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Existencialismo: Definição e Características

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Existencialismo
“Morrer não é um acontecimento; é um fenômeno a ser compreendido existencialmente” – Martin Heidegger
Definição
O existencialismo foi um movimento filosófico e literário que teve início ao final da Segunda Guerra Mundial, porém suas raízes foram desenvolvidas na metade do século XIX.
O ponto de partida do indivíduo é caracterizado pelo que se tem designado por "atitude existencial", ou uma sensação de desorientação e confusão face a um mundo aparentemente sem sentido e absurdo. Entendida esta não como fática ou fato de ser, mas como realidade individual mundana.
Segundo esta corrente filosófica, os seres humanos existem primeiramente e depois cada indivíduo passa a sua vida mudando a sua essência ou natureza.
Características
O existencialismo sofreu influência da fenomenologia (fenômenos do mundo e da mente), cuja existência precede a essência, sendo dividido em duas vertentes:
existencialismo ateu: negam a natureza humana.
existencialismo cristão: essência humana corresponde um atributo de Deus.
Para os filósofos adeptos dessa corrente, a essência humana é construída durante sua vivência, a partir de suas escolhas, uma vez que possui liberdade incondicional.
prega que o homem é um ser que possui toda a responsabilidade por meio de suas ações.
autonomia moral e existencial
fazemos escolhas na vida e traçamos caminhos e planos
toda escolha implicará numa perda ou em várias, dentre muitas possibilidades que nos são postas
a liberdade de escolha é o elemento gerador, no qual ninguém e nem nada pode ser responsável pelo seu fracasso, a não ser, você mesmo.
Existencialismo ateu
O existencialismo ateu declara que não existindo Deus, todo o fundamento universal desaparece, o que origina a subjetividade da moral. Surge então um sentimento de angústia que revela a fragilidade humana, a sua responsabilidade única perante qualquer ato e a necessidade de orientar a ação livre para um autoprojeto individual ou compromisso social.
O representante principal do existencialismo ateu é Jean-Paul Sartre, tendo publicado obras significativas como L'Existentialisme est un Humanisme ("O Existencialismo é um Humanismo") de 1946 e L'Être et Le Néant (O Ser e o Nada) de 1943.
De acordo com Sartre, a existência precede a essência, ou seja, primeiro existe e depois determina a sua essência, através das suas ações e forma de viver a vida. Assim, o existencialismo ateu era contrário ao existencialismo cristão, porque o homem era responsável por definir a sua essência e não Deus.
Para ele, estamos condenados a sermos livres: “Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer.”
Existencialismo Cristão
O existencialismo cristão incide comunhão e no amor interpessoal como meio de uma transcendência moral da presença absoluta. Insiste na defesa de uma perspectiva antropológica, embora não admita o imanentismo ateu. 
Considerado o “Pai do Existencialismo”, Sören Kierkegaard (1813-1855) foi um filósofo dinamarquês. Fez parte da linha do existencialismo cristão, no qual defende, sobretudo, o livre-arbítrio e a irredutibilidade da existência humana.
Para Kierkegaard o cristianismo era ao mesmo tempo tão arrebatador e tão contrário à razão que só podia ser “ou isto ou aquilo”. Não era possível ser cristão “só um pouco” ou “até certo ponto”. Pois ou Jesus ressuscitou no terceiro dia ou não. E, se ele realmente voltou dos mortos, se realmente morreu por nossos pecados, isso é algo tão avassalador que deveria nortear toda a nossa vida.
Da mesma maneira que outros existencialistas, Kierkegaard focou na preocupação pelo indivíduo e pela responsabilidade pessoal. Segundo ele: “Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.”
A Filosofia de Hegel
Para chegar ao Absoluto, o homem precisa questionar suas certezas e neste caminho de dúvidas, estará pronto para pensar filosoficamente e então, conhecer o Absoluto.
O Absoluto age através do homem e se manifesta no desejo que este tem de conhecer a verdade. Desta forma, quanto mais o sujeito se conhece, mais está perto do Absoluto.
Para Hegel tudo aquilo que pode ser pensado é real e tudo que é real pode ser pensado. Não existiria, a priori, limite para o conhecimento, na medida em que a racionalização pode ser realizada através do sistema dialético.
Principais Filósofos Existencialistas
“Não se nasce mulher: torna-se” - Simone de Beauvoir
Martin Heidegger
A partir da obra de Kierkegaard e da crítica à história da filosofia, Heidegger (1889-1976) vai desenvolver a ideia de que o ser humano pode experimentar uma existência autêntica ou inautêntica.
O que determinará esta existência será sua atitude face à morte e as escolhas que tomará diante a finitude de sua vida.
Ao entender esta proposição, o "dasein“ ** poderá exercer uma existência autêntica. Por outro lado, aqueles que não compreendem ou não aceitam o fim da vida viverão uma existência autêntica e são chamados por Heidegger de “Dasman”.
A existência inautêntica é aquela que renuncia à possibilidade de escolha, de pensamento, de ação e deixa que outro decida por si. Este se transforma na massa, perdendo a si mesmo na multidão.
** Dasein:
Para o estudioso alemão o homem é um “Dasein”.
O verbo, de origem alemã significa “sein” – ser e “da” – aí. Desta forma, o homem é um “ser aí” que é neste mundo.
Esta é a grande diferença com os “Entes”, pois o ente “está” no mundo.
Poder ser é a possibilidade de cada “dasein” de ser capaz de escolher em cada momento o que deseja ser, empregar seus esforços neste mundo.
Por outro lado, os animais não podem escolher. Exemplo: um gato. Sempre vai estar em busca de comida e abrigo até o final dos seus dias.
Já o "dasein" pode escolher, mas deve fazê-lo no mundo em que foram jogados. Note-se que o “dasein” não escolheu estar neste mundo e nem neste tempo.
Por isso, o "dasein" deve transformar sua existência em projeto que só terminará com a morte.
Simone de Beauvoir
Companheira de Sartre, Simone de Beauvoir (1908-1986) foi filósofa, escritora, professora e feminista francesa nascida em Paris.
Personalidade ousada e libertária para sua época, Simone cursou filosofia e enveredou pelos caminhos do existencialismo e da defesa da liberdade feminina. Segundo ela: “Não se nasce mulher: torna-se”.
Essa frase corrobora sua tendência existencialista, cuja existência precede a essência, essa última sendo algo que se constrói durante a vida.
Na infância e juventude esteve num colégio católico e mais tarde, estudou matemática no Instituto Católico de Paris. Ainda que tenha sido criada numa família Católica, Simone optou pelo ateísmo. Segundo ela:
	“Era-me mais fácil imaginar um mundo sem criador do que um criador carregado com todas as contradições do mundo.”
Merleau-Ponty
Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) foi filósofo e professor francês. Fenomenólogo existencialista, junto a Sartre, fundou a revista filosófica e política “Os Tempos Modernos”.
Centrou sua filosofia na existência humana e no conhecimento. Para ele, “A Filosofia é um despertar para ver e mudar o nosso mundo.”
PERSPECTIVA EXISTENCIALISTA DO CONTO “A HORA DA ESTRELA.” POR CLARICE LISPECTOR.
O existencialismo acredita que não há nada que nos defina antes de existirmos concretamente. 
Somos mudados e também temos o poder de mudar.
“A hora da estrela.”. Qual o pensamento existencialista que há sobre esse livro?
Coexistem diversos modos de ser.
 Opiniões diferentes, cada um é livre para escolher o que se identifica.
 Conflitos no existencialismo são comuns porque as pessoas as vezes não entendem a liberdade alheia.
 Não vivemos sozinhos, vivemos em relação.
 A escolha envolve outras pessoas. 
Considerações Finais
“Precisamos pensar no fato de que ainda não começamos a pensar” - Martin Heidegger
Diante desse leque todo de informações, somos remetidos para reflexão, buscando pensar a melhor maneira de nos construirmos como seres humanos, optando por escolha que satisfaçam a nós mesmos, promovendo-nosalegria e a realização dos nossos objetivos.
Em alguns casos, embora os conceitos em questão pareçam pessimistas e polêmicos, o existencialismo nos proporciona a liberdade de escolha, atribui-nos o poder, de modo que, cada individuo existente tenha a capacidade de executar suas responsabilidades e optar por caminhos que originarão a sua construção.

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