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RITOS NO PROCESSO DO TRABALHO

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CURSO: DIREITO – 8MC
ALUNA: ROSANE MARIA CATANHO SILVA
MATRÍCULA: 01219416
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
RITOS NO PROCESSO DO TRABALHO
Existem três tipos de ritos no ordenamento jurídico do processo trabalhista: a) rito sumário, b) rito sumaríssimo e c) rito ordinário.
Vale enfatizar que o que determina o enquadramento da ação no tipo de rito se dá através do VALOR DA CAUSA . 
	Rito sumário: 
· Se o valor da causa for de até 2 (dois) salários mínimos, o processo deve seguir o rito sumário.
· O rito sumário visa acelerar o processo e não possui recursos cabíveis quanto às suas decisões, ou seja, são causa de única instância e quando um processo segue esse rito, não há como recorrer de uma decisão proferida. A única exceção permitida é quando há a violação de preceito constitucional, sendo assim, poderá haver o Recurso Extraordinário, destinado ao STF. 
· Não há previsão quanto ao número de testemunhas no rito sumário, porém por analogia entende-se que são 3 (três). 
· O rito sumário está previsto no art. 2º, §§ 3º e 4º da Lei nº 5.584/70.
 Rito sumaríssimo: 
· É o rito mais utilizado na prática forense. O processo 	seguirá o rito sumaríssimo quando o Valor da Causa estiver entre 2 (dois) 	salários mínimos e 40 (quarenta) salários mínimos.
· A previsão legal desse rito 	encontra-se no art. 852-A e seguintes da CLT: “Art. 852-A. Os dissídios 	individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na 	data do ajuizamento da reclamação, ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e 	fundacional, porém, é permitido o uso do Rito Sumaríssimo em face de Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública.”
· Os requisitos que devem conter nesse rito, de acordo com a lei são:1) Pedido certo ou determinado, porém, deve ser sempre líquido, ou seja, deve sempre haver um pedido certo e um montante em dinheiro como Valor da Causa;2) Em regra, não há citação por Edital, apenas por Aviso de Recebimento (AR), desse modo, ao ingressar com uma demanda na Justiça do Trabalho é importante que o autor indique corretamente o endereço e nome do reclamado. Em casos de extrema dificuldade, com ampla comprovação prévia é permitido a citação por Edital. 
· Não observando esses dois requisitos acima apresentados, o processo será arquivado e o reclamante será condenado ao pagamento das custas processuais, extinguindo-se o processo sem resolução do mérito. É importante 	falar que, se houver o arquivamento do processo, cabe Recurso Ordinário em 	relação à tal decisão.
· O art. 852-B, inc. III da CLT prevê que a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento.
· Ainda nesse rito, a conciliação pode ser proposta pelo Juiz a qualquer tempo; o número de testemunhas é no máximo de 2 (duas); e a audiência é una, podendo haver o fracionamento em caso de perícia. (em outro artigo falarei mais detalhadamente da Audiência no Processo do Trabalho).
	 Rito ordinário: 
· Esse rito é utilizado quando o Valor da Causa for acima de 40 (quarenta) salários mínimos. Esse procedimento permite um maior conhecimento do caso em tela e é utilizado para situações de maior complexidade.
· Nesse rito, há a possibilidade de citação por Edital; há a possibilidade de demandar contra os entes da Administração Pública Direta. 
· O número de testemunhas é de no máximo 3 (três) para cada parte. 
· Com a publicação da Lei 13.467/2017, conhecida como a Reforma Trabalhista, algumas mudanças em relação a determinação dos pedidos foi alterada. Diz o parágrafo 1º do art. 840 da CLT que sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
· Com a Reforma trabalhista no Rito Ordinário faz-se necessário pedido certo, determinado e com indicação de seu valor. Prevê ainda o parágrafo 3º do art. 840 que, os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito. 
· Merece ainda destaque a questão do pedido genérico, que deixou de ser a regra e passou a ser exceção, aplicado de maneira subsidiária pelo CPC, quando não se puder aferir desde logo o valor da postulação (art. 324 § 1º CPC).
Das Testemunhas nos Ritos Trabalhistas:
· As testemunhas precisam comparecer independentemente de notificação ou de intimação para a audiência no processo. Se não comparecerem, o juiz adiará a audiência para uma nova data e determinará a intimação da testemunha. 
· Não há, no processo do trabalho, rol de testemunhas (tanto no ordinário, quanto no sumaríssimo), ou seja, o reclamante não precisa arrolar as testemunhas na peça inicial.
Referência: Compilação extraída da internet de artigos publicados pelo advogado Daniel Maidl (graduado em Direito pela Universidade do Contestado - Mafra/SC)

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