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AT 1 2 3 S U M Á R IO 2 3 INTRODUÇÃO 4 UNIDADE 1 - O atletismo 4 1.1- Aspectos históricos 5 1.2- O Atletismo no Brasil 7 UNIDADE 2 - Local de disputa do atletismo 9 UNIDADE 3 - Fundamentos do atletismo 9 3.1- Corridas 10 3.2- Fases da corrida 10 3.2.1- Partida 12 3.2.2- Percurso 12 3.2.3- Chegada 12 3.3- Saltos 12 3.3.1- Salto em distância 13 3.3.2- Salto Triplo 14 3.3.3- Salto em altura 15 3.3.4- Salto com Vara 16 3.4- Arremessos e lançamentos 16 3.4.1- Arremesso de peso 17 3.4.2- Arremesso do disco 17 3.4.3- Lançamento do martelo 17 3.4.4- Lançamento do dardo 19 UNIDADE 4 - O atletismo e o seu programa olímpico de provas 19 4.1- Corridas rasas 19 4.2- Corridas com obstáculos 19 4.3- Corridas de revezamento 19 4.4- Provas de campo 22 UNIDADE 5 - Considerações metodológicas 25 UNIDADE 6 - Sugestões de atividades práticas 36 CONSIDERAÇÕES FINAIS 37 REFERÊNCIAS 2 3 INTRODUÇÃO 3 O Atletismo constitui um dos conteúdos esportivo que deve compor as propostas curriculares das escolas. Possui caracte- rísticas próprias, constituídas por habili- dades inerentes à existência humana. Nesse sentido, o Atletismo, trata-se de uma atividade compostas por vários tipos de provas atléticas, as quais envolvem cor- ridas, saltos, arremessos, lançamentos, sendo realizados individualmente e tam- bém através dos revezamentos. Todos, porém, condizentes com os movimentos naturais realizados pelo ser humano. O processo ensino/aprendizagem do conteúdo do Atletismo nas aulas de Edu- cação Física não deve se resumir em ativi- dades que se restringem às corridas e aos saltos. Os programas pedagógicos dessa área do conhecimento devem e podem contemplar as inúmeras provas desse esporte, implementadas com um caráter educativo, no qual priorize a formação ampla dos sujeitos envolvidos. Não obstante, as atividades práticas que compõem um programa de ensino do Atletismo não devem ter características meramente competitivas e/ou de ren- dimento e sim estimular a criatividade, a reconstrução de regras, como também de novas formas de movimento, com adapta- ção de espaços, regras e materiais. Toda essa dinâmica pedagógica, desenvolvida sempre com o fito de inserir o maior nú- mero possível de participantes, desenvol- ver o gosto por essa modalidade esportiva e imprimir às aulas maiores possibilidades de desenvolvimento das diversas compe- tências do processo educativo. O ensino dessa modalidade esportiva, conforme já citado acima, pode ser imple- mentado em diferentes espaços, como por exemplo: clubes, agremiações, praças de esportes e, principalmente, nas esco- las. É preciso considerar que esse esporte pode configurar um conteúdo relevante, atrativo e muito importante para as crian- ças, quando ensinado de maneira signifi- cativa. Nessa perspectiva, ao se desenvol- ver o processo ensino/aprendizagem do Atletismo, independentemente do espa- ço, torna-se fundamental promover ati- vidades pedagógicas de natureza coleti- va, promovendo a socialização entre os praticantes, considerando seus saberes prévios, sem, contudo, descaracterizar o aspecto individual das provas desse es- porte. Tal conduta requer do profissional de Educação Física a estruturação de um planejamento pedagógico de natureza di- nâmica, flexível, processual, entre outros, que envolva equitativamente as provas do Atletismo, de forma adaptada ou não, para atender aos diversos interesses e garantir avanços no processo formativo dos alunos. 4 5 UNIDADE 1 - O atletismo 4 O Atletismo, de acordo com Duarte (1997), constitui uma modalidade espor- tiva individual que engloba um conjun- to de provas de pista, de campo e com- binadas, composto por corridas, saltos, arremessos e lançamentos. Tais provas se subdividem, segundo esse aumentar, sendo algumas disputadas apenas por ho- mens, outras apenas por mulheres, e ain- da aquelas disputadas por ambos, ou seja, masculino e feminino. Considerando ainda o autor supraci- tado, a palavra atletismo possui em sua gênese a expressão athlon, originária do grego e que significa combate. Esse es- porte, ainda nas reflexões desse autor, detém a denominação de esporte-base por conter em suas provas, os movimen- tos naturais do ser humano e que fazem parte dos gestos técnicos de quase todos os demais esportes. 1.1- Aspectos históricos O Atletismo é, de acordo com Porto (2001), um esporte muitíssimo antigo. Pode-se afirmar, nas concepções desse autor, que a origem desse esporte desen- rola-se paralelamente à evolução do ho- mem. Sabe-se que as atividades de correr, saltar e arremessar objetos constituíam as práticas naturais dos mais antigos an- cestrais do ser humano e eram praticadas para fins de defesa e de sobrevivência. Nesse sentido, tais atividades foram ao longo da História fundamentais para a ga- rantia da permanência e evolução da es- pécie humana. Considerando os estudos de Porto (2001), a etimologia da palavra atletismo, tem a sua origem na raiz grega athlon, que significa combate. Esse autor desta- ca também que a Grécia pela sua cultura e filosofia é apontada como precursora da prática do atletismo. É importante obser- var, de acordo com o autor supracitado, que não somente os homens praticavam o atletismo, mas também mulheres e crian- ças. Tal origem tão remota desse esporte, segundo ainda Porto (2001), corrobora para que o mesmo tenha uma boa acei- tação por parte das crianças e a sua prá- tica ocorra naturalmente, devendo preo- cupar-se somente com a forma pela qual esta acontece. A partir dos estudos realizados pelo Portal São Francisco (2010), é possível depreender que o atletismo seja conside- rado a atividade física de todos os povos do mundo desde 1225 a.C., sem objeção de nível social. Nesse sentido, conforme Fonte: http://educacaofisicanamente.blogspot.com.br/ http://4.bp.blogspot.com/-7a_Ual78N-M/T3jqb3PYTMI/AAAAAAAABCg/NjbtzhJi98I/s1600/disc2.jpg 4 55 já destacado anteriormente, o interesse pela prática dessa modalidade esportiva surgiu de movimentos naturais do homem como marchar, correr, saltar e lançar, sen- do essas habilidades de extrema impor- tância no desenvolvimento de qualquer outra atividade esportiva. O Atletismo, nas concepções de Porto (2001), configura uma modalidade que pode ser trabalhada individualmente, além de ajudar alunos que venham a ter problemas físicos, de conhecimento, de rendimento ou social. Assim começou o atletismo, chamado esporte de base, por não apresentar elevados graus de difi- culdades em seus fundamentos técnicos, possibilitar rápida assimilação por parte dos seus praticantes e ser praticado atra- vés da realização das formas básicas de movimento. Observa-se nos registros do Portal São Francisco (2010), que o Atletismo era pra- ticado desde o período da Pré- História, e as provas realizadas nessa época, repro- duziam os hábitos cotidianos dos povos e que visavam à sobrevivência dos mesmos. Considerando tal contexto, Nascimen- to (2010, p. 95) salienta que A caminhada servia para se locomo- ver, a corrida e os saltos para se de- fender dos animais, os arremessos, para a defesa e para a sobrevivência matando animais para utilizar na ali- mentação. Com isso, homens e mu- lheres foram adquirindo habilidades que mais tarde foram aprimoradas e adaptadas nas competições de atle- tismo. Os acontecimentos esporti- vos vêm sendo realizados há quase três mil anos. O atletismo é a forma mais antiga de desporto organizado. (NASCIMENTO, 2010, p. 95). A primeira competição desse esporte, registrada na literatura, segundo Porto (2001), foi através de uma prova de cor- rida, denominada nessa época pelos gre- gos de Stadium, nos Jogos Olímpicos do ano de 776 a. C., em Olímpia, cidade grega que inspirou e foi o palco de criação desse evento esportivo. Reiterando a informação já apresen- tada anteriormente, foi então, na Grécia Antiga, que o Atletismo foi criadoe que conquistou inúmeros praticantes, conco- mitantemente com a realização dos pri- meiros Jogos Olímpicos. Nessa época, o povo grego imprimia grande destaque ao esporte, valorizando tal prática igualmen- te, à importância dada as atividades vol- tadas para as ciências e para as artes. 1.2- O Atletismo no Brasil De com Nascimento (2010), a prática do Atletismo no Brasil foi alavancada por imigrantes ingleses e alemães, os quais configuraram também os principais res- ponsáveis pelas primeiras organizações competitivas desse esporte em nosso país. Matthiesen (2007, p. 11) aponta um cronograma contendo os principais regis- tros competitivos acerca do Atletismo no Brasil: -1910 – Registro das primeiras com- petições de atletismo no Brasil, épo- ca em que esse esporte estava sob a responsabilidade da CBD – Confede- ração Brasileira de Desportos. 6 76 -1912 – Criação da IAAF – Internacio- nal Amateur Federation (Federação Internacional de Atletismo Amador). -1914 – Filiação da Confederação Brasileira de Desporto (CDB) à Fe- deração Internacional de Atletismo Amador (IAAF). -Em 1918, realizaram-se os primei- ros eventos de que se tem notícia no Brasil. O jornal “O Estado de São Paulo” organizou um campeonato para atletas em provas combinadas, “Duodecatlo” com 12 provas. Iniciou- -se também a disputa de uma corrida de rua denominada “Estadinho”, no Rio de Janeiro, em 1921, com campo do Flamengo, uma das primeiras do Brasil. -Em 1923, foi fundada a Federação Paulista de Atletismo, a primeira do Brasil, seguindo-se nos anos 30, a fundação de mais algumas federa- ções no sul do país. 1924 – Primeira participação oficial do atletismo bra- sileiro masculino em Olimpíadas – Jo- gos Olímpicos de Paris. -1929 – Realização do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, pri- meira competição de caráter nacio- nal, cuja última edição aconteceu em 1985. -1945 – Realização da primeira Edi- ção do Troféu Brasil de Atletismo, que atualmente corresponde à principal competição nacional do calendário da CBAt e que, desde 1986, consagra os atletas vencedores como “Campe- ões Brasileiros de Atletismo”. -1977 – Criação do CBAt – Confedera- ção Brasileiro de Atletismo, no rio de Janeiro, em 02/02/1977, com exercí- cios a partir de 01/01/1979, fazendo com que o atletismo se separasse da CBD. Transferida para Manaus em 1994, a CBAt contava em 2004, com 27 federações (26 estaduais e uma do Distrito Federal) filiadas (MAT- THIESEN, 2007, p. 11). A CBAT (2015) destaca que a história do Atletismo no Brasil iniciou ainda no sécu- lo XIX por volta da década de 1910, con- solidando-se efetivamente na primeira metade do século XX. Em 1924, o Brasil estreou sua participação olímpica nessa modalidade esportiva, nos Jogos Olímpi- cos de Paris, na França. Já, em 1925, ocor- reu a primeira edição de um campeonato brasileiro e, em 1931, pela primeira vez, atletas brasileiros disputaram uma com- petição internacional. Ao longo da histó- ria, alguns brasileiros se destacaram no cenário internacional, como foi o caso dos saltadores Adhemar Ferreira da Silva, Nel- son Prudêncio e João Carlos de Oliveira, dentre outros atletas das demais provas, como por exemplo, os corredores Joaquim Cruz, Robson Cruz, Zequinha Barbosa. Atualmente, as mais diversas provas do Atletismo são praticadas por todo o mundo, inclusive no Brasil, sendo conti- nuamente perseguidos novos recordes e novas marcas. No Brasil, a CBAT, Confe- deração Brasileira de Atletismo é o órgão responsável por esse esporte, sendo que a nível internacional é IAAF, Associação Internacional de Atletismo. 6 7 UNIDADE 2 - Local de disputa do atletismo 7 O Atletismo, conforme já destacado anteriormente, é um esporte constituído por um conjunto de provas disputadas na pista e no campo. Nesse sentido, de acor- do com a CBAT (2015), o estádio destina- do às competições deve conter as pistas para as provas de corridas e o campo com os espaços destinados às provas dos di- versos tipos de saltos, de lançamentos e de arremessos. A pista, de acordo com Nunes (2006), é dividida em faixas paralelas, demarcadas, denominadas de raias ou balizas. Além dessas, a pista também contém, devida- mente sinalizadas, as linhas de partida e de chegada. Fonte: CBAT (2015). Fonte: Nunes(2006). http://3.bp.blogspot.com/-RNSQIVfrbfc/T3jkhAiSlfI/AAAAAAAABCQ/GomctSle4vw/s1600/pistas3.jpg http://2.bp.blogspot.com/-cNTDK7Gwgr0/T3jly9jV6PI/AAAAAAAABCY/GOlxMM4YP_g/s1600/001816.jpg 8 98 No espaço destinado às competições de pista do Atletismo, a área utilizada para as provas de corridas, de acordo com o autor supracitado, é constituída de duas partes retas e duas curvas. As oito faixas demarcadas são conhecidas como raias, e têm de largura 1,22 metro, sendo, con- forme já citado, os espaços nos quais os atletas devem disputar as diversas provas de corridas. A largura total da pista é de no mínimo 10 metros, sendo que a raia mais externa é mais longa possuindo 449 me- tros de diâmetro. A seguir, é possível visualizar por com- pleto, segundo Porto (2001), os espaços de pista e de campo utilizados para as competições oficiais e as diversas provas do Atletismo. Fonte: Porto (2001). 8 9 UNIDADE 3 - Fundamentos do atletismo 9 3.1- Corridas No Atletismo, as corridas são conside- radas provas de pista, sendo essas: cor- ridas rasas (sem obstáculos), as corridas com barreiras e as corridas de revezamen- to. De acordo com Crunners (2015), as provas oficiais disputadas nos cam- peonatos atuais de Atletismo a nível nacional e internacional (Jogos Olím- picos e Campeonatos Mundiais), são as seguintes: - corridas de velocidade – 100 metros - 200 metros - 400 metros; - corridas de revezamento – 4x100 metros - 4x400 metros; - corridas com barreiras ou obstácu- los – 100 metros c/barreiras feminino - 110 metros com barreiras c/barreiras masculino - 400 metros c/barreiras - 3.000 m. c/obstáculos; - corridas de meio-fundo – 800 me- tros - 1.500 metros; - corridas de fundo – 5.000 metros - 10.000 metros – marcha atlética; - maratona: 42.195 metros. Fonte: Porto (2001). http://3.bp.blogspot.com/-o8kwOWerP5g/T3j1F6I0aZI/AAAAAAAABC4/fIj7xV-7Ys4/s1600/pan-atletismo-4.jpg http://4.bp.blogspot.com/-73YuMUlzEd4/T3j1MrQanII/AAAAAAAABDA/Ok9Afic_sQ4/s1600/Atletismo+(1).jpg 10 11 De uma maneira geral, segundo Nunes (2006), a prática regular de qualquer que seja o tipo de corrida contribui para a me- lhoria da resistência geral, da capacidade respiratória e da força muscular. O corpo durante corrida realiza uma sequência de pequenos saltos, já que fre- quentemente ocorre uma alternância en- tre o pé que está no solo e o que está no ar. Nesse sentido, nas concepções do autor supracitado, durante a corrida, elevam-se alternadamente os joelhos, sincronizando com os movimentos dos braços. Nunes (2006) evidencia também que nas corridas com distâncias pe- quenas, a qualidade física mais im- portante e exigida é a velocidade, en- quanto que nas outras com médios e longos percursos, prioritariamente, exige-se a resistência geral do atleta. Nesse sentido, considerando a distân- cia a ser percorrida, o autor já men- cionado destaca que as corridas se classificam em: - corridas de velocidade – são aquelas de curtas distâncias e que em competi- ções oficiais são disputadas em percurso de até 400 m; - corridas de meio-fundo – são aque- las disputadas em percursos médios, 800 metros e 1.500 metros; - corridas de fundo – utilizam longos percursos, 5.000 metros ou mais, incluin- do as marchas atléticas e a maratona. Ainda existem as corridas mistas, nas quais as saídas e chegadas são realizadas nas pistas, mas o percurso como um todo é realizado em ruas e/ou estradas, e as corridas de cross crountry, de longa dis- tância, disputadas em terrenos acidenta- dos nos campos e bosques. As corridas também são classificadas quanto ao espaço ocupado pelas mesmas. Nesse sentido, Nunes (2006) adverteque as mesmas se dividem em: - Corridas balizadas – são aquelas dis- putadas do início ao fim, dentro das bali- zas (raias). Nessa classificação entram as corridas de velocidade (até 400 m); - Parcialmente balizadas – diz respei- to às corridas que se iniciam com os atle- tas dentro de suas balizas e a partir de um certo ponto da corrida, os mesmos podem ocupar as balizas mais internas e que, por isso, são mais favoráveis.Caracterizam-se dessa forma, as corridas de meio fundo (800 m e 1.500 m). - Totalmente desbalizadas – são as provas de corridas, nas quais os atletas não possuem em nenhum momento da prova raiais definidas. 3.2- Fases da corrida As provas de corrida disputadas no Atletismo são executadas mediante téc- nica específica divididas em três fases, as quais, de acordo com Nunes (2006), são as seguintes: 3.2.1- Partida Constitui a fase inicial da corrida, sen- do o momento, no qual, o atleta objetiva, através da velocidade de reação, impul- sionar o corpo a frente, a fim de atingir mais rapidamente a sua velocidade má- xima. Para as provas de velocidade, com 10 11 distâncias de até 400 metros, usa-se a saída baixa e nas demais provas, a parti- da é feita estando o atleta na posição de pé. A saída baixa requer muita técnica de execução do atleta, como também a ca- pacidade de reação aos sinais de partida, emitidos pelo árbitro de saída. Para tan- to, o atleta utiliza os blocos de saída, nos quais, aplica-se uma força com os pés (um a frente do outro), força essa que retor- nará ao corpo ampliando a velocidade no momento de partida. Ao sinal do árbitro de saída “às sua mar- cas”, o atleta se posiciona nos blocos de partida com as pernas, uma à frente da outra e ligeiramente flexionadas e os de- dos das mãos apoiados no solo próximos à linha de partida. Em seguida, ao ouvir o si- nal de “pronto”, estende um pouco as per- nas, eleva o tronco para que, no momento do tiro de largada, estender rapidamente as pernas e como reação projetar o corpo a frente. Disponível em: http://educacaofisicanamente.blogspot.com.br/ http://1.bp.blogspot.com/-6wctgZTIAp0/T3oJaADiOPI/AAAAAAAABDo/L1McuN_FZ4o/s1600/3646atletismo.jpg http://4.bp.blogspot.com/-u2Sx84Ve8H0/T3oJcP7UtVI/AAAAAAAABDw/dAPItuoP4rc/s1600/0,,15245968-EX,00.jpg 12 13 3.2.2- Percurso Imediatamente após a saída, de acordo ainda com Nunes (2006), o atleta preo- cupa-se em aumentar gradativamente a velocidade de suas passadas, para em se- guida atingir a sua velocidade máxima, co- ordenando inclusive com os movimentos alternados dos braços. 3.2.3- Chegada A chegada relaciona-se ao momento em que o atleta, através de alguma parte do seu corpo, cruza a linha de chegada. Nesse momento, o atleta deve lançar o tronco para frente na tentativa de mais rapidamente, ultrapassar a linha destinada à chegada. 3.3- Saltos As provas de saltos disputadas no Atletismo destinam-se a atingir distâncias e/ou alturas com a maior performance possível. Esses saltos, segundo Fernandes (1995), são realizados mediante técnicas específicas e exigem dos atletas determinadas qualidades físicas, como por exemplo: força, impulsão horizontal, impulsão vertical, velocidade, coordenação, flexibilidade, dentre outras. As competições de Atletismo compõem uma variação de saltos, conforme observados a seguir: 3.3.1- Salto em distância Disputado em uma caixa de areia, esse salto é precedido de uma corrida de aproximação com o objetivo de se atingir a maior velocidade possível antes de realizar o contato com a tábua de impulsão, conforme destaca Fernandes (1995). Nessa prova do Atletismo, ainda de acordo com o autor supracitado, cada atleta tem direito a três tentativas na busca de se atingir sua melhor marca. Cada tentativa só é considerada válida quando o competidor realiza o movimento de impulsão através da última passada, ou seja, o último contato com o solo antes da linha limite que limita o espaço destinado à corrida preparatória para o salto. Disponível em: http://educacaofisicanamente.blogspocom.br/ Disponível em: http://educacaofisicanamente. blogspot.com.br/ http://1.bp.blogspot.com/-V64CsLaC2Fw/T3oMOxs3ckI/AAAAAAAABEA/dLpHWhTJ2_M/s1600/bolt_corre_ap.jpg 12 13 Nas concepções de Pereira (2002), há ainda outras situações que podem invalidar uma tentativa de um salto em distância, como por exemplo: - o atleta tocar com parte do corpo o es- paço subsequente à linha de medição que se localiza na tábua de impulsão; - tocar o lado da tábua de impulsão; - caminhar pela caixa de areai após o salto, dentre outros. A figura anterior, apresenta esque- maticamente as fases do salto, con- forme destaca o autor referenciado acima: - corrida de aproximação – destina- -se permitir ao atleta atingir a máxima ve- locidade até o momento da impulsão; - impulsão – realizada com um dos pés e de maneira sincronizada com os movi- mentos dos braços para cima com o obje- tivo de alcançar altura; - fase de voo – é feita uma extensão do corpo transferindo a velocidade da corri- da em busca da melhor performance pos- sível; - aterrissagem – nesse momento, as pernas e braços são lançados à fren- te através de um movimento carpado do corpo, para alcançar a máxima distância possível. 3.3.2- Salto Triplo De acordo com Fernandes (1995), esse tipo de salto é basicamente o salto em distância, porém de dois pequenos saltos anteriores, quase que duas grandes pas- sadas, para permitir maior impulsão ao competidor. Possui as mesmas regras do salto em distância, diferenciando-se ape- nas na localização da tábua de impulsão e da linha limite do salto, as quais se locali- zam, no mínimo, a 11m da caixa de areia. Durante a execução desse salto, são realizadas três etapas: o primeiro salto, antes da linha limite e caindo com o mes- mo pé de impulso; o segundo salto caindo com o pé contrário; e o terceiro salto que é a execução de um salto em distância, o qual o atleta realizará a aterrissagem com os dois pés na caixa de areia. Igualmente também ao salto anterior, o atleta terá três tentativas para que seja computada Fonte: Pereira (2002). http://www.terra.com.br/esportes/olimpiada/infograficos/img/saltolong_14.gif 14 15 a sua melhor execução. De acordo com Pereira (2002), o salto não será válido caso o atleta toque o solo com uma das pernas que não seja a utili- zada para a impulsão entre os saltos. As demais considerações acerca de regras são as mesmas aplicadas ao salto em dis- tância. 3.3.3- Salto em altura De acordo com Vieira (2009), a prova do salto em altura objetiva ultrapassar uma barra horizontal, denominada sar- rafo, sustentada por dois suportes sem derrubá-la. O atleta tentará transpor essa barra em uma maior altura possível e, por isso, segundo ainda esse autor, durante a competição, a mesma vai aos poucos atin- gindo maiores alturas, até que reste ape- nas um competidor, o qual torna o vence- dor da prova. A técnica mais utilizada ainda conside- rando as concepções de Vieira (2009), é a de costas, devido ao fato dessa otimizar a impulsão do atleta. Nessa prova, são exi- gidas dos praticantes capacidades físicas, como: flexibilidade, velocidade, impulsão vertical, força, equilíbrio, dentre outras. Para iniciar a prova, cada competidor tem direito a três tentativas. Transpon- do a mesma com êxito, o atleta segue na competição e o obstáculo é elevado, au- mentando o grau de dificuldade. No caso dos atletas terminarem empatados em uma determinada altura da barra, vence a prova o que necessitou de menos tentati- vas para transpor a barra naquela deter- minada altura. Persistindo o empate, de acordo com o autor supracitado, avalia-se o número de erros e/ou ainda é disputado um salto adicional. - Fases do Salto em Altura Corrida de aproximação: a corrida de aproximação no salto em altura, segundo Vieira (2009), é feita com 7 a 9 passadas e contém uma parte retilínea e outra em curva. Na fase retilínea, o atleta realiza uma aceleração progressivaatravés de passadas amplas. Por outro lado, na fase da corrida em curva, o competidor inclina- -se para o interior da curva, mantendo o equilíbrio do corpo e objetivando realizar as três últimas passadas com a maior ve- locidade possível. Impulsão ou chamada: nesse momen- to, ainda de acordo com Vieira (2009), o atleta realiza um apoio rápido do pé so- Disponível em: portaldoprofessor.mec.gov.br Disponível em: portaldoprofessor.mec.gov.br 14 15 bre o solo no mesmo sentido da trajetó- ria da curva, já bem próximo aos suportes de sustentação do sarrafo. A partir desse momento, realiza-se uma completa ex- tensão da perna de impulsão e eleva-se a coxa da perna livre até a linha dos quadris. Vôo: após a impulsão, lança-se a perna livre até que fique paralela ao sarrafo e no momento de transposição ocorre o arque- amento do tronco, com bastante amplitu- de, a fim de se evitar tocar e não derrubar a barra horizontal. -Queda: é realizada sob o colchão pró- prio para quedas e o contato é feito por meio das costas, com o objetivo de se evi- tar lesões. 3.3.4- Salto com Vara Nessa prova do Atletismo, como nas de- mais, o atleta deve também demonstrar muita técnica, além de força, velocidade, flexibilidade, coordenação, dentre outras. O objetivo desse salto é também transpor o sarrafo em altura predeterminada, utili- zando uma vara apoiada no solo para im- pulsionar e projetar o atleta para cima. De acordo com Nunes (2006), a vara uti- lizada nesse salto é, na maioria das vezes, de fibra de vidro para que seja resistente e flexível, podendo variar peso e compri- mento considerando as características fí- sicas do atleta. O atleta deverá correr pelo corredor de saltos, segurando a vara com as duas mãos, firmá-la na caixa de apoio e, em seguida, aproveitar o impulso obtido e projetar o seu corpo para cima para trans- por o sarrafo sem derrubá-lo. A partir do momento de apoio da vara no local pró- prio, o saltador não poderá mais alterar a posição de suas mãos na vara. Para a realização desse tipo de salto, também são realizadas as seguintes fa- ses: - Corrida de aproximação – requer, con- forme destaca Nunes (2006), coordena- ção do atleta para não se desequilibrar em função do peso da vara. Nessa fase, a vara deve ser carregada do lado contrário da perna de impulsão e a corrida deve ser realizada em um ritmo que permita firmar a vara no tempo certo, sem errar as pas- sadas, e para que o salto seja realizado no tempo correto; - Encaixe – ao final da corrida, como destaca o autor supracitado, mais preci- samente nas últimas 5 passadas, ocorre o abaixamento da ponta da vara em direção à caixa de encaixe. Os braços não fazem a completa extensão, permanecendo em uma flexão aproximada de 90°, antece- dendo à sustentação do peso do corpo; - impulsão – nesse momento, eleva- -se o corpo objetivando uma impulsão, a princípio mais horizontal do que vertical. A partir daí, ocorre uma pressão do bra- ço esquerdo sob a vara, enquanto o di- reito realiza o movimento para frente e para baixo. Como consequência da ener- gia imprimida à vara através da corrida e da impulsão, a vara se curva, e as pernas e o quadril são lançados para cima na for- ma de pêndulo e em seguida em forma “L”. O corpo é acelerado pelo movimento de pêndulo e ao empurrar a vara para baixo e para trás, recebe em contrapartida uma força para cima e para frente, iniciando a fase de transposição do sarrafo; 16 17 -Transposição – nas considerações de Vieira (2009), o atleta passa primeira- mente as pernas sob a barra horizontal, adotando uma posição curvada do corpo estando a mão direita ainda segurando a vara. Ao soltar completamente a vara, o atleta movimenta os braços para trás, si- multaneamente ao tronco, com objetivo de não tocar o sarrafo; - Queda – por fim, a queda é realizada dando prosseguimento aos movimentos realizados nas fases anteriores, sendo que o competidor cairá, como no salto em atura, sobre um colchão de espuma espe- cífica para esse fim. 3.4- Arremessos e lança- mentos 3.4.1- Arremesso de peso Realizado dentro de um círculo de 2,1 m de diâmetro no campo de provas, tem como objetivo arremessar o peso, uma bola de ferro maciço, o mais longe possí- vel, com o peso de 7,260 Kg para homens e 4 kg para mulheres. Durante o desloca- mento preparatório para o arremesso, o peso deverá ser mantido abaixo do quei- xo, junto ao pescoço. Disponível em: portaldoprofessor.mec.gov.br Disponível em: http://educacaofisicanamente.blogs- pot.com.br/ 16 17 Enquanto o peso não atinge o pouso, os competidores não podem sair do círculo de arremesso. Os competidores têm direi- to, como nas demais provas, a três tenta- tivas e o peso não deve descer abaixo do nível do ombro do competidor. Além disso, o atleta tem no máximo 90 segundos para iniciar a sua tentativa. 3.4.2- Arremesso do disco O arremesso do disco, ou lançamento do disco, conforme adotam alguns auto- res, é uma das provas de campo do Atle- tismo e também acontece dentro de um espaço próprio, denominado “gaiola” de arremessos. O disco lançados por homens pesa 2 kg e mede 21,9 e 22,1 cm. As mu- lheres lançam um disco com 2 kg e medi- das de 18 cm e 18,2 cm (PEREIRA, 2002). De acordo com Fernandes (1995), o disco é seguro junto ao antebraço corres- pondente ao braço de lançamento, e no momento de realização da prova, o atleta gira sobre si e o lança estendendo o braço. 3.4.3- Lançamento do martelo Nesse lançamento, baseando-se em Fernandes (1995), o competidor deverá lançar o martelo o mais distante possível dentro também da “gaiola” de lançamen- tos. O martelo configura um implemento formado por uma esfera de metal seme- lhante ao peso, presa por um cabo e con- tendo uma empunhadura na outra extre- midade. O martelo deverá também cair dentro de uma área delimitada no campo. Ao todo, o martelo pesa 7,2 kg na prova masculina e 4 kg na prova feminina. Essa prova requer força, velocidade e muita técnica dos competidores. 3.4.4- Lançamento do dardo Outra prova tradicional do Atletismo é o lançamento do dardo, o qual possui peso e medida, específicos para homens (mínimo de 2,60 m e 800g) e para mulheres (mí- nimo de 2,20m e 600g). Possui também como objetivo o alcance da maior distân- cia possível do dardo, o qual deverá atingir o solo dentro de um espaço delimitado por duas linhas marcadas no campo. Também como em outras provas do Atletismo, o lançamento do dardo confor- me aponta Nunes (2006), deve ser prece- dido por uma corrida de aceleração suave em sua fase inicial e com mais velocidade na parte fina da mesma, a fim de imprimir maior força ao lançamento. O dardo deve ser lançado pouco antes da linha final do Disponível em: portaldoprofessor.mec.gov.br Disponível em: portaldoprofessor.mec.gov.br 18 1918 espaço destinado à corrida, já que o atleta após o lançamento não poderá ultrapas- sar essa marca, sob pena de anulação de sua tentativa. O dardo, de acordo conforme destaca Fernandes (1995), ao ser lançado, costu- ma atingir velocidades superiores a 100 km/h e deverá atingir o solo, em um es- paço definido no campo, o qual fica entre a delimitação de duas linhas específicas para tal. A distância de lançamento conse- guida pelo atleta é medida desde a linha final da zona de lançamento até o primei- ro ponto marcado pelo dardo no solo. Disponível em: portaldoprofessor.mec.gov.br 18 19 UNIDADE 4 - O atletismo e o seu programa olímpico de provas 19 4.1- Corridas rasas Provas masculinas: - 100 metros rasos; - 200 metros rasos; - 400 metros rasos; - 800 metros rasos; - 1.500 metros rasos; - 5.000 metros rasos; - 10.000 metros rasos; - Maratona – 42.195 metros; - Marcha atlética – 20.000 metros; - Marcha atlética – 50.000 metros. Provas femininas: - 100 metros rasos; - 200 metros rasos; - 400 metros rasos; - 800 metros rasos; - 1.500 metros; - 10.000 metros; - Maratona – 42.195 metros; - Marcha atlética – 20.000 metros. 4.2- Corridascom obstáculos Provas masculinas: - 110 metros; - 400 metros; - 3.000 metros. Provas femininas: - 110 metros; - 400 metros. 4.3- Corridas de revezamento Homens e mulheres: - 4x 100 metros; - 4x 400 metros. 4.4- Provas de campo Provas masculinas: - salto em altura; - salto triplo; - salto em distância; - salto com vara; - arremesso de disco; - arremesso de peso; - arremesso de dardo; - arremesso de martelo; - decatlo – conjunto de provas que com- 20 21 põe uma modalidade olímpica conten- do 10 provas. É disputado em dois dias, sendo no 1º dia: 100 m, salto em distân- cia, arremesso de peso, salto em altura e 400 m; e, no 2º dia: 110 m c/barreiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento do dardo e 1.500m. Provas femininas: - salto em altura; - salto triplo; - salto em distância; - arremesso de disco; - arremesso de peso; - heptatlo – modalidade olímpica e dis- putada em dois dias, apenas por mulheres, também consiste em um conjunto forma- do por 7 provas, sendo no 1º dia: 100 m c/ barreiras, salto em altura, arremesso de peso e 200 metros; e, no 2º dia: salto em distância, lançamento de dardo e 800 me- tros. Considerando as regras oficiais sis- tematizadas pela CBAT (2015), a nor- ma 12 desse documento normativo prevê o seguinte, em relação à divi- são das categorias nas competições de Atletismo brasileiro: NORMA 12 CATEGORIAS OFICIAIS DO ATLETISMO BRASILEIRO POR FAIXA ETÁRIA Aprovada pela Assembleia Geral em 26.04.2014 - Atualizada em 19.02.2015 Art. 1º - As categorias e respecti- vas faixas etárias da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), são as abaixo relacionadas, atendendo às determinações previstas nestas Normas, nas Normas e Regras da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) e da CON- SUDATLE (Confederação Sul-Ame- ricana de Atletismo) e de aplicação obrigatória no Atletismo Brasileiro: a) Categoria de Pré-Mirins: atletas com 12 e 13 anos, no ano da compe- tição. b) Categoria de Mirins: atletas com 14 e 15 anos, no ano da competição. c) Categoria de Menores: atletas com 16 e 17 anos, no ano da competição. d) Categoria de Juvenis: atletas com 16, 17, 18 e 19 anos, no ano da com- petição. e) Categoria Sub-23: atletas com 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 anos, no ano da competição. f) Categoria de Adultos: atletas a partir de 16 anos em diante (no ano da competição). g) Categoria de Masters atletas a partir de 40 anos em diante (idade a ser considerada no dia da compe- tição). § 1º - A aplicação desta Norma é obrigatória em todas as competi- ções oficiais de Atletismo realizadas no Brasil como condição básica para terem seus resultados homologados pela CBAt. Tal norma deve ser obedecida nas com- 20 21 petições oficiais do Atletismo. Entretanto, conforme será discutido na unidade se- guinte, o processo ensino/aprendizagem dessa modalidade esportiva requer adap- tações de regras, espaços, materiais, en- tre outros, seja durante as aulas e/ou em eventos esportivos escolares. 22 23 UNIDADE 5 - Considerações metodológicas 22 O Atletismo, assim como os demais es- portes, pode e deve ser ensinando de ma- neira recreativa através de jogos recrea- tivos, pré-desportivos e brincadeiras. Tais atividades motoras conferem aos inician- tes maior significado, como também opor- tunidade de vivenciarem experiências mais prazerosas. Nesse sentido, Frómeta e Takahashi (2004, p. 90) advertem: A criança que se inicia no atletismo dos 9 aos 11 anos começa a sentir uma grande inclinação pelos jogos esportivos. Por essa razão, é ampla- mente utilizado o grupo de jogos com tarefas e dimensões diversas, como o mini futebol, o mini basquetebol, o mini vôlei e o mini handebol, uma vez que realizá-lo em quadra oficial torna-se muito complexo [...], porém devem-se utilizar os jogos pré-es- portivos do atletismo que incluem ações técnicas de diferentes provas, bem como o desenvolvimento da preparação física geral (FRÓMETA e TAKAHASHI, 2004, p. 90). Tomando como base essa afirmação, cabe ao professor de Educação Física tra- balhar os conteúdos do Atletismo através de atividades cooperativas em pequenos grupos, valorizando os conhecimentos prévios, sobretudo, aqueles relacionados aos movimentos naturais. Considerando tal contexto, atividades de correr, pular, lançar e arremessar objetos devem ser enfatizadas objetivando o desenvolvi- mento da força, velocidade, coordenação, agilidade, ritmo, respeitando as caracte- rísticas individuais dos aprendizes, seus limites e suas possibilidades. A partir das questões destacadas aci- ma, torna-se necessário salientar a afir- mação de Gonçalves (2007, p. 01), o qual assevera que “o Atletismo é estritamente ligado aos movimentos naturais do ser humano de correr, marchar, lançar, arre- messar e saltar, e, por isso, é chamado de esporte base”. Fundamentando-se nessa afirmação acima que, é imprescindível reforçar a importância da implementação das habi- lidades básicas do Atletismo nos planeja- mentos pedagógicos em todos os níveis da Educação Básica. De acordo ainda com o autor supracitado, as competências ad- quiridas através dos conteúdos dessa mo- dalidade esportiva assumem papel pre- cípuo na aquisição e aprimoramento dos demais esportes escolares. Melo (2004) enfatiza que o processo ensino/aprendizagem das habilidades e competências do Atletismo deve priorizar o método global, ou seja, aquele no qual as ações são desenvolvidas de maneira natural, sem preocupação inicial com a técnica. O processo assim implementado, de acordo ainda com esse autor, não enfa- tiza a repetição de movimentos e o aluno aprende realizando as atividades através de atividades recreativas, mas com inten- cionalidade pedagógica. Assim, a destre- za motora é ensinada a partir de um con- junto de ações associadas, sem destaque para o detalhamento do gesto motor, e as informações acerca do desempenho são passadas pelo professor por meio de in- tervenções durante a atividade realizada. A partir de uma postura reflexiva e di- 22 2323 nâmica, o professor de Educação Física ao sistematizar o seu Planejamento Pedagó- gico, deverá propor que nas aulas desti- nadas à aprendizagem dos fundamentos do Atletismo, as atividades objetivem os movimentos naturais inerentes a esse es- porte. Nesse sentido, Matthiesen (2005, p. 16) destaca: Envolvendo as habilidades motoras básicas de marchar, correr, saltar, lançar e arremessar, principais nes- te campo as quais procuram tradu- zir, numa linguagem corporal, o sig- nificado do atletismo sem, contudo, perder a dimensão de sua especifi- cidade técnica e normativa que faz do atletismo a modalidade esportiva que é (MATTHIESEN, 2005, p. 16). Posto isso, é fundamental que o pro- fessor proponha sempre atividades rela- cionadas às provas do Atletismo, de ma- neira desafiadora e que contribuam para que os alunos avancem em suas compe- tências corporais. De acordo com Netto (s./d.), o processo ensino/aprendizagem do Atletismo tam- bém pode ser implementado através de projetos pedagógicos. Nesse sentido, as ações pedagógicas previstas nesses pro- jetos podem ser desenvolvidas nas aulas de Educação Física em horários extraclas- ses. Nessa perspectiva, segundo esse au- tor, o envolvimento dos alunos perpassa pelas atividades motoras do Atletismo e vão até a construção de materiais peda- gógicos alternativos. A partir desse con- texto, o trabalho por meio de projetos pedagógicos favorece uma ampla apren- dizagem no que diz respeito aos aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais. De acordo com Oliveira (2006), a es- tratégia metodológica mais comumente utilizada no ensino do Atletismo nas aulas de educação física é o lúdico através dos jogos motores recreativos. Tal opção per- mite que esse esporte adquira maior visi- bilidade e se mostre interessante, motiva- dor, dinâmico e amplie suas possibilidades práticas. Ao se considerar que o Atletismo pode ser jogado, vivenciadoe reconstruí- do de forma lúdica, é importante também que o professor de Educação Física não perca de vista a intencionalidade pedagó- gica em relação ao conhecimento de suas técnicas específicas. Nesse contexto, Oliveira (2006) des- taca também que a inclusão dessa moda- lidade esportiva nas ações pedagógicas da escola pode estar pautada nas teorias construtivas, as quais propõem que, a compreensão dos aspectos táticos e téc- nicos do esporte em uma dinâmica pra- zerosa e atribuída de significados para os alunos. Tal situação, de acordo ainda com esse autor, deve considerar os diversos níveis de habilidades dos alunos, e os con- ceitos prévios, inerentes à cultura corpo- ral dos mesmos. Para tanto, Nascimento (2010, p. 99) atenta para a seguinte questão: Revendo o contexto de tornar o atle- tismo atrativo para aluno deve-se deixar de persistir na educação física tradicional e trazer proposta novas de jogos com temas lúdicos transfor- mando o atletismo em prática social, e com isso fazer com que o aluno vi- vencie o perder e o ganhar, pois esta é um característica clara dentro da modalidade. O atletismo pode ser apresentado em forma de jogos lúdi- 24 2524 cos valorizando as suas técnicas es- pecíficas (NASCIMENTO, 2010, p. 99). Posto isso, em relação às considerações que orientam o processo ensino/aprendi- zagem do Atletismo, é importante consi- derar que a estratégia metodológica que prioriza o lúdico e considera os conheci- mentos prévios dos alunos favorece então o estreitamento das relações interpesso- ais e o domínio de diversas competências. Nessa perspectiva, o próprio aluno, sujei- to e protagonista desse processo, partici- pa da construção dos recursos materiais a serem utilizados nas aulas e, para tanto, é sensibilizado a pesquisar a despeito dos mesmos, o que enriquece grandemente a sistematização e implementação dos pla- nejamentos pedagógicos desse esporte. 24 25 UNIDADE 6 - Sugestões de atividades práticas 25 A partir de uma proposta de aprendi- zagem global e significativa, onde o en- volvimento, a participação e o prazer são prioridades, Oliveira (2006, p. 102) sugere as seguintes possibilidades práticas dire- cionadas a iniciantes: - Corridas: Mão no pega: o aluno pegador, que terá e colocar uma das mãos na parte do corpo que foi tocada, ficando a outra dis- ponível para tocar o colega. Pique Cola Americano: o aluno pega- dor corre atrás dos demais, aqueles que forem pegos deverão ficar colado, com as pernas afastadas. O pegador continua co- locando, os colegas que estiverem livres deverão passar por baixo das pernas de- les, salvando-os. Pique Cola Brasileiro: a mesma ativi- dade, porém o colado fica agachado para ser salvo. O colega tem que saltar sobre ele. Pega avião: o pegador não poderá pe- gar os colegas que estiverem na posição de avião. Tartaruga: o pegador não poderá pe- gar os colegas que estiverem na posição de tartaruga com o casco para baixo e as pernas pra cima. Nesta brincadeira, a criança deverá ficar mexendo os braços e as pernas. Jacaré: o pegador não poderá pegar os colegas que estiverem na posição de jaca- ré, isto é, deitado no chão com a barriga para baixo, movimentando os braços e as pernas. Elefantinho: o pegador segura o na- riz com uma das mãos e passa a outra por dentro imitando a tromba do elefante, este só poderá pegar os colegas com a tromba, trocando de pegador. Empresta-me sua casinha: desenhos variados de formas geométricas no chão, cada forma é ocupada por uma criança fi- cando apenas uma sem casinha. Esta de- verá gritar: empresta-se sua casinha e to- dos deverão trocar de casa. Refúgio: marque no solo refúgios com os nomes conhecidos (jardim, parque, pis- cina), divida a turma em três grupos e, ao sinal, deverão trocar de refúgio, tendo um ou mais pegadores ao centro (OLIVEIRA, 2006, p.102). - Saltos: Com Arco: correr e saltar por cima e dentro de arcos ou círculos desenhados pelo chão. Usar cores e tamanhos diferen- tes. Ou saltar de um arco para outro sem tocá-los, saltos consecutivos. Incentive descobrir diferentes formas de saltar. Corpo: experimentar saltar por cima das pernas dos colegas, sentados com as pernas unidas realizando movimentos de abra e fecha. Ou saltar companheiros deitados no solo, sempre trocar posições. Modifique as posições em deitado, senta- do, quatro apoios e agachado. Pneus: saltar por cima e dentro dos pneus. Utilizar várias alturas, cortando o pneu pela metade, poderá colocá-lo em pé modificando a altura e propondo um 26 27 novo desafio. Bastões: espalhar bastões no solo e variar as posições. Saltar por cima de um ou de vários sucessivos. Também, pode- -se aumentar a distância e estimular os participantes a descobrir outras formas de saltar. Cordas: espalhe várias cordas no solo e estimule os alunos a saltarem sem tocá- -las. Formar uma figura com a corda e sal- tar por cima e dentro dela. Saltar na dos amigos. Fazer cobrinhas com a corda para que saltem tentando não tocá-la. Pen- durar a corda para que agarrem e saltem para frente. Elásticos: saltar de diferentes altu- ras. Esticar elásticos em um suporte e ir desafiando com maiores alturas, sempre compatíveis à idade. Esticar elásticos su- cessivos para que saltem duas, três vezes. Saltar individualmente e também de mãos dadas com o colega, com a turma (OLIVEI- RA, 2006, p.103). - Arremessos e Lançamentos: Lançar argolas e segurar. Lançar bo- las para o outro, quicando de mão em mão. Lançar arco em pinos. Atirar bolas de papel ou de pano em garrafas, caixas e latas. Atirar em sacos pendurados em varal, com números, co- res e letras para estimular. Pendurar arco e atirar para acertar por dentro. Arremessar com direção determina- da em alvo fixo, em superfície plana e suspensa. Arremessar em cesto, lixeiras e sacos. Um aluno entra no saco de esto- pa e os demais atiram bolinhas de papel dentro do saco. Propor equipes e grupos. Atirar pedras em bexigas penduradas em árvores ou em varais. (OLIVEIRA, 2006, p.103). A revista Nova Escola (s/d), propõe um breve plano de ensino do Atletismo des- tinado às crianças do 4º e 5º do Ensino Fundamental I. O mesmo objetiva permi- tir o conhecimento das principais provas olímpicas do Atletismo através de ativi- dades recreativas, porém semelhantes às provas oficiais, utilizando materiais peda- gógicos adaptados com o fito de envolver a maior quantidade possível de alunos. Nesse sentido, a edição disponibilizada em endereço eletrônico, conforme elen- cado nas referências, propõe: 1ª etapa Pergunte aos alunos o que eles conhe- cem sobre o atletismo. Em seguida, passe um vídeo que mostre imagens de diversas provas. Discuta o vídeo com os alunos, buscando construir um conceito sobre esse esporte. Deixe que se manifestem, complemente, corrija equívocos e respon- da às perguntas que surgirem. É impor- tante ressaltar que a modalidade engloba diversas provas, a maioria individual. Agrupe-as para melhor entendimento dos alunos: corridas, saltos, arremessos e lançamentos, explicando que existem va- riações. As corridas, por exemplo, incluem as de velocidade de 100 e 200 metros, de revezamento, de obstáculos, com barrei- ras, maratona, entre outras. Escolha uma das provas em conjun- to com os alunos ou faça uma sugestão, como a corrida de velocidade, que pode ser feita de uma extremidade à outra da quadra. Primeiramente, separe meninos 26 27 e meninas explicando que nas modalida- des de corridas oficiais essa é regra (esse será o único momento em que eles esta- rão separados). Depois, coloque-os para correr juntos, divididos em grupos mistos menores. Quem estiver esperando a vez fica responsável por marcar os tempos ou observar e anotar quem chega primeiro. Em seguida, proponha um jogo no qual os estudantes são colocados em duplas. Cada dupla receberá uma folha de jornal que deverá ser levada ao colega parceiro – que se posicionará à sua frente, emsenti- do contrário ao dele e a uma distância que pode ser de uma lateral a outra da quadra (ou de uma linha de fundo a outra). A folha deve ser colocada em contato com o cor- po, sem ser dobrada, ou segurada pelas mãos. Vence a dupla que conseguir fazer o trajeto primeiro (neste caso, quem está com a folha leva para o parceiro, chegan- do ao lado oposto à sua posição inicial. O parceiro então, pega a folha e a leva para o outro lado, de onde saiu seu companhei- ro). A dupla que conseguir fazer essa tro- ca de lugar levando a folha de jornal junto ao corpo andando rápido, mas sem correr, vencerá. Esse mesmo jogo poderá ser fei- to com mais estudantes, assim, a equipe que trocar de lugar primeiro, levando o jornal desse mesmo modo, vence o jogo. Concluídas as duas atividades, organize uma roda de conversa e incentive todos a comentar as vivências, identificando o que foi aprendido e de que forma, ou a apresentar dúvidas. Fale sobre as diver- sas provas de corrida de velocidade e as características básicas delas: distâncias curtas, saídas baixas (com blocos de par- tida, para dar impulso) e velocidade como capacidade física fundamental. Incentive a discussão sobre a questão do gênero, sempre mostrando um olhar crítico, e in- centive a superação de preconceitos. Co- mente sobre a corrida individual, por gê- nero e depois mista, perguntando como foi para os alunos essa vivência. Exponha as questões fisiológicas que permeiam as competições olímpicas que separam os atletas dessa forma. 2ª etapa Retome as atividades da aula passada, relembrando as características básicas das corridas de velocidade, e proponha a prática de um jogo – que deve ser compa- rado aos realizados anteriormente. Divida a turma em grupos mistos com aproxi- madamente oito integrantes cada. Se as equipes ficarem com o número desigual, basta um aluno participar duas vezes. Organize-os em colunas distantes 2 metros uma das outras numa das late- rais da quadra. Um aluno do grupo fica do lado oposto da quadra e, ao seu sinal, sai em busca do colega que está no início da coluna à sua frente. Lá chegando, ele se- gura esse colega pela mão e os dois vol- tam para lado oposto da quadra. Os dois dão meia volta e buscam o próximo da fila, sem soltar as mãos. Ganha a equipe que se transferir mais rapidamente para o ou- tro lado da quadra. Terminado o jogo, reúna os estudan- tes numa roda de conversa e peça que exponham suas reflexões sobre a prática e a construção do conhecimento acerca dela. Faça um comparativo com as carac- terísticas das corridas de velocidade e as de resistência, buscando levantar os ele- mentos que caracterizam essa última: 28 29 distâncias longas, saída alta (em pé) e re- sistência aeróbica como capacidade física principal. 3ª etapa Resgate as vivências realizadas nas aulas anteriores e, em seguida, pergunte o que as crianças sabem sobre o espaço onde ocorrem as competições de atletis- mo. Discuta o tema e proponha que todos juntos construam uma pista na quadra. Você pode propor a utilização de giz ou fita crepe para contornar o espaço e cons- truir pelo menos duas raias. Outra opção é o uso de cones ou garra- fas PET com água. Feitas as raias, explique que há diferença no comprimento da in- terna e que, por isso, quem está nela tem de largar de uma marca localizada mais atrás. Proponha, então, uma corrida de velocidade entre os alunos nesse espaço. Se não for possível fazer várias raias, peça que alguns alunos marquem os tempos dos outros e anotem os nomes numa car- tolina ou papel pardo para posterior aná- lise. Nesse período, os que não estiverem participando devem realizar outra ativi- dade. Depois, organize uma corrida de re- vezamento utilizando cabos de vassouras cortados ou canudos de jornal. Coloque- -os em grupos mistos e ressalte a impor- tância do trabalho em equipe. No fim, forme uma roda de conversa para todos exporem as reflexões sobre as vivências e o que aprenderam com elas. Retome o cartaz com os nomes e os tem- pos para uma análise conjunta dos melho- res tempos e equipes. Levante as razões dos resultados e a questão de ganhar e perder. Aponte se houve mais meninas que meninos com tempos melhores, in- centivando o debate. Cada turma terá um cenário diferente. O importante é levar os alunos a analisar os resultados de forma crítica, observando as inúmeras questões que envolvem a competição e as diferen- ças de gênero. É possível que apareça uma menina mais rápida que todos os meninos ou não. A discussão é válida em ambos os casos para acabar com os preconceitos. 4ª etapa Recorde o que foi abordado nas aulas anteriores, comparando os dois tipos de corrida e suas características principais. Aponte para a importância da vivência na pista construída e proponha o uso dela para as corridas de resistência. Como se- ria possível utilizá-la tomando por base as características desse tipo de competição? Em cada turma surgirão ideias diferentes. Uma possibilidade é o jogo do mensageiro. Divida os alunos em dois ou três grupos, que deverão numerar seus participantes. O número 1 de cada equipe receberá uma mensagem a ser levada ao rei, tendo que, para isso, dar três voltas na pista. Depois, ele passará a mensagem para o próximo mensageiro do seu grupo (número 2) até que ela chegue ao rei. O grupo que levar a mensagem ao rei primeiro vence o jogo. No fim do jogo, discuta com todos sobre o que sentiram e aprenderam. Em seguida, conte a história da maratona, de forma a despertar a curiosidade e a imaginação da garotada. 5ª etapa Faça uma revisão do que foi aprendi- 28 29 do até então, sempre com base no que os alunos mencionarem. Inicie a construção do conceito de marcha atlética, questio- nando-os a respeito da única prova de atletismo que se faz andando. Proponha o jogo pega congela andando. Dois ou mais pegadores devem encostar a mão nos de- mais para congelá-los e quem está livre tem de descongelá-los da mesma maneira – mas ninguém pode correr, somente an- dar. Mude os pegadores a cada 2 a 3 minu- tos. Após esse jogo, converse sobre os mo- vimentos necessários durante a brinca- deira e incentive as discussões sobre o tema buscando construir o conceito de marcha atlética. Em seguida, explique a diferença entre essa prova e as anterio- res, como a inexistência da fase aérea (presente na corrida). Em seguida proponha uma atividade de pega-pega em duplas. Numa das late- rais da quadra, os alunos são posicionados um na frente do outro, os dois voltados para a mesma direção. A distância entre eles deve ser de três passos. Ao seu sinal, a criança de trás tenta pegar a da frente, mas ambas só podem andar rápido. Ao chegarem à outra lateral, as funções se invertem e o jogo se repete. A atividade pode ser retomada com a troca dos mem- bros da dupla. Primeiro, proponha trajetos curtos para que a turma entenda a dinâ- mica da marcha. No entanto, é importante alterar o percurso a fim de que os estu- dantes fiquem mais tempo nessa movi- mentação. Se preferir, estabeleça um tempo para que consigam pegar o colega. No fim da atividade volta-se à roda de conversa para que falem sobre o que sen- tiram e as dificuldades encontradas. Com base nisso, complemente os conceitos construídos anteriormente e trate das características dessa prova: distâncias longas, partidas altas e resistência aeró- bica como capacidade física fundamental. Portanto, ela se parece mais com as cor- ridas de resistência. É importante que os alunos cheguem a essa conclusão. 6ª etapa Retome novamente o que os alunos aprenderam anteriormente e pergunte sobre as corridas com barreiras e obstácu- los, incentivando a curiosidade e a desco- berta. Após essa primeira sensibilização. Os alunos vão relembrar os outros tipos de corrida e observar imagens da de obs- táculos e da com barreiras. Pensar com os alunos na possibilidade de realizar essas corridas na escola, torna-se importante para criar adaptações.Proponha a coloca- ção de barreiras feitas com cones e cordas na pista construída na quadra ou de uma extremidade à outra da quadra. Pode-se usar barbante e garrafas PET, uma sobre a outra. Para isso, corte a boca de algu- mas garrafas e encaixe uma na outra até a altura desejada. Coloque água ou terra na garrafa de baixo. Prenda o barbante na boca da de cima. Incentive os alunos que ficarem com medo de tropeçar ou mesmo de fracas- sar. Deixe que eles experimentem antes de começar a corrida de uma forma mais competitiva, sempre lembrando que o ob- jetivo da aula é diferente do relativo ao esporte oficial. Forme dois ou três grupos. Cada integrante receberá um número. O primeiro realiza o trajeto, volta, dá o sinal para que o segundo vá e assim por diante. 30 31 A ideia de formar grupos visa dinamizar a aula, pois o elemento competitivo é mo- tivador. Além disso, estimula o trabalho em equipe e o respeito às diferenças de gênero, de habilidades e às pessoas com deficiências. Em seguida, construa com as crianças os obstáculos para outra modalidade de corrida. Podem ser usadas as mesmas barreiras da vivência anterior e também caixas de papelão grandes ou outros ma- teriais disponíveis. Lembre-se de deixar a turma explorar os materiais antes da competição em grupos, de estabelecer um percurso mais longo ou indicar que os participantes passem duas ou mais vezes pelo percurso, apontando aí uma das dife- renças entre as duas corridas. Depois, or- ganize uma roda de conversa expondo as reflexões e os apontamentos e fazendo a construção de conceitos sobre os dois ti- pos de corridas e suas características. Avaliação Em cada roda de conversa deve ser fei- ta uma avaliação por meio da observação com relação à participação dos alunos e à compreensão deles em cada revisão reali- zada. Proponha uma avaliação documen- tal sobre o que foi aprendido (por escrito ou com desenhos) para que os estudantes coloquem no papel o que aprenderam na prática sobre as diferenças entre as cor- ridas, os elementos que cada uma delas apresenta, como eram realizadas, entre outros. Os Fundamentos Pedagógicos para o Programa Segundo Tempo PST (2008, p.267 a 278), também sugerem excelen- te proposta de estratégia metodológi- ca para se trabalhar os fundamentos do Atletismo. Tal proposta, conforme alguns exemplos a seguir, prioriza atividades mais dinâmicas e envolventes no sentido de promover também ampla participação dos alunos de forma recreativa, sem per- der de vista, contudo, a intencionalidade pedagógica. - PEGA A BOLA Objetivos: Jogos de iniciação para as corridas de velocidade. Trabalhar velocidade de reação, veloci- dade de deslocamentos e observar deslo- camentos. Faixa Etária - 10 a 12 anos. Material – Bola de borracha, apito, quadra poliesportiva ou similar, cones, faixas pintadas (ou riscadas) no solo (linha de partida e chegada). Variações: partidas em pé ou em qua- tro apoios, disputas em equipes compos- tas pelas duplas (mista ou por gênero). Descrição – Jogadores distribuídos em duplas, um ficará com uma bola (de inicia- ção/borracha) e o outro ficará em esta- do de alerta aguardando o sinal (apito ou similar). Ao sinal, o corredor partirá com velocidade em direção a um ponto delimi- tado como limite para o deslocamento (a aproximadamente 15 ou 20 metros, em uma quadra de handebol, por exemplo), seu companheiro lançará a bola por so- bre o corredor (em parábola) calculando a velocidade do lançamento para que coin- cida o toque da bola na quadra próximo ao companheiro corredor, de forma que o mesmo cruze a linha de chegada com a bola em seu poder. Será desclassificada a 30 31 dupla cujo corredor ultrapasse a linha sem a bola em seu poder. Cada componente da dupla deverá executar as duas ações pelo menos uma vez. Nome – CIRCUITO MAIS RÁPIDO Objetivo – Trabalhar aspectos impor- tantes da corrida, tais como a frequência da passada, amplitude da passada, passa- gem de obstáculos, sob pressão de tem- po. Material – cones, bolas, banco sueco e bambolês. Descrição – Montar um circuito com bambolês, cones deitados, banco sueco e bolas. Estipular diferentes ações para cada objeto: cones deitados para realizar corrida acoplada com a passagem sobre os cones, “skips” sobre as bolas em fila, banco sueco na transversal para que os alunos saltem, na posição longitudinal deverão correr em cima do banco, quando chegarem aos bambolês, mais espaçados, deverão realizar a corrida colocando um pé em cada bambolê (amplitude da passa- da). O circuito deverá ser percorrido pelos participantes no menor tempo possível. Variações – Modificar o tamanho do cir- cuito, modificar as ações sobre os objetos do circuito de forma a trabalhar os aspec- tos importantes nas corridas. Trabalhar em sistemas de estafetas com passagem de um pequeno bastão. Nome – OBSERVE AS PASSADAS Objetivo – Trabalhar aspectos impor- tantes das corridas com barreiras (número de passadas entre as barreiras) sob pres- são de precisão. Material – Bambolês e bancos suecos. Descrição – Distribuir os alunos em grupos que deverão realizar corridas com passagem sobre os bancos suecos pisan- do dentro de bambolês colocados antes destes. Os bambolês limitarão o número de passadas entre os bancos suecos es- palhados no percurso. A corrida do parti- cipante deverá ser realizada pisando den- tro dos bambolês. Variações – Modificação do número de passadas entre os bancos (3 passadas, 5 passadas ou 7 passadas). Nome – CORRIDA DE CORDAS Objetivo – Realizar saltos sob pressão de tempo e organização. Material – Cordas. Descrição – Deslocar de um lado a ou- tro da quadra saltando com corda o mais rápido possível. Dois saltos com o pé direi- to seguido de dois saltos com o pé esquer- do. Variações – Realizar os saltos na se- guinte sequência, perna direita, direita, esquerda e ambas, e perna esquerda, es- querda, direita e ambas. Nome – AMARELINHA ADAPTADA Objetivo – Realizar ações semelhantes às envolvidas em provas de saltos hori- zontais sob pressão de precisão. Material – Bambolês . Descrição – Delimitar diferentes for- matos para o jogo de amarelinha com 32 33 bambolês no chão e realizando-se, inicial- mente, o impulso em um dos pés e queda nos dois simultaneamente. Variações – Modificar a sequência de impulsos com alternância entre os dois pés e repetição com o mesmo pé. Realizar a sequência de impulsos das pernas do salto triplo: direita, direita e esquerda ou esquerda, esquerda e direita. Nome – SALTE EM PROFUNDIDADE PARA SALTAR PARA CIMA Objetivo – Realizar aspectos envolvi- dos nas modalidades de saltos horizontais e saltos verticais sob pressão de comple- xidade. Material – cones, bambolês, elásticos e cabos de vassoura. Descrição – Posicionar os alunos em colunas de frente a 4 Bambolês (dois do lado direito, um do lado esquerdo e um no centro), um cabo de vassoura e dois cones deitados. Ao sinal do professor, os alunos deverão saltar com a perna direita dentro do bambolê à direita, com a perna esquer- da dentro do bambolê à esquerda. A que- da sempre será com os dois pés simulta- neamente no bambolê ao centro. Depois de saltar o participante deve pegar o cabo de vassoura e passar sobre os cones dei- tados no chão. Variações – Colocar somente dois bam- bolês para que os alunos saltem com uma perna no primeiro bambolê e caiam com os dois pés, simultaneamente, no outro bambolê e, na sequência, realize um salto sobre um elástico. Nome – UM, DOIS, TRÊS Objetivo – Definir a perna de apoio para o salto em distância. Material – Bambolês, fita métrica, plin- to ou banco sueco. Descrição – Duas equipes em colunas de frente para três bambolês posicio- nados antes da área de salto (ou espaço adaptado). O objetivo do jogo é cada alu- no saltar mais distante, sem deixar de apoiar dentro de cada bambolê. Marca 2 pontos quem saltar mais distante e um ponto quem não cometer falta. As faltas são pisar fora dos bambolês, chutaralgum bambolê. Cada bambolê tem por objetivo preparar o aluno para definir a perna de impulsão, bem como o ritmo das passadas. Variações – Variar a distância dos bam- bolês, aumentar o número de bambolês, aumentar a distância do último bambolê e a área de salto. Colocar um plinto ou banco sueco substituindo o terceiro bambolê. Nome – ARREMESSO DA PELOTA EM DUPLAS Objetivo – Trabalhar o arremesso da pelota sob pressão de organização. Material – Bambolês, pelota ou bola de borracha, balões. Descrição – Uma dupla de frente para a outra e, de mãos dadas, girando um bam- bolê, as duplas deverão trocar a pelota entre si sem deixar o bambolê parar. Variações – As duplas deverão passar a pelota entre si e ainda sustentar um balão no ar. 32 33 Nome – ARREMESSE E LANCE EM SE- QUÊNCIA Objetivo – Desenvolver aspectos en- volvidos nas provas de arremesso e lança- mentos sob pressão de carga. Material – Medice-ball de 1 Kg, pratos de papelão, pelotas de bolas de tênis. Descrição – Os alunos deverão realizar 5 lançamentos da pelota da linha de 9 me- tros em bambolês amarrados no gol, se- guindo para 5 arremessos de medice-ball de 1Kg na cesta de basquete e 5 lança- mentos de pratos de papelão de um lado a outro da quadra de voleibol sobre a rede. Nome - CORREDOR DE PASSAGEM Objetivos: Iniciar os fundamentos do revezamento, desenvolver nos alunos o conceito de transição em uma zona de passagem. Estimular o sentido da corrida em equipe (revezamento). Faixa etária - 10 a 12 anos Material – Bastão (que pode ser substi- tuído por um pequeno pedaço de madeira ou cabo de vassoura de 20 a 30 cm). Uma quadra poliesportiva ou similar, pistas de atletismo ou outros 272 espaços planos, cones, faixas pintadas (ou riscadas) no solo (linha de partida e chegada). Descrição – Após a montagem do es- paço de duas a quatro zonas de passagem (com cones, ou outros implementos de demarcação visual), serão distribuídas as equipes com dois a quatro componentes cada uma de acordo com a ordem de tran- sição. Deve-se orientar os participantes quanto à zona de aceleração (pequena zona imaginária que antecede a zona de passagem). A zona de passagem deve ter entre 8 e 10 metros (podendo ser adapta- da de acordo com o espaço que se dispõe). Variações – Acontecerão de acordo com o espaço disponível, sendo recomen- dado que as equipes sejam mistas (meni- nos e meninas). Sugere-se que sejam re- alizados estafetas nas quais as corridas sejam de “vai e volta”, ou seja, que iniciem e finalizem no mesmo setor, acompanhar a atividade dos integrantes da fileira que espera e, na volta do colega, colocar uma bola ou um objeto para que estes estejam “ocupados”. Nome – CIRCUITO MAIS RÁPIDO Objetivo – Trabalhar aspectos impor- tantes da corrida, tais como a frequência da passada, amplitude da passada, passa- gem de obstáculos, sob pressão de tem- po. Material – Cones, bolas, banco sueco e bambolês. Descrição – Montar um circuito com bambolês, cones deitados, banco sueco e bolas. Estipular diferentes ações para cada objeto: cones deitados para realizar corrida acoplada com a passagem sobre os cones, “skips” sobre as bolas em fila, banco sueco na transversal para que os alunos saltem, na posição longitudinal deverão correr em cima do banco, quando chegarem aos bambolês, mais espaçados, deverão realizar a corrida colocando um pé em cada bambolê (amplitude da passa- da). O circuito deverá ser percorrido pelos participantes no menor tempo possível. Variações – Modificar o tamanho do cir- cuito, modificar as ações sobre os objetos do circuito de forma a trabalhar os aspec- 34 35 tos importantes nas corridas. Trabalhar em sistemas de estafetas com passagem de um pequeno bastão. Nome – CORRIDA NO CORREDOR POLONÊS Objetivo – Realizar a corrida sob pres- são de organização e variabilidade. Mate- rial – Bambolês e bolas. Descrição – Um grupo de alunos cada um com uma bola se colocará um frente a outro formando um corredor. Outro grupo de alunos deverá passar por dentro des- se corredor girando um bambolê no braço e, ao mesmo tempo, evitando ser tocado pelas bolas que serão roladas entre os alunos que formam o corredor. Os grupos devem trocar de funções após 3 minutos. Variações – Modificar o número de ele- mentos (número de bambolês) ou modi- ficar os elementos (correr lançando uma bola para cima). Nome – ESTAFETAS DE CORRIDAS Objetivo – Trabalhar as corridas sob pressão de carga. Material – Cordas, cones, bastão de 30 cm, bambolês. Descrição – Corrida de estafetas na qual se divide o grupo em várias equipes. Ao se montar às estafetas, os participan- tes deverão correr da seguinte forma: re- alizar dez saltos com corda no primeiro es- tágio, deixar a corda no chão e deslocar-se até o outro lado da quadra correndo, tocar na linha de fundo com a mão, deslocar-se de costas correndo até o centro da qua- dra, no centro, virar de frente para o local da partida e correr para a sua fila. Variações – Incorporar nas estafetas tarefas que envolvam passagem sobre obstáculos, como ser banco sueco, cones com cordas amarradas neles, de forma a modificar a frequência e a amplitude das passadas. Também pode ser solicitada a passagem de bastão entre os componen- tes. Nome – SALTE QUEM PUDER Objetivo – Aplicar em situações de jo- gos a associação entre corrida e saltos. Material – Bolas de basquetebol, bolas de borracha e bambolês. Descrição – Na qua- dra de voleibol a equipe “A” se posiciona nas laterais da quadra com bolas de bor- racha, bambolês, bolas de basquete, en- quanto a equipe “B” deverá se posicionar nos fundos da quadra. Os integrantes da equipe “B” deverão correr até o outro lado da quadra saltando os obstáculos que se- rão cruzados sem tocá-los. O participante que tocar em algum obstáculo deverá re- tornar e iniciar o percurso. Vencerá a equi- pe que tocar em menor número de objetos em 3 realizações do percurso. Variações – Determinar as formas de deslocamento (a cada 3 passadas alter- nadas um salto, duas passadas na mesma perna, uma passada alternada e um salto). Nome – MEIA BICICLETA Objetivo – Descobrir a perna de impul- são, iniciar o salto em altura de costas. Material – Bambolês, elástico, postes e colchões e balão. 34 35 Descrição – O setor de salto apresenta dois elásticos paralelos que substituem o sarrafo a uma distância de aproximada- mente 70 cm entre si. Quando o aluno sal- ta, o objetivo é transpor o primeiro elás- tico de costas e chutar o balão amarrado no elástico por cima do sarrafo (elástico). O objetivo deste chute é que o aluno eleve a perna de impulsão, bem como facilitar a sua queda de costas no colchão. Os alunos são divididos em dois grupos posiciona- dos na lateral à direita e na esquerda em diagonal a área de salto. Vários bambolês são distribuídos na direção da corrida para o salto semicircular. Os alunos experimen- tam correr dos dois lados e definem o lado mais fácil para abordar o salto. Variações – Estipular que o bambolê deva ser para a impulsão do salto, aborda- do com a perna do lado de fora do sarrafo. A distância do bambolê deve ser alterada. 36 37 Frente ao que foi apresentado e discu- tido acerca das possibilidades pedagógi- cas do Atletismo, é possível depreender que o Atletismo, assim como a maioria dos esportes foi historicamente construído e integra a cultura corporal de movimentos. São inúmeras as estratégias metodoló- gicas possíveis de serem implementadas nas aulas de Educação Física relaciona- das a esse esporte, sendo que as mesmas requerem recursos materiais simples, e atraem o interesse dos alunos, desde que agreguem significados aos conhecimen- tos apreendidos. Não obstante, é necessário que os pro- fissionais de Educação Física incluam em seus programas de ensino, atividades envolventes, e de preferência que permi- tam a participação dos alunos em todas as etapas dos planejamentos pedagógicos. O Atletismo, por ser um esporte presen-te na história milenar do ser humano, traz em seus conteúdos, atividades que são próprias da natureza humana, presentes no processo evolutivo do mesmo. Nesse sentido, os movimentos naturais como correr, andar, saltar, arremessar, lançar, dentre outras, compõem a proposta pe- dagógicas desse esporte e devem ser o ponto de partida para qualquer que seja o conteúdo trabalhado e o método pedagó- gico utilizado. Enfim, a prática do Atletismo não deve conter características excludentes; seja em clubes e/ou na escola, tal proposta de prática de atividade física necessita ser implementada de maneira prazerosa. Esse esporte de enorme valor instrumen- tal e com tamanha diversificação de ativi- dades motoras, através do maior número possível de praticantes, poderá de forma efetiva contribuir para a conquista de uma educação ampla e de qualidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS 36 37 CBAT, 2015. Confederação Brasileira de Atletismo. Disponível em: www.cbat.org. br. COPACABAN RUNNERS, 2015. Disponí- vel em: www.copacabanarunners.net. DUARTE, N. J. A história dos esportes: principais aspectos. Edição única, São Paulo, 1997. FERNANDES, J. L. Atletismo: provas de pista e de campo. Tecnoprint, São Paulo, 1995. FROMETA, E. R.; TAKAHASHI, K. Guia Metodológico em Atletismo: Formação técnica e treinamento. Artmed, Porto Ale- gra, 2004. FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS PARA O PROGRAMA SEGUNDO TEMPO. Organizado por Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira e Gianna Lepre Perim. Brasília: Ministério dos Esportes; Porto Alegre:UFRGS, 2008. GONÇALVES, J. O. O ensino do Atletismo na escola. Rio de Janeiro, 2007. MATTHIENSEN, Sara Quenzer. Atletis- mo: teoria e prática. Rio Janeiro: Guanaba- ra Koogan, 2007. MELO, D. F. Metodologia de ensino dos esportes coletivos e individuais. Ed. ST. Rio de Janeiro, 2004. NASCIMENTO, M. DO. Contribuições do Atletismo no Currículo Escolar do Ensino Fundamental. In: Revista Ágora. Mafra, v. 17, n. 2, 2010. NETTO, R. S. O ensino do Atletismo nas aulas de Educação Física. Disponível em: www. Gestaoescolar.diadia.pr.gov.br NOVA ESCOLA. O Atletismo na Educação Física Escolar. Disponível em: http://www. gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/o- -atletismo-na-educacao-fisica-escolar NUNES, G. S. Atletismo: abordagens técnicas dos fundamentos. São Paulo, 2006. OLIVEIRA, M. C. M. de. Atletismo esco- lar: uma proposta de ensino na educação infantil. Sprint, Rio de Janeiro, 2006. PEREIRA, H. S. Fundamentos do Atle- tismo: possibilidades práticas. São Paulo, 2002. PORTAL DO PROFESSOR. Disponível em: portaldoprofessor.mec.gov.br/ PORTAL DO PROFESSOR. Disponível em: portaldoprofessor.mec.gov.br/ PORTAL SÃO FRANCISCO. A história do atletis- mo. Disponível em http://www.portalsao- francisco.com.br/alfa/atletismo/modali- dades-doatletismo.php> VIEIRA, A. L. Atletismo: Fundamentos e princípios metodológicos. Ed Sprint, Rio de Janeiro, 2009. REFERÊNCIAS 38 AT INTRODUÇÃO UNIDADE 1 - O atletismo 1.1- Aspectos históricos 1.2- O Atletismo no Brasil UNIDADE 2 - Local de disputa do atletismo UNIDADE 3 - Fundamentos do atletismo 3.2- Fases da corrida 3.2.1- Partida 3.2.2- Percurso 3.2.3- Chegada 3.3- Saltos 3.3.1- Salto em distância 3.3.2- Salto Triplo 3.3.3- Salto em altura 3.3.4- Salto com Vara 3.4- Arremessos e lançamentos 3.4.1- Arremesso de peso 3.4.2- Arremesso do disco 3.4.3- Lançamento do martelo 3.4.4- Lançamento do dardo UNIDADE 4 - O atletismo e o seu programa olímpico de provas 4.1- Corridas rasas 4.2- Corridas com obstáculos 4.3- Corridas de revezamento 4.4- Provas de campo UNIDADE 5 - Considerações metodológicas UNIDADE 6 - Sugestões de atividades práticas CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS