai ter perda de consciência, com o sedativo também não. Quando se fala de dose sedativa de anestésico geral, ocorre a perda da consciência. 
3. FUNÇÕES DO ANESTESISTA
Presença em tempo integral durante o procedimento anestésico, realizando o monitoramento mais completo possível (parâmetros cardiorrespiratórios, temperatura...). Avaliação constante do plano anestésico, tornar o ato anestésico o menos desagradável possível para o paciente.

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