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AT 1
2 3
S
U
M
Á
R
IO
2
3 INTRODUÇÃO 
4 UNIDADE 1 - O atletismo
4 1.1- Aspectos históricos
5 1.2- O Atletismo no Brasil
 7 UNIDADE 2 - Local de disputa do atletismo
9 UNIDADE 3 - Fundamentos do atletismo
9 3.1- Corridas
10 3.2- Fases da corrida
10 3.2.1- Partida
12 3.2.2- Percurso
12 3.2.3- Chegada 
12 3.3- Saltos
12 3.3.1- Salto em distância 
13 3.3.2- Salto Triplo
14 3.3.3- Salto em altura
15 3.3.4- Salto com Vara
16 3.4- Arremessos e lançamentos
16 3.4.1- Arremesso de peso
17 3.4.2- Arremesso do disco
17 3.4.3- Lançamento do martelo
17 3.4.4- Lançamento do dardo
19 UNIDADE 4 - O atletismo e o seu programa olímpico de provas
19 4.1- Corridas rasas
19 4.2- Corridas com obstáculos
19 4.3- Corridas de revezamento
19 4.4- Provas de campo
22 UNIDADE 5 - Considerações metodológicas
25 UNIDADE 6 - Sugestões de atividades práticas
36 CONSIDERAÇÕES FINAIS
37 REFERÊNCIAS
2 3
INTRODUÇÃO 
3
O Atletismo constitui um dos conteúdos 
esportivo que deve compor as propostas 
curriculares das escolas. Possui caracte-
rísticas próprias, constituídas por habili-
dades inerentes à existência humana.
Nesse sentido, o Atletismo, trata-se de 
uma atividade compostas por vários tipos 
de provas atléticas, as quais envolvem cor-
ridas, saltos, arremessos, lançamentos, 
sendo realizados individualmente e tam-
bém através dos revezamentos. Todos, 
porém, condizentes com os movimentos 
naturais realizados pelo ser humano.
O processo ensino/aprendizagem do 
conteúdo do Atletismo nas aulas de Edu-
cação Física não deve se resumir em ativi-
dades que se restringem às corridas e aos 
saltos. Os programas pedagógicos dessa 
área do conhecimento devem e podem 
contemplar as inúmeras provas desse 
esporte, implementadas com um caráter 
educativo, no qual priorize a formação 
ampla dos sujeitos envolvidos. 
Não obstante, as atividades práticas 
que compõem um programa de ensino do 
Atletismo não devem ter características 
meramente competitivas e/ou de ren-
dimento e sim estimular a criatividade, a 
reconstrução de regras, como também de 
novas formas de movimento, com adapta-
ção de espaços, regras e materiais. Toda 
essa dinâmica pedagógica, desenvolvida 
sempre com o fito de inserir o maior nú-
mero possível de participantes, desenvol-
ver o gosto por essa modalidade esportiva 
e imprimir às aulas maiores possibilidades 
de desenvolvimento das diversas compe-
tências do processo educativo.
O ensino dessa modalidade esportiva, 
conforme já citado acima, pode ser imple-
mentado em diferentes espaços, como 
por exemplo: clubes, agremiações, praças 
de esportes e, principalmente, nas esco-
las. É preciso considerar que esse esporte 
pode configurar um conteúdo relevante, 
atrativo e muito importante para as crian-
ças, quando ensinado de maneira signifi-
cativa. 
Nessa perspectiva, ao se desenvol-
ver o processo ensino/aprendizagem do 
Atletismo, independentemente do espa-
ço, torna-se fundamental promover ati-
vidades pedagógicas de natureza coleti-
va, promovendo a socialização entre os 
praticantes, considerando seus saberes 
prévios, sem, contudo, descaracterizar o 
aspecto individual das provas desse es-
porte. Tal conduta requer do profissional 
de Educação Física a estruturação de um 
planejamento pedagógico de natureza di-
nâmica, flexível, processual, entre outros, 
que envolva equitativamente as provas 
do Atletismo, de forma adaptada ou não, 
para atender aos diversos interesses e 
garantir avanços no processo formativo 
dos alunos.
 
4 5
UNIDADE 1 - O atletismo
4
O Atletismo, de acordo com Duarte 
(1997), constitui uma modalidade espor-
tiva individual que engloba um conjun-
to de provas de pista, de campo e com-
binadas, composto por corridas, saltos, 
arremessos e lançamentos. Tais provas 
se subdividem, segundo esse aumentar, 
sendo algumas disputadas apenas por ho-
mens, outras apenas por mulheres, e ain-
da aquelas disputadas por ambos, ou seja, 
masculino e feminino.
Considerando ainda o autor supraci-
tado, a palavra atletismo possui em sua 
gênese a expressão athlon, originária do 
grego e que significa combate. Esse es-
porte, ainda nas reflexões desse autor, 
detém a denominação de esporte-base 
por conter em suas provas, os movimen-
tos naturais do ser humano e que fazem 
parte dos gestos técnicos de quase todos 
os demais esportes.
1.1- Aspectos históricos
O Atletismo é, de acordo com Porto 
(2001), um esporte muitíssimo antigo. 
Pode-se afirmar, nas concepções desse 
autor, que a origem desse esporte desen-
rola-se paralelamente à evolução do ho-
mem. Sabe-se que as atividades de correr, 
saltar e arremessar objetos constituíam 
as práticas naturais dos mais antigos an-
cestrais do ser humano e eram praticadas 
para fins de defesa e de sobrevivência. 
Nesse sentido, tais atividades foram ao 
longo da História fundamentais para a ga-
rantia da permanência e evolução da es-
pécie humana.
Considerando os estudos de Porto 
(2001), a etimologia da palavra atletismo, 
tem a sua origem na raiz grega athlon, 
que significa combate. Esse autor desta-
ca também que a Grécia pela sua cultura 
e filosofia é apontada como precursora da 
prática do atletismo. É importante obser-
var, de acordo com o autor supracitado, 
que não somente os homens praticavam o 
atletismo, mas também mulheres e crian-
ças. 
Tal origem tão remota desse esporte, 
segundo ainda Porto (2001), corrobora 
para que o mesmo tenha uma boa acei-
tação por parte das crianças e a sua prá-
tica ocorra naturalmente, devendo preo-
cupar-se somente com a forma pela qual 
esta acontece. 
A partir dos estudos realizados pelo 
Portal São Francisco (2010), é possível 
depreender que o atletismo seja conside-
rado a atividade física de todos os povos 
do mundo desde 1225 a.C., sem objeção 
de nível social. Nesse sentido, conforme 
Fonte: http://educacaofisicanamente.blogspot.com.br/
http://4.bp.blogspot.com/-7a_Ual78N-M/T3jqb3PYTMI/AAAAAAAABCg/NjbtzhJi98I/s1600/disc2.jpg
4 55
já destacado anteriormente, o interesse 
pela prática dessa modalidade esportiva 
surgiu de movimentos naturais do homem 
como marchar, correr, saltar e lançar, sen-
do essas habilidades de extrema impor-
tância no desenvolvimento de qualquer 
outra atividade esportiva. 
O Atletismo, nas concepções de Porto 
(2001), configura uma modalidade que 
pode ser trabalhada individualmente, 
além de ajudar alunos que venham a ter 
problemas físicos, de conhecimento, de 
rendimento ou social. Assim começou o 
atletismo, chamado esporte de base, por 
não apresentar elevados graus de difi-
culdades em seus fundamentos técnicos, 
possibilitar rápida assimilação por parte 
dos seus praticantes e ser praticado atra-
vés da realização das formas básicas de 
movimento.
Observa-se nos registros do Portal São 
Francisco (2010), que o Atletismo era pra-
ticado desde o período da Pré- História, e 
as provas realizadas nessa época, repro-
duziam os hábitos cotidianos dos povos e 
que visavam à sobrevivência dos mesmos.
Considerando tal contexto, Nascimen-
to (2010, p. 95) salienta que
A caminhada servia para se locomo-
ver, a corrida e os saltos para se de-
fender dos animais, os arremessos, 
para a defesa e para a sobrevivência 
matando animais para utilizar na ali-
mentação. Com isso, homens e mu-
lheres foram adquirindo habilidades 
que mais tarde foram aprimoradas e 
adaptadas nas competições de atle-
tismo. Os acontecimentos esporti-
vos vêm sendo realizados há quase 
três mil anos. O atletismo é a forma 
mais antiga de desporto organizado. 
(NASCIMENTO, 2010, p. 95).
A primeira competição desse esporte, 
registrada na literatura, segundo Porto 
(2001), foi através de uma prova de cor-
rida, denominada nessa época pelos gre-
gos de Stadium, nos Jogos Olímpicos do 
ano de 776 a. C., em Olímpia, cidade grega 
que inspirou e foi o palco de criação desse 
evento esportivo.
Reiterando a informação já apresen-
tada anteriormente, foi então, na Grécia 
Antiga, que o Atletismo foi criadoe que 
conquistou inúmeros praticantes, conco-
mitantemente com a realização dos pri-
meiros Jogos Olímpicos. Nessa época, o 
povo grego imprimia grande destaque ao 
esporte, valorizando tal prática igualmen-
te, à importância dada as atividades vol-
tadas para as ciências e para as artes.
1.2- O Atletismo no Brasil
De com Nascimento (2010), a prática 
do Atletismo no Brasil foi alavancada por 
imigrantes ingleses e alemães, os quais 
configuraram também os principais res-
ponsáveis pelas primeiras organizações 
competitivas desse esporte em nosso 
país.
Matthiesen (2007, p. 11) aponta um 
cronograma contendo os principais regis-
tros competitivos acerca do Atletismo no 
Brasil: 
-1910 – Registro das primeiras com-
petições de atletismo no Brasil, épo-
ca em que esse esporte estava sob a 
responsabilidade da CBD – Confede-
ração Brasileira de Desportos. 
6 76
-1912 – Criação da IAAF – Internacio-
nal Amateur Federation (Federação 
Internacional de Atletismo Amador). 
-1914 – Filiação da Confederação 
Brasileira de Desporto (CDB) à Fe-
deração Internacional de Atletismo 
Amador (IAAF).
-Em 1918, realizaram-se os primei-
ros eventos de que se tem notícia 
no Brasil. O jornal “O Estado de São 
Paulo” organizou um campeonato 
para atletas em provas combinadas, 
“Duodecatlo” com 12 provas. Iniciou-
-se também a disputa de uma corrida 
de rua denominada “Estadinho”, no 
Rio de Janeiro, em 1921, com campo 
do Flamengo, uma das primeiras do 
Brasil. 
-Em 1923, foi fundada a Federação 
Paulista de Atletismo, a primeira do 
Brasil, seguindo-se nos anos 30, a 
fundação de mais algumas federa-
ções no sul do país. 1924 – Primeira 
participação oficial do atletismo bra-
sileiro masculino em Olimpíadas – Jo-
gos Olímpicos de Paris. 
-1929 – Realização do Campeonato 
Brasileiro de Seleções Estaduais, pri-
meira competição de caráter nacio-
nal, cuja última edição aconteceu em 
1985. 
-1945 – Realização da primeira Edi-
ção do Troféu Brasil de Atletismo, que 
atualmente corresponde à principal 
competição nacional do calendário 
da CBAt e que, desde 1986, consagra 
os atletas vencedores como “Campe-
ões Brasileiros de Atletismo”. 
-1977 – Criação do CBAt – Confedera-
ção Brasileiro de Atletismo, no rio de 
Janeiro, em 02/02/1977, com exercí-
cios a partir de 01/01/1979, fazendo 
com que o atletismo se separasse da 
CBD. Transferida para Manaus em 
1994, a CBAt contava em 2004, com 
27 federações (26 estaduais e uma 
do Distrito Federal) filiadas (MAT-
THIESEN, 2007, p. 11).
A CBAT (2015) destaca que a história do 
Atletismo no Brasil iniciou ainda no sécu-
lo XIX por volta da década de 1910, con-
solidando-se efetivamente na primeira 
metade do século XX. Em 1924, o Brasil 
estreou sua participação olímpica nessa 
modalidade esportiva, nos Jogos Olímpi-
cos de Paris, na França. Já, em 1925, ocor-
reu a primeira edição de um campeonato 
brasileiro e, em 1931, pela primeira vez, 
atletas brasileiros disputaram uma com-
petição internacional. Ao longo da histó-
ria, alguns brasileiros se destacaram no 
cenário internacional, como foi o caso dos 
saltadores Adhemar Ferreira da Silva, Nel-
son Prudêncio e João Carlos de Oliveira, 
dentre outros atletas das demais provas, 
como por exemplo, os corredores Joaquim 
Cruz, Robson Cruz, Zequinha Barbosa.
Atualmente, as mais diversas provas 
do Atletismo são praticadas por todo o 
mundo, inclusive no Brasil, sendo conti-
nuamente perseguidos novos recordes e 
novas marcas. No Brasil, a CBAT, Confe-
deração Brasileira de Atletismo é o órgão 
responsável por esse esporte, sendo que 
a nível internacional é IAAF, Associação 
Internacional de Atletismo.
 
6 7
UNIDADE 2 - Local de disputa do atletismo
7
O Atletismo, conforme já destacado 
anteriormente, é um esporte constituído 
por um conjunto de provas disputadas na 
pista e no campo. Nesse sentido, de acor-
do com a CBAT (2015), o estádio destina-
do às competições deve conter as pistas 
para as provas de corridas e o campo com 
os espaços destinados às provas dos di-
versos tipos de saltos, de lançamentos e 
de arremessos.
A pista, de acordo com Nunes (2006), é 
dividida em faixas paralelas, demarcadas, 
denominadas de raias ou balizas. Além 
dessas, a pista também contém, devida-
mente sinalizadas, as linhas de partida e 
de chegada.
Fonte: CBAT (2015).
Fonte: Nunes(2006).
http://3.bp.blogspot.com/-RNSQIVfrbfc/T3jkhAiSlfI/AAAAAAAABCQ/GomctSle4vw/s1600/pistas3.jpg
http://2.bp.blogspot.com/-cNTDK7Gwgr0/T3jly9jV6PI/AAAAAAAABCY/GOlxMM4YP_g/s1600/001816.jpg
8 98
No espaço destinado às competições 
de pista do Atletismo, a área utilizada 
para as provas de corridas, de acordo com 
o autor supracitado, é constituída de duas 
partes retas e duas curvas. As oito faixas 
demarcadas são conhecidas como raias, 
e têm de largura 1,22 metro, sendo, con-
forme já citado, os espaços nos quais os 
atletas devem disputar as diversas provas 
de corridas. A largura total da pista é de no 
mínimo 10 metros, sendo que a raia mais 
externa é mais longa possuindo 449 me-
tros de diâmetro. 
A seguir, é possível visualizar por com-
pleto, segundo Porto (2001), os espaços 
de pista e de campo utilizados para as 
competições oficiais e as diversas provas 
do Atletismo.
Fonte: Porto (2001).
8 9
UNIDADE 3 - Fundamentos do atletismo
9
3.1- Corridas
No Atletismo, as corridas são conside-
radas provas de pista, sendo essas: cor-
ridas rasas (sem obstáculos), as corridas 
com barreiras e as corridas de revezamen-
to. 
De acordo com Crunners (2015), as 
provas oficiais disputadas nos cam-
peonatos atuais de Atletismo a nível 
nacional e internacional (Jogos Olím-
picos e Campeonatos Mundiais), são 
as seguintes: 
- corridas de velocidade – 100 metros 
- 200 metros - 400 metros;
- corridas de revezamento – 4x100 
metros - 4x400 metros;
- corridas com barreiras ou obstácu-
los – 100 metros c/barreiras feminino 
- 110 metros com barreiras c/barreiras 
masculino - 400 metros c/barreiras - 
3.000 m. c/obstáculos;
- corridas de meio-fundo – 800 me-
tros - 1.500 metros;
- corridas de fundo – 5.000 metros - 
10.000 metros – marcha atlética;
- maratona: 42.195 metros.
Fonte: Porto (2001).
http://3.bp.blogspot.com/-o8kwOWerP5g/T3j1F6I0aZI/AAAAAAAABC4/fIj7xV-7Ys4/s1600/pan-atletismo-4.jpg
http://4.bp.blogspot.com/-73YuMUlzEd4/T3j1MrQanII/AAAAAAAABDA/Ok9Afic_sQ4/s1600/Atletismo+(1).jpg
10 11
De uma maneira geral, segundo Nunes 
(2006), a prática regular de qualquer que 
seja o tipo de corrida contribui para a me-
lhoria da resistência geral, da capacidade 
respiratória e da força muscular.
O corpo durante corrida realiza uma 
sequência de pequenos saltos, já que fre-
quentemente ocorre uma alternância en-
tre o pé que está no solo e o que está no ar. 
Nesse sentido, nas concepções do autor 
supracitado, durante a corrida, elevam-se 
alternadamente os joelhos, sincronizando 
com os movimentos dos braços.
Nunes (2006) evidencia também 
que nas corridas com distâncias pe-
quenas, a qualidade física mais im-
portante e exigida é a velocidade, en-
quanto que nas outras com médios 
e longos percursos, prioritariamente, 
exige-se a resistência geral do atleta. 
Nesse sentido, considerando a distân-
cia a ser percorrida, o autor já men-
cionado destaca que as corridas se 
classificam em:
- corridas de velocidade – são aquelas 
de curtas distâncias e que em competi-
ções oficiais são disputadas em percurso 
de até 400 m;
- corridas de meio-fundo – são aque-
las disputadas em percursos médios, 800 
metros e 1.500 metros;
- corridas de fundo – utilizam longos 
percursos, 5.000 metros ou mais, incluin-
do as marchas atléticas e a maratona.
Ainda existem as corridas mistas, nas 
quais as saídas e chegadas são realizadas 
nas pistas, mas o percurso como um todo 
é realizado em ruas e/ou estradas, e as 
corridas de cross crountry, de longa dis-
tância, disputadas em terrenos acidenta-
dos nos campos e bosques.
As corridas também são classificadas 
quanto ao espaço ocupado pelas mesmas. 
Nesse sentido, Nunes (2006) adverteque 
as mesmas se dividem em:
- Corridas balizadas – são aquelas dis-
putadas do início ao fim, dentro das bali-
zas (raias). Nessa classificação entram as 
corridas de velocidade (até 400 m);
- Parcialmente balizadas – diz respei-
to às corridas que se iniciam com os atle-
tas dentro de suas balizas e a partir de um 
certo ponto da corrida, os mesmos podem 
ocupar as balizas mais internas e que, por 
isso, são mais favoráveis.Caracterizam-se 
dessa forma, as corridas de meio fundo 
(800 m e 1.500 m).
- Totalmente desbalizadas – são as 
provas de corridas, nas quais os atletas 
não possuem em nenhum momento da 
prova raiais definidas. 
3.2- Fases da corrida
As provas de corrida disputadas no 
Atletismo são executadas mediante téc-
nica específica divididas em três fases, as 
quais, de acordo com Nunes (2006), são 
as seguintes:
3.2.1- Partida
Constitui a fase inicial da corrida, sen-
do o momento, no qual, o atleta objetiva, 
através da velocidade de reação, impul-
sionar o corpo a frente, a fim de atingir 
mais rapidamente a sua velocidade má-
xima. Para as provas de velocidade, com 
10 11
distâncias de até 400 metros, usa-se a 
saída baixa e nas demais provas, a parti-
da é feita estando o atleta na posição de 
pé. A saída baixa requer muita técnica de 
execução do atleta, como também a ca-
pacidade de reação aos sinais de partida, 
emitidos pelo árbitro de saída. Para tan-
to, o atleta utiliza os blocos de saída, nos 
quais, aplica-se uma força com os pés (um 
a frente do outro), força essa que retor-
nará ao corpo ampliando a velocidade no 
momento de partida.
Ao sinal do árbitro de saída “às sua mar-
cas”, o atleta se posiciona nos blocos de 
partida com as pernas, uma à frente da 
outra e ligeiramente flexionadas e os de-
dos das mãos apoiados no solo próximos à 
linha de partida. Em seguida, ao ouvir o si-
nal de “pronto”, estende um pouco as per-
nas, eleva o tronco para que, no momento 
do tiro de largada, estender rapidamente 
as pernas e como reação projetar o corpo 
a frente.
Disponível em: http://educacaofisicanamente.blogspot.com.br/
http://1.bp.blogspot.com/-6wctgZTIAp0/T3oJaADiOPI/AAAAAAAABDo/L1McuN_FZ4o/s1600/3646atletismo.jpg
http://4.bp.blogspot.com/-u2Sx84Ve8H0/T3oJcP7UtVI/AAAAAAAABDw/dAPItuoP4rc/s1600/0,,15245968-EX,00.jpg
12 13
3.2.2- Percurso
Imediatamente após a saída, de acordo 
ainda com Nunes (2006), o atleta preo-
cupa-se em aumentar gradativamente a 
velocidade de suas passadas, para em se-
guida atingir a sua velocidade máxima, co-
ordenando inclusive com os movimentos 
alternados dos braços.
3.2.3- Chegada 
A chegada relaciona-se ao momento 
em que o atleta, através de alguma parte 
do seu corpo, cruza a linha de chegada. 
Nesse momento, o atleta deve lançar 
o tronco para frente na tentativa de 
mais rapidamente, ultrapassar a linha 
destinada à chegada.
3.3- Saltos
As provas de saltos disputadas no 
Atletismo destinam-se a atingir distâncias 
e/ou alturas com a maior performance 
possível. Esses saltos, segundo 
Fernandes (1995), são realizados 
mediante técnicas específicas e exigem 
dos atletas determinadas qualidades 
físicas, como por exemplo: força, impulsão 
horizontal, impulsão vertical, velocidade, 
coordenação, flexibilidade, dentre outras. 
As competições de Atletismo compõem 
uma variação de saltos, conforme 
observados a seguir:
3.3.1- Salto em distância 
Disputado em uma caixa de areia, 
esse salto é precedido de uma corrida 
de aproximação com o objetivo de se 
atingir a maior velocidade possível antes 
de realizar o contato com a tábua de 
impulsão, conforme destaca Fernandes 
(1995).
Nessa prova do Atletismo, ainda de 
acordo com o autor supracitado, cada 
atleta tem direito a três tentativas na 
busca de se atingir sua melhor marca. 
Cada tentativa só é considerada válida 
quando o competidor realiza o movimento 
de impulsão através da última passada, ou 
seja, o último contato com o solo antes da 
linha limite que limita o espaço destinado 
à corrida preparatória para o salto.
Disponível em: http://educacaofisicanamente.blogspocom.br/
Disponível em: http://educacaofisicanamente.
blogspot.com.br/
http://1.bp.blogspot.com/-V64CsLaC2Fw/T3oMOxs3ckI/AAAAAAAABEA/dLpHWhTJ2_M/s1600/bolt_corre_ap.jpg
12 13
Nas concepções de Pereira (2002), 
há ainda outras situações que podem 
invalidar uma tentativa de um salto 
em distância, como por exemplo:
- o atleta tocar com parte do corpo o es-
paço subsequente à linha de medição que 
se localiza na tábua de impulsão;
- tocar o lado da tábua de impulsão;
- caminhar pela caixa de areai após o 
salto, dentre outros.
A figura anterior, apresenta esque-
maticamente as fases do salto, con-
forme destaca o autor referenciado 
acima:
- corrida de aproximação – destina-
-se permitir ao atleta atingir a máxima ve-
locidade até o momento da impulsão;
- impulsão – realizada com um dos pés 
e de maneira sincronizada com os movi-
mentos dos braços para cima com o obje-
tivo de alcançar altura;
- fase de voo – é feita uma extensão do 
corpo transferindo a velocidade da corri-
da em busca da melhor performance pos-
sível;
- aterrissagem – nesse momento, 
as pernas e braços são lançados à fren-
te através de um movimento carpado do 
corpo, para alcançar a máxima distância 
possível.
3.3.2- Salto Triplo
De acordo com Fernandes (1995), esse 
tipo de salto é basicamente o salto em 
distância, porém de dois pequenos saltos 
anteriores, quase que duas grandes pas-
sadas, para permitir maior impulsão ao 
competidor. Possui as mesmas regras do 
salto em distância, diferenciando-se ape-
nas na localização da tábua de impulsão e 
da linha limite do salto, as quais se locali-
zam, no mínimo, a 11m da caixa de areia.
Durante a execução desse salto, são 
realizadas três etapas: o primeiro salto, 
antes da linha limite e caindo com o mes-
mo pé de impulso; o segundo salto caindo 
com o pé contrário; e o terceiro salto que 
é a execução de um salto em distância, o 
qual o atleta realizará a aterrissagem com 
os dois pés na caixa de areia. Igualmente 
também ao salto anterior, o atleta terá 
três tentativas para que seja computada 
Fonte: Pereira (2002).
http://www.terra.com.br/esportes/olimpiada/infograficos/img/saltolong_14.gif
14 15
a sua melhor execução.
De acordo com Pereira (2002), o salto 
não será válido caso o atleta toque o solo 
com uma das pernas que não seja a utili-
zada para a impulsão entre os saltos. As 
demais considerações acerca de regras 
são as mesmas aplicadas ao salto em dis-
tância.
3.3.3- Salto em altura
De acordo com Vieira (2009), a prova 
do salto em altura objetiva ultrapassar 
uma barra horizontal, denominada sar-
rafo, sustentada por dois suportes sem 
derrubá-la. O atleta tentará transpor essa 
barra em uma maior altura possível e, por 
isso, segundo ainda esse autor, durante a 
competição, a mesma vai aos poucos atin-
gindo maiores alturas, até que reste ape-
nas um competidor, o qual torna o vence-
dor da prova. 
A técnica mais utilizada ainda conside-
rando as concepções de Vieira (2009), é a 
de costas, devido ao fato dessa otimizar a 
impulsão do atleta. Nessa prova, são exi-
gidas dos praticantes capacidades físicas, 
como: flexibilidade, velocidade, impulsão 
vertical, força, equilíbrio, dentre outras.
Para iniciar a prova, cada competidor 
tem direito a três tentativas. Transpon-
do a mesma com êxito, o atleta segue na 
competição e o obstáculo é elevado, au-
mentando o grau de dificuldade. No caso 
dos atletas terminarem empatados em 
uma determinada altura da barra, vence a 
prova o que necessitou de menos tentati-
vas para transpor a barra naquela deter-
minada altura. Persistindo o empate, de 
acordo com o autor supracitado, avalia-se 
o número de erros e/ou ainda é disputado 
um salto adicional.
- Fases do Salto em Altura
Corrida de aproximação: a corrida de 
aproximação no salto em altura, segundo 
Vieira (2009), é feita com 7 a 9 passadas 
e contém uma parte retilínea e outra em 
curva. Na fase retilínea, o atleta realiza 
uma aceleração progressivaatravés de 
passadas amplas. Por outro lado, na fase 
da corrida em curva, o competidor inclina-
-se para o interior da curva, mantendo o 
equilíbrio do corpo e objetivando realizar 
as três últimas passadas com a maior ve-
locidade possível.
Impulsão ou chamada: nesse momen-
to, ainda de acordo com Vieira (2009), o 
atleta realiza um apoio rápido do pé so-
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14 15
bre o solo no mesmo sentido da trajetó-
ria da curva, já bem próximo aos suportes 
de sustentação do sarrafo. A partir desse 
momento, realiza-se uma completa ex-
tensão da perna de impulsão e eleva-se a 
coxa da perna livre até a linha dos quadris.
Vôo: após a impulsão, lança-se a perna 
livre até que fique paralela ao sarrafo e no 
momento de transposição ocorre o arque-
amento do tronco, com bastante amplitu-
de, a fim de se evitar tocar e não derrubar 
a barra horizontal.
-Queda: é realizada sob o colchão pró-
prio para quedas e o contato é feito por 
meio das costas, com o objetivo de se evi-
tar lesões.
3.3.4- Salto com Vara
Nessa prova do Atletismo, como nas de-
mais, o atleta deve também demonstrar 
muita técnica, além de força, velocidade, 
flexibilidade, coordenação, dentre outras. 
O objetivo desse salto é também transpor 
o sarrafo em altura predeterminada, utili-
zando uma vara apoiada no solo para im-
pulsionar e projetar o atleta para cima.
De acordo com Nunes (2006), a vara uti-
lizada nesse salto é, na maioria das vezes, 
de fibra de vidro para que seja resistente 
e flexível, podendo variar peso e compri-
mento considerando as características fí-
sicas do atleta. O atleta deverá correr pelo 
corredor de saltos, segurando a vara com 
as duas mãos, firmá-la na caixa de apoio e, 
em seguida, aproveitar o impulso obtido e 
projetar o seu corpo para cima para trans-
por o sarrafo sem derrubá-lo. A partir do 
momento de apoio da vara no local pró-
prio, o saltador não poderá mais alterar a 
posição de suas mãos na vara.
Para a realização desse tipo de salto, 
também são realizadas as seguintes fa-
ses:
- Corrida de aproximação – requer, con-
forme destaca Nunes (2006), coordena-
ção do atleta para não se desequilibrar 
em função do peso da vara. Nessa fase, a 
vara deve ser carregada do lado contrário 
da perna de impulsão e a corrida deve ser 
realizada em um ritmo que permita firmar 
a vara no tempo certo, sem errar as pas-
sadas, e para que o salto seja realizado no 
tempo correto;
- Encaixe – ao final da corrida, como 
destaca o autor supracitado, mais preci-
samente nas últimas 5 passadas, ocorre o 
abaixamento da ponta da vara em direção 
à caixa de encaixe. Os braços não fazem 
a completa extensão, permanecendo em 
uma flexão aproximada de 90°, antece-
dendo à sustentação do peso do corpo;
- impulsão – nesse momento, eleva-
-se o corpo objetivando uma impulsão, a 
princípio mais horizontal do que vertical. 
A partir daí, ocorre uma pressão do bra-
ço esquerdo sob a vara, enquanto o di-
reito realiza o movimento para frente e 
para baixo. Como consequência da ener-
gia imprimida à vara através da corrida e 
da impulsão, a vara se curva, e as pernas 
e o quadril são lançados para cima na for-
ma de pêndulo e em seguida em forma “L”. 
O corpo é acelerado pelo movimento de 
pêndulo e ao empurrar a vara para baixo 
e para trás, recebe em contrapartida uma 
força para cima e para frente, iniciando a 
fase de transposição do sarrafo;
16 17
-Transposição – nas considerações de 
Vieira (2009), o atleta passa primeira-
mente as pernas sob a barra horizontal, 
adotando uma posição curvada do corpo 
estando a mão direita ainda segurando a 
vara. Ao soltar completamente a vara, o 
atleta movimenta os braços para trás, si-
multaneamente ao tronco, com objetivo 
de não tocar o sarrafo;
- Queda – por fim, a queda é realizada 
dando prosseguimento aos movimentos 
realizados nas fases anteriores, sendo 
que o competidor cairá, como no salto em 
atura, sobre um colchão de espuma espe-
cífica para esse fim.
3.4- Arremessos e lança-
mentos
3.4.1- Arremesso de peso
Realizado dentro de um círculo de 2,1 
m de diâmetro no campo de provas, tem 
como objetivo arremessar o peso, uma 
bola de ferro maciço, o mais longe possí-
vel, com o peso de 7,260 Kg para homens 
e 4 kg para mulheres. Durante o desloca-
mento preparatório para o arremesso, o 
peso deverá ser mantido abaixo do quei-
xo, junto ao pescoço.
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pot.com.br/
16 17
Enquanto o peso não atinge o pouso, os 
competidores não podem sair do círculo 
de arremesso. Os competidores têm direi-
to, como nas demais provas, a três tenta-
tivas e o peso não deve descer abaixo do 
nível do ombro do competidor. Além disso, 
o atleta tem no máximo 90 segundos para 
iniciar a sua tentativa.
3.4.2- Arremesso do disco
O arremesso do disco, ou lançamento 
do disco, conforme adotam alguns auto-
res, é uma das provas de campo do Atle-
tismo e também acontece dentro de um 
espaço próprio, denominado “gaiola” de 
arremessos. O disco lançados por homens 
pesa 2 kg e mede 21,9 e 22,1 cm. As mu-
lheres lançam um disco com 2 kg e medi-
das de 18 cm e 18,2 cm (PEREIRA, 2002).
De acordo com Fernandes (1995), o 
disco é seguro junto ao antebraço corres-
pondente ao braço de lançamento, e no 
momento de realização da prova, o atleta 
gira sobre si e o lança estendendo o braço.
3.4.3- Lançamento do martelo
Nesse lançamento, baseando-se em 
Fernandes (1995), o competidor deverá 
lançar o martelo o mais distante possível 
dentro também da “gaiola” de lançamen-
tos. O martelo configura um implemento 
formado por uma esfera de metal seme-
lhante ao peso, presa por um cabo e con-
tendo uma empunhadura na outra extre-
midade. O martelo deverá também cair 
dentro de uma área delimitada no campo.
Ao todo, o martelo pesa 7,2 kg na prova 
masculina e 4 kg na prova feminina. Essa 
prova requer força, velocidade e muita 
técnica dos competidores.
3.4.4- Lançamento do dardo
Outra prova tradicional do Atletismo é o 
lançamento do dardo, o qual possui peso e 
medida, específicos para homens (mínimo 
de 2,60 m e 800g) e para mulheres (mí-
nimo de 2,20m e 600g). Possui também 
como objetivo o alcance da maior distân-
cia possível do dardo, o qual deverá atingir 
o solo dentro de um espaço delimitado por 
duas linhas marcadas no campo.
Também como em outras provas do 
Atletismo, o lançamento do dardo confor-
me aponta Nunes (2006), deve ser prece-
dido por uma corrida de aceleração suave 
em sua fase inicial e com mais velocidade 
na parte fina da mesma, a fim de imprimir 
maior força ao lançamento. O dardo deve 
ser lançado pouco antes da linha final do 
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18 1918
espaço destinado à corrida, já que o atleta 
após o lançamento não poderá ultrapas-
sar essa marca, sob pena de anulação de 
sua tentativa.
O dardo, de acordo conforme destaca 
Fernandes (1995), ao ser lançado, costu-
ma atingir velocidades superiores a 100 
km/h e deverá atingir o solo, em um es-
paço definido no campo, o qual fica entre 
a delimitação de duas linhas específicas 
para tal. A distância de lançamento conse-
guida pelo atleta é medida desde a linha 
final da zona de lançamento até o primei-
ro ponto marcado pelo dardo no solo.
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18 19
UNIDADE 4 - O atletismo e o seu programa 
olímpico de provas
19
4.1- Corridas rasas
Provas masculinas:
- 100 metros rasos;
- 200 metros rasos;
- 400 metros rasos;
- 800 metros rasos;
- 1.500 metros rasos;
- 5.000 metros rasos;
- 10.000 metros rasos;
- Maratona – 42.195 metros;
- Marcha atlética – 20.000 metros;
- Marcha atlética – 50.000 metros.
Provas femininas:
- 100 metros rasos;
- 200 metros rasos;
- 400 metros rasos;
- 800 metros rasos;
- 1.500 metros;
- 10.000 metros;
- Maratona – 42.195 metros;
- Marcha atlética – 20.000 metros.
4.2- Corridascom obstáculos
Provas masculinas:
- 110 metros;
- 400 metros;
- 3.000 metros.
Provas femininas:
- 110 metros;
- 400 metros.
4.3- Corridas de revezamento
Homens e mulheres: 
- 4x 100 metros;
- 4x 400 metros.
4.4- Provas de campo
Provas masculinas:
- salto em altura;
- salto triplo;
- salto em distância;
- salto com vara;
- arremesso de disco;
- arremesso de peso;
- arremesso de dardo;
- arremesso de martelo;
- decatlo – conjunto de provas que com-
20 21
põe uma modalidade olímpica conten-
do 10 provas. É disputado em dois dias, 
sendo no 1º dia: 100 m, salto em distân-
cia, arremesso de peso, salto em altura 
e 400 m; e, no 2º dia: 110 m c/barreiras, 
lançamento do disco, salto com vara, 
lançamento do dardo e 1.500m.
Provas femininas:
- salto em altura;
- salto triplo;
- salto em distância;
- arremesso de disco;
- arremesso de peso;
- heptatlo – modalidade olímpica e dis-
putada em dois dias, apenas por mulheres, 
também consiste em um conjunto forma-
do por 7 provas, sendo no 1º dia: 100 m c/
barreiras, salto em altura, arremesso de 
peso e 200 metros; e, no 2º dia: salto em 
distância, lançamento de dardo e 800 me-
tros.
Considerando as regras oficiais sis-
tematizadas pela CBAT (2015), a nor-
ma 12 desse documento normativo 
prevê o seguinte, em relação à divi-
são das categorias nas competições 
de Atletismo brasileiro:
NORMA 12 CATEGORIAS OFICIAIS DO 
ATLETISMO BRASILEIRO POR FAIXA 
ETÁRIA
Aprovada pela Assembleia Geral 
em 26.04.2014 - Atualizada em 
19.02.2015 
Art. 1º - As categorias e respecti-
vas faixas etárias da Confederação 
Brasileira de Atletismo (CBAt), são 
as abaixo relacionadas, atendendo 
às determinações previstas nestas 
Normas, nas Normas e Regras da 
IAAF (Associação Internacional das 
Federações de Atletismo) e da CON-
SUDATLE (Confederação Sul-Ame-
ricana de Atletismo) e de aplicação 
obrigatória no Atletismo Brasileiro: 
a) Categoria de Pré-Mirins: atletas 
com 12 e 13 anos, no ano da compe-
tição. 
b) Categoria de Mirins: atletas com 
14 e 15 anos, no ano da competição. 
c) Categoria de Menores: atletas com 
16 e 17 anos, no ano da competição. 
d) Categoria de Juvenis: atletas com 
16, 17, 18 e 19 anos, no ano da com-
petição. 
e) Categoria Sub-23: atletas com 16, 
17, 18, 19, 20, 21 e 22 anos, no ano da 
competição. 
f) Categoria de Adultos: atletas a 
partir de 16 anos em diante (no ano 
da competição). 
g) Categoria de Masters atletas a 
partir de 40 anos em diante (idade 
a ser considerada no dia da compe-
tição). 
§ 1º - A aplicação desta Norma é 
obrigatória em todas as competi-
ções oficiais de Atletismo realizadas 
no Brasil como condição básica para 
terem seus resultados homologados 
pela CBAt.
Tal norma deve ser obedecida nas com-
20 21
petições oficiais do Atletismo. Entretanto, 
conforme será discutido na unidade se-
guinte, o processo ensino/aprendizagem 
dessa modalidade esportiva requer adap-
tações de regras, espaços, materiais, en-
tre outros, seja durante as aulas e/ou em 
eventos esportivos escolares.
22 23
UNIDADE 5 - Considerações metodológicas
22
O Atletismo, assim como os demais es-
portes, pode e deve ser ensinando de ma-
neira recreativa através de jogos recrea-
tivos, pré-desportivos e brincadeiras. Tais 
atividades motoras conferem aos inician-
tes maior significado, como também opor-
tunidade de vivenciarem experiências 
mais prazerosas. Nesse sentido, Frómeta 
e Takahashi (2004, p. 90) advertem:
A criança que se inicia no atletismo 
dos 9 aos 11 anos começa a sentir 
uma grande inclinação pelos jogos 
esportivos. Por essa razão, é ampla-
mente utilizado o grupo de jogos com 
tarefas e dimensões diversas, como 
o mini futebol, o mini basquetebol, 
o mini vôlei e o mini handebol, uma 
vez que realizá-lo em quadra oficial 
torna-se muito complexo [...], porém 
devem-se utilizar os jogos pré-es-
portivos do atletismo que incluem 
ações técnicas de diferentes provas, 
bem como o desenvolvimento da 
preparação física geral (FRÓMETA e 
TAKAHASHI, 2004, p. 90).
Tomando como base essa afirmação, 
cabe ao professor de Educação Física tra-
balhar os conteúdos do Atletismo através 
de atividades cooperativas em pequenos 
grupos, valorizando os conhecimentos 
prévios, sobretudo, aqueles relacionados 
aos movimentos naturais. Considerando 
tal contexto, atividades de correr, pular, 
lançar e arremessar objetos devem ser 
enfatizadas objetivando o desenvolvi-
mento da força, velocidade, coordenação, 
agilidade, ritmo, respeitando as caracte-
rísticas individuais dos aprendizes, seus 
limites e suas possibilidades.
A partir das questões destacadas aci-
ma, torna-se necessário salientar a afir-
mação de Gonçalves (2007, p. 01), o qual 
assevera que “o Atletismo é estritamente 
ligado aos movimentos naturais do ser 
humano de correr, marchar, lançar, arre-
messar e saltar, e, por isso, é chamado de 
esporte base”. 
Fundamentando-se nessa afirmação 
acima que, é imprescindível reforçar a 
importância da implementação das habi-
lidades básicas do Atletismo nos planeja-
mentos pedagógicos em todos os níveis 
da Educação Básica. De acordo ainda com 
o autor supracitado, as competências ad-
quiridas através dos conteúdos dessa mo-
dalidade esportiva assumem papel pre-
cípuo na aquisição e aprimoramento dos 
demais esportes escolares.
Melo (2004) enfatiza que o processo 
ensino/aprendizagem das habilidades e 
competências do Atletismo deve priorizar 
o método global, ou seja, aquele no qual 
as ações são desenvolvidas de maneira 
natural, sem preocupação inicial com a 
técnica. O processo assim implementado, 
de acordo ainda com esse autor, não enfa-
tiza a repetição de movimentos e o aluno 
aprende realizando as atividades através 
de atividades recreativas, mas com inten-
cionalidade pedagógica. Assim, a destre-
za motora é ensinada a partir de um con-
junto de ações associadas, sem destaque 
para o detalhamento do gesto motor, e as 
informações acerca do desempenho são 
passadas pelo professor por meio de in-
tervenções durante a atividade realizada.
A partir de uma postura reflexiva e di-
22 2323
nâmica, o professor de Educação Física ao 
sistematizar o seu Planejamento Pedagó-
gico, deverá propor que nas aulas desti-
nadas à aprendizagem dos fundamentos 
do Atletismo, as atividades objetivem os 
movimentos naturais inerentes a esse es-
porte. Nesse sentido, Matthiesen (2005, 
p. 16) destaca: 
Envolvendo as habilidades motoras 
básicas de marchar, correr, saltar, 
lançar e arremessar, principais nes-
te campo as quais procuram tradu-
zir, numa linguagem corporal, o sig-
nificado do atletismo sem, contudo, 
perder a dimensão de sua especifi-
cidade técnica e normativa que faz 
do atletismo a modalidade esportiva 
que é (MATTHIESEN, 2005, p. 16).
Posto isso, é fundamental que o pro-
fessor proponha sempre atividades rela-
cionadas às provas do Atletismo, de ma-
neira desafiadora e que contribuam para 
que os alunos avancem em suas compe-
tências corporais. 
De acordo com Netto (s./d.), o processo 
ensino/aprendizagem do Atletismo tam-
bém pode ser implementado através de 
projetos pedagógicos. Nesse sentido, as 
ações pedagógicas previstas nesses pro-
jetos podem ser desenvolvidas nas aulas 
de Educação Física em horários extraclas-
ses. Nessa perspectiva, segundo esse au-
tor, o envolvimento dos alunos perpassa 
pelas atividades motoras do Atletismo e 
vão até a construção de materiais peda-
gógicos alternativos. A partir desse con-
texto, o trabalho por meio de projetos 
pedagógicos favorece uma ampla apren-
dizagem no que diz respeito aos aspectos 
motores, cognitivos, afetivos e sociais.
De acordo com Oliveira (2006), a es-
tratégia metodológica mais comumente 
utilizada no ensino do Atletismo nas aulas 
de educação física é o lúdico através dos 
jogos motores recreativos. Tal opção per-
mite que esse esporte adquira maior visi-
bilidade e se mostre interessante, motiva-
dor, dinâmico e amplie suas possibilidades 
práticas. Ao se considerar que o Atletismo 
pode ser jogado, vivenciadoe reconstruí-
do de forma lúdica, é importante também 
que o professor de Educação Física não 
perca de vista a intencionalidade pedagó-
gica em relação ao conhecimento de suas 
técnicas específicas. 
Nesse contexto, Oliveira (2006) des-
taca também que a inclusão dessa moda-
lidade esportiva nas ações pedagógicas 
da escola pode estar pautada nas teorias 
construtivas, as quais propõem que, a 
compreensão dos aspectos táticos e téc-
nicos do esporte em uma dinâmica pra-
zerosa e atribuída de significados para os 
alunos. Tal situação, de acordo ainda com 
esse autor, deve considerar os diversos 
níveis de habilidades dos alunos, e os con-
ceitos prévios, inerentes à cultura corpo-
ral dos mesmos. 
Para tanto, Nascimento (2010, p. 99) 
atenta para a seguinte questão:
Revendo o contexto de tornar o atle-
tismo atrativo para aluno deve-se 
deixar de persistir na educação física 
tradicional e trazer proposta novas 
de jogos com temas lúdicos transfor-
mando o atletismo em prática social, 
e com isso fazer com que o aluno vi-
vencie o perder e o ganhar, pois esta 
é um característica clara dentro da 
modalidade. O atletismo pode ser 
apresentado em forma de jogos lúdi-
24 2524
cos valorizando as suas técnicas es-
pecíficas (NASCIMENTO, 2010, p. 99).
Posto isso, em relação às considerações 
que orientam o processo ensino/aprendi-
zagem do Atletismo, é importante consi-
derar que a estratégia metodológica que 
prioriza o lúdico e considera os conheci-
mentos prévios dos alunos favorece então 
o estreitamento das relações interpesso-
ais e o domínio de diversas competências. 
Nessa perspectiva, o próprio aluno, sujei-
to e protagonista desse processo, partici-
pa da construção dos recursos materiais a 
serem utilizados nas aulas e, para tanto, é 
sensibilizado a pesquisar a despeito dos 
mesmos, o que enriquece grandemente a 
sistematização e implementação dos pla-
nejamentos pedagógicos desse esporte.
 
24 25
UNIDADE 6 - Sugestões de atividades práticas
25
A partir de uma proposta de aprendi-
zagem global e significativa, onde o en-
volvimento, a participação e o prazer são 
prioridades, Oliveira (2006, p. 102) sugere 
as seguintes possibilidades práticas dire-
cionadas a iniciantes:
- Corridas:
Mão no pega: o aluno pegador, que 
terá e colocar uma das mãos na parte do 
corpo que foi tocada, ficando a outra dis-
ponível para tocar o colega. 
Pique Cola Americano: o aluno pega-
dor corre atrás dos demais, aqueles que 
forem pegos deverão ficar colado, com as 
pernas afastadas. O pegador continua co-
locando, os colegas que estiverem livres 
deverão passar por baixo das pernas de-
les, salvando-os. 
Pique Cola Brasileiro: a mesma ativi-
dade, porém o colado fica agachado para 
ser salvo. O colega tem que saltar sobre 
ele. 
Pega avião: o pegador não poderá pe-
gar os colegas que estiverem na posição 
de avião. 
Tartaruga: o pegador não poderá pe-
gar os colegas que estiverem na posição 
de tartaruga com o casco para baixo e 
as pernas pra cima. Nesta brincadeira, a 
criança deverá ficar mexendo os braços e 
as pernas. 
Jacaré: o pegador não poderá pegar os 
colegas que estiverem na posição de jaca-
ré, isto é, deitado no chão com a barriga 
para baixo, movimentando os braços e as 
pernas. 
Elefantinho: o pegador segura o na-
riz com uma das mãos e passa a outra por 
dentro imitando a tromba do elefante, 
este só poderá pegar os colegas com a 
tromba, trocando de pegador. 
Empresta-me sua casinha: desenhos 
variados de formas geométricas no chão, 
cada forma é ocupada por uma criança fi-
cando apenas uma sem casinha. Esta de-
verá gritar: empresta-se sua casinha e to-
dos deverão trocar de casa. 
Refúgio: marque no solo refúgios com 
os nomes conhecidos (jardim, parque, pis-
cina), divida a turma em três grupos e, ao 
sinal, deverão trocar de refúgio, tendo um 
ou mais pegadores ao centro (OLIVEIRA, 
2006, p.102).
- Saltos:
Com Arco: correr e saltar por cima e 
dentro de arcos ou círculos desenhados 
pelo chão. Usar cores e tamanhos diferen-
tes. Ou saltar de um arco para outro sem 
tocá-los, saltos consecutivos. Incentive 
descobrir diferentes formas de saltar. 
Corpo: experimentar saltar por cima 
das pernas dos colegas, sentados com 
as pernas unidas realizando movimentos 
de abra e fecha. Ou saltar companheiros 
deitados no solo, sempre trocar posições. 
Modifique as posições em deitado, senta-
do, quatro apoios e agachado. 
Pneus: saltar por cima e dentro dos 
pneus. Utilizar várias alturas, cortando o 
pneu pela metade, poderá colocá-lo em 
pé modificando a altura e propondo um 
26 27
novo desafio. 
Bastões: espalhar bastões no solo e 
variar as posições. Saltar por cima de um 
ou de vários sucessivos. Também, pode-
-se aumentar a distância e estimular os 
participantes a descobrir outras formas 
de saltar. 
Cordas: espalhe várias cordas no solo 
e estimule os alunos a saltarem sem tocá-
-las. Formar uma figura com a corda e sal-
tar por cima e dentro dela. Saltar na dos 
amigos. Fazer cobrinhas com a corda para 
que saltem tentando não tocá-la. Pen-
durar a corda para que agarrem e saltem 
para frente. 
Elásticos: saltar de diferentes altu-
ras. Esticar elásticos em um suporte e ir 
desafiando com maiores alturas, sempre 
compatíveis à idade. Esticar elásticos su-
cessivos para que saltem duas, três vezes. 
Saltar individualmente e também de mãos 
dadas com o colega, com a turma (OLIVEI-
RA, 2006, p.103).
- Arremessos e Lançamentos:
Lançar argolas e segurar. Lançar bo-
las para o outro, quicando de mão em mão. 
Lançar arco em pinos. 
Atirar bolas de papel ou de pano em 
garrafas, caixas e latas. Atirar em sacos 
pendurados em varal, com números, co-
res e letras para estimular. Pendurar arco 
e atirar para acertar por dentro. 
Arremessar com direção determina-
da em alvo fixo, em superfície plana e 
suspensa. Arremessar em cesto, lixeiras 
e sacos. Um aluno entra no saco de esto-
pa e os demais atiram bolinhas de papel 
dentro do saco. Propor equipes e grupos. 
Atirar pedras em bexigas penduradas em 
árvores ou em varais. (OLIVEIRA, 2006, 
p.103).
A revista Nova Escola (s/d), propõe um 
breve plano de ensino do Atletismo des-
tinado às crianças do 4º e 5º do Ensino 
Fundamental I. O mesmo objetiva permi-
tir o conhecimento das principais provas 
olímpicas do Atletismo através de ativi-
dades recreativas, porém semelhantes às 
provas oficiais, utilizando materiais peda-
gógicos adaptados com o fito de envolver 
a maior quantidade possível de alunos. 
Nesse sentido, a edição disponibilizada 
em endereço eletrônico, conforme elen-
cado nas referências, propõe: 
 1ª etapa 
Pergunte aos alunos o que eles conhe-
cem sobre o atletismo. Em seguida, passe 
um vídeo que mostre imagens de diversas 
provas. Discuta o vídeo com os alunos, 
buscando construir um conceito sobre 
esse esporte. Deixe que se manifestem, 
complemente, corrija equívocos e respon-
da às perguntas que surgirem. É impor-
tante ressaltar que a modalidade engloba 
diversas provas, a maioria individual. 
Agrupe-as para melhor entendimento 
dos alunos: corridas, saltos, arremessos e 
lançamentos, explicando que existem va-
riações. As corridas, por exemplo, incluem 
as de velocidade de 100 e 200 metros, de 
revezamento, de obstáculos, com barrei-
ras, maratona, entre outras. 
Escolha uma das provas em conjun-
to com os alunos ou faça uma sugestão, 
como a corrida de velocidade, que pode 
ser feita de uma extremidade à outra da 
quadra. Primeiramente, separe meninos 
26 27
e meninas explicando que nas modalida-
des de corridas oficiais essa é regra (esse 
será o único momento em que eles esta-
rão separados). Depois, coloque-os para 
correr juntos, divididos em grupos mistos 
menores. Quem estiver esperando a vez 
fica responsável por marcar os tempos ou 
observar e anotar quem chega primeiro.
Em seguida, proponha um jogo no qual 
os estudantes são colocados em duplas. 
Cada dupla receberá uma folha de jornal 
que deverá ser levada ao colega parceiro – 
que se posicionará à sua frente, emsenti-
do contrário ao dele e a uma distância que 
pode ser de uma lateral a outra da quadra 
(ou de uma linha de fundo a outra). A folha 
deve ser colocada em contato com o cor-
po, sem ser dobrada, ou segurada pelas 
mãos. Vence a dupla que conseguir fazer 
o trajeto primeiro (neste caso, quem está 
com a folha leva para o parceiro, chegan-
do ao lado oposto à sua posição inicial. O 
parceiro então, pega a folha e a leva para 
o outro lado, de onde saiu seu companhei-
ro). A dupla que conseguir fazer essa tro-
ca de lugar levando a folha de jornal junto 
ao corpo andando rápido, mas sem correr, 
vencerá. Esse mesmo jogo poderá ser fei-
to com mais estudantes, assim, a equipe 
que trocar de lugar primeiro, levando o 
jornal desse mesmo modo, vence o jogo.
Concluídas as duas atividades, organize 
uma roda de conversa e incentive todos 
a comentar as vivências, identificando 
o que foi aprendido e de que forma, ou a 
apresentar dúvidas. Fale sobre as diver-
sas provas de corrida de velocidade e as 
características básicas delas: distâncias 
curtas, saídas baixas (com blocos de par-
tida, para dar impulso) e velocidade como 
capacidade física fundamental. Incentive 
a discussão sobre a questão do gênero, 
sempre mostrando um olhar crítico, e in-
centive a superação de preconceitos. Co-
mente sobre a corrida individual, por gê-
nero e depois mista, perguntando como 
foi para os alunos essa vivência. Exponha 
as questões fisiológicas que permeiam as 
competições olímpicas que separam os 
atletas dessa forma.
2ª etapa
Retome as atividades da aula passada, 
relembrando as características básicas 
das corridas de velocidade, e proponha a 
prática de um jogo – que deve ser compa-
rado aos realizados anteriormente. Divida 
a turma em grupos mistos com aproxi-
madamente oito integrantes cada. Se as 
equipes ficarem com o número desigual, 
basta um aluno participar duas vezes. 
Organize-os em colunas distantes 2 
metros uma das outras numa das late-
rais da quadra. Um aluno do grupo fica do 
lado oposto da quadra e, ao seu sinal, sai 
em busca do colega que está no início da 
coluna à sua frente. Lá chegando, ele se-
gura esse colega pela mão e os dois vol-
tam para lado oposto da quadra. Os dois 
dão meia volta e buscam o próximo da fila, 
sem soltar as mãos. Ganha a equipe que 
se transferir mais rapidamente para o ou-
tro lado da quadra.
Terminado o jogo, reúna os estudan-
tes numa roda de conversa e peça que 
exponham suas reflexões sobre a prática 
e a construção do conhecimento acerca 
dela. Faça um comparativo com as carac-
terísticas das corridas de velocidade e as 
de resistência, buscando levantar os ele-
mentos que caracterizam essa última: 
28 29
distâncias longas, saída alta (em pé) e re-
sistência aeróbica como capacidade física 
principal.
3ª etapa
Resgate as vivências realizadas nas 
aulas anteriores e, em seguida, pergunte 
o que as crianças sabem sobre o espaço 
onde ocorrem as competições de atletis-
mo. Discuta o tema e proponha que todos 
juntos construam uma pista na quadra. 
Você pode propor a utilização de giz ou 
fita crepe para contornar o espaço e cons-
truir pelo menos duas raias. 
Outra opção é o uso de cones ou garra-
fas PET com água. Feitas as raias, explique 
que há diferença no comprimento da in-
terna e que, por isso, quem está nela tem 
de largar de uma marca localizada mais 
atrás. Proponha, então, uma corrida de 
velocidade entre os alunos nesse espaço. 
Se não for possível fazer várias raias, peça 
que alguns alunos marquem os tempos 
dos outros e anotem os nomes numa car-
tolina ou papel pardo para posterior aná-
lise. Nesse período, os que não estiverem 
participando devem realizar outra ativi-
dade. Depois, organize uma corrida de re-
vezamento utilizando cabos de vassouras 
cortados ou canudos de jornal. Coloque-
-os em grupos mistos e ressalte a impor-
tância do trabalho em equipe.
No fim, forme uma roda de conversa 
para todos exporem as reflexões sobre as 
vivências e o que aprenderam com elas. 
Retome o cartaz com os nomes e os tem-
pos para uma análise conjunta dos melho-
res tempos e equipes. Levante as razões 
dos resultados e a questão de ganhar e 
perder. Aponte se houve mais meninas 
que meninos com tempos melhores, in-
centivando o debate. Cada turma terá um 
cenário diferente. O importante é levar os 
alunos a analisar os resultados de forma 
crítica, observando as inúmeras questões 
que envolvem a competição e as diferen-
ças de gênero. É possível que apareça uma 
menina mais rápida que todos os meninos 
ou não. A discussão é válida em ambos os 
casos para acabar com os preconceitos.
4ª etapa 
Recorde o que foi abordado nas aulas 
anteriores, comparando os dois tipos de 
corrida e suas características principais. 
Aponte para a importância da vivência na 
pista construída e proponha o uso dela 
para as corridas de resistência. Como se-
ria possível utilizá-la tomando por base as 
características desse tipo de competição? 
Em cada turma surgirão ideias diferentes. 
Uma possibilidade é o jogo do mensageiro. 
Divida os alunos em dois ou três grupos, 
que deverão numerar seus participantes. 
O número 1 de cada equipe receberá uma 
mensagem a ser levada ao rei, tendo que, 
para isso, dar três voltas na pista. Depois, 
ele passará a mensagem para o próximo 
mensageiro do seu grupo (número 2) até 
que ela chegue ao rei. O grupo que levar 
a mensagem ao rei primeiro vence o jogo. 
No fim do jogo, discuta com todos sobre o 
que sentiram e aprenderam. Em seguida, 
conte a história da maratona, de forma a 
despertar a curiosidade e a imaginação da 
garotada.
5ª etapa
Faça uma revisão do que foi aprendi-
28 29
do até então, sempre com base no que os 
alunos mencionarem. Inicie a construção 
do conceito de marcha atlética, questio-
nando-os a respeito da única prova de 
atletismo que se faz andando. Proponha o 
jogo pega congela andando. Dois ou mais 
pegadores devem encostar a mão nos de-
mais para congelá-los e quem está livre 
tem de descongelá-los da mesma maneira 
– mas ninguém pode correr, somente an-
dar. Mude os pegadores a cada 2 a 3 minu-
tos. 
Após esse jogo, converse sobre os mo-
vimentos necessários durante a brinca-
deira e incentive as discussões sobre o 
tema buscando construir o conceito de 
marcha atlética. Em seguida, explique a 
diferença entre essa prova e as anterio-
res, como a inexistência da fase aérea 
(presente na corrida).
Em seguida proponha uma atividade 
de pega-pega em duplas. Numa das late-
rais da quadra, os alunos são posicionados 
um na frente do outro, os dois voltados 
para a mesma direção. A distância entre 
eles deve ser de três passos. Ao seu sinal, 
a criança de trás tenta pegar a da frente, 
mas ambas só podem andar rápido. Ao 
chegarem à outra lateral, as funções se 
invertem e o jogo se repete. A atividade 
pode ser retomada com a troca dos mem-
bros da dupla. Primeiro, proponha trajetos 
curtos para que a turma entenda a dinâ-
mica da marcha. No entanto, é importante 
alterar o percurso a fim de que os estu-
dantes fiquem mais tempo nessa movi-
mentação. Se preferir, estabeleça um 
tempo para que consigam pegar o colega. 
No fim da atividade volta-se à roda de 
conversa para que falem sobre o que sen-
tiram e as dificuldades encontradas. Com 
base nisso, complemente os conceitos 
construídos anteriormente e trate das 
características dessa prova: distâncias 
longas, partidas altas e resistência aeró-
bica como capacidade física fundamental. 
Portanto, ela se parece mais com as cor-
ridas de resistência. É importante que os 
alunos cheguem a essa conclusão.
6ª etapa 
Retome novamente o que os alunos 
aprenderam anteriormente e pergunte 
sobre as corridas com barreiras e obstácu-
los, incentivando a curiosidade e a desco-
berta. Após essa primeira sensibilização. 
Os alunos vão relembrar os outros tipos 
de corrida e observar imagens da de obs-
táculos e da com barreiras. Pensar com os 
alunos na possibilidade de realizar essas 
corridas na escola, torna-se importante 
para criar adaptações.Proponha a coloca-
ção de barreiras feitas com cones e cordas 
na pista construída na quadra ou de uma 
extremidade à outra da quadra. Pode-se 
usar barbante e garrafas PET, uma sobre 
a outra. Para isso, corte a boca de algu-
mas garrafas e encaixe uma na outra até 
a altura desejada. Coloque água ou terra 
na garrafa de baixo. Prenda o barbante na 
boca da de cima.
Incentive os alunos que ficarem com 
medo de tropeçar ou mesmo de fracas-
sar. Deixe que eles experimentem antes 
de começar a corrida de uma forma mais 
competitiva, sempre lembrando que o ob-
jetivo da aula é diferente do relativo ao 
esporte oficial. Forme dois ou três grupos. 
Cada integrante receberá um número. O 
primeiro realiza o trajeto, volta, dá o sinal 
para que o segundo vá e assim por diante. 
30 31
A ideia de formar grupos visa dinamizar a 
aula, pois o elemento competitivo é mo-
tivador. Além disso, estimula o trabalho 
em equipe e o respeito às diferenças de 
gênero, de habilidades e às pessoas com 
deficiências.
Em seguida, construa com as crianças 
os obstáculos para outra modalidade de 
corrida. Podem ser usadas as mesmas 
barreiras da vivência anterior e também 
caixas de papelão grandes ou outros ma-
teriais disponíveis. Lembre-se de deixar 
a turma explorar os materiais antes da 
competição em grupos, de estabelecer 
um percurso mais longo ou indicar que os 
participantes passem duas ou mais vezes 
pelo percurso, apontando aí uma das dife-
renças entre as duas corridas. Depois, or-
ganize uma roda de conversa expondo as 
reflexões e os apontamentos e fazendo a 
construção de conceitos sobre os dois ti-
pos de corridas e suas características.
Avaliação 
Em cada roda de conversa deve ser fei-
ta uma avaliação por meio da observação 
com relação à participação dos alunos e à 
compreensão deles em cada revisão reali-
zada. Proponha uma avaliação documen-
tal sobre o que foi aprendido (por escrito 
ou com desenhos) para que os estudantes 
coloquem no papel o que aprenderam na 
prática sobre as diferenças entre as cor-
ridas, os elementos que cada uma delas 
apresenta, como eram realizadas, entre 
outros.
Os Fundamentos Pedagógicos para o 
Programa Segundo Tempo PST (2008, 
p.267 a 278), também sugerem excelen-
te proposta de estratégia metodológi-
ca para se trabalhar os fundamentos do 
Atletismo. Tal proposta, conforme alguns 
exemplos a seguir, prioriza atividades 
mais dinâmicas e envolventes no sentido 
de promover também ampla participação 
dos alunos de forma recreativa, sem per-
der de vista, contudo, a intencionalidade 
pedagógica.
- PEGA A BOLA
Objetivos: Jogos de iniciação para as 
corridas de velocidade.
Trabalhar velocidade de reação, veloci-
dade de deslocamentos e observar deslo-
camentos.
Faixa Etária - 10 a 12 anos.
Material – Bola de borracha, apito, 
quadra poliesportiva ou similar, cones, 
faixas pintadas (ou riscadas) no solo (linha 
de partida e chegada).
Variações: partidas em pé ou em qua-
tro apoios, disputas em equipes compos-
tas pelas duplas (mista ou por gênero).
Descrição – Jogadores distribuídos em 
duplas, um ficará com uma bola (de inicia-
ção/borracha) e o outro ficará em esta-
do de alerta aguardando o sinal (apito ou 
similar). Ao sinal, o corredor partirá com 
velocidade em direção a um ponto delimi-
tado como limite para o deslocamento (a 
aproximadamente 15 ou 20 metros, em 
uma quadra de handebol, por exemplo), 
seu companheiro lançará a bola por so-
bre o corredor (em parábola) calculando a 
velocidade do lançamento para que coin-
cida o toque da bola na quadra próximo 
ao companheiro corredor, de forma que 
o mesmo cruze a linha de chegada com a 
bola em seu poder. Será desclassificada a 
30 31
dupla cujo corredor ultrapasse a linha sem 
a bola em seu poder. Cada componente da 
dupla deverá executar as duas ações pelo 
menos uma vez.
Nome – CIRCUITO MAIS RÁPIDO
Objetivo – Trabalhar aspectos impor-
tantes da corrida, tais como a frequência 
da passada, amplitude da passada, passa-
gem de obstáculos, sob pressão de tem-
po.
Material – cones, bolas, banco sueco e 
bambolês.
Descrição – Montar um circuito com 
bambolês, cones deitados, banco sueco 
e bolas. Estipular diferentes ações para 
cada objeto: cones deitados para realizar 
corrida acoplada com a passagem sobre 
os cones, “skips” sobre as bolas em fila, 
banco sueco na transversal para que os 
alunos saltem, na posição longitudinal 
deverão correr em cima do banco, quando 
chegarem aos bambolês, mais espaçados, 
deverão realizar a corrida colocando um 
pé em cada bambolê (amplitude da passa-
da). O circuito deverá ser percorrido pelos 
participantes no menor tempo possível.
Variações – Modificar o tamanho do cir-
cuito, modificar as ações sobre os objetos 
do circuito de forma a trabalhar os aspec-
tos importantes nas corridas. Trabalhar 
em sistemas de estafetas com passagem 
de um pequeno bastão.
Nome – OBSERVE AS PASSADAS
Objetivo – Trabalhar aspectos impor-
tantes das corridas com barreiras (número 
de passadas entre as barreiras) sob pres-
são de precisão.
Material – Bambolês e bancos suecos.
Descrição – Distribuir os alunos em 
grupos que deverão realizar corridas com 
passagem sobre os bancos suecos pisan-
do dentro de bambolês colocados antes 
destes. Os bambolês limitarão o número 
de passadas entre os bancos suecos es-
palhados no percurso. A corrida do parti-
cipante deverá ser realizada pisando den-
tro dos bambolês.
Variações – Modificação do número de 
passadas entre os bancos (3 passadas, 5 
passadas ou 7 passadas).
 Nome – CORRIDA DE CORDAS
Objetivo – Realizar saltos sob pressão 
de tempo e organização.
Material – Cordas.
Descrição – Deslocar de um lado a ou-
tro da quadra saltando com corda o mais 
rápido possível. Dois saltos com o pé direi-
to seguido de dois saltos com o pé esquer-
do.
Variações – Realizar os saltos na se-
guinte sequência, perna direita, direita, 
esquerda e ambas, e perna esquerda, es-
querda, direita e ambas.
Nome – AMARELINHA ADAPTADA
Objetivo – Realizar ações semelhantes 
às envolvidas em provas de saltos hori-
zontais sob pressão de precisão.
Material – Bambolês .
Descrição – Delimitar diferentes for-
matos para o jogo de amarelinha com 
32 33
bambolês no chão e realizando-se, inicial-
mente, o impulso em um dos pés e queda 
nos dois simultaneamente.
Variações – Modificar a sequência de 
impulsos com alternância entre os dois 
pés e repetição com o mesmo pé. Realizar 
a sequência de impulsos das pernas do 
salto triplo: direita, direita e esquerda ou 
esquerda, esquerda e direita.
Nome – SALTE EM PROFUNDIDADE 
PARA SALTAR PARA CIMA
Objetivo – Realizar aspectos envolvi-
dos nas modalidades de saltos horizontais 
e saltos verticais sob pressão de comple-
xidade.
Material – cones, bambolês, elásticos 
e cabos de vassoura.
Descrição – Posicionar os alunos em 
colunas de frente a 4 Bambolês (dois do 
lado direito, um do lado esquerdo e um no 
centro), um cabo de vassoura e dois cones 
deitados. Ao sinal do professor, os alunos 
deverão saltar com a perna direita dentro 
do bambolê à direita, com a perna esquer-
da dentro do bambolê à esquerda. A que-
da sempre será com os dois pés simulta-
neamente no bambolê ao centro. Depois 
de saltar o participante deve pegar o cabo 
de vassoura e passar sobre os cones dei-
tados no chão.
Variações – Colocar somente dois bam-
bolês para que os alunos saltem com uma 
perna no primeiro bambolê e caiam com 
os dois pés, simultaneamente, no outro 
bambolê e, na sequência, realize um salto 
sobre um elástico.
Nome – UM, DOIS, TRÊS
Objetivo – Definir a perna de apoio 
para o salto em distância.
Material – Bambolês, fita métrica, plin-
to ou banco sueco.
Descrição – Duas equipes em colunas 
de frente para três bambolês posicio-
nados antes da área de salto (ou espaço 
adaptado). O objetivo do jogo é cada alu-
no saltar mais distante, sem deixar de 
apoiar dentro de cada bambolê. Marca 2 
pontos quem saltar mais distante e um 
ponto quem não cometer falta. As faltas 
são pisar fora dos bambolês, chutaralgum 
bambolê. Cada bambolê tem por objetivo 
preparar o aluno para definir a perna de 
impulsão, bem como o ritmo das passadas.
Variações – Variar a distância dos bam-
bolês, aumentar o número de bambolês, 
aumentar a distância do último bambolê e 
a área de salto. Colocar um plinto ou banco 
sueco substituindo o terceiro bambolê.
Nome – ARREMESSO DA PELOTA EM 
DUPLAS
Objetivo – Trabalhar o arremesso da 
pelota sob pressão de organização.
Material – Bambolês, pelota ou bola de 
borracha, balões.
Descrição – Uma dupla de frente para a 
outra e, de mãos dadas, girando um bam-
bolê, as duplas deverão trocar a pelota 
entre si sem deixar o bambolê parar.
Variações – As duplas deverão passar a 
pelota entre si e ainda sustentar um balão 
no ar.
32 33
Nome – ARREMESSE E LANCE EM SE-
QUÊNCIA
Objetivo – Desenvolver aspectos en-
volvidos nas provas de arremesso e lança-
mentos sob pressão de carga.
Material – Medice-ball de 1 Kg, pratos 
de papelão, pelotas de bolas de tênis.
Descrição – Os alunos deverão realizar 
5 lançamentos da pelota da linha de 9 me-
tros em bambolês amarrados no gol, se-
guindo para 5 arremessos de medice-ball 
de 1Kg na cesta de basquete e 5 lança-
mentos de pratos de papelão de um lado 
a outro da quadra de voleibol sobre a rede.
Nome - CORREDOR DE PASSAGEM 
Objetivos: Iniciar os fundamentos do 
revezamento, desenvolver nos alunos o 
conceito de transição em uma zona de 
passagem. Estimular o sentido da corrida 
em equipe (revezamento). 
Faixa etária - 10 a 12 anos 
Material – Bastão (que pode ser substi-
tuído por um pequeno pedaço de madeira 
ou cabo de vassoura de 20 a 30 cm). Uma 
quadra poliesportiva ou similar, pistas de 
atletismo ou outros 272 espaços planos, 
cones, faixas pintadas (ou riscadas) no 
solo (linha de partida e chegada). 
Descrição – Após a montagem do es-
paço de duas a quatro zonas de passagem 
(com cones, ou outros implementos de 
demarcação visual), serão distribuídas as 
equipes com dois a quatro componentes 
cada uma de acordo com a ordem de tran-
sição. Deve-se orientar os participantes 
quanto à zona de aceleração (pequena 
zona imaginária que antecede a zona de 
passagem). A zona de passagem deve ter 
entre 8 e 10 metros (podendo ser adapta-
da de acordo com o espaço que se dispõe). 
Variações – Acontecerão de acordo 
com o espaço disponível, sendo recomen-
dado que as equipes sejam mistas (meni-
nos e meninas). Sugere-se que sejam re-
alizados estafetas nas quais as corridas 
sejam de “vai e volta”, ou seja, que iniciem 
e finalizem no mesmo setor, acompanhar 
a atividade dos integrantes da fileira que 
espera e, na volta do colega, colocar uma 
bola ou um objeto para que estes estejam 
“ocupados”.
Nome – CIRCUITO MAIS RÁPIDO
Objetivo – Trabalhar aspectos impor-
tantes da corrida, tais como a frequência 
da passada, amplitude da passada, passa-
gem de obstáculos, sob pressão de tem-
po. Material – Cones, bolas, banco sueco e 
bambolês. 
Descrição – Montar um circuito com 
bambolês, cones deitados, banco sueco 
e bolas. Estipular diferentes ações para 
cada objeto: cones deitados para realizar 
corrida acoplada com a passagem sobre 
os cones, “skips” sobre as bolas em fila, 
banco sueco na transversal para que os 
alunos saltem, na posição longitudinal 
deverão correr em cima do banco, quando 
chegarem aos bambolês, mais espaçados, 
deverão realizar a corrida colocando um 
pé em cada bambolê (amplitude da passa-
da). O circuito deverá ser percorrido pelos 
participantes no menor tempo possível. 
Variações – Modificar o tamanho do cir-
cuito, modificar as ações sobre os objetos 
do circuito de forma a trabalhar os aspec-
34 35
tos importantes nas corridas. Trabalhar 
em sistemas de estafetas com passagem 
de um pequeno bastão.
Nome – CORRIDA NO CORREDOR 
POLONÊS 
Objetivo – Realizar a corrida sob pres-
são de organização e variabilidade. Mate-
rial – Bambolês e bolas. 
Descrição – Um grupo de alunos cada 
um com uma bola se colocará um frente a 
outro formando um corredor. Outro grupo 
de alunos deverá passar por dentro des-
se corredor girando um bambolê no braço 
e, ao mesmo tempo, evitando ser tocado 
pelas bolas que serão roladas entre os 
alunos que formam o corredor. Os grupos 
devem trocar de funções após 3 minutos. 
Variações – Modificar o número de ele-
mentos (número de bambolês) ou modi-
ficar os elementos (correr lançando uma 
bola para cima). 
Nome – ESTAFETAS DE CORRIDAS 
Objetivo – Trabalhar as corridas sob 
pressão de carga. 
Material – Cordas, cones, bastão de 30 
cm, bambolês. 
Descrição – Corrida de estafetas na 
qual se divide o grupo em várias equipes. 
Ao se montar às estafetas, os participan-
tes deverão correr da seguinte forma: re-
alizar dez saltos com corda no primeiro es-
tágio, deixar a corda no chão e deslocar-se 
até o outro lado da quadra correndo, tocar 
na linha de fundo com a mão, deslocar-se 
de costas correndo até o centro da qua-
dra, no centro, virar de frente para o local 
da partida e correr para a sua fila. 
Variações – Incorporar nas estafetas 
tarefas que envolvam passagem sobre 
obstáculos, como ser banco sueco, cones 
com cordas amarradas neles, de forma a 
modificar a frequência e a amplitude das 
passadas. Também pode ser solicitada a 
passagem de bastão entre os componen-
tes.
Nome – SALTE QUEM PUDER
Objetivo – Aplicar em situações de jo-
gos a associação entre corrida e saltos. 
Material – Bolas de basquetebol, bolas de 
borracha e bambolês. Descrição – Na qua-
dra de voleibol a equipe “A” se posiciona 
nas laterais da quadra com bolas de bor-
racha, bambolês, bolas de basquete, en-
quanto a equipe “B” deverá se posicionar 
nos fundos da quadra. Os integrantes da 
equipe “B” deverão correr até o outro lado 
da quadra saltando os obstáculos que se-
rão cruzados sem tocá-los. O participante 
que tocar em algum obstáculo deverá re-
tornar e iniciar o percurso. Vencerá a equi-
pe que tocar em menor número de objetos 
em 3 realizações do percurso.
Variações – Determinar as formas de 
deslocamento (a cada 3 passadas alter-
nadas um salto, duas passadas na mesma 
perna, uma passada alternada e um salto).
Nome – MEIA BICICLETA 
Objetivo – Descobrir a perna de impul-
são, iniciar o salto em altura de costas. 
Material – Bambolês, elástico, postes e 
colchões e balão. 
34 35
Descrição – O setor de salto apresenta 
dois elásticos paralelos que substituem o 
sarrafo a uma distância de aproximada-
mente 70 cm entre si. Quando o aluno sal-
ta, o objetivo é transpor o primeiro elás-
tico de costas e chutar o balão amarrado 
no elástico por cima do sarrafo (elástico). 
O objetivo deste chute é que o aluno eleve 
a perna de impulsão, bem como facilitar a 
sua queda de costas no colchão. Os alunos 
são divididos em dois grupos posiciona-
dos na lateral à direita e na esquerda em 
diagonal a área de salto. Vários bambolês 
são distribuídos na direção da corrida para 
o salto semicircular. Os alunos experimen-
tam correr dos dois lados e definem o lado 
mais fácil para abordar o salto. 
Variações – Estipular que o bambolê 
deva ser para a impulsão do salto, aborda-
do com a perna do lado de fora do sarrafo. 
A distância do bambolê deve ser alterada.
 
36 37
Frente ao que foi apresentado e discu-
tido acerca das possibilidades pedagógi-
cas do Atletismo, é possível depreender 
que o Atletismo, assim como a maioria dos 
esportes foi historicamente construído e 
integra a cultura corporal de movimentos.
São inúmeras as estratégias metodoló-
gicas possíveis de serem implementadas 
nas aulas de Educação Física relaciona-
das a esse esporte, sendo que as mesmas 
requerem recursos materiais simples, e 
atraem o interesse dos alunos, desde que 
agreguem significados aos conhecimen-
tos apreendidos.
Não obstante, é necessário que os pro-
fissionais de Educação Física incluam em 
seus programas de ensino, atividades 
envolventes, e de preferência que permi-
tam a participação dos alunos em todas as 
etapas dos planejamentos pedagógicos. 
O Atletismo, por ser um esporte presen-te na história milenar do ser humano, traz 
em seus conteúdos, atividades que são 
próprias da natureza humana, presentes 
no processo evolutivo do mesmo. Nesse 
sentido, os movimentos naturais como 
correr, andar, saltar, arremessar, lançar, 
dentre outras, compõem a proposta pe-
dagógicas desse esporte e devem ser o 
ponto de partida para qualquer que seja o 
conteúdo trabalhado e o método pedagó-
gico utilizado.
Enfim, a prática do Atletismo não deve 
conter características excludentes; seja 
em clubes e/ou na escola, tal proposta 
de prática de atividade física necessita 
ser implementada de maneira prazerosa. 
Esse esporte de enorme valor instrumen-
tal e com tamanha diversificação de ativi-
dades motoras, através do maior número 
possível de praticantes, poderá de forma 
efetiva contribuir para a conquista de uma 
educação ampla e de qualidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
36 37
CBAT, 2015. Confederação Brasileira de 
Atletismo. Disponível em: www.cbat.org.
br.
COPACABAN RUNNERS, 2015. Disponí-
vel em: www.copacabanarunners.net.
DUARTE, N. J. A história dos esportes: 
principais aspectos. Edição única, São 
Paulo, 1997.
FERNANDES, J. L. Atletismo: provas de 
pista e de campo. Tecnoprint, São Paulo, 
1995.
FROMETA, E. R.; TAKAHASHI, K. Guia 
Metodológico em Atletismo: Formação 
técnica e treinamento. Artmed, Porto Ale-
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REFERÊNCIAS
38 AT
	INTRODUÇÃO 
	UNIDADE 1 - O atletismo
	1.1- Aspectos históricos
	1.2- O Atletismo no Brasil
	 
	UNIDADE 2 - Local de disputa do atletismo
	UNIDADE 3 - Fundamentos do atletismo
	3.2- Fases da corrida
	3.2.1- Partida
	3.2.2- Percurso
	3.2.3- Chegada 
	3.3- Saltos
	3.3.1- Salto em distância 
	3.3.2- Salto Triplo
	3.3.3- Salto em altura
	3.3.4- Salto com Vara
	3.4- Arremessos e lançamentos
	3.4.1- Arremesso de peso
	3.4.2- Arremesso do disco
	3.4.3- Lançamento do martelo
	3.4.4- Lançamento do dardo
	UNIDADE 4 - O atletismo e o seu programa olímpico de provas
	4.1- Corridas rasas
	4.2- Corridas com obstáculos
	4.3- Corridas de revezamento
	4.4- Provas de campo
	UNIDADE 5 - Considerações metodológicas
	UNIDADE 6 - Sugestões de atividades práticas
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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