Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 EXCELENTÍSSIMO SR. DELEGADO DE POLÍCIA DA COMUNIDADE VILA MADALENA - DELEGACIA DE POLÍCIA CIVIL DE PROTEÇÃO À MULHER DE HORIZONTINA/RS MARIA ANTONIETA, nacionalidade, casada, residente e domiciliada à Rua xxx, nº xxx, cidade, estado, documento de identidade nº xxx, CPF nº xxx, por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato anexo, vem, respeitosamente, á presença de Vossa Excelência, requerer a INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL, com fundamento legal no art. 5º, II do Código de Processo Penal, para apurar a infração penal de violência doméstica praticada por TIBERIUS CAIO, nacionalidade, casado, residente e domiciliado à Rua....., nº xxx, cidade, estado, documento de identidade nº xxx, CPF nº xxx, pelas razões de fato a seguir expostas. I. DOS FATOS Em 08 de agosto de 2019, Maria Antonieta foi agredida por Tiberius com um cabo de vassoura, socos e pontapés, restando com ferimentos na cabeça, nas costas e nas mãos, conforme boletim de atendimento médico do hospital de pronto socorro em anexo. O fato aconteceu na sede social da Comunidade Vila Madalena, na cidade de Horizontina/RS, onde ocorria a festa de aniversário da filha mais nova da vítima, que fazia, na data, 03 (três) anos de idade. A intenção de Tiberius era matar Maria Antonieta, o que não conseguiu porque foi impedido por Cleomar da Silva e Mona Lisa, vizinhos da vítima. Nesse sentido, insta salientar que a conduta violenta do requerido já era, inclusive, de 2 conhecimento de terceiros, os quais haviam presenciado comportamento agressivo de Tiberius contra a requerente. II. DO DIREITO Diante do comportamento agressivo de Tiberius descrito acima, bem como do crescente quadro de violência, Maria Antonieta, temendo por sua vida, não pretende coabitar com o mesmo. Conforme disposto no art. 5° da Lei n° 11.340/20061, configura violência doméstica ação ou omissão que cause lesão, sofrimento físico ou psicológico e dano moral. Uma vez evidenciado que a vítima sofreu lesão ao ser agredida pelo seu companheiro, e tendo tal ato sido testemunhado por seus vizinhos, resta configurado que a vítima necessita de medidas protetivas. Assim, se faz necessário seja apurada existência de violência doméstica em relação aos fatos descritos, e, em caso positivo, emitida medida protetiva salvaguardada no art. 12, III da Lei n° 11.340/20062. III. DOS PEDIDOS 1 Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 2 Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência; 3 Ante o exposto, requer- se: I. Instauração de inquérito policial a fim de que seja apurado o fato narrado acima; II. realização de exame de corpo de delito na vítima nos termos da lei; III. concessão da medida protetiva prevista no art. 22, incisos II e III da lei nº 11.340/2006; IV. oitiva das testemunhas Cleomar da Silva e Mona Lisa; e V. interrogatório e intimação do suspeito. Nestes termos, Pede e espera deferimento. Horizontina/RS, data. Advogado (a) OAB nº xxx /RS
Compartilhar