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fichamento texto O método psicanalítico de Freud

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA/JF 
	
	
	Pró Reitoria Acadêmica – Direção Acadêmica 
	
	
	Curso: Psicologia 
	
	
	Professor(a): Carolina Levate
	
	
	Aluna: Talita Gomes Guedes
	
	Referência
FREUD, Sigmund. O método psicanalítico de Freud. In: FREUD, Sigmund. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição standard brasileira. Volume VII. Rio de Janeiro: Imago. p. 153-158.
	O presente texto tem por objetivo trazer uma discussão sobre o Método Psicanalítico de Freud. Esse método se formou dentro de um processo histórico onde aconteceram evoluções de suas técnicas, estando o andamento de suas descobertas associadas a revelação dos processos psíquicos. O método psicoterápico freudiano originou-se do chamado procedimento catártico descoberto por Joseph Breuer. Freud o retomou e o colocou à prova num grande número de enfermos. O método catártico baseava-se na ampliação da consciência que ocorre a partir da hipnose, eliminando sintomas e levando o paciente a um retrocesso do estado psíquico, levando em consideração que o paciente era hipnotizável. Sua meta era eliminar os sintomas patológicos e chegavam, de maneira que levando o paciente a retroceder estado psíquico em que o sintoma surgira pela primeira vez conseguia, emergir através do enfermo hipnotizado, lembranças, pensamentos e impulsos até então excluídos de sua consciência; “e mal ele comunicava ao médico esses seus processos anímicos, em meio a intensas expressões afetivas, o sintoma era superado e se impedia o seu retorno” (p.154). Por mais habilidade que o médico tivesse, a hipnose residia no arbítrio do paciente, e como um grande número de indivíduos neuróticos não podiam ser colocados em estado de hipnose através de procedimento algum, não conseguindo assim abranger tantas pessoas com a hipnose que era quem favorecia a ampliação da consciência permitindo ao médico justamente o material psíquico de lembranças e representações com o auxílio do qual se podia realizar a transformação dos sintomas e a liberação dos afetos. Como poderia Freud aplicar um método que pudesse abranger a um número irrestrito de enfermos? A princípio as modificações realizadas por Freud no método catártico de Breuer foram, mudanças na técnica, que levaram a novos resultados, exigindo uma concepção diferente do trabalho terapêutico, embora não contraditória à anterior. Com relação à sugestão, essa já havia sido renunciada pelo método catártico e Freud seguiu com o próximo passo, abandonar a hipnose. Não sendo encontrado algo que viesse a substituir essa perda da ampliação da consciência. Não seria possível falar em alguma influência terapêutica. Freud encontrou um substituto para a hipnose nas associações livres de seus pacientes, ou seja, em seus pensamentos involuntários. Adotando a regra fundamental associação livre como uma parte do método catártico ao invés da hipnose, poderia assim tornar irrestrito o número de pacientes a serem tratados. Tratando seus pacientes sem exercer nenhum outro tipo de influência, convidando-os a se deitarem de costas num sofá, de forma cômoda, enquanto ele próprio sente-se numa cadeira por trás deles, de maneira que não pudessem vê-lo, não exigindo que fechassem seus olhos. Assim, as sessões ocorriam como uma conversa entre duas pessoas literalmente despertas, sendo que uma era poupada de qualquer esforço físico e de qualquer sensação que poderia lhe distrair e perturbar-lhe a concentração da atenção em sua própria atividade anímica. De fato o método psicanalítico de Freud consistia em estabelecer relações entre tudo aquilo que o paciente lhe trazia desde conversas, comentários feitos por ele até os diversos sinais trazidos pelo insconsciente. Assim o psicanalista não poderia ficar sentado ouvindo e compreendendo somente aquilo que seu paciente queria dizer conscientemente, mas compreender as entrelinhas daquilo que ele diz, quebrando os vínculos, os tratos que fazemos ao nos comunicarmos com os outros, o analista não deveria se restringir unicamente aos assuntos específicos e, sim ao todo, ao sentido geral. No tratamento psicanalítico, o terapeuta tenta conduzir o paciente à origem de seus sintomas, até então inconscientes, em outras palavras, tenta trazer os conflitos e traumas inconscientes (recalcados) à consciência. E para esse acesso ao inconsciente utiliza a associação livre, fazendo também o uso da interpretação dos sonhos, passando pelo processo de resistência e transferência. Freud denominou de recalque o processo de esquecimento de acontecimentos reais motivados pelo sentimento de desprazer. As forças psíquicas que originaram esse recalcamento estariam fazendo resistência, se opondo para que as lembranças não fossem restauradas, quanto maior a resistência, mais profunda essa distorção. Sendo assim, é tarefa do método psicanalítico empenhar-se em eliminar as amnésias. Uma vez preenchidas todas as lacunas da memória torna-se impossível a continuação e reprodução dos sintomas. Para que se possa se submeter ao tratamento psicanalítico são necessários alguns requisitos. Primeiro, o paciente deve ser capaz de um estado psíquico normal. Cabe ainda, certo grau de inteligência natural e de desenvolvimento ético. Também pode ser que pessoas acima dos cinquenta anos sejam desfavoráveis para a análise. Apesar de tais limitações, o número de pessoas aptas à psicanálise é extraordinário. O tempo de análise para que seja eficaz pode ser longo, de seis a três anos. 
O texto traz a grande marca do método psicanalítico de Freud, que foi a regra fundamental desse método freudiano, a associação livre, a “regra de ouro” por excelência referida em várias obras da literatura. O texto é de fácil entendimento e muito explicativo.

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