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Conteúdo TÍTULOS DE CRÉDITO E CONT MERCANTIS

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Aula de 21/08/2020 - vídeo "O comércio". Discussão sobre a evolução e importância do direito comercial/empresarial no Brasil e no mundo.
Aula dia 28/08/20 - Recuperação de conceitos de direito empresarial (empresário e sociedades empresárias). Início dos estudos do Títulos de Créditos
Aula dia 04/09/20- Estudos dos títulos de créditos - Histórico, principais características e elementos, tipos de títulos de crédito.
Aula dia 11/09/20 - Estudos dos títulos de créditos - Histórico, principais características e elementos, tipos de títulos de crédito.
Aula dia 18/09/20- - Estudos dos títulos de créditos - atos cambiários.
Aula 02/10/20 - Estudos dos títulos de créditos - Notas promissórias, Duplicatas (mercantil e de serviços) e cheques.
Aula dia 09/10/20 - Estudos dos títulos de créditos impróprios. Ação Cambial.
1 AVALIAÇÃO – específica de títulos de crédito (discursivas).
Contratos mercantis são diferentes dos outros contratos pq são celebrados por empresários ou sociedades empresárias. 
TÍTULOS DE CRÉDITO E CONTRATOS MERCANTIS (se dão entre empresários)
Títulos de crédito- Conceito; princípios (cartularidade, literalidade, abstração, autonomia); Títulos em espécie; Letra de câmbio; Nota promissória; Duplicata; Cheque e títulos impróprios.
· Conceito de TÍTULO DE CRÉDITO: “É o documento necessário para o exercício do direito literal (direito do que tá escrito no título) e autônomo nele mencionado” (Cesare Vivante) 
· Para exercer um direito sobre um título de crédito eu preciso ter o documento, está na posse dele. Ex: o cheque. É um título (ordem de pagamento para que a IF pague a quantia que está no documento para quem possuir a cártula (princípio da cartularidade). E só pode ser pago o valor constante na cártula (princípio da literalidade), esse cheque, a partir da sua circulação, traz uma autonomia da obrigação. Então se a relação jurídica entre A e B tiver vícios, não afeta a cártula que está com C, ela não pode sofrer qualquer restrição, pq a relação jurídica traduzida naquela cártula ela é autônoma, então independe do negócio jurídico celebrado, o cheque em si é uma obrigação e deve ser cumprida.
· CC. Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
Ou seja, o título de crédito que representa o direito que está escrito na cártula (documento) precisa obedecer aos requisitos que a lei traz para que possa produzir efeitos.
Conceito de EMPRESÁRIO:
· CC. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente (por si, em seu nome) a atividade econômica (visa obtenção de lucro) organizada (onde ele utilize os fatores de produção) para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
· Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística (profissionais liberais), ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Ex: médico no consultório (mas se ele organizar sua atividade com todos os elementos de empresa, ele deixa de ser considerado profissional liberal e passa a ser empresário. Ou seja, as pessoas procuram pelo o local, não pelo profissional.
· Profissionalismo
· Pessoalidade (exerce em nome próprio- risco do negócio)
· Habitualidade
· Domínio/conhecimento
· Atividade econômica
· Intuito de lucro
· Organizada
· Manejo dos fatores de produção (Capital; mão de obra; insumos e tecnologia)
· Produção e circulação
· Industria e comércio
· Circulação – econômica – de Bens e serviços.
A EMPRESA é a atividade, econômica exercida pelo empresário (empresa não é sinônimo de estabelecimento comercial).
Empresário pode ser individual ou sociedade empresária. (cuidado; o sócio da sociedade empresária não é considerado empresário).
Exercício da Atividade Empresária: 
· Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
· Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
· Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
CÓDIGO CIVIL – LEI Nº 10.406/2002
· Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
· I - as associações;
· II - as sociedades;
· III - as fundações.
· IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
· V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
· VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
· Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Sociedades
· As sociedades definidas pela lei podem ser classificadas em empresariais e não empresariais. Sociedade empresariais são aquelas que exercem atividade própria de empresário e sujeita a registro dos atos constitutivos na Junta Comercial do Estado. Existem diferentes tipos de sociedade empresarial.
· As sociedades simples são destinadas aos profissionais liberais ou a prestadores de serviços que trabalham com atividades de natureza científica, artística ou literária, e o contrato social não pode ter natureza mercantil, sendo que os atos constitutivos são levados a registro no Cartório de Pessoas Jurídicas.
· São organizações formadas por grupos de pessoas com um objetivo em comum, qual seja, o de exercer uma atividade econômica de forma profissional e organizada para produzir e comercializar bens e serviços visando a obtenção de lucro.
· CC. Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
· Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.
Tipos de sociedade empresárias
· CC. Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias.
· Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à sociedade em conta de participação e à cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, imponham a constituição da sociedade segundo determinado tipo.
• EIRELI – Empresa individual de responsabilidade limitada. 
• Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. 
• §1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. 
• Sociedade limitada: é constituída por um ou mais sócios e seu contrato social deve ser registrado na junta comercial do Estado de atuação. A responsabilidade do sócio é limitada ao capital social integralizado, ou seja, ele só responde pela parte que se obrigou (caso a sociedade contraia dívidas, o patrimônio dos sócios não deve ser atingido, respondendo apenas pelo capital social investido). 
• A administração da sociedade pode ser feita por terceiros, isto é, por alguma pessoa que não precisa ser sócia da empresa, mas é escolhida pela maioria dos sócios (ou pode ser feita por um grupo de pessoas, se previsto dessa forma em contrato social). 
• Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamentepela integralização do capital social. 
• § 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
• § 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que couber, as disposições sobre o contrato social. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
• LEI Nº 13.874, DE 20 DE SETEMBRO DE 2019 – Conversão da MP 881/2019 - Institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica; estabelece garantias de livre mercado; altera as Leis nos 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), 6.404, de 15 de dezembro de 1976, 11.598, de 3 de dezembro de 2007, 12.682, de 9 de julho de 2012, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 10.522, de 19 de julho de 2002, 8.934, de 18 de novembro 1994, o Decreto-Lei nº 9.760, de 5 de setembro de 1946 e a Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943; revoga a Lei Delegada nº 4, de 26 de setembro de 1962, a Lei nº 11.887, de 24 de dezembro de 2008, e dispositivos do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966; e dá outras providências. 
• Sociedade anônima: é tradicionalmente indicada para empresas maiores e mais complexas. Nessa sociedade, o capital não está relacionado aos sócios, mas às “ações”. A responsabilidade do acionista será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. 
• O documento básico que regula a sociedade anônima é o estatuto. Nele estão previstos os direitos e obrigações dos acionistas. 
• O capital social pode ser classificado em “aberto”, quando as ações podem ser negociadas na bolsa de valores, ou “fechado”, quando não há oferta para negociação. 
• Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. 
• Art. 1.089. A sociedade anônima rege-se por lei especial, aplicando-se lhe nos casos omissos, as disposições deste Código. 
• LEI Nº 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976. - Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 
• Art. 80. A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares: 
• I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto; 
• II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro;
• III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro. 
• Parágrafo único. O disposto no número II não se aplica às companhias para as quais a lei exige realização inicial de parte maior do capital social. 
• Sociedade em nome coletivo:Na sociedade em nome coletivo os sócios respondem de forma igualitária entre eles, porém, é possível limitar essa responsabilidade no contrato social.
• Também não pode haver denominação social, isto é, um nome empresarial abstrato, pois deve constar o nome dos sócios ou suas iniciais, seguido pelo termo “& Cia” ou “Companhia”. E somente eles podem ser os administradores da empresa. 
• Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. 
• Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. 
• Sociedade em comandita simples 
• Na sociedade em comandita simples, os sócios são divididos em duas categorias: comanditados, que são pessoas físicas responsáveis pelas obrigações fiscais e financeiras; e comanditários, que são responsáveis e obrigados somente em relação à sua quota. 
• É considerada um tipo misto de sociedade, pois parte dos sócios tem responsabilidade limitada, enquanto o restante responde integralmente. Por isso, deve constar a discriminação de cada sócio no contrato social. 
• Nessa sociedade é necessária a anuência de todos os sócios para a entrada de um novo. Sua administração é feita pelos comanditados (ou conforme especificado no contrato). 
• Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota. 
• Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários. 
• Sociedade em comandita por ações 
• Assim como na S/A, esta comandita terá seu capital dividido em ações. Mas difere porque opera por firma ou denominação, e não em conjunto com seus acionistas. 
• Quem exerce os atos deliberativos e responsabilidades sociais é o diretor nomeado. Pode-se nomear mais de um diretor, desde que isso seja feito no ato de constituição da sociedade. 
• Caso seja necessário destituir um diretor, isso pode ser feito por votação dos acionistas, com representação mínima de 2/3 do capital da sociedade em comandita por ações. 
• Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste Capítulo, e opera sob firma ou denominação.
 • Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade. 
• Sociedade Em Conta De Participação 
• Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. • Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. 
• Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. • Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade. 
• Sociedades cooperativas: 
• Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa: 
• I - variabilidade, ou dispensa do capital social; 
• II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da sociedade, sem limitação de número máximo; 
• III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar; 
• IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança; 
• V - quorum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios presentes à reunião, e não no capital social representado; 
• VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação; 
• VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado; 
• VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da sociedade. 
• Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada. 
• §1º É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações. 
• §2º É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
TITULOS DE CRÉDITO - Histórico
• Na época de estruturação das tribos na Antiguidade, era comum a prática do escambo ou troca. Por meio desse mecanismo, trocava-se somente para se consumir, não havendo dependência de manifestação formasdas vontades dos polos da relação, nem mesmo confiança mútua entre eles, já que a troca era realizada simultaneamente. 
• Com o desenvolvimento da civilização, o intercâmbio de produtos se intensifica e já não é mais possível a troca em imediato. Surge então a necessidade da confiança ou do crédito. O maior dinamismo comercial, portanto, incentivou a propagação da ideia de crédito como ato de fé de que a obrigação avençada será cumprida dentro de determinado prazo ou superveniência de uma data. 
• Da necessidade de facilitar as operações envolvendo créditos, ou até mesmo promessas futuras de pagamento começaram os pequenos instrumentos e as pequenas tentativas de transformar papéis aparentemente sem valor em promessas de crédito. 
• Dessa necessidade de circulação de pecúnia, tem-se a primeira noção da existência de crédito, que corresponde a um valor a ser pago, devido por alguém. Mas, desde o início foi evidenciado um problema relativo à circulação dos direitos creditórios, problema que, de fato, só veio a ser solucionado com o aparecimento dos títulos de crédito. 
• No Direito Romano, era difícil a circulação dos capitais através do crédito, onde a obrigação constituía um elo pessoal entre o credor e o devedor, não podendo o credor, cobrar a dívida através dos bens do devedor. A cobrança, estabelecida na Lei das XII Tábuas, consistia em matar o devedor ou vendê-Io como escravo. 
• Mais tarde, através da Lex Papira, a garantia pessoal e corporal do devedor foi substituída pelo seu patrimônio, transferindo-se o crédito através da cessão, com obediência às formalidades estabelecidas. 
• Surgem na Idade Média os títulos de crédito, com algumas das características que hoje possuem. O incidente que deu origem foi à necessidade de proteger o credor, o devedor, e seus respectivos patrimônios, e não apenas um simples procedimento visando apenas à solução de um problema jurídico de circulação de capital. 
• Foi na Idade Média que começaram a aparecer documentos, papéis, que reuniam os direitos de crédito de seus titulares a as obrigações de seus emitentes. É o começo do que hoje conhecemos como os direitos e deveres entre credores e devedores. Com o tempo as primeiras noções de endosso também foram aparecendo, pois, surgia a necessidade de transmitir aquele direito a um terceiro que pudesse gozar futuramente daquela promessa de pagamento. 
• A cláusula que hoje é conhecida como “a ordem” foi um marco importante para a circulação dos títulos de crédito entre os povos. Essa circulação permitiu que as regras de validade de um título fossem aprimoradas, de forma que sua existência fosse “erga omnes”. 
• Dessa forma, a Idade Média, e o aparecimento do comércio foram os precursores do impulso para o nascimento dos títulos. Ao longo do tempo a necessidade de aprimoramento e os avanços nas legislações tornaram o que hoje conhecemos como os títulos de crédito. 
• Fontes: • https://amandamizoguchi.jusbrasil.com.br/artigos/181183621/teoria-geral-dos-titulos-de-credito-origem-historica-definicao-ecaracteristicas-essenciais • https://jus.com.br/artigos/32014/dos-institutos-garantidores-de-pagamento-e-a-origem-e-evolucao-dos-titulos-de-credito 
PRINCÍPIOS 
• Princípio da Cartularidade: exige a existência material do título ou, como versa Vivante, o documento necessário. Assim sendo, para que o credor possa exigir o crédito deverá apresentar a cártula original do documento - título de crédito. Garante, portanto, este princípio, que o possuidor do título é o titular do direito de crédito. 
• A duplicata se afasta deste princípio, uma vez que expressa a possibilidade do protesto do título por indicação quando o devedor retém o título.
 Conceito 
• Titulo de crédito é, na conceituação de Vivante, “o documento necessário para o exercício de um direito literal e autônomo, nele mencionado” 
• Princípio da Literalidade: o título vale pelo que nele está mencionado, em seus termos e limites. Para o credor e devedor só valerá o que estiver expresso no título. Deve, por conseguinte, constar a assinatura do avalista para que seja válido o aval, por exemplo.
 • A duplicata, por mais uma vez, figura como exceção, já que conforme estabelece o artigo 9° , §1°, da Lei n° 5.474/68: "a prova do pagamento é o recibo, passado pelo legítimo portador ou por seu representante com poderes especiais, no verso do próprio título ou em documento, em separado, com referência expressa à duplicata". 
• Princípio da Autonomia: desvincula-se toda e qualquer relação havida entre os anteriores possuidores do título com os atuais e, assim sendo, o que circula é o título de crédito e não o direito abstrato contido nele. 
• Desdobramento do Princípio da Autonomia: 
• Princípio da Abstração: decorre, em parte, do princípio da autonomia e trata da separação da causa ao título por ela originado. Não se vincula a cártula, portanto, ao negócio jurídico principal que a originou, visando, por fim, a proteção do possuidor de boa-fé. Não gozam deste princípio todos os títulos de crédito, mas se pode observar ser ele válido para as notas promissórias e letra de câmbio. 
• Inoponibilidade das exceções pessoais. Em decorrência do princípio da autonomia, esse princípio, extraído do art. 17, da LUG, informa que “as pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor”. 
• Fonte: https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/296/Titulos-de-credito
CLASSIFICAÇÃO – ATOS CAMBIÁRIOS
CONCEITO
· Conceito de TÍTULO DE CRÉDITO: “É o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado” (Cesare Vivante)
· CC. Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
PRINCÍPIOS 
CARTULARIDADE- Seria estar na posse do cheque para poder executá-lo
(Atualmente estão mitigados devido à virtualização dos títulos de crédito)
· LITERALIDADE- Se refere ao direito que está expresso na carta.
· AUTONOMIA
· ABSTRAÇÃO
· INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
· QUANTO AO MODELO
· LIVRE
· VINCULADO
· QUANTO A ESTRUTURA
· ORDEM DE PAGAMENTO
· PROMESSA DE PAGAMENTO
· QUANTO AS HIPOTESES DE EMISSÃO
· CAUSAL
· NÃO CAUSAL (ABSTRATO)
· QUANTO A CIRCULAÇÃO
· AO PORTADOR
· NOMINATIVO
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
· Quanto ao modelo
· Livre – São títulos que não necessitam observar a formatação rígida ou disposição específica da lei mas devem conter todos os requisitos da lei quanto aos elementos informativos indispensáveis a caracterização do título. São exemplos de título de modelos livres, a Nota Promissória e Letra de Câmbio.
· Vinculado – São títulos que observam os requisitos estabelecidos na lei especial, devendo adotar os formatos especificados. São exemplos de títulos de modelos vinculados, o cheque e a duplicata mercantil e de prestação de serviços.
· Quanto à estrutura
· Ordem de Pagamento – O documento expressa uma ordem exarada pelo sacador para que o sacado pague ao beneficiário o valor de face do título. São exemplos títulos de créditos com ordem de pagamento o cheque, a letra de câmbio e a duplicata mercantil.
· Promessa de Pagamento – O documento se reveste de promessa de pagamento de uma determinada quantia em uma data definida, feita pelo devedor (sacador/emitente) a uma determinada pessoa (beneficiário/favorecido). O exemplo de titulo de crédito que contém uma promessa de pagamento é a nota promissória que é um título de crédito emitido pelo devedor, sob a forma de promessa de pagamento, a determinada pessoa (beneficiário ou favorecido), de certa quantia em certa data.
· Quanto às hipóteses de emissão
· Causal – São títulos que, para sua emissão e circulação, precisam estar vinculados a uma causa prevista na lei, ou seja, estão a emissão do título está vinculada a uma causa debendi (motivo/ocorrência)autorizativa.
· É exemplo de título de crédito causal a duplicata de venda mercantil/de prestação de serviços, vez que o título só pode ser emitido se for representativa de uma obrigação decorrente da efetiva venda de mercadoria ou prestação de serviços. A emissão da duplicata está vinculada a uma nota fiscal acompanhada da fatura ou a nota fiscal-fatura. Desacompanhada da documentação fiscal, a duplicata será considerada simulada e o emitente sofrerá as penalidades do art. 172, do CP, na esfera criminal, além da obrigação de reparar os danos.
· Duplicata simulada
· CP. Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
· Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
· Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de 1968)
· Sócio de madeireira é condenado a 2 anos, 6 meses e 10 dias de detenção por ter emitido duplicatas falsas
· A 5.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná manteve, por unanimidade de votos, a sentença do Juízo da 1.ª Vara Criminal de Ponta Grossa que condenou o sócio de uma madeireira à pena de 2 anos, 6 meses e 10 dias de detenção e ao pagamento de 45 dias-multa por ter emitido duplicatas falsas contra outra empresa.
· Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o denunciado, na qualidade de sócio da empresa Madeireira Ponta Grossa Ltda. emitiu duas duplicatas contra a empresa Rampim e Souza Ltda. sem que houvesse mercadoria vendida ou serviço prestado. Os referidos títulos de crédito, nos valores de R$ 8.542,00 e R$ 5.100,00, foram emitidos em 21/05/2001 e 21/08/2001, respectivamente.
· O Juízo da 1.ª Vara Criminal da Comarca de Ponta Grossa julgou procedente a acusação formulada pelo Ministério Público condenando o acusado à pena de 2 anos, 6 meses e 10 dias e ao pagamento de 45 dias-multa pela prática, por duas vezes, do crime tipificado no art. 172 do Código Penal (duplicata simulada), cumulado com o art. 71 (continuidade delitiva) do mesmo Código. A pena privativa de liberdade foi substituída por duas penas restritivas de direito.
· Quanto às hipóteses de emissão
· Não Causal (abstrato) – São títulos de créditos cuja emissão não está vinculada a nenhuma causa debendi. Embora a emissão de um título, em regra, decorra de um fato ou obrigação, os títulos abstratos podem ser emitidos sem que estejam vinculados a qualquer motivo.
· São exemplos de títulos de créditos abstratos, o cheque e a nota promissória, ou seja, esses títulos podem ser emitidos para representar quaisquer obrigações, sendo independentes da causa que os originou (causa debendi).
· Quanto à circulação
· Ao portador - São títulos de crédito em que não consta no documento a identificação do credor. Os títulos ao portador são transmissíveis por mera tradição, não necessitando do endosso para sua transferência.
· O portador é o possuidor da cártula de crédito, que deve ser paga a quem a apresente. Os títulos de crédito ao portador circulam sem restrições/obrigações através das pessoas que têm sua posse. O título é pago ao possuidor que estiver portando a cártula e a apresente para pagamento.
TÍTULO AO PORTADOR – CÓDIGO CIVIL
· Art. 904. A transferência de título ao portador se faz por simples tradição.
· Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples apresentação ao devedor.
· Parágrafo único. A prestação é devida ainda que o título tenha entrado em circulação contra a vontade do emitente.
· Art. 906. O devedor só poderá opor ao portador exceção fundada em direito pessoal, ou em nulidade de sua obrigação.
· Art. 907. É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial.
· Art. 908. O possuidor de título dilacerado, porém identificável, tem direito a obter do emitente a substituição do anterior, mediante a restituição do primeiro e o pagamento das despesas.
· Art. 909. O proprietário, que perder ou extraviar título, ou for injustamente desapossado dele, poderá obter novo título em juízo, bem como impedir sejam pagos a outrem capital e rendimentos.
· Parágrafo único. O pagamento, feito antes de ter ciência da ação referida neste artigo, exonera o devedor, salvo se se provar que ele tinha conhecimento do fato.
· Quanto à circulação
· Nominativo - São os títulos de crédito em que, no documento, está identificado o beneficiário (credor). Um título de crédito nominativo pode conter a cláusula “à ordem” ou “não à ordem”, que respeitam a forma de circulação/transmissão do título. 
· Existindo a cláusula “a ordem”, (v.g. “Pague-se ao Sr. José dos Anzóis”), o titulo só pode ser transferido pelo endosso. Na ausência desta cláusula, o título será “não à ordem”, e pode ser transferido mediante cessão de crédito, nos termos do Código Civil.
TITULOS NOMINATIVOS – CÓDIGO CIVIL
· Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente.
· Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente.
· Art. 923. O título nominativo também pode ser transferido por endosso que contenha o nome do endossatário.
· § 1º A transferência mediante endosso só tem eficácia perante o emitente, uma vez feita a competente averbação em seu registro, podendo o emitente exigir do endossatário que comprove a autenticidade da assinatura do endossante.
· § 2º O endossatário, legitimado por série regular e ininterrupta de endossos, tem o direito de obter a averbação no registro do emitente, comprovada a autenticidade das assinaturas de todos os endossantes.
· § 3º Caso o título original contenha o nome do primitivo proprietário, tem direito o adquirente a obter do emitente novo título, em seu nome, devendo a emissão do novo título constar no registro do emitente.
· Art. 924. Ressalvada proibição legal, pode o título nominativo ser transformado em à ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à sua custa.
· Art. 925. Fica desonerado de responsabilidade o emitente que de boa-fé fizer a transferência pelos modos indicados nos artigos antecedentes.
· Art. 926. Qualquer negócio ou medida judicial, que tenha por objeto o título, só produz efeito perante o emitente ou terceiros, uma vez feita a competente averbação no registro do emitente.
CESSÃO DE CRÉDITO – CÓDIGO CIVIL
· CC. Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação.
· CC. Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita.
· CC. Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a tradição do título do crédito cedido.
ATIVIDADE FORMATIVA -TRABALHO
· Tempo da atividade: a) Pesquisa e relato: 30 minutos; b) Apresentação: 30 minutos.
· Pesquise uma jurisprudência que envolva a discussão: endosso x cessão civil de crédito, copie a ementa, colando em documento do word em separado e salve o inteiro teor do acordão.
· Leia o inteiro teor do acordão e faça uma síntese do julgado, relatando os principais pontos, controvérsias e o desfecho do caso. 
· O trabalho, devidamente formatado, apresentando a ementa e o relato do aluno deve ser postado no EVA da UNISUL, tópico EXPOSIÇÃO até a próxima aula.
· 10 (dez) alunos serão convidados a apresentar seu trabalho ao grupo, ainda na aula de hoje, apresentação limitada a 3 minutos por aluno.
ATOS CAMBIÁRIOS 
ATOS CAMBIÁRIOS 
• Estudaremos a constituição e exigibilidade do crédito cambiário através do estudo destes institutos na Letra de Câmbio, queé título de crédito próprio regrada pelo Decreto nº 57.663/66 (Lei Uniforme de Genebra – LUG) 
• Principais atos cambiários: 
• Saque 
• Aceite 
• Endosso 
• Aval 
• Vencimento 
• Pagamento 
• Protesto 
LETRA DE CÂMBIO 
ORIGEM DA LETRA DE CÂMBIO 
• A letra de câmbio, começou a se formar na Itália, na Idade Média, a partir do século XIV. 
• Para não ficar obrigado ao transporte de dinheiro de uma cidade para outra, sujeitando-se a toda sorte de riscos, o comerciante procurava um banqueiro de sua própria cidade, que tinha relação comercial com outro banqueiro, do local para onde o comerciante pretendia se dirigir, e lhe entregava o dinheiro. Em troca, recebia um documento (ordem de pagamento), endereçada ao banqueiro da outra cidade, que se responsabilizava pelo pagamento. 
• O procedimento se mostrava seguro ao evitar que o comerciante tivesse que transportar dinheiro em espécie e levasse, apenas, um documento representativo do crédito e uma ordem de pagamento. Essa prática impulsionou o comércio e deu origem ao título de crédito denominado LETRA DE CÂMBIO. 
ATOS CAMBIÁRIOS - SAQUE 
• A LETRA DE CÂMBIO é um título de credito que se estrutura como ORDEM DE PAGAMENTO e, ao ser emitida, cria três relações jurídicas distintas: 
• SACADOR > Emitente da ordem de pagamento 
• SACADO > Destinatário da ordem de pagamento 
• TOMADOR > Beneficiário da ordem de pagamento sacador ordem sacado pagamento tomador ATOS CAMBIÁRIOS - SAQUE 
• Essas três situações distintas não precisam necessariamente ser ocupadas por pessoas diferentes, ou seja, a mesma pessoa pode figurar em mais de uma posição: 
• LUG. Art. 3º. A letra pode ser à ordem do próprio sacador. Pode ser sacada sobre o próprio sacador. Pode ser sacada por ordem e conta de terceiro. 
• 1ª hipótese: Sacador = Tomador 
• 2ª hipótese: Sacador = Sacado 
• 3ª hipótese: Sacador > Sacado >Tomador ATOS CAMBIÁRIOS – 
SAQUE LUG. Art. 9º. O sacador é garante tanto da aceitação como do pagamento de letra. O sacador pode exonerar-se da garantia da aceitação; toda e qualquer cláusula pela qual ele se exonere da garantia do pagamento considera-se como não escrita. ATOS CAMBIÁRIOS - SAQUE 
• O SAQUE é o ato de emissão da LETRA DE CÂMBIO, ou seja, da emissão da ORDEM DE PAGAMENTO. O título deve observar os requisitos essenciais: (art. 1º, da LUG) 
• 1. a palavra "letra" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título; 
• 2. o mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; 
• 3. o nome daquele que deve pagar (sacado); 
• 4. a época do pagamento; 
• 5. a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 
• 6. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; 
• 7. a indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada; 
• 8. a assinatura de quem passa a letra (sacador). 1 4 2 36 6 7 5 3 8 
ATOS CAMBIÁRIOS - SAQUE 
• São requisitos NÃO ESSENCIAIS da LETRA DE CÂMBIO 
• Lugar do pagamento; 
• A importância declarada por cifra; 
• A data do vencimento do título; 
• A data da emissão.
• CC. Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. 
• § 2º Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. 
ATOS CAMBIÁRIOS - SAQUE 
• LUG. Art. 2º. O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes: 
• A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista. 
• Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento, e, ao mesmo tempo, o lugar do domicilio do sacado. 
• A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador. 
ATOS CAMBIÁRIOS - SAQUE 
• STF. Súmula 387 - A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. 
• CC. Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados. 
• Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ACEITE 
• O ACEITE é o ato de concordância do SACADO em relação a ORDEM DE PAGAMENTO emitida pelo SACADOR. Só pode ser exercido após o SAQUE. 
• LUG. Art. 25. O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra "aceite" ou qualquer outra palavra equivalente; o aceite é assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples assinatura do sacado aposta na parte anterior da letra. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ACEITE 
• O aceite é um ato: 
• Unilateral • Puro e simples 
• Autônomo e independente 
• Facultativo 
• Expresso. 
• Exarado o aceite, o sacado passa a ser chamado de aceitante. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ACEITE 
• O aceite obriga cambialmente o aceitante, produzindo uma obrigação direta (o sacado passa a ser o devedor principal da Letra de Câmbio).
• O aceitante responde perante o legítimo possuidor do título.
• O aceite se verifica pela aposição da assinatura do sacado no anverso do título. (pode ser no verso com a expressão “aceito” ou equivalente). 
ATOS CAMBIÁRIOS - ACEITE 
• LUG. Art. 25. O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra "aceite" ou qualquer outra palavra equivalente; o aceite é assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples assinatura do sacado aposta na parte anterior da letra. ATOS CAMBIÁRIOS - ACEITE 
• LUG. Art. 8º. Todo aquele que apuser a sua assinatura numa letra, como representante de uma pessoa, para representar a qual não tinha de fato poderes, fica obrigado em virtude da letra e, se a pagar, tem os mesmos direitos que o pretendido representado. A mesma regra se aplica ao representante que tenha excedido os seus poderes. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ACEITE 
• Espécies de aceite: 
• Aceite Parcial ou limitativo - O sacador concorda em pagar apenas uma parte do valor do título. 
• Aceite Modificativo - É o aceite em que o sacado anui a ordem, mas altera parte das condições estabelecidas no título (v.g.: vencimento). 
• Consequências do aceite parcial e modificativo: 
• O aceitante se vincula ao pagamento do título nos termos de seu aceite. 
• Opera-se o vencimento antecipado do título que pode ser cobrado do sacador. ATOS CAMBIÁRIOS - ACEITE 
• LUG. Art. 26. O aceite é puro e simples, mas o sacado pode limitá-lo a uma parte da importância sacada. 
• Qualquer outra modificação introduzida pelo aceite no enunciado da letra equivale a uma recusa de aceite. O aceitante fica, todavia, obrigado nos termos do seu aceite. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ACEITE 
• Cláusula “não aceitável” - A letra só pode ser apresentada para pagamento, ao sacado (não para aceite). Nesse caso, a recusa não importa no vencimento antecipado do título. 
• Cláusula “não aceitável” antes de determinada data - A recusa de aceite e a antecipação do vencimento ficam postergadas para certa data. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ACEITE 
• LUG. Art. 22. O sacador pode, em qualquer letra, estipular que ela será apresentada ao aceite, com ou sem fixação de prazo. 
• Pode proibir na própria letra a sua apresentação ao aceite, salvo se se tratar de uma letra pagável em domicilio de terceiro, ou de uma letra pagável em localidade diferente da do domicílio do sacado, ou de uma letra sacada a certo termo de vista. 
• O sacador pode também estipular que a apresentação ao aceite não poderá efetuar-se antes de determinada data. 
• Todo endossante pode estipular que a letra deve ser apresentada ao aceite, com ou sem fixação de prazo, salvo se ela tiver sido declarada não aceitável pelo sacador. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ACEITE 
• LUG. Art. 43. O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes, sacador e outros coobrigados: no vencimento; se o pagamento não foiefetuado; mesmo antes do vencimento: 
• 1º) se houve recusa total ou parcial de aceite; 
• 2º) nos casos de falência do sacado, quer ele tenha aceite, quer não, de suspensão de pagamentos do mesmo, ainda que não constatada por sentença, ou de ter sido promovida, sem resultado, execução dos seus bens; 
• 3º) nos casos de falência do sacador de uma letra não aceitável. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ACEITE 
• Prazos para apresentação da letra para o aceite: (sob pena de perder o direito contra os coobrigados). 
• À vista – máximo de um ano após o saque (art.34, da LUG) 
• A termo certo de vista - até um ano após o saque. (art.23, da LUG). 
• A termo certo da data - até o vencimento do título (art. 21, da LUG). 
• Prazo de respiro (art. 24, da LUG): É o direito que tem o sacado de pedir ao tomador que o título apresentado para aceite volte a ser apresentado no dia seguinte. 
ATOS CAMBIÁRIOS - VENCIMENTO 
• LUG. Art. 33. Uma letra pode ser sacada: 
• à vista; 
• a um certo termo de vista; 
• a um certo termo de data; 
• pagável num dia fixado. 
• As letras, quer com vencimentos diferentes, quer com vencimentos sucessivos, são nulas.
 
ATOS CAMBIÁRIOS - VENCIMENTO 
• À vista - O sacado deve pagar a letra no ato de sua apresentação, ou seja, o título é exigível de imediato. 
• Em dia certo - O sacado deve pagar o título no dia do vencimento indicado no título. 
• A certo termo da vista – O pagamento da letra deve ser efetuado há tantos dias a partir da data do aceite, ou seja, da data em que o título é exibido ao sacado; 
• A certo termo da data – O pagamento do titulo se dá a tempo certo da data, ou seja, depois de tantos dias contados da data da emissão do título. 
ATOS CAMBIÁRIOS - PAGAMENTO 
• O pagamento é o resgate da letra sendo indispensável a apresentação da cártula, vez que o título é feito para circular e o devedor não tem como saber quem é o último portador da cambial. 
• O pagamento efetuado de forma valida acarreta uma série de efeitos, podendo destacar-se: 
• O pagamento extintivo: encerra o ciclo cambiário, desobrigando todos os responsáveis. É o caso do pagamento feito pelo sacado que desonera todos os coobrigados; 
• O pagamento recuperatório: desonera apenas os coobrigados posteriores, mas os demais ficam obrigados ao pagamento e o avalista do aceitante pode propor ação regressiva contra este. 
ATOS CAMBIÁRIOS - AVAL 
• Em se tratando de um título de crédito, a letra de câmbio pode ser garantida por aval. O avalista, ao garantir o cumprimento da obrigação, responde de forma equiparada ao avalizado, ou seja, o avalista assume a posição de devedor do título de crédito. Não necessita da outorga uxória. 
• LUG. Art. 30. O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra. 
• CC. Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. 
ATOS CAMBIÁRIOS - AVAL 
• LUG. Art. 31. O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do aval. 
• O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador. 
• O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação, entender-se-á pelo sacador. 
ATOS CAMBIÁRIOS - AVAL 
• Espécies de avais: 
• Aval em branco: É o aval dado sem a indicação do avalizado. Considera-se dado em favor do sacador, na letra de câmbio (art. 30, da LUG), do promitente na nota promissória, e do emitente, no cheque. 
• O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final (art. 899, do CC). 
• Aval em preto: É o aval dado a um avalizado que esteja expressamente identificado no título. 
• Aval Limitado ou Parcial: É a garantia parcial, ou limitada dada pelo avalista (art. 30, da LUG). 
• CC. Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. • Parágrafo único. É vedado o aval parcial. 
• Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos (Súmula 189 do STF) 
Aval simultâneo: também chamado de coaval. Ocorre quando duas ou mais pessoas avalizam o título conjuntamente, garantindo a mesma obrigação cambial. Assumem responsabilidade solidária, sendo consideradas uma só pessoa. São avalistas da obrigação principal e não um do outro 
• A solidariedade entre os coavalistas é regida pelo direito civil: Se um dos coavalistas paga a dívida, pode cobrar integralmente o valor do devedor principal, mas pela via regressiva, contra o outro coavalista, apenas a fração proporcional (v.g.: se são apenas dois, aquele que pagou terá direito de cobrar 50% da dívida do outro). Os coavalistas são também chamados de avalistas do mesmo grau. 
• Aval sucessivo: É o chamado aval do aval. Se verifica quando um avalista avaliza outro avalista. No caso de o avalista do avalista pagar a dívida, terá direito de regresso em relação ao total da dívida, não apenas parte dela. 
• O último avalista em ação cambiária contra o primeiro avalista e contra o primeiro avalizado 
• O primeiro avalista tem ação cambiária contra o primeiro avalizado. No caso de o avalista do avalista pagar a dívida, terá direito de regresso em relação ao total da dívida, não apenas parte dela. 
• Aval antecipado: O pagamento de uma letra de câmbio, independente do aceite e do endosso, pode ser garantido por aval. Para a validade do aval, é suficiente a simples assinatura do próprio punho do avalista ou do mandatário especial, no verso ou no anverso da letra. (Art. 14, do Decreto nº 2.044/1908) 
• Concedido antes do aceite 
• Autonomia dos institutos 
• Válido mesmo se não houver aceite. 
Aval – Fiança : Garantia cambial, submetida aos princípios do regime jurídico cambial. /Garantia civil, regida pelo Direito Civil. 
É ato privativo do direito cambial. /É utilizada para contratos e não para títulos de crédito. 
Submete-se ao princípio da autonomia. Constitui obrigação autônoma (principal) em relação à dívida assumida pelo avalizado. 
*Não pode o avalista, quando executado em virtude do título de crédito, valer-se das exceções pessoais do avalizado, mas apenas as suas próprias exceções (ex.: pagamento parcial, falta de requisito essencial, etc.). /É garantia acessória da obrigação principal. 
Não admite benefício de ordem. /Há benefício de ordem (responsabilidade subsidiária). 
Deve ser prestado no próprio título (princípio da literalidade)./ Pode ser prestada em instrumento apartado. 
Exige outorga conjugal, se prestado por pessoa casada, exceto sob o regime de separação absoluta de bens. - art. 1.647, III, CC/02./ Já exigia outorga conjugal.
 ATOS CAMBIÁRIOS - ENDOSSO 
• O ENDOSSO é ato cambiário: 
• Unilateral 
• Puro e Simples 
• Autônomo e Independente. 
• Conceitualmente, o endosso é o meio de transferência da titularidade do título de crédito que, por sua natureza, é feito para circular. 
• LUG. Art. 11. Toda letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula à ordem, é transmissível por via de endosso. 
• Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras "não à ordem", ou uma expressão equivalente, a letra só é transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de créditos. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ENDOSSO 
• O ENDOSSO é ato cambiário: • Unilateral • Puro e Simples • Autônomo e Independente. 
• Conceitualmente, o endosso é o meio de transferência da titularidade do título de crédito que, por sua natureza, é feito para circular. 
• LUG. Art. 11. Toda letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula à ordem, é transmissível por via de endosso. 
• Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras "não à ordem", ou uma expressão equivalente, a letra só é transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de créditos. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ENDOSSO• Espécies de Endosso 
• À ordem ou não à ordem: Se o sacador inserir a expressão “não à ordem”, a letra não poderá circular por meio de endosso (art. 11, da LUG). Normalmente a letra de câmbio contém a cláusula “à ordem” e, assim, o credor poderá negociar o crédito mediante um ato jurídico denominado endosso, que consiste na assinatura no verso ou anverso do título. O primeiro endossante será sempre o tomador; o segundo endossante é o endossatário do tomador e assim sucessivamente. Não há qualquer limite para o número de endossos. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ENDOSSO 
• Espécies de Endosso
• Em preto: O endossatário está indicado no título: “pague-se a fulano de tal”, é dado no verso ou anverso da cártula. 
• Em branco: O endossatário não está indicado no título: verifica-se na expressão “pague-se” ou expressão equivalente, sem indicar o endossatário. O endosso em branco deve ser convertido em preto antes do pagamento do título (art.19, da Lei 8.088/90 e Súmula 387, do STF - A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. 
• O endosso em branco transforma a letra de cambio nominativa em título ao portador porque o endossatário de título, por endosso em branco, pode transferi-lo por tradição, não ficando coobrigado. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ENDOSSO • Espécies de Endosso 
• Endosso condicional é ineficaz quanto à condição, porque a lei considera como não escrita 
• LUG. Art. 12. O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele seja subordinado considera-se como não escrita. • Endosso Próprio – transfere a posse e a propriedade da cambial • Endosso Improprio: transfere somente a posse. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ENDOSSO • Espécies de Endosso • Endosso-mandato – concede ao endossatário o exercício dos direito inerentes ao título 
• CC. Art. 917. A cláusula constitutiva de mandato, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título, salvo restrição expressamente estatuída. 
• § 1º O endossatário de endosso-mandato só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador, com os mesmos poderes que recebeu. • § 2º Com a morte ou a superveniente incapacidade do endossante, não perde eficácia o endosso-mandato. 
• § 3º Pode o devedor opor ao endossatário de endosso-mandato somente as exceções que tiver contra o endossante. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ENDOSSO • Espécies de Endosso 
• Endosso-Caução, é o endosso dado em garantia ou pignoratício 
• CC. Art. 918. A cláusula constitutiva de penhor, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título. 
• § 1º O endossatário de endosso-penhor só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador. 
• § 2º Não pode o devedor opor ao endossatário de endosso-penhor as exceções que tinha contra o endossante, salvo se aquele tiver agido de má-fé. 
ATOS CAMBIÁRIOS - ENDOSSO 
• Endosso com efeito de cessão de crédito: 
• CC. Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé. 
• CC. Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor. 
• Endosso Tardio ou Póstumo: Endosso feito após o protesto, o pagamento, ou o transcurso do prazo de protesto (art. 20, da LUG) 
• Efeitos do endosso póstumo: 
• Se só vencimento: efeitos só do endosso; 
• Se houve protesto ou expiração do prazo de protesto: efeitos de cessão civil. 
• CC. Art. 920. O endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior. 
• Endosso de título não à ordem só garante o endossatário (art. 15, da LUG). 
ENDOSSO CESSÃO DE CRÉDITO 
Responde pela existência do crédito e pela solvência do devedor Responde somente pela existência do crédito Não pode arguir matéria atinente à relação jurídica com o endossatário Pode arguir matéria atinente à relação jurídica com o endossatário Unilateral Bilateral – contrato Independe de notificação do devedor Somente produz efeitos após a notificada ao devedor 
ATOS CAMBIÁRIOS - PROTESTO • O PROTESTO é o ato formal realizado perante um Oficial Público para constituir o devedor em mora e confirmar o inadimplemento da obrigação cambial, tem por objetivo salvaguardar os direitos cambiários. • Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. (Lei nº 9.492/97) • Finalidade • Caracterizar a impontualidade do devedor • Garantir direito de regresso contra coobrigados • Provar a existência da mora • Interromper a prescrição (art. 202, III, CC) 
ATOS CAMBIÁRIOS - PROTESTO • Espécies de protesto: • Facultativo – Para a propositura da ação cambial contra obrigado principal (aceitante e avalista) • Obrigatório – Para a propositura da ação cambial contra coobrigados (sacador, endossantes e seus avalistas). 
ATOS CAMBIÁRIOS - PROTESTO • Características do protesto • Cláusula sem protesto ou sem despesas • Dispensa o portador do protesto • Escrita pelo sacador vincula a todos • Escrita por outrem só vincula a ele e seu avalista • Sustação de Protesto • Sem regulamentação legal • Medida cautelar inominada • Segundo Rubens Requião deve ser usado para evitar abuso de direito • Cancelamento do Protesto • Prova do pagamento • Determinação judicial 
ATOS CAMBIÁRIOS - PROTESTO 
• Prazos para protesto: 
• Para aceite – entrega do título em cartório até o fim do prazo para apresentação ao sacado. • Para pagamentos - 2 dias úteis após aquele em que o título deve ser pago (LU, art.44). 
• Falta de protesto - perda de direito contra coobrigados. 
• Cláusula “sem despesas” - dispensa protesto. Contra qualquer devedor do crédito cambiário Sua inserção em aval ou endosso dispensa o protesto para aquela obrigação. 
• Cancelamento do Protesto: Lei nº 6.690/79. Pode se dar por pagamento posterior do título (feito em cartório). 
NOTA PROMISSÓRIA DECRETO Nº 57.663/66 NOTA PROMISSÓRIA 
• O título representa uma Promessa de pagamento 
• Relações jurídicas decorrentes da emissão da cambial: 
• SACADOR (Promitente) – Aquele que emite a nota promissória e se compromete com o pagamento (devedor principal - SACADO) 
• TOMADOR (beneficiário)- Aquele em favor de quem é emitida a nota promissória (credor). 
NOTA PROMISSÓRIA - REQUISITOS 
LUG. Art. 75 - A nota promissória contém: 
1. Denominação "Nota Promissória" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título; 
2. A promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada; 
3. A época do pagamento; 
4. A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 
5. O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga; 
6. A indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada; 
7. A assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor). 
NOTA PROMISSÓRIA – REQUISITOS 
LUG. Art. 76 - O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como nota promissória, salvo nos casos determinados das alíneas seguintes. A nota promissória em que não se indique a época do pagamento será considerada pagável à vista. Na falta de indicação especial, lugar onde o título foi passado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da nota promissória. A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada considerase como tendo-o sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor. 
NOTA PROMISSÓRIA LUG. Art. 77 - São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias a natureza deste título, as disposições relativas as letras e concernentes: Endosso (artigos 11 a 20); Vencimento (artigos 33 a 37); Pagamento (artigos 38 a 42); Direito de ação por falta de pagamento (artigo 43 a 50 e 52 a 54); Pagamento por intervenção (artigos 55e 59 a 63); Cópias (artigos 67 e 68); Alterações (artigo 69); Prescrição (artigos 70 e 71); Dias feriados, contagem de prazos e interdição de dias de perdão (artigos 72 a 74); 
NOTA PROMISSÓRIA A NOTA PROMISSÓRIA por retratar uma promessa de pagamento depende da assinatura do devedor (sacador) para ser emitida e, portanto, não necessita do aceite ou, tampouco, se opera o vencimento antecipado por recusa de aceite. Embora a NP não admita aceite, o título pode ser sacado para pagamento a certo termo da vista, a contar o lapso temporal para o vencimento, do visto do emitente. Se a nota promissória tiver vencimento a certo termo da vista, o prazo de apresentação será de 01 ano. A apresentação para o visto deve ocorrer até um ano do saque (art.23). Neste caso a nota promissória pode ser protestada por falta de data (art. 78, 2ª alínea). 
NOTA PROMISSÓRIA LUG. Art. 78 - O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o aceitante de uma letra. As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser presentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados no artigo 23. Art. 23 - As letras a certo termo de vista devem ser apresentadas ao aceite dentro do prazo de um ano das suas datas. O sacador pode reduzir este prazo ou estipular um prazo maior. Esses prazos podem ser reduzidos pelos endossantes. O termo de vista conta-se da data do visto dado pelo subscritor. A recusa do subscritor a dar o seu visto é comprovada por um protesto (artigo 25), cuja data serve de início ao termo de vista. NOTA PROMISSÓRIA O subscritor da nota promissória é o devedor principal sendo sua responsabilidade idêntica à do aceitante da LC (art.78). O protesto é facultativo para o exercício do direito de crédito contra o emitente e o prazo prescricional para esse exercício é de 3 anos. O aval em branco da nota promissória favorece o seu subscritor (art.77). NOTA PROMISSÓRIA A nota promissória quando vinculada a um instrumento particular (contrato) e desde que essa vinculação conste expressamente da cártula, é um título causal e não abstrato. Nesse caso, o título perde sua autonomia, já que o terceiro, ao receber a cambial terá ciência da vinculação ao contrato. STJ. Súmula 258 - “A nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão de iliquidez do título que a originou”. NOTA PROMISSÓRIA - PRESCRIÇÃO Às NPs são aplicadas as mesmas disposições da LC, assim, a prescrição é de três anos do credor contra o emitente e o respectivo avalista e, de um ano, a ação do portador contra o endossante. Portador contra avalista = 03 anos Portador contra endossante = 01 ano Endossante contra o outro = seis meses Cabe, ainda, a Ação Cambial ou de Locupletamento quando a NP encontrar vinculada a um contrato individual e onde for observado o enriquecimento ilícito por parte do credor. NP e LC - DIFERENÇAS 1. A LC é uma ordem de pagamento e a NP é uma promessa de pagamento; 2. Figuras intervenientes: - Na Letra de Câmbio: sacador, sacado e tomador. - Na Nota Promissória: sacador e tomador. 3. Aceite: - Na Letra de Câmbio é ato facultativo e unilateral do sacado. - Na Nota Promissória o aceite se confunde com o saque, ou seja, o título já nasce com o aceite. DUPLICATA MERCANTIL OU DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LEI Nº 5.474/68 DUPLICATA - ORIGEM O Código Comercial de 1850, no art. 219, estabelecia que nas vendas por atacado o vendedor era obrigado a extrair em duas vias uma relação de mercadorias vendidas. Essas vias eram assinadas pelo comprador e pelo vendedor ficando cada um com uma das vias do documento. A duplicata surgiu a partir da venda de mercadoria, com prazo não inferior a 30 dias, onde o vendedor extraia a respectiva fatura para apresentar ao comprador. No momento da emissão da futura, ou após a venda, o comerciante pode extrair uma duplicata que, sendo assinada pelo comprador, serve como comprovação da dívida. Duplicata – requisitos essenciais • Lei 5.474/68, art.2º; Lei 6.268/75 art.3º; Lei 6.304/75 (chancela mecânica) e Resolução nº 102, do CMN (modelo). Sendo titulo formal, a duplicata deve conter: • denominação duplicata, a data de sua emissão e o número de ordem. • número da fatura. • data do vencimento ou a declaração de ser duplicata à vista. • nome e o domicílio do vendedor e do comprador. • importância a pagar, em algarismos e por extenso. • praça de pagamento. • clausula à ordem. • declaração do recebimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite cambial. • assinatura do emitente. DUPLICATA A DUPLICATA é título de crédito que decorre sempre de um negócio jurídico antecedente, ou seja, de uma compra e venda mercantil ou de uma prestação de serviços. LEI Nº 5.474/68. Art. 1º - Em todo o contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 (trinta) dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador. § 1º A fatura discriminará as mercadorias vendidas ou, quando convier ao vendedor, indicará sòmente os números e valores das notas parciais expedidas por ocasião das vendas, despachos ou entregas das mercadorias. DUPLICATA - CLASSIFICAÇÃO A duplicata é título de modelo vinculado devendo ser mantido livro de registro de duplicatas pelo comerciante. É título causal pois só pode representar um crédito que tenha uma causa originária. A duplicata deve ser de uma única fatura. Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. Art. 20. As emprêsas, individuais ou coletivas, fundações ou sociedades civis, que se dediquem à prestação de serviços, poderão, também, na forma desta lei, emitir fatura e duplicata. DUPLICATA - CLASSIFICAÇÃO A emissão de duplicatas que não tenham como origem um contrato de compra e venda comercial ou de prestação de serviço é considerada infração penal. A emissão e aceite de duplicata simulada é crime. Lei nº 5.474/68. Art. 26. O art. 172 do Código Penal (Decreto-lei número 2.848, de 7 de dezembro de 1940) passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 172. Expedir ou aceitar duplicata que não corresponda, juntamente com a fatura respectiva, a uma venda efetiva de bens ou a uma real prestação de serviço. Pena - Detenção de um a cinco anos, e multa equivalente a 20% sôbre o valor da duplicata. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas". DUPLICATA – FIGURAS JURÍDICAS Sacador (tomador): é o vendedor da mercadoria ou o prestador de serviço. Sacado (devedor principal): É o comprador ou quem recebeu a mercadoria ou o destinatário da prestação de serviço. Tomador beneficiário (sacador): É o vendedor da mercadoria ou o prestador do serviço. DUPLICATA VENCIMENTO DO TÍTULO: À vista: Pagável à apresentação. À um certo termo de vista. REMESSA: Remessa pelo credor: 30 dias, na praça do devedor. Remessa por instituição financeira: 10 dias. DEVOLUÇÃO: Em 10 dias, contados da apresentação, assinada ou acompanhada de declaração contendo razões recusa de aceite. DUPLICATA - AVAL Aval em branco é aquele dado em favor daquele que assina acima ou se não houver este, a favor do comprador. Avais em branco e superpostos são considerados avais simultâneos (súmula 189 do STF). Quando o aval não identifica o avalizado presume-se dado em favor do sacado. DUPLICATA - ENDOSSO O Endosso é o ato cambiário que permite a circulação da cambial, ou seja, pelo endosso o credor (endossante) coloca em circulação a propriedade do título (endosso próprio), ou legitima a posse sobre o título para alguém (endosso impróprio). Na duplicata o vendedor é o primeiro endossante, pois é o sacador e tomador do título. O devedor Principal da duplicata é o sacado (comprador). DUPLICATA - ACEITE O vendedor tem prazo para enviar a duplicata,vez que é obrigatório o aceite e a recusa somente pode ocorrer em determinadas situações previstas na lei. Remessa da duplicata ao comprador. Este, ao receber o título: a) assina o título e o devolve no prazo de dez dias do recebimento; b) devolve ao vendedor sem assinar; c) devolve sem assinatura declarando por escrito às razões da recusa; d) não devolve e comunica o aceite ou e) não devolve o título, simplesmente. DUPLICATA - ACEITE A Recusa do aceite somente poderá ocorrer em casos de (art. 8º): a) avaria ou não recebimento de mercadoria, se não foram expedidas ou entregue por conta e risco do comprador; b) vícios na qualidade ou quantidade das mercadorias e c) divergências nos prazos ajustados. Espécies de Aceite da Duplicata Mercantil: a) Aceite ordinário ou expresso - assinatura no campo próprio do título. b) Aceite por comunicação - Retenção do título e comunicação do aceite. c) Aceite por presunção: Recebimento da mercadoria com ou sem devolução do título. DUPLICATA - PROTESTO A duplicata pode ser protestada em até 30 dias após o vencimento do título. A perda do prazo implica na perda do direito de ação contra os coobrigados. A triplicata pode ser emitida no caso de perda ou extravio da duplicata. O Protesto pode ser: a) por falta de aceite; b) por falta de pagamento e c) por falta de devolução. Depois do vencimento o protesto só pode ser por falta de pagamento. DUPLICATA - PROTESTO PROTESTO DA DUPLICATA – INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO: CC. Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; III - por protesto cambial; DUPLICATA – PRAZOS PRESCRICIONAIS Contra o sacado/avalistas: 3 anos, a contar do vencimento do devedor principal e avalistas. Contra o endossante/avalistas: 1 ano, a contar da data do protesto. Ação dos coobrigados contra outros e contra o sacador (direito de regresso): 1 ano, a contar do pagamento do título. DUPLICATA – PRAZOS PRESCRICIONAIS Lei nº 5.474/68. Art. 18 - A pretensão à execução da duplicata prescreve: (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) l - contra o sacado e respectivos avalistas, em 3(três) anos, contados da data do vencimento do título; (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) ll - contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) ano, contado da data do protesto; (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) Ill - de qualquer dos coobrigados contra os demais, em 1 (um) ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) § 1º - A cobrança judicial poderá ser proposta contra um ou contra todos os coobrigados, sem observância da ordem em que figurem no DUPLICATA – PRAZOS PRESCRICIONAIS Lei nº 5.474/68. Art. 18 - A pretensão à execução da duplicata prescreve: (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) §1º - A cobrança judicial poderá ser proposta contra um ou contra todos os coobrigados, sem observância da ordem em que figurem no título. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) §2º - Os coobrigados da duplicata respondem solidariamente pelo aceite e pelo pagamento. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) DUPLICATA – QUESTÃO ORIENTATIVA É possível a execução de Duplicata sem aceite? Explique e fundamente. CHEQUE LEI Nº 7.357/85 CHEQUE O Cheque é uma ordem de pagamento a vista em favor próprio ou de terceiros, contra fundos disponíveis em poder do sacado. Lei nº 7.357/85. Art. 32 O cheque é pagável à vista. Considera-se nãoestrita qualquer menção em contrário. Parágrafo único - O cheque apresentado para pagamento antes do dia indicado como data de emissão é pagável no dia da apresentação. SÚMULA nº 370, STJ - Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. CHEQUE O Cheque é uma ordem de pagamento a vista em favor próprio ou de terceiros, contra fundos disponíveis em poder do sacado. O sacado não tem obrigação cambial e não é responsável pela provisão de fundos. O sacado não pode: a) Aceitar o cheque (art.6) b) Endossar (art.18 par.1) c) Avalizar (art. 29) CHEQUE Lei nº 7.357/85. Art . 1º O cheque contêm: I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido; II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); IV - a indicação do lugar de pagamento; V - a indicação da data e do lugar de emissão; VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo equivalente. CHEQUE - MODALIDADES Existem quatro modalidades de cheques: • Cheque visado; • Administrativo; • Cruzado; • E para se levar em conta. • Fonte: INFANTI. Roberto. Modalidades de Cheques. Artigo. Disponível em: http://robertoinfanti.com.br/?p=382 CHEQUE - MODALIDADES • O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de fundos suficientes para a liquidação do título (LC, art. 7º). Somente pode receber visamento o cheque nominativo ainda não endossado. CHEQUE - MODALIDADES • O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para liquidação por uma de suas agências. Nele, emitente e sacado são a mesma pessoa (LC, art. 9º, III); ou seja, a instituição financeira ocupa, simultaneamente, a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário. O pressuposto do cheque administrativo, também chamado bancário, é a nominatividade. Se a lei admitisse sua emissão “ao portador”, poderia o título de uma instituição financeira conceituada acabar substituindo o papelmoeda. Serve essa modalidade de cheque ao aumento da segurança no ato de recebimento de valores. O vendedor de imóvel, ao outorgar a escritura ao comprador, em negócio à vista, normalmente exige o pagamento em cheque administrativo de banco de primeira linha, porque a probabilidade de esse título não ter fundos é remotíssima. 
CHEQUE - MODALIDADES 
• Cheque cruzado. O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o título (LC, art. 44). Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. 
CHEQUE - MODALIDADES 
• O cheque para se levar em conta é aquele em que o emitente ou o portador proíbem o pagamento do título em dinheiro. A cláusula “para ser creditado em conta” deve constar do anverso do cheque, na transversal. A praxe é inseri-la no cruzamento, com expressa menção do número da conta de depósito do credor. Nessa modalidade, o pagamento do cheque se reveste de grande segurança, na medida em que ou será liquidado na conta referida pela cláusula especial, ou não se prestará a nenhuma outra finalidade. Esse cheque é eminentemente escritural, pois o seu efeito só admite que o sacado faça a liquidação por lançamento do crédito em conta, ou transfira de uma conta para outra em compensação. Esse lançamento de escrita vale como pagamento.

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