Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IRPF 2020 1. OBRIGATORIEDADE 1 - Recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos); 2 - Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais); 3 - Obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; 4 - Relativamente à atividade rural: a) obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 (cento e quarenta e dois mil, setecentos e noventa e oito reais e cinquenta centavos); b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2017 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2017; 5 - teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); ➢ O critério a ser utilizado é o custo de aquisição ➢ Não é permitido a atualização de bens a valor de mercado. 6 - passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31 de dezembro; ou 7 - optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado à aplicação na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. IMPORTANTE: ➢ A pessoa física, ainda que desobrigada, pode apresentar a Declaração de Ajuste Anual (DAA), ➢ O portador de doença grave não está dispensado de efetuar a entrega da declaração de ajuste anual, se enquadrar-se nas condições de obrigatoriedade ➢ Contribuinte que é titular ou sócio de empresa não está obrigado a apresentar a Declaração de Ajuste Anual Não há limite de idade para entrega da DAA MULTA POR ENTREGA EM ATRASO Para o contribuinte obrigado a apresentar a declaração, no caso de apresentação após o prazo previsto ou da não apresentação, fica sujeito ao pagamento de multa por atraso, calculada da seguinte forma: ➢ Existindo imposto devido, multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, incidente sobre o imposto devido, ainda que integralmente pago, observados os valores mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20% do imposto devido; ➢ Inexistindo imposto devido, multa de R$ 165,74. (Multa Mínima) ➢ Não é devida a multa por atraso na apresentação da declaração para quem está desobrigado de apresentar a Declaração de Ajuste Anual. RETIFICAÇÃO O contribuinte poderá retificar a declaração de ajuste anual desde que não esteja sob procedimento de ofício. Se apresentada após o prazo final (30/04), a Declaração de Ajuste Anual (DAA) retificadora deve ser apresentada observando-se a mesma natureza da declaração original, não se admitindo troca de opção por outra forma de tributação. Será exigido o numero do recibo da original para retificar. CÁLCULO E PAGAMENTO DO IMPOSTO O cálculo do imposto de renda devido pela pessoa física, bem como do valor residual a ser recolhido ou restituído, é efetuado da seguinte forma: 1) Verificam-se os rendimentos tributáveis (base de cálculo do IRPF). 2) Não são considerados os rendimentos isentos / não- tributáveis ,os rendimentos tributáveis exclusivamente na fonte e os rendimentos sujeitos à tributação definitiva. 3) Sobre o valor dos rendimentos tributáveis, aplicam-se as alíquotas previstas na tabela progressiva anual. Rendimentos A partir de agora vamos dar a tratativa dos Rendimentos para o Imposto de Renda, conforme a legislação. De PJ = Retenção na fonte De PF = Carnê Leão Característica de antecipação (Vai para o Ajuste Anual) Tributados Isentos ou Não tributáveis Tributados Exclusivamente na fonte Tributados Definitivamente Isento(FG ocorre mas não tributa) Não tributável (FG não ocorre) Foi Tributado na Fonte (Para por aqui) Não poderá ser recuperado é definitivo. Foi tributado de forma definitiva, porém foi recolhido pelo próprio contribuinte. Também não será recuperado na DAA ✓ Recebidos de PJ: Ficha de “Rendimentos Recebidos de PJ”. Esses rendimentos são tributados na fonte (antecipação) e compensados ou não na DAA. ✓ Rendimentos de PF: São sujeitos ao carnê leão que deverá ser feito mensalmente e transportado para a DAA. ✓ Para profissionais como médico, dentista, advogado entre outros será necessário informar o CPF do tomador do serviço; ✓ Para profissionais liberais (autônomos) é necessário informar o nr do PIS, para cruzamento da informação do pagamento do INSS. ✓ Aluguéis: Se recebidos de PJ devem ser informados na ficha “Recebidos de PJ” e o desconto do IRRF será na fonte pela PJ e poderão ser recuperados na DAA. Se recebidos de Pessoa Física deverá ser feito carnê leão. ✓ Aposentadorias: A isenção alcança apenas os contribuinte acima de 65 anos até o limite da faixa de isenção da tabela progressiva; Rendimentos ✓ Portadores de Moléstias Graves: Os rendimentos provenientes de aposentadoria, reforma ou pensão, recebidos por pessoa com doença grave, ainda que acumuladamente, não sofrem tributação do imposto de renda; São consideradas doenças graves: moléstias profissionais, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados de doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida (Aids), e fibrose cística (mucoviscidose). Rendimentos Poderão ser tributados ou não, a depender do tipo de operação realizada: ➢ Aluguéis: Tributação definitiva na fonte; Porém se houver acordo firmado entre o Brasil e o outro país o imposto aqui pago poderá ser recuperado na DAA do contribuinte em outro país. ➢ Ganho de Capital: Haverá a tributação do IRRF sobre ganho de capital, tributação definitiva na fonte. Não tem direito as isenções sobre o ganho de capital. ➢ Alienação de bens ou direitos e a liquidação ou resgate de aplicações financeiras, a alienação de moeda estrangeira mantida em espécie, estão sujeitos à apuração de ganho de capital sujeito à tributação de forma definitiva Rendimentos de Não Residentes Rendimentos Recebidos do Exterior por residente no Brasil ➢ Pensão alimentícia recebida do exterior, observados os acordos, tratados e convenções internacionais firmados entre o Brasil e o país ou organismo de origem dos rendimentos, ou a existência de reciprocidade de tratamento, são tributados conforme o carne-leão mensal, na ficha Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoas Físicas e do Exterior na coluna Exterior, localizada na aba Outras Informações, pelo titular ou dependente conforme o caso. ➢ Aluguéis: Preliminarmente, deve-se verificar se há acordo ou tratado entre o Brasil e o país de origem do residente no exterior ou legislação interna que permita a reciprocidade de tratamento. Existindo tais instrumentos, o tratamento fiscal será aquele neles previsto. Não havendo acordo o rendimento é tributado exclusivamente na fonte à alíquota de 15%. ➢ Doações: O valor das doações recebidas do exterior por pessoas físicas residentes no Brasil, devidamente comprovadas, está isento de tributação do IRRF e na Declaração de Ajuste Anual (DAA); Rendimentos Recebidos do Exterior por residente no Brasil OBS: Os rendimentos recebidos em moeda estrangeira devem ser convertidos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo valor fixado pela autoridade monetária do país de origem dos rendimentos na data de seu recebimento e, em seguida, em reais mediante utilização do valor do dólar fixado, para compra, pelo BancoCentral do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do recebimento do rendimento ➢ Aposentadorias: A princípio, tais rendimentos são tributados no Brasil por meio do recolhimento mensal (carnê-leão) na data de seu recebimento e na DAA. Na inexistência de tratados ou reciprocidade de tratamento, não é permitida a compensação do imposto pago no exterior ➢ Aposentadoria por moléstia grave: A aposentadoria por moléstia grave, recebida por residente no Brasil, enviada por fonte situada no exterior e que no país de origem o rendimento é isento de imposto de renda, a Solução de Consulta Cosit n° 118/2016,apresenta a hipótese de que mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial a isenção do imposto de renda será mantida. http://www.econeteditora.com.br/bdi/st/st16/solucao_cosit_118_irpf_2016.php Tabelas Progressivas Base de Cálculo Alíquota Parcela a Deduzir do IR Até R$ 1.903,98 0% - De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65 7,5% R$ 142,80 De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 15% R$ 354,80 De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 22,5% R$ 636,13 Acima de R$ 4.664,68 27,5% R$ 869,36 Tabela Mensal Alíquota Zero Tabelas Progressivas Base de cálculo anual Alíquota Parcela a deduzir do imposto Até R$ 22.847,76 - - De R$ 22.847,77 até R$ 33.919,80 7,5% R$ 1.713,58 De R$ 33.919,81 até R$ 45.012,60 15% R$ 4.257,57 De R$ 45.012,61 até R$ 55.976,16 22,5% R$ 7.633,51 Acima de R$ 55.976,16 27,5% R$ 10.432,32 Tabela Anual Aprendendo a utilizar a tabela progressiva Mensal Exemplo: A empresa onde o João trabalha lhe remunera mensalmente o valor de R$ 10.000,00, vamos ver como fica o IRRF neste caso: OBS: João paga pensão alimentícia de R$ 2.000,00: Salário: R$ 10.000,00 (-) Pensão: R$ 2.000,00 (-) INSS: R$ 642,34 (-) IRRF: R$ 771,86 (=) Liquido: R$ 6.585,80 1) Como foi calculado o INSS Exemplo Utilização Tabela progressiva mensal TETO Como foi o calculado do INSS 5.839,45 x 11% = 642,33 ABRE PARENTESE Aposentadoria hoje: ➢Homens: 20 anos de contribuição + 65 anos de idade = Cumprida esta regra se aposenta com 60% da média ➢Mulheres: 15 anos de contribuição + 62 anos de idade = Cumprida esta regra se aposenta com 60% da média OBS: Para se aposentar com 100% terá que contribuir por um período superior; A cada 1 ano a mais de contribuição aumenta 2% Exemplo: 20 anos = 60% 21 anos = 62%...... 40 anos = 100% FECHA PARENTESE Pró-Labore x Distribuição de Lucros ✓ Pró-labore é tributado ✓ Distribuição de Lucros é isento Como é hoje no Brasil ✓ Pessoa Jurídica Paga em média 34% de tributação (15% de IRPJ + 10% de Adicional + 9% de CSLL) ✓ Lucro é isento Como poderá ficar ✓ Diminui-se as alíquotas na Pessoa Jurídica para 20% ✓ Tributa-se o IRRF sobre o lucro em 15% O que pode ser deduzido da base de cálculo do IRRF mensalmente: • Pensão alimentícia • Dependente • INSS • Previdência Privada (limitada a 12% do rendimento tributável) Como foi o calculado do IRRF (Mensal) 10.000,00 – Salário Base (-) 2.000,00 – Pensão Alimentícia (-) 642,33 – INSS (-) 1.200,00 - Previdência Privada (=) 6.157,66 – Base de Cálculo do IRRF X 27,5% (=) 1.693,35 (-) 869,36 (=) 823,99 – IRRF a reter Pagou previdência privada no valor de R$ 1.500,00 PGBL Posso deduzir ( Tem característica de previdência) VGBL (Não pode ser deduzido) É uma aplicação Porque das Parcelas a deduzir Salário base de R$ 2.826,65 2.826,65 x 7,5% - 142,80 = 69,20 2.826,65 (-) 1903,98 (=) 922,67 x 7,5% (=) 69,20 Alíquota Efetiva Como foi o calculado do IRRF (Mensal) 10.000,00 – Salário Base (-) 2.000,00 – Pensão Alimentícia (-) 854,14 – INSS (-) 1.200,00 - Previdência Privada (=) 5.945,86 – Base de Cálculo do IRRF X 27,5% (=) 1.635,11 (-) 869,36 (=) 765,75 – IRRF a reter Será que efetivamente foi pago uma alíquota de 27,5% Alíquota efetiva = IRRF x100 Rendimento Bruto Alíquota efetiva = 765,75 x 100 10.000,00 Alíquota Efetiva de 7,65% Do valor encontrado, serão abatidas as deduções legais. Deduções Legais Despesas médicas Despesas com instrução Dependentes Contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios Contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no País Pensão alimentícia Despesas escrituradas no Livro Caixa Parcela isenta para o contribuinte com mais de 65 anos Deduções na DAA http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/hotsite_econet/irpf_2018/despesasMedicas.php http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/hotsite_econet/irpf_2018/despesasInstrucao.php http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/hotsite_econet/irpf_2018/dependentes.php http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/hotsite_econet/irpf_2018/contribuicoesPrevidencia.php http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/hotsite_econet/irpf_2018/previdenciaPrivadaFapi.php http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/hotsite_econet/irpf_2018/pensaoAlimenticia.php http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/hotsite_econet/irpf_2018/livroCaixa.php http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/hotsite_econet/irpf_2018/calculoDeducoes_parcelaIsenta.php Também será subtraído o valor do imposto já recolhido Imposto já recolhido Carnê Leão Mensalão (complementação - DARF código 0246) Imposto pago no exterior Imposto retido na fonte Imposto retido (Rendimentos Recebidos Acumuladamente - RRA) Feitas as deduções indicadas, caso o valor seja positivo, este valor deverá ser recolhido. Caso o valor seja negativo, será objeto de restituição. a) Quem pode ser dependente: Podem ser dependentes, para efeito do imposto sobre a renda: ➢ companheiro(a) com quem o contribuinte tenha filho ou viva há mais de 5 anos, ou cônjuge; ➢ filho(a) ou enteado(a), até 21 anos de idade, ou, em qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho; ➢ filho(a) ou enteado(a), se ainda estiverem cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau, até 24 anos de idade; ➢ irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, de quem o contribuinte detenha a guarda judicial, até 21 anos, ou em qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho; DEPENDENTES ➢ irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, com idade de 21 anos até 24 anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau, desde que o contribuinte tenha detido sua guarda judicial até os 21 anos; ➢ pais, avós e bisavós que, em 2017, tenham recebido rendimentos, tributáveis ou não, até R$ 22.847,76; ➢ menor pobre até 21 anos que o contribuinte crie e eduque e de quem detenha a guarda judicial; ➢ pessoa absolutamente incapaz, da qual o contribuinte seja tutor ou curador. IMPORTANTE: Nora ou genro A nora ou genro poderá ser dependente se caso o filho ou filha conste como dependente na declaração do pai ou da mãe e declare em conjunto com estes e o genro ou nora não declare em separado a declaração de ajuste. Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, art. 90, § 2° Sogro Considerando que o filho ou filha declare em conjunto com o genro ou a nora, o sogro ou sogra podem ser considerados como dependentes desde que o sogro ou a sogra não aufiram rendimentos, tributáveis ou não, superiores ao limite de isenção, nem estejam declarando em separado. Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, art. 90, § 2° IMPORTANTE: Filho Universitário que completa 25 anos no inicio do ano calendário De acordo com a legislação tributária pode ser considerado dependente a filha, o filho, a enteada ou o enteado, até 21 anos, ou de qualquer idade quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho. Podem ainda ser assim considerados, quando maiores até 24 anos de idade, se ainda estiverem cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau. O fatode ter completado 25 anos durante o ano não ocasiona a perda da condição de dependência. Base Legal:Lei nº 9.250/95, artigo 35, III, § 1º; IN RFB nº 1.500/2014, artigo 90 IMPORTANTE: Comprovação da relação de dependência Em relação ao cônjuge a prova poderá ser feita através da certidão de casamento, enquanto que para os filhos através da certidão de nascimento. Em relação ao menor que o contribuinte crie e eduque, deverá o contribuinte possuir a guarda judicial, tutela ou adoção; IMPORTANTE: Dependente com rendimentos tributáveis A inclusão na declaração de um dependente que receba rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste anual, de qualquer valor, obriga a que sejam incluídos tais rendimentos na Declaração de Ajuste Anual do declarante. No caso de dependentes comuns e declaração em separado, cada declarante pode deduzir os valores relativos a qualquer dos dependentes comuns, desde que nenhum deles conste simultaneamente na declaração do outro declarante. É obrigatória a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF),que conste como dependente em Declaração de Ajuste Anual. IMPORTANTE: Dependente comum O dependente comum não pode constar como dependente em mais de uma declaração. Desta forma quando o pai e a mãe fazem declarações em separado apenas um deles pode utilizar o filho como dependente. IMPORTANTE: Filhos de pais separados O contribuinte pode considerar como dependentes os filhos que ficarem sob sua guarda, em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente. Nesse caso, deve oferecer à tributação, na sua declaração os rendimentos recebidos pelos filhos, inclusive a importância recebida do ex-cônjuge a título de pensão alimentícia; - o filho somente pode constar como dependente na declaração daquele que detém a sua guarda judicial. Se o filho declarar em separado, não pode constar como dependente na declaração do responsável; - o responsável pelo pagamento da pensão alimentícia pode deduzir o valor efetivamente pago a este título, sendo vedada a dedução do valor correspondente ao dependente; E a Guarda Compartilhada? Havendo guarda compartilhada, cada filho(a) pode ser considerado como dependente de apenas um dos pais; IMPORTANTE: Relação homoafetiva O contribuinte pode incluir o companheiro, abrangendo também as relações homoafetivas, como dependente para efeito de dedução do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, desde que tenha vida em comum por mais de 5 (cinco) anos; Pensão Alimentícia ➢ São dedutíveis da base de cálculo mensal e na declaração de ajuste apenas as importâncias pagas a título de pensão alimentícia, inclusive a prestação de alimentos provisionais, conforme normas do Direito de Família, sempre em decorrência de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente ou por escritura pública; ➢ Não há previsão legal para dedução de importâncias pagas a título de pensão alimentícia decorrentes de sentença arbitral Pensão alimentícia - sentença estrangeira A pensão alimentícia paga em virtude de sentença proferida no exterior pode ser deduzida do rendimento bruto, desde que o contribuinte faça prova de sua homologação no Brasil pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ); DESPESAS MÉDICAS Na declaração de rendimentos poderão ser deduzidos os pagamentos efetuados, no ano-calendário, com despesas médicas. Essas despesas restringem-se aos pagamentos efetuados pelo contribuinte para o seu próprio tratamento ou o de seus dependentes relacionados na declaração, incluindo-se os alimentados, em razão de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, ou por escritura pública. Despesas para o FISCO não pertence a quem pagou, mas a quem teve os serviços à disposição: Exemplo: Plano de saúde Despesas Médicas A dedução a título de despesas médicas está limitada a pagamentos especificados e comprovados através de documento fiscal ou outra documentação hábil e idônea. O recibo médico que não conter o endereço do médico, poderá ocasionar a não aceitação desse documento como meio de prova de despesa médica, porém não impede que outras provas sejam utilizadas, a exemplo da consulta aos sistemas informatizados da RFB (Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, artigo 97, § 4°). Consideram-se despesas médicas ou de hospitalização os pagamentos efetuados a médicos de qualquer especialidade, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, hospitais, e as despesas provenientes de exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias. Lei n° 9.250/1995, art. 8°, inciso II, alínea “a”; Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, art. 94 DESPESAS MÉDICAS ➢ Internação Hospitalar em Residência É dedutível a despesa com internação hospitalar efetuada em residência, somente se essa despesa integrar a fatura emitida por estabelecimento hospitalar. ➢ Internação em Estabelecimento Geriátrico Despesas de internação em estabelecimento geriátrico são dedutíveis a título de hospitalização apenas se o referido estabelecimento se enquadrar nas normas relativas a estabelecimentos hospitalares editadas pelo Ministério da Saúde e estiver apta a funcionar nos demais órgãos (municipais, estaduais e federais). Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, art. 96 DESPESAS MÉDICAS ➢ Prótese de silicone As despesas com prótese de silicone não são dedutíveis, exceto quando o valor dela integrar a conta emitida pelo estabelecimento hospitalar relativamente a uma despesa médica dedutível. Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, art. 94, § 11 ➢ Prótese dentária Enquadram-se no conceito de prótese dentária os aparelhos que substituem dentes, tais como dentaduras, coroas, pontes. Estes são considerados despesas dedutíveis. Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, art. 94, § 9° DESPESAS MÉDICAS Despesas Médicas ➢ Parto DESPESAS MÉDICAS Via de regra, as despesas médico-hospitalares próprias de um dos cônjuges ou companheiro não podem ser deduzidas pelo outro quando este apresenta declaração em separado. Contudo, como se trata de despesas necessárias ao parto de filho comum, as importâncias despendidas podem ser deduzidas por qualquer dos dois. Pode ser deduzido o total dos valores das prestações mensais pagas para participação em planos de saúde que assegurem direitos de atendimento ou ressarcimento de despesas de natureza médica, odontológica ou hospitalar, prestado por empresas domiciliadas no Brasil, em benefício próprio ou de seus dependentes relacionados na Declaração de Ajuste Anual. OBS: Quando tratar-se do Plano Empresarial a dedução que pode ser utilizada é apenas aquela que foi descontada do salário do funcionário. Plano de Saúde Despesas para o FISCO não pertence a quem pagou, mas a quem teve os serviços à disposição: Exemplo: Plano de saúde Quando se tratar de Pai pagando pra filho e pra esposa ou vice versa, não há necessidade de se comprovar a transferência de recursos, devido ao conceito de entidade familiar. A entidade familiar compreende todos os ascendentes e descendentes do declarante, bem como as demais pessoas físicas consideradas seus dependentes perante a legislação tributária. Se o terceiro não for integrante da entidade familiar, há que se comprovar a transferência de recursos, para este, de alguém que faça parte da entidade familiar. Plano de Saúde ➢ Nutricionista As despesas com nutricionista não são consideradas como despesas médicas conforme disposição na Solução de Consulta n° 58/2009 da 7ª Região fiscal (DOU de 24.08.2009). ➢ Exame de DNA O exame de DNA para investigação de paternidade não é considerado despesa médica para fins tributários; ➢ Medicamento Os gastos com medicamentos, inclusive vacinas, não podem ser deduzidos como despesas médicas, a não ser que integrem a conta emitida pelo estabelecimento hospitalar. Despesas médicas indedutíveis São dedutíveis os pagamentos de despesas com instrução do contribuinte e de seus dependentesrelacionados na declaração, inclusive de alimentandos, em razão de decisão judicial, acordo homologado judicialmente ou por escritura pública, efetuados a estabelecimentos de ensino, relativamente: 1. à educação infantil, compreendendo as creches e as pré-escolas; 2. ao ensino fundamental; 3. ao ensino médio; 4. à educação superior, compreendendo os cursos de graduação e de pós- graduação (mestrado, doutorado e especialização); 5. à educação profissional, compreendendo o ensino técnico e o tecnológico. Despesas com Instrução Despesas com instrução de dependentes ➢ Filho ou enteado O contribuinte pode deduzir despesas de instrução com filho ou enteado dependente até 24 se estiver cursando estabelecimento de nível superior ou escola técnica de segundo grau. Caso o dependente tenha rendimentos próprios, estes devem ser somados aos do responsável na declaração anual. Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, art. 90, § 1° Despesas com Instrução Despesas com Instrução ➢ Neto, bisneto, irmão, primo, sobrinho O laço de parentesco, bem como o efetivo pagamento das despesas com a instrução dessas pessoas, não são condições suficientes para permitir sua dedução pelo parente que suporta o encargo. Esta só é permitida quando o beneficiado possa ser enquadrado na condição de dependente do contribuinte. Limites Estão sujeitas ao limite anual individual de R$ 3.561,50, para o ano-calendário de 2018. O valor dos gastos que ultrapassar esse limite não pode ser aproveitado nem mesmo para compensar gastos de valor inferior a R$ 3.561,50 efetuados com o próprio contribuinte ou com outro dependente ou alimentando. Mensalidades Não se enquadram no conceito de despesas com instrução, por exemplo, as efetuadas com uniforme, transporte, material escolar e didático, com a aquisição de máquina de calcular e microcomputador. Despesas com Instrução A contribuição à previdência oficial que incidiu sobre os rendimentos tributáveis pode ser deduzida na DAA. Porém a Contribuição previdenciária recolhida pelo contribuinte na condição de contribuinte individual (autônomo), somente poderá ser dedutível se o contribuinte tiver rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste na declaração anual. A contribuição paga no ano de 2019, mesmo que refira-se a anos calendários anteriores (pagamento em atraso) poderá ser dedutível na Declaração de ajuste anual do ano de 2018/2019, exceto os acréscimos legais. Despesas com a Previdência ➢ Previdência Complementar A dedução relativa às contribuições para entidades de previdência complementar, somadas às contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi) e a parcela das contribuições para as entidades fechadas de previdência complementar de natureza pública, são dedutíveis até o limite de 12% do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda devido na declaração. Bens e Direitos Exemplo: Compra de um terreno legalmente registrado no cartório = Disponibilidade Econômica e Jurídica Exemplo: Compra de um terreno (Posse) = Disponibilidade Econômica Os Dois devem ser declarados O patrimônio de uma pessoa física é composto por bens e direitos. Bens são tudo aquilo que possui valor econômico e/ou jurídico e pode ser convertido em dinheiro, podendo ser divididos em bens móveis e imóveis. Bens e Direitos Bens e Direitos O custo de um imóvel para a pessoa física considera-se o valor da aquisição expresso em reais. Instrução Normativa SRF n° 84/2001, art. 5° Não é mais possível atualizar o valor dos bens constantes na declaração de ajuste por valor de mercado. Instrução Normativa SRF n° 84/2001, art. 8° http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/ant/in84_srf_2001.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/ant/in84_srf_2001.asp#art5 http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/ant/in84_srf_2001.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/ant/in84_srf_2001.asp#art8 ➢ Valores que integram o custo Em alguns casos eventuais despesas posteriores poderão também integrar o custo de aquisição de um bem ou direito, contudo salienta-se que toda despesa deve ser comprovada com documentação hábil e idônea, vejamos: Instrução Normativa SRF n° 84/2001, art. 17 Em bens imóveis: a) os gastos com a construção, ampliação e reforma, desde que os projetos tenham sido aprovados pelos órgãos municipais competentes; b) os gastos com pequenas obras, como pintura, reparos em azulejos, encanamentos, pisos, paredes; c) as despesas com demolição de prédio construído no terreno, desde que seja condição para se efetivar a alienação; http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/ant/in84_srf_2001.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/ant/in84_srf_2001.asp#art17 Móveis planejados A Receita Federal trouxe o entendimento através da Solução de Consulta Cosit n° 298, de 16 de outubro de 2014 - (DOU de 10.11.2014) de que os móveis planejados poderão integrar o custo de um imóvel para fins de apuração do ganho de capital, desde que integrem fisicamente ao imóvel e não possam ser removidos. http://www.econeteditora.com.br/bdi/st/st14/solucao_cosit_298_2014.php COMPRA DE IMÓVEIS FINANCIADOS O custo de aquisição de um bem adquirido a prazo deverá ser o valor dado como entrada pelo bem mais o valor das parcelas pagas. Desta forma no ano da aquisição o contribuinte deverá declarar na ficha de “Bens e Direitos” no campo “Situação em 31/12/XXXX” o valor da entrada que deu na aquisição + as parcelas efetivamente pagas por aquele imóvel durante o ano. Ressalta-se que os juros pagos no financiamento também integram o custo de aquisição. Não será necessário registrar a operação na ficha de “Dívidas e Ônus”, pois conforme disposição no “Ajuda do Programa do IRPF”, os bens que são dados em garantia quando da aquisição não serão lançados nesta ficha, apenas na ficha de “Bens e Direitos”. Descrição dos bens adquiridos Existem campos específicos para informações complementares relacionadas aos bens, tais como: - Imóveis: Data de aquisição, endereço, Inscrição Municipal (IPTU), área do imóvel; - Veículos: Renavam; - Conta corrente/Poupança: CNPJ da instituição financeira, agência e conta; - Aplicações financeira: CNPJ da instituição financeira. Inscrição municipal: Esse número pode ser obtido no carnê do IPTU denominado “inscrição imobiliária” (não é o número fiscal do imóvel). Se o número de inscrição imobiliária tiver mais do que 20 digitos, o contribuinte deverá deixar o campo em branco, informando o número completo no quadro “discriminação”. Não é obrigatório esse preenchimento, mas é recomendado ➢ Área total do imóvel: Deverá analisar as seguintes condições Terreno: Indicar a área total do imóvel Terreno com construção averbada na matricula do imóvel: Deverá informar a área total do terreno, pois a construção é parte integrante do terreno. Exemplo: um terreno de 240 m quadrados com uma casa construída no tamanho de 100 m quadrados. Deverá informar a área do terreno de 240 metros quadrados pois os 100 metros da construção já estão inseridas na metragem do terreno. Terreno sem construção averbada na matricula do imóvel: Neste caso será necessário informar separadamente o terreno e a construção Apartamento com vaga de garagem na mesma matrícula: Se os dois estiverem na mesma matricula deve-se somar as duas áreas. Apartamento com vaga de garagem em matriculas separadas: Deverá lançar cada qual separadamente em seus códigos. Registro no cartório de imóveis: Deverá marcar se o imóvel possui ou não matrícula no cartório, se sim deverá preencher com o número da matricula do imóvel e o nome do cartório. Imóvel adquirido com o FGTS O imóvel será informando pelo valor efetivamente pago (FGTS + parcelas pagas) na ficha Bens e Direitos. Informe o valor correspondente ao saque de FGTS na ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis no item 04 - Indenizações por rescisão de contrato de trabalho, inclusive a título de PDV, e por acidente de trabalho; e FGTS.http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/federal_fichas/imagens/bens_direitos/irpf_2018/13.3_link1.php http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/federal_fichas/imagens/bens_direitos/irpf_2018/13.3_link2.php IMPORTANTE: O CNPJ da fonte pagadora a ser informado será o da Caixa Econômica Federal; Bens Adquiridos em Condomínio Os bens e direitos adquiridos em condomínio devem ser declarados na proporção de sua parte, conforme o respectivo código, na ficha Bens e Direitos. Caso não possua os valores individualizados de cada matrícula, lance em um único registro, coloque todas as informações disponíveis no campo discriminação do bem. Informe a área total do imóvel, e caso seja necessário, detalhe este valor dentro do campo discriminação do bem. BENS E DIREITOS COMUNS — DECLARAÇÃO EM SEPARADO Quando os cônjuges (ou companheiros) optarem por apresentar a Declaração de Ajuste Anual em separado, todos os bens ou direitos comuns devem ser relacionados em apenas uma das declarações, independente do nome de qual cônjuge (ou companheiro) consta na documentação dos referidos bens ou direitos, tais como: imóveis, conta-corrente, veículos, ações Contas corrente de mais de uma titularidade O saldo será informado na ficha Bens e Direitos, segundo o código especifico, por cada titular conforme a sua participação na conta bancária. Se não for possível a identificação do valor atribuído a cada titular, o valor deve ser proporcionalizado igualmente entre os titulares. http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/federal_fichas/imagens/bens_direitos/irpf_2018/13.11_link1.php Dispensa de Informações na Ficha de Bens e Direitos Fica dispensada, em relação a valores existentes em 31 de dezembro de 2019, a inclusão de: I - saldos de contas correntes bancárias e demais aplicações financeiras, cujo valor unitário não exceda a R$ 140,00 (cento e quarenta reais); II - bens móveis, exceto veículos automotores, embarcações e aeronaves, bem como os direitos, cujo valor unitário de aquisição seja inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais); Considera-se esse valor em relação ao conjunto dos bens ou direitos da mesma natureza, alienados em um mesmo mês Ganho de Capital O ganho de capital deve ser apurado sempre que ocorrer a alienação de um bem ou direito e sobre esta venda ocorrer ganho. Estão sujeitas à apuração de ganho de capital as operações que importem: I - alienação, permuta, dação em pagamento, ou até mesmo doações de bens por valores superiores ao custo da aquisição; transferência a herdeiros na sucessão causa mortis, atribuição a ex-cônjuge na dissolução da sociedade conjugal A apuração deverá ocorrer no GCAP – Programa de Apuração dos Ganhos de Capital Os percentuais para apuração do ganho de capital a partir de 01.01.2017 são (Lei n° 8.981/95, artigo 21; Ato Declaratório Interpretativo RFB n° 3/2016): PERCENTUAL GANHO DE CAPITAL 15% Até R$ 5.000.000,00 17,5% De R$ 5.000.000,01 até R$ 10.000.000,00 20% De R$ 10.000.000,01 até R$ 30.000.000,00 22,5% Acima de R$ 30.000.000,00 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei8981_1995.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei8981_1995.asp#art21 http://www.econeteditora.com.br/bdi/ats/16/ato_declaratorio_inter_rfb_003_2016.php Isenções relativas ao ganho de capital ➢ Indenização da terra nua por desapropriação para fins de reforma agrária; ➢ Indenização por liquidação de sinistro, furto ou roubo, relativo ao objeto segurado; ➢ Alienação, por valor igual ou inferior a R$ 440.000,00, do único bem imóvel que o titular possua, individualmente, em condomínio ou em comunhão, independentemente de se tratar de terreno, terra nua, casa ou apartamento, ser residencial, comercial, industrial ou de lazer, e estar localizado em zona urbana ou rural, desde que não tenha efetuado, nos últimos cinco anos, outra alienação de imóvel a qualquer título, tributada ou não, sendo o limite considerado em relação: 1) A parte de cada condômino ou coproprietário, no caso de bens possuídos em condomínio. 2) Ao imóvel possuído em comunhão, no caso de sociedade conjugal ou união estável (salvo contrato escrito entre os companheiros) Fica isento do IRRF, o ganho auferido por pessoa física residente no Brasil na venda de imóveis residenciais, desde que o alienante, no prazo de 180 dias contado da celebração do contrato, aplique o produto da venda na aquisição de imóveis residenciais localizados no País; A opção pela isenção é irretratável e o contribuinte deve informá-la no respectivo Demonstrativo da Apuração dos Ganhos de Capital da Declaração de Ajuste Anual. A contagem do prazo de 180 dias inclui a data da celebração do contrato. “Considera-se imóvel residencial a unidade construída em zona urbana ou rural para fins residenciais, segundo as normas disciplinadoras das edificações da localidade em que se situar.” ➢ No caso de venda de mais de 1 (um) imóvel, o prazo de 180 (cento e oitenta) dias é contado a partir da data da celebração do contrato relativo à primeira operação; ➢ A aplicação parcial do produto da venda implica tributação do ganho proporcionalmente ao valor da parcela não aplicada; ➢ O contribuinte somente pode usufruir do benefício de que trata este item 1 (uma) vez a cada 5 (cinco) anos, contados a partir da data da celebração do contrato relativo à operação de venda com o referido benefício ou, no caso de venda de mais de 1 (um) imóvel residencial, à 1ª (primeira) operação de venda com o referido benefício Isenções relativas ao ganho de capital ➢ Ganho apurado na alienação de imóveis adquiridos até 1969; ➢ O valor da redução do ganho de capital para imóveis adquiridos entre 1969 e 1988; ➢ Para os imóveis adquiridos até 31.12.1988, pode ser aplicado o percentual de redução previsto no artigo 18 da Lei n° 7.713/88, sobre o ganho de capital correspondente à torna. Ano Aquisição Percentual de Redução Ano Aquisição Percentual de Redução 1969 100% 1979 50% 1970 95% 1980 45% 1971 90% 1981 40% 1972 85% 1982 35% 1973 80% 1983 30% 1974 75% 1984 25% 1975 70% 1985 20% 1976 65% 1986 15% 1977 60% 1987 10% 1978 55% 1988 5% http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei7713_1988.asp#art18 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei7713_1988.asp As moedas virtuais (bitcoins, por exemplo), muito embora não sejam consideradas como moeda nos termos do marco regulatório atual, devem ser declaradas na Ficha Bens e Direitos como “outros bens”, uma vez que podem ser equiparadas a um ativo financeiro. Elas devem ser declaradas pelo valor de aquisição MOEDA VIRTUAL - COMO DECLARAR Atenção: Como esse tipo de “moeda” não possui cotação oficial, uma vez que não há um órgão responsável pelo controle de sua emissão, não há uma regra legal de conversão dos valores para fins tributários. Entretanto, o contribuinte deverá guardar documentação que comprove a autenticidade desses valores. DIVIDAS E ÔNUS Os Empréstimos/Dívidas efetuado junto à terceiro ou parente deve ser informado o valor devido na ficha Dívidas e Ônus Reais, no código correspondente, neste caso o item 14 - Pessoas físicas. Fica dispensada, em relação a valores existentes em 31 de dezembro: ➢ A inclusão de dívidas e ônus reais, cujo valor seja igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais). ➢ Financiamentos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) ou sujeitos às mesmas condições, ou seja, aqueles nos quais o bem é dado como garantia do pagamento - ex: alienação fiduciária, hipoteca, penhor; ➢ Bens adquiridos por consórcio; ➢ Atividade rural (Demonstrativo da Atividade Rural). PGBL / VGBL/FAPI Em relação aos planos de previdência complementares, temos três modalidades que atualmente são as mais comercializadas no mercado brasileiro, sendo elas o PGBL, o VGBL e o FAPI. A sigla “PGBL” significa Plano Gerador de Benefício Livre; VGBL é Vida Gerador de Benefício Livre e FAPI é Fundo de Aposentadoria Programada Individual. a) no Plano Gerador de Benefício Livre(PGBL) e no Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), Planos de caráter previdenciário, o valor das contribuições são dedutíveis na Declaração de Ajuste Anual, limitado a 12% do rendimento tributável incluído na base de cálculo do imposto sobre a renda na declaração. Os valores pagos a título de PGBL e FAPI serão informados na ficha Pagamentos Efetuados, utilizando os seguintes códigos: - PGBL - Código 36 (Previdência Complementar) - FAPI - Código 38 (Fapi - Fundo de Aposentadoria Programada Individual) São dedutíveis os pagamentos efetuados pelo contribuinte em seu nome e no de seus dependentes, relacionados na declaração, a entidades de previdência complementar domiciliadas no Brasil destinados à obtenção de benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social. http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/federal_fichas/imagens/previdencia/irpf_2018/11.2_link1.php http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/federal_fichas/imagens/previdencia/irpf_2018/11.2_link2.php Quando do recebimento do benefício ou crédito, tributa-se a totalidade do rendimento, sendo adotado o regime de tributação, conforme a opção do contribuinte. No momento do resgate, haverá incidência de imposto de renda na fonte sobre os valores de resgate (valor aplicado + juros/rendimentos) conforme a modalidade de tributação adotada pelo contribuinte (progressiva ou regressiva). No caso de aplicação de tabela regressiva, o valor resgatado (aplicado + juros) será informado pelo contribuinte, já líquido da retenção de imposto de renda na ficha Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva no item 12 - Outros. Lei n° 11.053/2004, artigo 1° No caso de aplicação de tabela progressiva mensal, o valor resgatado (aplicado + juros) será informado juntamente com a retenção de imposto de renda na ficha Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica. http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/04/lei11053_2004.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/04/lei11053_2004.asp#art1 No Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), plano de seguro de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência, o valor das contribuições não são dedutíveis na Declaração de Ajuste Anual. Quando do recebimento, tributa-se a diferença entre o valor recebido e o valor aplicado, sendo adotado o regime de tributação, conforme a opção do contribuinte. Informar na ficha “Bens e Direitos” no código 97 – VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre, a discriminação do VGBL contratado e os saldos acumulados referentes aos valores históricos dos prêmios de VGBL em 31 de dezembro do ano-calendário anterior e em 31 de dezembro do ano-calendário, independentemente do valor. No momento do resgate, haverá incidência de imposto de renda na fonte sobre os rendimentos (juros) conforme a modalidade de tributação adotada pelo contribuinte (progressiva ou regressiva). No caso de aplicação de tabela regressiva, o valor do rendimento (juros) será informado pelo contribuinte, já líquido da retenção de imposto de renda ficha Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva no item 12 - Outros. Lei n° 11.053/2004, artigo 1° No caso de aplicação de tabela progressiva mensal, o valor do rendimento (juros) será informado juntamente com a retenção de imposto de renda na ficha Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica. http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/04/lei11053_2004.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/04/lei11053_2004.asp#art1 RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE Para analisar de que forma devem ser declarados os rendimentos recebidos acumuladamente, primeiramente deve ser verificado se esses rendimentos correspondem a anos-calendário anteriores ao do recebimento ou correspondem ao ano-calendário em curso. Rendimentos correspondentes a anos-calendário anteriores ao do recebimento: A ficha Rendimentos Tributáveis de Pessoa Jurídica Recebidos Acumuladamente deve ser preenchida caso o titular da declaração tenha auferido rendimentos tributáveis de pessoa jurídica e de pessoa física recebidos acumuladamente (RRA), relativos a anos-calendário anteriores ao do recebimento, inclusive aqueles oriundos de decisões das Justiças do Trabalho, Federal, Estaduais e do Distrito Federal. Tais rendimentos serão tributados exclusivamente na fonte, no mês do recebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/federal_fichas/imagens/rendimentos_acumulados/irpf_2018/4.1_link1.php Opção pela forma de tributação Ajuste anual Caso o contribuinte opte pela forma de tributação “Ajuste Anual”, os valores relativos aos RRA integrarão a base de cálculo do Imposto sobre a Renda na Declaração de Ajuste Anual do ano-calendário do recebimento, essa forma de tributação é irretratável. Nessa situação, o imposto decorrente da tributação exclusiva na fonte efetuada durante o ano-calendário pela fonte pagadora é considerado antecipação do imposto devido apurado na referida Declaração de Ajuste Anual. Exclusiva na fonte Caso o contribuinte opte pela forma de tributação “Exclusiva na Fonte”, o imposto é calculado mediante a utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento ou crédito. A base de cálculo é determinada mediante a dedução das seguintes despesas relativas ao montante dos rendimentos tributáveis (Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, artigo 39): a) pensão alimentícia, pagas em dinheiro, em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial, de acordo homologado judicialmente ou de separação ou divórcio consensual realizado por escritura pública, que se refere o artigo 733 da Lei n° 13.105/2015 - Código de Processo Civil; e b) contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/14/in1500_rfb_2014.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/14/in1500_rfb_2014.php#art39 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/15/lei_13105_2015.php#art733 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/15/lei_13105_2015.php
Compartilhar