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Apostila 3ª Edição

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Fl 1 
 
MMIINNIISSTTÉÉRRIIOO DDAA DDEEFFEESSAA 
EEXXÉÉRRCCIITTOO BBRRAASSIILLEEIIRROO 
GGAABBIINNEETTEE DDOO CCOOMMAANNDDAANNTTEE 
 
BBrraaççoo FFoorrttee,, MMããoo AAmmiiggaa!! 
PPRROOGGRRAAMMAA DDEE EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO FFIINNAANNCCEEIIRRAA 
BBRRAASSÍÍLLIIAA--DDFF 
22000088 
 
Fl 2 
S U M Á R I O 
 
PREFÁCIO ............................................................................................................ 4 
 
HISTÓRICO DO PROGRAMA ................................................................................... 5 
 
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO FINANCEIRA E CONCEITOS BÁSICOS 
1. A importância da educação financeira para a vida ...................................................... 6 
2. Pontos básicos da educação financeira ..................................................................... 7 
3. Educação financeira para os nossos filhos ................................................................. 8 
4. Juros compostos na HP 12C e no Excel ..................................................................... 9 
5. Custo de oportunidade e depreciação ..................................................................... 15 
6. Liquidez ............................................................................................................. 16 
7. Curto, médio e longo prazo .................................................................................. 16 
 
MÓDULO 2 - ENDIVIDAMENTO 
1. A dificuldade de poupar ....................................................................................... 17 
2. Compradores compulsivos .................................................................................... 18 
3. Tipos de devedores .............................................................................................. 18 
4. Como evitar a inadimplência ................................................................................. 18 
5. Gerenciamento da dívida ...................................................................................... 19 
6. Aspectos legais (SPC, SERASA, Cod Def Cons) ......................................................... 20 
 
MÓDULO 3 - PLANEJAMENTO FINANCEIRO 
1. Conceitos ........................................................................................................... 21 
2. Classificação das despesas ................................................................................... 21 
3. Racionalização de despesas ................................................................................... 22 
4. Exercícios práticos ............................................................................................... 22 
5. Elaboração do orçamento doméstico ...................................................................... 24 
6. Planilhas do orçamento doméstico ......................................................................... 24 
 
MÓDULO 4 - BALANÇO PATRIMONIAL 
1. Conceito ............................................................................................................. 25 
2. Ativo ................................................................................................................. 25 
3. Passivo .............................................................................................................. 25 
4. Balanço patrimonial ............................................................................................. 25 
5. Análise do balanço patrimonial .............................................................................. 25 
6. Ativos bons e ativos ruins ..................................................................................... 25 
7. Exercício de balanço patrimonial ............................................................................ 26 
 
MÓDULO 5 - INVESTIMENTOS 
1. Conceitos ........................................................................................................... 27 
2. Opções de investimentos ...................................................................................... 30 
a. Renda fixa ...................................................................................................... 30 
 - Caderneta de Poupança .................................................................................. 30 
 - CDB ............................................................................................................ 30 
Fl 3 
 - RDB ............................................................................................................ 31 
 - Fundos DI .................................................................................................... 31 
 - Fundos de renda fixa ..................................................................................... 31 
 - Tesouro Direto .............................................................................................. 31 
b. Renda variável ................................................................................................ 31 
 - Ações .......................................................................................................... 31 
 - Multimercado ................................................................................................ 32 
 - Fundos Cambiais ........................................................................................... 32 
 - Fundos de Investimentos ............................................................................... 32 
 - Imóveis ....................................................................................................... 34 
 - Negócios Próprios .......................................................................................... 37 
c. Tributação ..................................................................................................... 37 
3. A Escolha do investimento certo ............................................................................ 38 
4. Dez erros que você deve evitar na gestão do seu dinheiro ......................................... 39 
 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 46 
 
SITES RELACIONADOS ......................................................................................... 46 
 
VÍDEOS 
 
DICIONÁRIO DE FINANÇAS 
 
SIMULADOR DE INVESTIMENTOS 
 
PALESTRAS REALIZADAS 
 
MOTIVAÇÃO 
 
ANEXOS 
Anexo A - Planilha de levantamento da situação financeira ........................................ 48 
Anexo B - Pesquisa de preços - Modelo e Planilha no Excel ........................................ 51 
Anexo C - Planilha diária ....................................................................................... 55 
Anexo D - Planilha mensal e anual ......................................................................... 56 
Anexo E - Artigos para reflexão ............................................................................. 57 
Fl 4 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA 
1. PREFÁCIO 
O presente programa tem a finalidade de ministrar ao público-alvo (integrantes do EB) 
conhecimentos sobre educação financeira, com o objetivo principal de levar a uma profunda 
reflexão sobre a forma como lidamos com o dinheiro. Essa reflexão visa conduzir à maturidade 
financeira, isto é, que aqueles que assimilarem os conceitos e idéias expostas no presente 
trabalho passem a adotar uma atitude mais racional em suas decisões financeiras pessoais. 
Essa racionalidade no trato com o dinheiro é, em regra, propiciada pelo grau de instrução 
financeira de cada um. Fomentar uma conscientização no campo das finanças pessoais, por 
meio da sensibilização e do conhecimento, seria, em suma, o objeto do presente trabalho. 
Esse conhecimento e essa conscientização financeira são fundamentais para termos uma vida 
financeira organizada e planejada e,dessa forma, alcançarmos, em curto, médio ou longo 
prazo, a tranqüilidade financeira. 
Aos participantes do programa são disponibilizadas, além do conhecimento, ferramentas 
técnicas, que contribuirão para uma melhor formação na matéria, tais como: planilhas de 
orçamento doméstico, exercícios práticos, pesquisas de preço, entre outras, possibilitando o 
aprendizado, por meio de exercícios práticos e dinâmicas de grupo, de alguns dos conceitos 
aqui expostos. 
O presente trabalho pode ser considerado um programa, uma vez que utiliza indicadores de 
gerenciamento para medir e comparar, ao longo do tempo, a situação financeira dos 
participantes. Esses indicadores (índice de endividamento, índice de poupança, variação 
patrimonial) são relativamente simples de serem calculados e manuseados, a fim de 
possibilitar ao próprio participante aferir os resultados alcançados e, dessa forma, capacitá-lo a 
gerir com competência e profissionalismo suas finanças pessoais e familiares. 
Esse trabalho aborda o tema Educação Financeira de forma completa, haja vista que 
engloba todos os assuntos necessários para uma gestão eficiente e eficaz dos recursos 
financeiros pessoais. Assuntos que vão desde noções básicas de contabilidade, economia, 
matemática financeira, até noções sobre os vários tipos de investimentos disponíveis no 
mercado financeiro, passando pelo planejamento financeiro. Busca-se tratar o tema de forma 
técnica e científica sem, contudo, deixar de lado o enfoque sócio-cultural que o assunto exige, 
pois a maneira como lidamos com o dinheiro revela muito de nós mesmos. 
Atualmente a equipe do Programa é composta pelo Gen Div R1 Moura Barreto, coordenador 
e palestrante do Programa, pelo Ten Cel João Carvalho, autor e palestrante, e pelo 1º Sgt 
Erivaldo, co-autor das planilhas no excel. 
O tema Educação Financeira não se esgota com esse trabalho. Nossa equipe apenas está 
iniciando o assunto no âmbito do Exército Brasileiro, por uma iniciativa louvável do Comando 
do Exército. Portanto, críticas e sugestões no intuito de melhorar e aperfeiçoar essa iniciativa 
serão muito bem aceitas pela equipe. 
Considero o presente trabalho apenas como uma ferramenta colocada à disposição do nosso 
público interno. A decisão de usar ou não essa ferramenta está em nossas mãos. 
Ten Cel João Carvalho 
Fl 5 
2. HISTÓRICO DO PROGRAMA 
O presente trabalho começou a ser desenvolvido ao final de 2003, no 3º Batalhão de 
Engenharia de Construção, em Picos-PI. Na ocasião, exercendo a função de Subcomandante do 
Batalhão, chegavam às minhas mãos cobranças de débitos, inclusive por vias judiciais, 
envolvendo alguns integrantes do Batalhão. Quando o problema chegava à Organização Militar 
já estava fora de controle. Normalmente, o militar havia acumulado débitos e estava 
inadimplente em vários lugares ao mesmo tempo: bancos, lojas, supermercados, 
minimercados e, mais grave ainda, devendo a agiotas, que geralmente pressionavam com 
todo tipo de ameaça, inclusive de morte. 
Levando os problemas mais graves ao conhecimento do Comandante, verificava-se que a 
situação era muito complicada, pois se constatava que, naquele momento, apenas medidas 
disciplinares não resolveriam o problema. Passei a negociar pessoalmente algumas dívidas de 
companheiros e foi possível perceber algumas características que estavam presentes em todas 
aquelas situações de total perda de controle das finanças. As pessoas que se encontravam 
nesse quadro: 
- lidavam com o dinheiro de forma impulsiva e irracional; 
- não usavam qualquer tipo de planejamento para adquirir bens; 
- não tinham nenhuma noção dos juros, que pagavam nos diversos empréstimos contraídos 
para rolar a dívida; 
- não sabiam quanto deviam e, pior, quanto estavam recebendo no final do mês; 
- também não tinham a mínima idéia do total de suas despesas mensais e continuavam 
comprando, além do necessário, mesmo com um alto grau de endividamento. 
Em suma, essas pessoas viviam em um completo caos financeiro. 
Em conversas com o Cel Goulart, então Comandante do Batalhão, verificou-se a 
necessidade de se ministrar uma palestra que orientasse o pessoal da OM na administração de 
suas finanças pessoais e a lidar de forma mais racional, madura e inteligente com o dinheiro. 
Enfim, que mostrasse a importância e a necessidade de se ter as finanças domésticas sob o 
mais cerrado controle e administradas sob padrões de racionalidade. 
Nessa perspectiva, recebi o encargo de preparar uma palestra sobre o tema Educação 
Financeira e ministrá-la para 02 (dois) públicos distintos: para oficiais e sargentos, bem como 
para cabos/soldados e servidores civis. A palestra teve uma aceitação muito além do esperado, 
com uma repercussão que extrapolou os muros do quartel e fui, então, convidado para 
ministrar a palestra no Banco do Brasil e em outras OM. 
Em 2004, com minha transferência para a 19ª CSM, o projeto - ainda incipiente – 
constituído apenas por uma palestra, foi apresentado para o então Chefe da 19ª CSM, que 
sugeriu que o projeto fosse transformado em um Programa, com indicadores de 
gerenciamento, e que fosse aplicado na OM. O desafio foi aceito e assim o fizemos. Após a 
aplicação do programa na 19ª CSM, o seu conteúdo foi ministrado em várias outras OM, a 
saber: 28º BC (Aracaju-SE), 6ª RM (Salvador-BA), 35º BI (Feira de Santana-BA), 5ª RM 
(Curitiba-PR), 20º BIB (Curitiba-PR), 63º BI (Florianópolis-SC), entre outras Unidades, 
alcançando mais de 30 (trinta) Organizações Militares. 
Em maio de 2007, as palestras do Programa foram ministradas na Secretaria de Economia e 
Finanças (SEF) e para as OM do Comando Militar do Planalto, situadas na Guarnição de 
Brasília. 
Em 2008, por orientação do Senhor Comandante do Exército, o ciclo de palestras sobre 
Educação Financeira será levado a todos os Comandos Militares de Área e também para as 
Escolas de Formação e Aperfeiçoamento do Exército Brasileiro. 
Fl 6 
MÓDULO 1 
 
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO FINANCEIRA E CONCEITOS BÁSICOS 
 
1. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA A VIDA 
A educação financeira deve ser entendida como um conjunto amplo de orientações e 
esclarecimentos sobre posturas e atitudes adequadas no uso e planejamento dos recursos 
financeiros pessoais e familiares. É a aptidão, preparo para lidar com conceitos e questões 
financeiras (receitas, despesas, juros, negócios, investimentos, etc). É a capacidade de saber 
utilizar o dinheiro como ferramenta para tornar a vida melhor, mais criativa, mais produtiva e 
mais equilibrada. 
Qual é o objetivo da educação financeira? 
De acordo com Aron Belinky, secretário-executivo da Ecopress - agência de notícias 
ambientais - o principal objetivo da educação financeira é proporcionar qualidade de vida, 
garantindo que tenhamos - hoje e no futuro - a segurança material e as condições para uma 
vida feliz, com realização profissional e pessoal. 
"O objetivo é mudar o pensamento de acumular cada vez mais dinheiro para a idéia de 
viver cada vez melhor", afirma Belinky. 
Para ele, a grande confusão está em ver o dinheiro como objetivo ao invés de vê-lo como 
instrumento. "O importante é que a pessoa priorize a satisfação ao consumo. Viver bem não 
significa comprar mais um celular ou outro carro, e sim aproveitar a vida", ensina. 
 
Princípios da educação financeira 
Segundo Belinky, o planejamento financeiro é essencial para garantir um futuro, ser 
previdente e evitar situações de riscos e carência. "No entanto, ter mais dinheiro não significa 
ser mais feliz ou ter mais qualidade de vida. O importante é planejar-se para ter o suficiente, 
sem consumir com exagero e desperdício". 
A educação financeira deveria fazer parte da formação básica de todo cidadão e seus 
princípios deveriam ser transmitidos de pais para filhos, como ocorre com os princípios de ética 
e valores, e à escola deveria caber o papel de aprofundar seus conceitos. Infelizmente, o 
oposto está ocorrendo. Os filhos estão aprendendo em casa daforma errada: pais que não 
realizam qualquer planejamento financeiro, que vivem endividados, que fazem maus negócios, 
por não terem noções básicas de finanças. E dessa forma passam o mau exemplo para seus 
filhos, em um círculo vicioso, que precisa ser interrompido pela Educação Financeira, que 
precisa ser adquirida já, por meio do sistema educacional ou pelo esforço individual, por 
intermédio de cursos, palestras e/ou leitura de literatura especializada. 
Apesar da necessidade da Educação Financeira na formação de cidadãos bem-sucedidos, em 
um mundo cada vez mais complexo, o seu ensino tem sido negligenciado pelo sistema 
educacional. Essa lacuna na formação de nossos estudantes tem sido responsável por muitos 
fracassos pessoais e familiares. Países desenvolvidos como Inglaterra, EUA e alguns países da 
Europa incluíram a matéria Educação Financeira na grade curricular de suas escolas, como 
matéria obrigatória, já há algum tempo. 
A falta de educação financeira gera estresse, noites mal dormidas, preocupações triplicadas, 
entre outros problemas. Muitas pessoas vivem preocupadas com o contracheque. Assim, o 
trabalhador, sua família e seus ideais tornam-se “reféns” do salário. Se formos associar esse 
despreparo financeiro ao desemprego, essa situação se torna desesperadora! 
Qual a principal pergunta que uma pessoa faz a si mesma quando perde o emprego? Como 
farei para honrar meus compromissos? Isso sem contar que, geralmente, as recolocações 
costumam levar, em média, seis meses. 
Estamos vivendo a Era da Informação, onde não há mais garantia de emprego e as pessoas 
permanecem menos tempo no mesmo vínculo. 
Passamos da Era Agrícola, há dez mil anos, para a Era Industrial, bem mais recente, há 
cerca de duzentos anos, para finalmente entrarmos na Era da Informação, que se inicia a 
partir do final da década de 80 e início da década de 90. Vários eventos históricos assinalam o 
início dessa nova Era: o fracasso dos sistemas socialistas, o fim dos regimes totalitários, o 
surgimento da internet, a globalização financeira, a revolução nas telecomunicações, a queda 
das barreiras entre os países. 
Na Era da Informação a única certeza é a mudança e a evolução: da tecnologia, do 
conhecimento, dos produtos, das pessoas e do emprego. Em uma Era onde a instabilidade é a 
Fl 7 
regra, você não pode mais depender somente da empresa, do governo ou do sistema 
previdenciário estatal para tomar conta de você, quando não puder mais trabalhar ou quando 
você se aposentar. Seu futuro nos novos tempos está muito mais em suas próprias mãos. 
Portanto, precisamos ser instruídos financeiramente para administrar bem nossas finanças 
pessoais e familiares, fazermos bons negócios, valorizar o dinheiro, investir com inteligência, 
para que dessa forma possamos construir um futuro digno para nós e para aqueles por quem 
somos responsáveis. 
 
CICLO DA VIDA FINANCEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Idade 
Fonte: HALFELD, Mauro. INVESTIMENTOS: Como administrar melhor seu dinheiro 
 
Ciclo financeiro da vida: poupar e acumular um patrimônio é a única opção. 
Se as pessoas mudam com a idade, também mudam suas necessidades financeiras. Quando 
analisada do ponto de vista financeiro, a vida de cada indivíduo pode ser dividida em fases, 
onde as necessidades e os objetivos são diferentes, mudando gradualmente ao longo do 
tempo. 
Um exemplo é o padrão de receitas e despesas. Existem fases em nossa vida, por exemplo, 
quando as despesas aumentam bastante: quem tem filhos sabe exatamente o que isso 
significa para o orçamento. Também as receitas variam, pois saímos de uma situação de 
salários mais baixos no início da carreira para uma situação muito melhor na meia idade, 
quando a maioria atinge seu apogeu profissional. 
No entanto, não somente as receitas e as despesas mudam ao longo do tempo. Também a 
necessidade de poupança vai se alterando, permitindo que alguns períodos de nossa vida 
possam ser ideais para acumulação de uma reserva financeira. Outros, por sua vez, são 
aqueles onde precisamos usar recursos poupados anteriormente para manter nosso padrão de 
vida. 
 
2. PONTOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA 
a. Como ganhar dinheiro - aprender a ganhar dinheiro é fundamental, pois ter nível 
superior não é garantia de futuro tranqüilo. Hoje, a expectativa de vida do ser humano é muito 
maior. A nova geração pode viver 120 ou 130 anos. Viverão mais tempo do que as gerações 
anteriores e para isso vão precisar guardar mais dinheiro, para poder viver durante muito mais 
tempo e não depender de filhos ou do governo. Todos precisam estar preparados 
financeiramente para se reorganizar e enfrentar situações inéditas. 
b. Como poupar - todos sabem que precisam ter uma reserva, mas muitos não sabem que 
poupar é prazeroso e leva a uma vida equilibrada. 
Fl 8 
c. Como gastar - saber como gastar o dinheiro não é uma tarefa fácil. Ser capaz de 
escolher o que é melhor agora, levando em conta o que é importante, exige bom senso e 
experiência. Gastar é um ato de inteligência. 
d. A responsabilidade social e ética no ganho e uso do dinheiro – reforçar na 
educação da nova geração que a idéia de responsabilidade social e ética deve estar sempre 
presente na forma de ganhar e usar o dinheiro. 
 
3. EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA OS NOSSOS FILHOS 
a. Ensinar ao seu filho a distinguir as coisas que compramos porque “queremos” daquelas 
que “precisamos”. 
b. Desde cedo faça seu filho entender a importância de não desperdiçar e cuidar do 
dinheiro. 
c. Ensinar a criança a controlar o consumo por impulso, mostrando como elaborar uma lista 
de compras e obedecê-la no supermercado. 
d. Explicar aos filhos que tipo de trabalho realizam. Isso ajudará a criança a estabelecer 
relação entre ganho de dinheiro e os limites de seu uso. 
e. Mostrar as diferenças entre coisas “caras” e “baratas” em diferentes ambientes (padaria, 
farmácia, papelaria etc). 
f. Assumir as próprias deficiências com relação ao dinheiro. Use o bom senso e não dê 
lições de moral. 
g. Estimular a criança a participar do orçamento doméstico, incentivando-a a dar sugestões 
sobre modos de reduzir despesas. 
h. Dar mesada à criança. Isso irá ajudá-la a tomar decisões e fazer escolhas, mesmo que 
em pequena escala. 
 
VALOR DA MESADA 
Dos 6 aos 11 anos, de acordo com os especialistas, as crianças devem receber o 
dinheiro na forma de semanada. Depois, podem recebê-lo mensalmente 
Até os 11 anos ______ x R$ 1 = __________________ Idade Valor VALOR DA SEMANADA 
Dos 12 aos 14 anos ______ x R$ 8 = _________________ Idade Valor VALOR DA MESADA 
Dos 15 aos 18 anos ______ x R$ 12 = _________________ Idade Valor VALOR DA MESADA 
 
i. Não se sentir desanimado se a criança gastar todo o dinheiro da mesada. Cometer erros 
é normal e vai ensiná-la a evitar erros maiores no futuro. 
j. Reforçar a idéia de que a responsabilidade social e a ética devem estar sempre presentes 
no ganho e no uso do dinheiro. 
k. Resista à tentação de presentear seu filho a todo o momento. Estipule as ocasiões que 
você considera mais propícias para isso. 
l. Em hipótese alguma estabeleça relação entre desempenho nos estudos e o ganho de 
dinheiro. Troque-o por um abraço afetuoso. 
m. Procure envolver os avós no processo de Educação Financeira da criança, explicando as 
razões do limite e pedindo que colaborem. 
n. Cuide para que a mesada seja um instrumento de amadurecimento financeiro da criança 
e não uma fonte de conflitos. 
o. Não use a suspensão da mesada como forma de punição por malcriações ou baixo 
rendimento escolar. Essa não é sua função. 
p. Fixe um dia para o pagamento da mesada, mantendo-o sempre o mesmo. 
q. Não estabeleça como condição para a mesada a realização de tarefas na casa. A criança 
poderá recusar-se a cumpri-las se não precisar de dinheiro. 
r. Ensine a importância de poupar. Proponha uma meta de poupança e incentive seu filho a 
alcançá-la. 
s. Não o recrimine por suas compras. Noentanto, procure impor algumas restrições a 
gastos que você não concorde. 
Fl 9 
t. Não se torture por não dar a seu filho tudo o que ele pede. Dessa maneira, ele será um 
adulto responsável, produtivo e com auto-estima. 
Cássia D’Aquino 
 
4. JUROS COMPOSTOS 
- São os famosos juros sobre juros. 
Exemplo: Aplicação de R$ 100,00 (cem reais) durante 7 meses, à taxa de 10% ao mês, 
com juros compostos: 
10,00 
11,00
12,10
13,31
14,64 
16,10 
17,71
R$ 194,87
R$ 177,15
R$ 161,05 
R$ 146,41R$ 133,10
R$ 121,00R$ 110,00 
R$ 100,00 
0 
20 
40 
60 
80 
100 
120 
140 
160 
180 
200 
220 
0 mês 1 mês 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 7meses
JUROS = 10,00 + 11,00 + 12,10 + 13,31 + 14,64 + 16,10 + 17,71 = 94,87 
CAPITAL AO FINAL DO 7º MÊS = 100,00 + 94,87 = 194,87 
 
- Fórmula para a capitalização dos juros: 
Fórmula Traduzida: 
FV = PV (1 + i )n 
FV = Valor Futuro ou Montante, do inglês future value. 
PV = Valor Presente ou Capital Inicial, do inglês present value. 
 i = Taxa de Juros, de interest rate, em inglês. 
 n = Número de Períodos, de number, em inglês. 
 
No exemplo acima: 
FV = 100,00 ( 1 + 0,1 )7 = 100,00 ( 1,1 )7 
FV = 100,00 x 1,9487 = 194,87 
 
 
- R$ 1.000,00 a diferentes taxas, em diferentes períodos: 
 
Credor Taxa (%) 12 meses 24 meses 36 meses 
FAM * 1.205,55 1.495,13 1.874,03 
CHEQUE ESPECIAL 8,0 2.518,17 6.341,18 15.968,17 
CARTÃO DE CRÉDITO 9,00 2.812,66 7.911,08 22.251,23 
AGIOTA 10,00 3.138,43 9.849,73 30.912,68 
* 1,57%, 1,69% e 1,76%, respectivamente. 
Os cálculos acima poderão ser realizados no site do Banco Central: 
 www.bcb.gov.br/?VALORFUTURO 
Fl 10 
R$ -
R$ 5.000,00
R$ 10.000
R$ 15.00
R$ 25.000,00
R$ 35.000,00
1 15
Meses
,00
0,00
R$ 30.000,00
R$ 20.000,00
8 22 29 36
FAM Cheque Especial Cartão de Crédito Agiota
- Qual o segredo dos juros com
TEMPO E TAXA DE JUROS. 
 
O ÚNIC
 
 
postos? 
DEPÓSIT O 
Taxa Anual Tempo (Anos) 
Valor 
% 10 20 30 
6 8.954,24 16.035,68 28.717,46 
12 15.529,24 48.231,47 149.799,61 
15 331.058,86 20.227,79 81.832,69
5.000,00 
18 26.169,18 6.965,17 716.853,19 13
6 17.908,48 32.071,35 57.434,91 
12 31.058,48 96.462,93 299.599,22 
15 40.455,58 163.665,37 662.117,72 
10.000,00 
706,38 18 52.338,36 273.930,35 1.433.
6 26.862,72 48.107,03 86.152,37 
12 46.587,72 144.694,40 449.398,83 
15 60.683,37 245.498,06 993.176,58 
15.000,00 
18 78.507,53 410.895,52 2.150.559,58 
 
- JUROS COMPOSTOS NA HP-12C E NO EXCEL 
 
FUNÇÕES FINANCEIRAS DA HP 12C 
 
Tecla Função 
Tecla 
PV 
utilizada para o cálculo ou armazenamento do valor presente de uma 
operação, ou seja, o principal ou capital. 
FV 
Esta tecla 
mo
é destinada para o cálculo ou armazenamento do valor futuro, ou 
ntante de uma operação (montante = principseja, o al + juros). 
I Tecla utilizada para calcula rmr ou a azenar a taxa percentual de juros. 
PMT Com esta tecla armazenam-se . ou calculam-se as prestações ou parcelas iguais
N Calcula ou armazena o número de períodos iguais do fluxo. 
CHS Utilizada para trocar o sinal de um número (de + para – ou vice-versa) 
 
 
 
Fl 11 
EX
de juros compostos de 10% ao mês? 
 
EMPLOS: 
1) Qual o valor do resgate relativo à aplicação de um capital de R$ 1.000,00, por 3 meses, 
a uma taxa 
Dados: 
PV = R$ 1.000,00 
I = 10% ao mês
n = 3 meses 
FV = ? 
 
Solução pela HP-12C: 
Pressione Visor Significado 
f C 0,00 Limpa todos os registradores. LX 
10 000,00 Introduz o valor do principal inicial. 00 CHS PV -1.
10 10,00 Introduz a taxa da operação. i 
3 3,00 Introduz o prazo da operação. n 
FV 1.331,00 Calcula o valor do resgate. 
Solução no Excel - Calculadora Financeira do BCB: www.bcb.gov.br/?VALORFUTURO 
ua ssoa deve aplicar hoje para 
eses, a uma taxa de juros d ê lização 
os: 
R$ 10.000,00 
 
 (1 + i )n , onde: PV = __FV
 
2) Q nto uma pe ter acumulado um montante de R$ 10.000,00
daqui a 24 m
composta? 
e 1 % ao m s, segundo o regime de capita
Dad
FV = 
I = 1% ao mês 
n = 24 meses 
PV = ? 
Solução pela fórmula: 
FV = PV __ 
 (1 + i )n 
fórmula, temos: 
 
Substituindo os valores na 
 
PV = 10.000,00 = 
24 
R$ 7.875,66 
 (1 + 0,01)
So : 
 
lução pela HP-12C
Pressione Visor Significado 
f C 0,00 Limpa todos os registros. LX 
10 -10.000,00 Introduz o valor do montante. 0000 FV 
1 1,00 Introduz a taxa de juros mensal. i 
24 24,00 Introduz o prazo da operação. n 
PV 7.875,66 Calcula o valor do principal inicial. 
Solução no Excel - Calculadora Financeira do BCB: www.bcb.gov.br/?VALORFUTURO 
ensal de juros compostos cobrada por um banco em um empréstimo 
no valor d 0, por 8 meses, c r final pago foi de R$
s: 
0,00 
 10.000,00 
= 8 meses 
i = ? % ao mês 
olução pela fórmula: 
0 = 8.000,00 x (1 + i )8 
 = 10.000,00
 
3) Determine a taxa m
e R$ 8.000,0 ujo valo 10.000,00. 
Dado
PV = R$ 8.00
FV = R$
n 
 
S
FV = PV x (1 + i )n 
Substituído os valores, temos: 
10.000,0
(1 + i )8
 8.000,00 
83 ⇒ i = 2,83% 
(1 + i)8 = 1,25 
1 + i = ( 1,25 )1/8 
i = ( 1,25 )1/8 - 1 
i = 0,02
Fl 12 
Solução pela HP-12C: 
Pressione Visor Significado 
f C 0,00 Limpa todos os registros. LX 
80 -8.000,00 Introduz o valor do principal. 00 CHS PV 
10000 FV 10.000,00 Introduz o valor do montante. 
8 n 8,00 Introduz o prazo da operação. 
i 2,83 l. Calcula a taxa de juros mensa
Solução no Excel - Calculadora Finance : Oira do BCB www.bcb.gov.br/?VALORFUTUR 
 Qual o montante acumulado pela aplicação xa de 
s, pelo prazo de 72 dias alização 
posta? 
 
4) de um capital de R$ 5.000,00, à uma ta
juros de 3% ao mê corrido, segundo o regime de capit
com
Dados: 
PV = 5.000,00 
i = 3% ao mês 
n = 72 dias = 72 = 2,40 meses 
 30 
FV = ? 
 
Soluçã
FV =
o a: 
 PV x ( 1 + i )n 
 x ( 1 + 0,03)72/30 
67,59 
lução pela HP-12C: 
 pela fórmul
FV = 5.000,00 
FV = R$ 5.3
 
So
Pressione Visor Significado 
f CLX 0,00 Limpa todos os registradores. 
5000 CHS PV -8.000,00 Introduz o valor do principal inicial. 
3 i 3,00 Introduz a taxa de juros mensal. 
72 ENTER 30 : n 2,40 Introduz o prazo da operação. 
FV 5.367,59 Calcula o valor do montante. 
Solução no Excel - Calculadora Fi ra do BCB: www.bcb ORFUTUROnancei .gov.br/?VAL 
ual a taxa de juros cobrada em uma o ã e giro, cujo 
20.000,00 proporcion te, após um 
o de 120 dias, segundo o regime de ca
ção pela HP-12C: 
 
5) Q peraç o de empréstimo para capital d
principal de R$ ou a quantia de R$ 37.450,31 de montan
períod pitalização composta? 
 
Solu
Pressione Visor Significado 
f CLX 0,00 Limpa todos os registradores. 
20000 CHS PV -20.000,00 Introduz o valor do principal inicial. 
37450.31 FV 37.450,31 Introduz o valor do montante. 
4 n 4,00 Introduz o prazo da operação em meses. 
i 16,98 Calcula a taxa de juros mensal. 
Solução no Excel - Calculadora Financeira do BCB: www.bcb.gov.br/?VALORFUTURO 
 
6) 
uma operação de empréstimo para capital de giro, a uma taxa de prefixada de juros 
ês, pelo prazo de 73 dias. Qual o valor final a ser pago pela empresa? 
 
o pela HP-12C: 
 Uma empresa tomou emprestado de um banco a quantia de R$ 50.000,00 por meio de
compostos de 4,5% ao m
Soluçã
Pressione Visor Significado 
f CLX 0,00 Limpa todos os registradores. 
50000 CHS PV -50.000,00 Introduz o valor do principal. 
4,5 i 4,50 Introduz a taxa de juros mensal. 
73 ENTER 30 : n eses. 2,43 Introduz o prazo da operação em m
FV 55.6 a empresa. 52,71 Calcula o valor a ser pago pel
Solução no Excel - Calculadora Finance RFUTUROira do BCB: www.bcb.gov.br/?VALO 
 pessoa aplicou a quantia de 0 epósito Bancário 
 u dos), pelo 
prazo de 72 o 
Imposto de Renda à alíquota de 22,5%, quando do resgate, pergunta-se: 
 
7) Uma R$ 10.000, 0 em um Certificado de D
(CDB), a ma taxa de juros compostos de 18% ao ano (ano-base de 360 dias corri
 dias. Sabendo-se que sobre o valor do rendimento bruto(juros) foi descontado
Fl 13 
So la HP-12C: 
a) Qual o valor do resgate bruto? 
b) Qual o valor do Imposto de Renda? 
c) Qual o valor do resgate líquido (valor do resgate bruto - valor do Imposto de Renda)? 
 
lução pe
Pressione Visor Significado 
f C 0,00 Limpa todos os registradores. LX 
10000 -10.0000,00 Introduz o valor do principal investido. CHS PV 
18 18,00 Introduz a taxa de juros anual. i 
72 ENTER 360 : n 0,20 Introduz o prazo da operação em anos. 
FV 10.336,57 Calcula o valor do resgate bruto. 
10 336,57 Valor do rendimento bruto (juros). 000 - 
22 % 75,73 Valor do Imposto de Renda. ,5 
- 260,84 Valor do rendimento líquido. 
10 o resgate líqiudo. 000 + 10.260,84 Valor d
 
PRESTAÇÕES IGUAIS, SEM ENTRADA - UTILIZANDO A TECLA END 
1) Um anunciado por R ,00 para pagamento à 5 prestações 
 mensais, sendo a primeira paga 30 dia 
le o valor das prestações, sabendo que i 
. 
ados: 
 = R$ 350,00 
= 5 prestações 
 
 
 fogão está $ 350 vista ou em 
iguais e s após a compra. 
Calcu a taxa de juros compostos cobrada pela loja fo
de 5% ao mês
D
PV
n 
i = 5% ao mês 
MT = ? P
Pela fórmula: 
V x ( 1 + i )PMT = P n x i 
 ( 1 + i )n - 
05 )
1 
 
,PMT = 350 x ( 1 + 0 5 x 0,05 PMT = 80,84 
+ 0,05 )5 - 1 ( 1 
 
Solução pela HP-12C: 
Pressione Visor Significado 
f CLX 0,00 Limpa todos os registradores. 
g END 0,00 Posiciona no modo END (sem entrada). 
350 CHS PV -350,00 Introduz o valor do principal. 
5 i 5,00 Introduz a taxa de juros mensal. 
5 n 5,00 Introduz o número de prestações. 
PMT s. 80,84 Calcula o valor das prestaçõe
Solução no Excel - Calculadora Financeira do BCB: www.bcb.gov.br/?PRESTFIXA 
s 
V = ? 
Solução C: 
 
2) Quanto devo aplicar hoje (PV), a uma taxa de juros compostos de 1% ao mês, para 
poder receber a partir do próximo mês, 6 prestações iguais de R$ 500,00? 
Dados: 
 PMT = R$ 500,00
n = 6 prestações 
i = 1% ao mê
P
 
 pela HP-12
Pressione Visor Significado 
f CLX 0,00 Limpa todos os registradores. 
g END 0,00 Posiciona no modo END (sem entrada). 
500 CHS PMT -500,00 Introduz o valor da prestação. 
1 i 1,00 Introduz a taxa de juros mensal. 
6 n 6,00 Introduz o número de prestações. 
PV 2.897,74 Calcula o valor do principal. 
Solução pela Calculadora Financeira do BCB: www.bcb.gov.br/?PRESTFIXA 
Fl 14 
para pagamento em 12 prestações iguais e mensais, sem entrada, de R$ 55,13 cada? 
Da
PV
n 
i 
 
Soluç
3) Qual a taxa de juros compostos cobrada no financiamento de um televisor à vista de R$ 
520,00, 
dos: 
 = R$ 520,00 
PMT = R$ 55,13 
= 12 prestações 
= ? ao mês 
ão pela HP-12C: 
Pressione Visor Significado 
f CLX 0,00 Limpa todos os registradores. 
g END 0,00 Posiciona no modo END (sem entrada). 
520 CHS PV -520,00 Introduz o valor do principal. 
12 n 1 es. 2,00 Introduz o número de prestaçõ
55.13 PMT 55,13 Introduz o valor das prestações. 
i 3,91 Calcula a taxa de juros mensal. 
 
4) Um carro está sendo financiado por e uinte 
- Valor à vista do bem: R$ 26.000,00. 
- Co do em 
4 prestaç
,00 de entrada! Logo o PV será R$ 20.800,00. 
: 
Soluçã
meio d uma operação de leasing da seg
forma: 
ndições de financiamento: 20% do valor do bem, a título de entrada, e o sal
ões iguais de R$ 1.100,00, vencendo a primeira 30 dias após a entrada. 2
 
Qual a taxa de juros cobrada em tal operação? 
PULO DO GATO! 
O valor a ser financiado é de R$ 20.800,00 e não R$ 26.000,00, pois será pago R$ 
5.200
Então
 
o pela HP-12C: 
Pressione Visor Significado 
f C 0,00 Limpa todos os registradores. LX 
g ND E 0,00 Posiciona no modo END (sem entrada). 
20800 CHS PV -20.800,00 Introduz o valor do principal. 
24 n 24,00 Introduz o nú taçmero de pres ões. 
1100 PMT 1.100,00 Introduz o valor das prestações. 
i 2,00 Calcula o valor da taxa de juros. 
 
PRESTAÇÕES IGUAIS COM 
 Uma geladeira está anunciad
prestações iguais e mensais, sendo a primeira paga no ato da compra (com entrada). Calcule o 
va
1.000,00 
ções (com entrada) 
 mês 
T
Solução pela HP-12C:
 ENTRADA - UTILIZANDO A TECLA BEGIN 
 
1) a por R$ 1.000,00 para pagamento à vista ou em 12 
lor das prestações, sabendo que a taxa de juros compostos cobrada pela loja foi de 4,5% ao 
mês. 
Dados: 
PV = R$ 
n = 12 presta
i = 4,5% ao
PM = ? 
 
 
Pressione Visor Significado 
f CLX 0,00 Limpa todos os registradores. 
g BEGIN entrada). 0,00 Posiciona no modo BEGIN (com
1000 CHS PV -1.000,00 Introduz o valor do principal. 
4,5 i 4,5 al. 0 BEGIN Introduz a taxa de juros mens
12 n 12,00 BEGIN Introduz o número de prestações. 
PMT 104,94 BEGIN Calcula o valor das prestações. 
 
2) Qual a taxa de financiamento de um televisor de 29 polegadas, cuja entrada é de R$ 
180,00 e um saldo d abendo que o valor 
à vist
evedor de 5 prestações no mesmo valor da entrada, s
a é de R$ 950,00? 
Dados: 
Fl 15 
PV
PM
n 
i 
 
oluç
 = 950,00 
T = 180,00 
= 6 
= ? 
S ão pela HP-12C: 
Pressione Visor Significado 
f CLX 0,00 Limpa todos os registradores. 
g BEGIN IN (com entrada). 0,00 Posiciona no modo BEG
950 CHS PV -950,00 Introduz o valor do principal. 
6 n 6,00 BEGIN Introduz o número de prestações. 
180 PMT 180,00 BEGIN Introduz o valor de cada prestação. 
i 5,44 BEGIN Calcula o valor da taxa de juros mensal. 
 
SISTEMA P
a geladeira no valor de R 0 s 
o Sistema P
ensal de juros com c
) o total acumulado de juros e
iatam
d) o valor dos juros e principal contido na 36ª prestação; 
mento da 36ª parcela. 
RICE OU FRANCÊS DE AMORTIZAÇÃO 
 
 foi financiada em 48 prestações iguais mensaiUm $ 1.000,0
de R$ 55,32, segundo 
a) a taxa m
rice de Amortização. Calcule: 
postos obrada nessa operação; 
b principal pago nas 35 primeiras prestações; 
c) o saldo devedor imed ente após o pagamento da 35ª prestação; 
e) o saldo devedor imediatamente após o paga
 
Solução pela HP-12C: 
Pressione Visor Significado 
f CLX 0,00 Limpa todos os registradores. 
g END 0,00 Posiciona no modo END (sem entrada). 
1000 CHS PV -1000,00 Intro lor financiado. duz o va
48 n 48,00 Introd mero de prestações.uz o nú 
55,32 PMT 55,32 Introd lor das parcelas. uz o va
i 5,00 Calcu axa de juros menla o valor da t sal. 
35 f AMORT 1.455,82 Juros ados nas 35 primeir s. acumul as parcela
X ⇔ Y 480,38V Valor do principal amortizado em 35 parcelas. 
RCL PV -519,62 Saldo devedor após o 35º pagamento. 
1 f AMORT 25,98 Valor dos juros incluídos na 36ª parcela. 
X ⇔ Y 29,34 Valor da amortização incluída na 36ª parcela. 
RCL PV -490,28 Saldo devedor após o pagament rcela. o da 36ª pa
 
 
5. 
 
CUSTO DE OPORTUNIDADE E DEPRECIAÇÃO 
 
- Gasto Médio de um Automóvel, com um ano de uso, no valor de R$ 25.000,00: 
Despesa Mensal (R$) Anual (R$) 
Seguro (5% ao ano) 104,20 1.250,00 
IPVA (3% ao ano 62,50 750,00 ) 
Estacionamento 40,00 480,00 
Manutenção 125,00 1.500,00 
De 2.500,00 preciação Prevista (10% ao ano) 208,30
Custo de Oportun no) 125,00* 1.500,00 idade (6% ao a
Multas e Eventualidade ? ? 
Total 665,00 7.980,00 
Fonte: HALFELD, Mauro. INVESTIMENTOS: Como administrar melhor seu dinheiro 
* Cus aplic 
25.000,0 na aquisiçã tom ad pa 
al do auto R$ 665, os 
eira, ofe 0,5% d reais po o valer
to dado pelo uso alternativo do recurso.
0, utilizados
 No exemplo ac
óvel, em uma c
ima, seria a 
erneta de pou
ação dos R$
nça, com juroso do au
de 0,5% ao mês. 
O valor do custo mens
em uma aplicação financ
móvel em questão de
recendo 
00 mensais, se investid
r mês, irãe juros : 
Fl 16 
Em 10 anos: R$ 109.524,66 
Em 20 anos: R$ 308.793,48 
Em 30 anos: R$ 671.342,52 
 
E aplicado a 1% de juros reais por mês, irão valer: 
Em 10 anos: R$ 154.505,49 
Em 20 anos: R$ 664.433,37 
Em 30 anos: R$ 2.347.392,66 
 
- Depreciação do automóvel novo: 
 
VEÍCULOS 0 Km Após 1 anos Após 2 anos Após 3 anos 
Chevrolet Celta 1.0 4p 25.590 -16,6% -20,9% -23,7% 
Volkswagem Gol 1.6 4p 31.060 -14% -22,1% -31,8% 
Fiat Palio Weekend 1.8 44.900 -16,3% -26,3% -32,6% 
Ford Focus Ghia 2.0 63.850 -21,6% -34,1% -41,3 
Toyota Corolla Xei 1.8 60.791 -18,9%-28,8% -32,6% 
Fonte: Bolsa Jornal do Carro 
Entre os especialistas não há consenso sobre um índice anual de depreciação dos 
veículos. Em geral, ior desvalorização no primeiro ano, entre 15% e 30%, e 
se reduz gradualm se a partir do quarto ano, com um índice anual de 10%. 
No entanto, outros hora da venda além da depreciação, como a quantidade 
de quilômetros roda veículo, o uso que é feito dele (passeio ou serviço), por 
exemplo. Até a cor d a no momento da revenda. 
A troca por veículos numa concessionária da própria mar vezes, é a opção de 
muitos para não perd
 
 
. LIQUIDEZ 
 negociar um bem, convertendo-o em dinheiro. 
 o carro sofre a ma
ente, estabilizando-
fatores pesam na
dos, o estado do
o carro influenci
ca, muitas 
er dinheiro. 
6
- Maior ou menor facilidade de se
ATIVO LIQUIDEZ 
Dinheiro vivo ALTA 
Caderneta de Poupança 
Ouro 
Fundos de Ações 
Ações na Bovespa 
Imóveis urbanos 
Imóveis rurais 
Ne os próprios góci
Antiguidades BAIXA 
 
- Reserva de Emergência = de 3 a 6 x Despesa Mensal 
 
 
7. CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO 
- Depende do seu horizonte de tempo, isto é, quanto tempo você dispõe para alcançar uma 
determinada meta. 
- Exemplo: se você tem vinte anos para atingir um objetivo, então: 
• Curto prazo: seria até três anos; 
• Médio prazo: entre três e dez anos; 
• Longo prazo: a partir de dez anos. 
 
Fim do Módulo I 
Fl 17 
 demais o ter, em detrimento do ser. 
Nessa sociedade, a felicidade é diretamente proporcional ao seu poder de compra. 
Inf é instantânea, presente no ato da compra, o que torna o ato de 
comprar uma necessidade, o. 
 Essa sociedade de consumo tem no marketing um poderoso aliado. A ação do marketing 
poderia ser resumida pela capacidade que ele tem de inverter, em nos onsciente, o 
conceito de supérfluo para essencial. Passamos a comprar coisas supérfluas, simplesmente 
p is para a nossa vida, para a nossa 
f seguido por profissionais que estudam as vulnerabilidades 
h outorados d eting. 
 a falta de educ nceira estão 
entre as outras razões que levam as pessoas a gastarem além da conta e adiar a formação da 
po
 Seja os motivos que dificultam o poupar, as pessoas têm que se conscientizar 
da i rporarem de poupar ao seu dia a dia. É p car a 
poup m de d orçamento a tem que vir primeiro em 
nossas prioridades, porque só a seremos construir u lhor 
para nós ueles por que sponsáveis
 
- Valo oupado: 
MÓDULO 2 
ENDIVIDAMENTO 
 
1. A DIFICULDADE DE POUPAR 
 Por que as pessoas têm tanta dificuldade para poupar, para gastar menos do que recebem? 
 Os motivos são muitos e cada um tem seu peso na hora de tentar explicar a tendência do 
ser humano de viver intensamente o presente, em prejuízo da formação de um “pé de meia”, 
da construção de um futuro mais tranqüilo. A psicologia explica que nossa necessidade de 
consumir de forma irracional remonta aos nossos ancestrais das cavernas, quando os mesmos 
não tendo como armazenar alimentos, tinham que consumir todo o alimento que tinham em 
mãos e armazená-lo no corpo na forma de gordura. 
 Bem mais recente, vivemos algo semelhante no período de hiperinflação, quando 
recebíamos o salário e precisávamos gastá-lo o mais rápido possível, transformá-lo em bens 
de consumo, porque seu poder de compra se deteriorava da noite para o dia. 
 O fato é que vivemos em uma sociedade de consumo com todas as pressões para 
consumirmos cada vez mais, uma sociedade que valoriza
elizmente, essa felicidade
 um víci
so subc
orque passamos a acreditar que elas são essencia
elicidade. Esse efeito é con
umanas nas graduações, especializações, mestrados e d os cursos de mark
 A depressão, a falta de metas e objetivos na vida e ação fina
upança, base para nossos investimentos. 
m quais forem 
mportância de inco
ança um ite
 o hábito reciso colo
como espesa no . A poupanç
dessa form
m somos re
capazes de
. 
m futuro me
e para aq
r a ser p
 Perfil 
Valor da Res erva (% em
relação ao rendi do) mento líqui
Solteiro, no começo da carreira 5 a 10 
Casado, s, no começo 5 asem filho da carreira 15 
Casado c s pequenos e ira estáve 1om filho vida finance l 0 
Casado c s na escola 5om filho 
Marido e mulher têm rendimentos – com ou sem filhos 10 a 15 cada um 
Pessoas maduras, com filhos já encaminhados na vida 15 a 20 
 
- Simulação de aplicação na poupança (Taxa de 6,17% ao ano): 
Valor Mensal 
Deposita (R$) do 10 Anos 20 Anos 3 0 Anos
50,00 8.463,77 23.865,93 51.894,44 
100,00 16.927,53 47.731,86 103.788,88 
150,00 25.391,30 71.597,80 155.683,32 
200,00 33.855,06 95.463,73 207.577,76 
250,00 259.472,20 42.318,83 119.329,66 
300,00 311.366,64 50.782,59 143.195,59 
3 ,36 50,00 59.246 167.061,53 363.261,08 
400,00 .710,13 190.927,46 415.155,52 67
450,00 .173,89 214.793,39 467.049,96 76
500,00 .673,66 238.659,32 518.944,40 84
600,0 .565,19 286.391,19 622.733,29 0 101
 
Fl 18 
- Para se ter R$ 1 Milhão aos 60 anos de dade, você precisa de aplicações mensais 
de: 
 i
Idade atual Taxa de 8% 
ao ano 
Taxa de 10% 
ao ano 
Taxa de 12% 
ao ano 
25 R$ 466,73 R$ 297,22 R$ 183,18 
35 R$ 1.100,12 R$ 810,82 R$ 593,05 
45 ,03 R$ 2.509,76 R$ 2.121,08 R$ 2.962
50 4.505,92 R$ 5.551,72 R$ 5.003,41 R$
 
Poupança = Receitas - Despesas 
 
Anos de Estudo (Brasil) Rendimentos de todas as fontes (R$) 
Menos de 1 ano 257,43 
Entre 1 e 3 anos 314,24 
Entre 4 e 7 anos 425,08 
Entre 8 e 10 anos 740,80 
Entre 11 e 14 anos 1.067,05 
15 anos ou mais 2.594,45 
Fonte: PNAD 2005 para idade de 45 anos 
 
Anos de Estudo (EUA) Renda Anual Média (US$) 
Primeiro Grau 20.781 
Segundo Grau 38.563 
Graduação em Faculdade 64.293 
Mestrado 76.065 
Doutorado 92.316 
Fonte: U.S. Bureau of the Census, Money Income in the United States, 1996 
 
. COM2 PRADORES COMPULSIVOS 
e levam uma pessoa a comprar: a necessidade, a diversão, os 
 comércio. Mas há quem 
co
uti
, que atinge as 
pe
 controvertido do ponto de vista psiquiátrico e psicológico. 
comportamentos compulsivos característicos, além de comprar – 
omo contar objetos sem conseguir parar, por exemplo. No caso desses sintomas estarem 
 distúrbio no controle dos impulsos. 
opósito de ensinar seus membros a reaprender a lidar com o dinheiro e para isso 
rea
 que sofrem da mesma doença. No Brasil o DA foi criado em São Paulo 
em iro, Paraná, Minas e 
Ba
3. 
 situação devedora causada por um imprevisto; 
nças (compradores compulsivos); 
car no vermelho por um determinado período para atingir 
me
de, ajuda à família, 
do
 
Muitos são os motivos qu
modismos, a importância, o status e o apelo mercadológico do
nsuma pelo simples prazer de comprar, de adquirir alguma coisa independente da sua 
lidade ou significado. 
O ato de comprar indiscriminadamente é uma doença chamada oneomania
ssoas caracterizadas como compradoras compulsivas. A oneomania é um distúrbio 
bastante
Alguns especialistas consideram a oneomania uma doença obsessiva-compulsiva. Nesse 
caso, a pessoa teria outros 
c
ausentes, a oneomania é considerada um
Para auxiliar pessoas que sofrem da oneomania foi criado um grupo conhecido como 
Devedores Anônimos. Fundado nos Estados Unidos em 1967, os Devedores Anônimos (DA) 
tem o pr
lizam cálculos das despesas domésticas e as relacionam com os ganhos mensais da pessoa. 
Nas reuniões do grupo, o consumidor compulsivo encontra o conforto e a possibilidade de 
desabafar com outros
 1997, estando presente hoje também nos estados do Rio de Jane
hia. 
 
TIPOS DE DEVEDORES 
 Ocasionais -
 Descuidados - total descontrole das fina
 Crônicos - passam a vida inteira devendo. Muitos deles agem por má-fé. 
 Calculistas - planejam fi
tas. 
- Explicações para o endividamento: salário insuficiente, família gran
enças, acidentes, outras. 
4. COMO EVITAR A INADIMPLÊNCIA 
• O primeiro passo é se conscientizar que o dinheiro não é elástico, por isso é importante 
saber o que é imprescindível e guardar uma parte. Nós somos os responsáveis pelo nosso 
futuro. 
Fl 19 
casa com apenas uma folha de 
ch contado). 
do os alimentos começarema ferver; 
 “Verão”; 
al – já que as taxas de juros são 
 esse limite não é um salário a mais. Tentar diminuir 
 comprar à vista. 
 
che
ito, para não arcar com juros de 
cerc e 152% a 181% ao ano. 
• as com cartão exige cuidados. O 
con e ter mais de um cartão (alguns consultores são 
con
s. 
•
TO DA DÍVIDA 
Para quem perdeu o controle 
1º) Seguir os quatros primeiros passos listados em “Como evitar a inadimplência”. 
um bem para eliminar ou amortizar o 
en
 
• O segundo é reunir a família. Faça um levantamento de todos os gastos, inclusive com o 
cafezinho. O casal deve sempre decidir em conjunto onde cortar gastos, quanto guardar e 
onde pôr o dinheiro. 
• O terceiro é traçar objetivos: metas de curto, médio e longo prazo. 
• O quarto é abandonar a onda de consumismo (saia de 
eque na carteira e adquira o hábito de sair de casa com o dinheiro
• O quinto é começar a economizar nas pequenas coisas (dar valor ao dinheiro que ganha 
com muito suor): 
- Utilizar racionalmente o telefone celular; 
- Habituar-se a apagar a luz toda vez que sair de um recinto e usar lâmpadas menos 
potentes em certos ambientes; 
- Fechar bem a torneira para que ela não fique pingando; 
- Diminuir a chama do fogão quan
- No verão, colocar o chuveiro elétrico na posição
- Pesquisar preços antes de comprar qualquer produto. Não ter vergonha de sair da loja e 
comprar no vizinho que é mais barato; 
- Ficar atento aos preços das tarifas públicas, como água e luz, que têm sofrido reajustes 
elevados. 
• O sexto é não avançar no limite do cheque especi
elevadas. É bom não esquecer que
gradativamente o endividamento e só
- Cheque pré-datado: ao utilizá-lo, faça constar do pedido ou da nota fiscal os números dos
ques pré-datados e as datas previstas para os descontos. 
- Os valores deverão fazer parte do orçamento do consumidor. 
• O sétimo é não parcelar as compras no cartão de créd
a de 8% e 9% ao mês, respectivamente, ou taxas d
 Cartão de crédito: o controle das despesas realizad
sumidor deve verificar a conveniência d
tra ter mais de um), não se esquecendo de incluir, nas despesas, as anuidades. Convém o 
pagamento integral da fatura. Os juros cobrados no parcelamento são elevado
 O oitavo é cortar supérfluos. 
• O nono é elaborar um orçamento doméstico. 
• O décimo é fazer uma pequena reserva no fim do mês, que irá se multiplicar nos meses 
seguintes, se você tomar gosto pelo hábito da poupança. Um cofrinho em casa é um começo. 
Poupar vai aumentar sua auto-estima. 
• Não há fórmula mágica para melhorar de vida. As pessoas de baixa renda devem buscar 
serviços extras, aproveitando seu tempo livre ao máximo. 
 
5. GERENCIAMEN
- 
2º) Considerar a possibilidade da venda de 
dividamento. 
3º) Pratique a avareza. Neste caso não é pecado. 
4º) Corte a TV a cabo e o celular. Prefira um pré-pago. 
5º) Passe longe dos shopping centers. 
6º) Renegocie dívidas, quando o corte de despesas não-essenciais não resolver o 
problema. Cuidado para não cair no golpe de não trocar seis por meia dúzia. 
7º) Saia do cheque especial e busque um empréstimo pessoal, mas antes confirme se os 
juros e as condições são favoráveis. A mesma dica é dada para quem está com dívida no 
cartão de crédito. Ou procure um empréstimo familiar. Mantenha sempre uma“ficha limpa” 
com seus familiares e amigos, pagando rigorosamente em dia seus empréstimos. Essa 
costuma ser a mais barata fonte de crédito. 
8º) Adquira o hábito de comprar à vista e adie a compra enquanto não tiver o dinheiro 
todo. Uma interessante alternativa é buscar comprar bens usados que, geralmente, são muito 
mais baratos. Livros, eletrodomésticos e móveis podem muito bem ser adquiridos em 
“segunda-mão”. 
 
 
Fl 20 
-
tecedência. A medida demonstra o empenho em resolver a questão 
qua
culpas ou rodeios. 
• Procure evitar intermediários. As empresas de cobrança e os consultores de dívidas 
ga valor devido e têm menos autonomia para negociar a 
dim ento dos prazos. 
• Peça um demonstrativo da dívida para verificar quanto está sendo cobrado em multa, 
s acima de 2% são consideradas altas. 
 financeiras. Não assuma um pagamento mensal 
ma
 de honorários advocatícios nem despesas de cobrança. De acordo 
co
 A cartilha da renegociação 
• Se não houver condições para pagar uma dívida no vencimento, o melhor é avisar o 
credor, se possível com an
nto antes. 
• Seja claro e honesto com o credor. Explique seus problemas, sem des
nham um porcentual sobre o 
inuição de encargos ou o alongam
principal ou juros de mora. 
• Pleiteie juros menores para o parcelamento. Alguns credores chegam a abrir mão das 
taxas para garantir o recebimento do principal. As multas de atraso também podem ser 
eliminadas do saldo total. Taxas de juros ou multa
• Negocie dentro de suas possibilidades
ior do que pode suportar. 
• Não aceite a cobrança
m o Código de Defesa do Consumidor, esses custos devem ser pagos por quem contrata os 
serviços – no caso o credor. 
• Use qualquer sobra do orçamento para tentar negociar o pagamento à vista de suas 
dívidas, dando prioridade àquelas com encargos mais altos, como financeiras, cartões de 
crédito e cheque especial. 
• Caso não se sinta preparado para entrar numa renegociação sozinho, procure o serviço 
de auxílio ao consumidor inadiplente oferecido gratuitamente pela Serasa. 
 
- Estudo de caso 1 (Anexo A) 
- Solução do estudo de caso 1 
 
6. 
ção ao Crédito (SPC), 
SE
ASPECTOS LEGAIS (SPC, SERASA, Cod Def Cons) 
Informações sobre inclusão/exclusão do nome no Serviço de Prote
RASA, sobre direitos do consumidor, danos morais e outros assuntos afins podem ser 
encontrados no site: www.endividado.com.br 
Exemplo de matéria encontrada no site: 
Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC e SERASA? 
por Lisandro Moraes, 
Empresas de cobrança, bancos, financeiras e cartões de crédito têm informado, falsamente, 
ao
! O direito de cobrar as dívidas na justiça (prescrição), assim como o 
pr
as izem que "ouviram falar" que este prazo foi reduzido para 3 anos, o que 
também, na prática, não acontece, embora exista discussão judicial sobre o p
Código Civil trouxe novos prazos para prescrição do direito de cobrança de algumas dívidas, a 
grande maioria do Judiciário tem entendido que o prazo do cadastro continua sendo de 5 
anos. 
O Superior Tribunal de Justiça também já decidiu que o prazo máximo é de 5 anos, 
confirmando o tempo previsto no Código de Defesa do Consumidor: 
" Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações 
existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre 
ele, bem como sobre as suas respectivas fontes. 
§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e 
em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas 
s consumidores que "agora não há mais a prescrição em relação às dívidas e o cadastro em 
SPC e SERASA pode permanecer para sempre". 
Não é verdade
azo máximo de cadastro em órgãos de restrição ao crédito, como SPC e SERASA é 
de 5 anos, a contar da data em que a dívida venceu (data em que deveria ter sido paga), e 
não da data em que foi feito o cadastro! 
Algumas pesso d
razo, pois o Novo 
referentes a período superior a cinco anos." 
O parágrafo 5º do mesmo artigo também fala que se estiver prescrito o direito de cobrança 
da dívida não podem ser fornecidas informações negativas pelos cadastros de restrição ao 
crédito. Vejamos: 
"§ 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não 
serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer 
informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos 
fornecedores." 
Fim do Módulo II 
Fl 21 
MÓDULO 3 
 
PLANEJAMENTO FINANCEIRO 
 
1. CONCEITOS 
- Gerir com maturidade financeira suas finanças pessoais (investimentos, despesas, 
patrimônio, dívidas), a fim de viabilizar a realização dos seus sonhos: casa própria, poupar 
para a educaçãodos filhos, fazer a viagem dos sonhos, investir de acordo com o perfil pessoal, 
ser bem sucedido na carreira profissional, tornar-se empresário, ter uma aposentadoria 
tranqüila, ter qualidade de vida, entre outros. 
- Inclui a realização do seu orçamento, a racionalização dos gastos e a otimização de seus 
investimentos. 
- O planejamento financeiro não se resume ao orçamento doméstico, que é apenas uma das 
ferramentas para sua realização. É necessário também estabelecer objetivos/metas de curto, 
médio e longo prazo, além de estratégias para alcançá-los. 
- Um planejamento financeiro eficiente pode fazer mais por seu futuro do que 30 
ou 40 anos de trabalho. 
- Eventos que podem originar a necessidade do planejamento financeiro: 
• compra ou venda de negócios de família 
• crise financeira 
• herança ou repartição de bens 
• mudanças na carreira profissional 
• planejamento para filhos (nascimento, adoção, educação) 
• planejamento para aposentadoria 
• preparação para casamento, separação 
• recebimento de grande soma de dinheiro ou inesperada queda financeira 
- O planejamento das finanças não visa apenas o sucesso financeiro, ele é relevante para o 
sucesso pessoal e profissional. 
- O gerenciamento adequado das finanças é o diferencial entre sonhadores e realizadores. 
 
- ALGUNS EQUÍVOCOS A RESPEITO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO 
1. Confundir Planejamento Financeiro com Investimentos; 
2. Esperar momentos de crise para tomar a iniciativa de fazer o Planejamento Financeiro; 
3. Esperar retornos irreais para seus investimentos; 
4. Não estabelecer objetivos financeiros mensuráveis; 
5. Pensar que Planejamento Financeiro é a mesma coisa que planejamento para 
aposentadoria; 
6. Pensar que Planejamento Financeiro é para quando ficarem velhos; 
7. Pensar que Planejamento Financeiro é Planejamento Tributário; 
8. Pensar que Planejamento Financeiro é somente para quem possui muito dinheiro; 
9. Pensar que utilizar os serviços de um Consultor Financeiro, significa perder o controle 
de suas finanças pessoais; 
10. Tomar uma decisão financeira sem entender seus efeitos em sua situação financeira 
global. 
 
 
2. CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS 
• Obrigatórias Fixas - despesas que não podem ser eliminadas ou reduzidas. Ex: 
aluguel, condomínio, IPTU, IPVA, etc. 
• Obrigatórias Variáveis - despesas que não podem ser eliminadas, mas podem ser 
reduzidas. Ex: alimentação, luz, gás, água, telefone, combustível, vestuário, higiene, limpeza, 
escola, remédios, manutenção do carro, etc. 
• Não Obrigatórias Fixas - são as despesas que você pode eliminar, mas não pode 
reduzir. Ex: empregada, plano de saúde, assinaturas de jornal e revistas, TV a cabo, taxa de 
clube, seguro do carro, etc. 
• Não Obrigatórias Variáveis - são as despesas que podem ser eliminadas e reduzidas. 
Ex: celular, produtos de beleza, viagens, cinema e teatro, discos, livros, etc. 
Fl 22 
3. RACIONALIZAÇÃO DE DESPESAS 
- Reduzir as despesas OV. 
- Eliminar e/ou reduzir despesas NOF e NOV. 
 
EXEMPLO DE RACIONALIZAÇÃO DE DESPESAS 
(RECEITA LÍQUIDA DE R$ 2.500,00) 
 
ITEM VALOR REDUÇÃO (%) VALOR 
% EM RELAÇÃO A 
RECEITA LÍQUIDA 
Condomínio 200,00 0 0,00 0 
Alimentação 400,00 10 40,00 1,6 
Higiene e Limpeza 150,00 10 15,00 0,6 
Combustível 150,00 10 15,00 0,6 
Telefone Fixo 150,00 20 30,00 1,2 
Telefone Celular 100,00 20 20,00 0,8 
Luz/Gás 125,00 10 12,50 0,5 
Diarista 400,00 25 100,00 4 
Lazer 250,00 10 25,00 1 
TOTAL 1.925,00 - 257,50 10,30 
 
 
4. EXERCÍCIOS PRÁTICOS 
a. Sugestões de racionalização de despesas 
Nr 
Ord 
Para iniciar ou incrementar a 
poupança 
Para quem perdeu o controle 
01 Usar racionalmente o telefone fixo 
Telefone fixo somente para receber 
chamadas e fazer chamadas locais - pulsos 
da franquia 
02 
Trocar o celular de linha por um de 
cartão 
Desfazer-se do telefone celular 
03 
Diminuir o tempo do banho quente (05 
Min) 
Cortar o chuveiro quente 
04 
Trocar lâmpadas incandescentes por 
fluorescentes compactas e apagá-las 
quando não estiver usando 
Idem 
05 
Diminuir as despesas com restaurantes, 
bares, lanchonetes, etc... 
Cortar despesas com restaurantes, bares, 
lanchonetes, etc... 
06 
 
07 
 
08 
 
09 
 
10 
 
11 
 
12 
 
 
Fl 23 
b. Estabelecimento de metas de curto, médio e longo prazo 
 
Cada pessoa, casal ou família deve tentar elaborar suas próprias metas e objetivos. O 
teste que descrevemos deve apenas servir como um exemplo. Modifique-o à vontade para 
incluir suas próprias prioridades e sonhos. 
 
Você irá reencontrar algumas das metas descritas a seguir em diversas partes do 
Programa. Os seres humanos têm muitos sonhos em comum. Coloque uma data ao preencher 
seu próprio teste. 
 
1) Meus/nossos objetivos de curto prazo (de 1 a 3 anos) são: 
 
Cortar as despesas mensais do orçamento doméstico em R$ ______________________ 
 
Reduzir gradativamente o endividamento por cartões, cheques especiais, etc. 
mensalmente em _____ % ou R$ ________________________________________________ 
 
Iniciar uma poupança mensal de R$ _______________________________________ 
 
Incrementar minhas/nossas receitas em R$ __________________________________ 
 
Outro(s) objetivo(s) (tenha tantos quanto desejar): 
OBJETIVO CUSTO 
PRAZO 
(MESES) 
% 
APLICAÇÃO 
VALOR 
MENSAL 
 
 
 
 
 
 Calculadora Financeira do bcb: www.bcb.gov.br/?APLICACAO 
 
2) Meus/nossos objetivos de médio prazo (de 3 a 10 anos) são: 
 
Tentar eliminar completamente compras a prazo, cheques pré-datados, cheques 
especiais, endividamento por cartões de crédito além do período de graça, etc. 
 
Ter uma reserva de emergência, no valor de 3 a 6 vezes a despesa mensal, para 
imprevistos, em caderneta de poupança ou outra aplicação. R$ _________________________ 
 
Iniciar um fundo de educação para os filhos de mensalmente R$ ___________________ 
 
Comprar um carro, ano/modelo _________. Guardar mensalmente R$_______________ 
 
Adquirir o primeiro imóvel, casa de campo, terreno ou sítio. Poupar mensalmente R$____ 
_______________________________________________________ 
 
Fazer uma viagem para ______________ (local) guardar mensalmente R$ ___________ 
 
Outro(s) objetivo(s) (tenha tantos quanto desejar): 
OBJETIVO CUSTO 
PRAZO 
(MESES) 
% 
APLICAÇÃO 
VALOR 
MENSAL 
 
 
 
 
 
 Calculadora Financeira do bcb: www.bcb.gov.br/?APLICACAO 
 
 
Fl 24 
3) Meus/nossos objetivos de longo prazo (acima de 10 anos) são: 
 
Investir R$ __________ mensalmente, tendo por finalidade preparar a aposentadoria por 
meio de um plano complementar de previdência, tipo FAPI ou PGBL. 
 
Possuir uma renda total de pelo menos R$ __________ mensais quando me(nos) 
aposentar(mos). 
 
Investir R$ __________________________ numa carteira ou fundo de ações. 
 
Possuir o próprio negócio ou empreendimento. Poupar mensalmente R$ _____________ 
 
Possuir capital suficiente para dar uma educação universitária e pós-universitária para 
os filhos. Poupar mensalmente R$ ________________________ 
 
Ter um patrimônio financeiro de, no mínimo, R$ ________________________________ 
 
Ter um patrimônio total de R$ ______________________________________________ 
 
Outro(s) objetivo(s) (tenha tantos quanto desejar): 
OBJETIVO CUSTO 
PRAZO 
(MESES) 
% 
APLICAÇÃO 
VALOR 
MENSAL 
 
 
 
 
 
 Calculadora Financeira do bcb: www.bcb.gov.br/?APLICACAO 
 
 
5. ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DOMÉSTICO 
 
- Dicas 
• Listar todos os gastos; 
• Guardar recibos, notas fiscais, tíquetes de supermercado e outros comprovantes de 
despesas; 
• Lançar as despesas diariamente; 
• Convocar toda a família para participar. 
 
 
6. PLANILHAS DO ORÇAMENTO DOMÉSTICO 
a. Pesquisas de preços (Anexo B) 
b. Planilha diária (Anexo C) 
c. Planilha mensal e anual (Anexo D) 
d. Percentual de gasto por item em relação à receita líquida. 
e. Gráficos. 
 
Fim do Módulo III 
 
Fl 25 
MÓDULO 4 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
1. CONCEITO 
É um raio x da situação financeira de uma pessoa. Confrontatodos os bens e direitos (o que 
você tem) com todas as obrigações (o que você deve). 
 
2. ATIVO 
Bens e direitos que você tem. 
 
3. PASSIVO 
Dívidas e obrigações a cumprir. 
 
4. BALANÇO PATRIMONIAL 
 
R$ 67.300,00TOTAL
R$ 11.000,00AUTOMÓVEL
R$ 50.000,00APARTAMENTO
ATIVO PERMANENTE
R$ 1.300,00PASEP
R$ 2.000,00EMPRÉSTIMO IRMÃO
ATIVO DE LONGO PRAZO (>1 ano)
R$ 2.000,00SALDO POUPANÇA
R$ 1.000,00SALDO C/C
ATIVO DE CURTO PRAZO (<1 ano)
ATIVO
R$ 67.300,00TOTAL
R$ 11.000,00AUTOMÓVEL
R$ 50.000,00APARTAMENTO
ATIVO PERMANENTE
R$ 1.300,00PASEP
R$ 2.000,00EMPRÉSTIMO IRMÃO
ATIVO DE LONGO PRAZO (>1 ano)
R$ 2.000,00SALDO POUPANÇA
R$ 1.000,00SALDO C/C
ATIVO DE CURTO PRAZO (<1 ano)
ATIVO
R$ 52.500,00SUBTOTAL
R$ 40.000,00PRESTAÇÃO IMÓVEL
EXIGÍVEL DE LONGO PRAZO (>1 ano)
R$ 5.000,00PRESTAÇÃO IMÓVEL
R$ 6.000,00FINANC AUTOMÓVEL
R$ 1.500,00CARTÃO DE CRÉDITO
EXIGÍVEL DE CURTO PRAZO (<1 ano)
PASSIVO EXIGÍVEL
R$ 52.500,00SUBTOTAL
R$ 40.000,00PRESTAÇÃO IMÓVEL
EXIGÍVEL DE LONGO PRAZO (>1 ano)
R$ 5.000,00PRESTAÇÃO IMÓVEL
R$ 6.000,00FINANC AUTOMÓVEL
R$ 1.500,00CARTÃO DE CRÉDITO
EXIGÍVEL DE CURTO PRAZO (<1 ano)
PASSIVO EXIGÍVEL
R$ 67.300,00TOTAL
R$ 67.300,00 - R$ 52.500,00
= R$ 14.800,00
Ativo - Passivo Exigível
PATRIMÔNIO LÍQUIDO(sua riqueza)
R$ 67.300,00TOTAL
R$ 67.300,00 - R$ 52.500,00
= R$ 14.800,00
Ativo - Passivo Exigível
PATRIMÔNIO LÍQUIDO(sua riqueza)
 
 
5. ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL 
a. PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO - PASSIVO EXIGÍVEL 
No exemplo acima: Patrimônio Líquido = R$ 67.300,00 - R$ 52.500,00 
Patrimônio Líquido = R$ 14.800,00 
 
b. ÍNDICE DE LIQUIDEZ = ATIVO DE CURTO PRAZO = 3.000,00 = R$ 0,24 
 PASSIVO DE CURTO PRAZO 12.500,00 
 
c. ÍNDICE DE COBERTURA DE DESPESAS MENSAIS = ATIVO DE CURTO PRAZO = 
= 3.000,00 = 1,24 DESPESAS MENSAIS 
 2.410,00 
 
d. ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO = PASSIVO = 52.500,00 = 78% 
 ATIVO 67.300,00 
 
e. ÍNDICE DE POUPANÇA = SOBRA DO MÊS = 90,00 = 3,6% 
 RECEITAS 2.500,00 
 
6. ATIVOS BONS E ATIVOS RUINS 
a. Ativos bons geram renda para você e aumentam a sua solidez financeira. 
Ex: imóvel alugado, táxi arrendado, etc. 
 
b. Ativos ruins dão despesas e reduzem o seu poder de compra. 
Ex: chácara, casa de praia, etc. 
 
 Ativo
Ativo Bom Renda
Ativo Ruim Despesas
Ativo
Ativo Bom RendaAtivo Bom Renda
Ativo Ruim DespesasAtivo Ruim Despesas
Fl 26 
7. EXERCÍCIO - CÁLCULO DO PATROMÔNIO LÍQUIDO (SUA RIQUEZA) 
a. ATIVO (O que você tem) 
1) ATIVO DE CURTO PRAZO (pode ser convertido em dinheiro em menos de 01 ano) 
a) Saldo em conta corrente R$ 
b) Saldo de poupança R$ 
c) Saldo em investimentos de curto prazo R$ 
d) Fundo de renda fixa R$ 
e) Outros R$ 
TOTAL DO ATIVO DE CURTO PRAZO (a) R$ 
 
2) ATIVO DE LONGO PRAZO (convertido em dinheiro em um prazo > 01 ano) 
a) Empréstimos a familiares R$ 
b) FGTS R$ 
c) PIS/PASEP R$ 
d) Outros R$ 
TOTAL DO ATIVO DE LONGO PRAZO (b) R$ 
 
3) ATIVO PERMANENTE 
a) Casa R$ 
b) Apartamento R$ 
c) Automóvel R$ 
d) Motocicleta R$ 
e) Bens móveis (TV, geladeira, DVD, etc.) R$ 
f) Outros R$ 
TOTAL DO ATIVO PERMANENTE (c) R$ 
 
4) TOTAL DO ATIVO (d) = (a+b+c) R$ 
 
b. PASSIVO (suas obrigações, dívidas) 
1) EXIGÍVEL NO CURTO PRAZO (< 1 ano) 
a) Cartões de crédito (VISA e outros) R$ 
b) Saldo devedor de empréstimos (FAM,CDC, etc.) R$ 
c) Prestações do imóvel a vencer (até um ano) R$ 
d) Prestações do automóvel a vencer (até um ano) R$ 
e) Outros R$ 
TOTAL DO EXIGÍVEL NO CURTO PRAZO (e) R$ 
 
2) EXIGÍVEL NO LONGO PRAZO (> 1 ano) 
a) Prestações do imóvel a vencer (maior que um ano) R$ 
b) Prestações do automóvel a vencer (maior que um ano) R$ 
c) Saldo devedor de empréstimos (maior que um ano) R$ 
d) Outros R$ 
TOTAL DO EXIGÍVEL NO LONGO PRAZO (f) R$ 
 
3) TOTAL DO PASSIVO (g) = (e+f) R$ 
 
c. PATRIMONIO LÍQUIDO (sua riqueza) = ATIVO - PASSIVO 
1). TOTAL DO ATIVO (d) R$ 
2) TOTAL DO PASSIVO (g) R$ 
3) PATRIMONIO LÍQUIDO = (d-g) R$ 
Balanço Patrimonial no Excel 
 
Fim do Módulo IV 
Fl 27 
MÓDULO 5 
 
INVESTIMENTOS 
 
Falar de investimentos, enquanto você ainda tem dívidas para pagar, não faz sentido. 
Afinal, o retorno que se obtém de qualquer aplicação financeira certamente é inferior ao custo 
do seu empréstimo. Assim, para quem ainda não está no azul, a prioridade não deve ser 
investir, mas quitar o mais rápido possível a sua dívida. O saneamento das finanças deve ser a 
primeira fase da vida financeira de qualquer pessoa ou família. 
Uma vez alcançado este objetivo é hora de rever seus hábitos financeiros e elaborar um 
plano financeiro de forma a conseguir poupar regularmente - segunda fase da vida financeira. 
Uma vez que as finanças estejam em dia e em ordem e haja alguma sobra no orçamento, 
então você está pronto para investir. 
Uma estratégia de investimento bem sucedida começa muito antes da decisão de investir, 
ela começa no momento em que você se familiariza com alguns conceitos básicos de 
economia, juros, planejamento financeiro - conceitos estudados nos módulos anteriores. No 
módulo atual, vamos estudar alguns conceitos específicos sobre o mercado financeiro e suas 
diversas opções de investimentos, desde a opção mais conservadora, a poupança, até as mais 
arrojadas como ações e negócio próprios, passando por fundos DI e fundos de Renda Fixa. O 
conhecimento e o estudo das diversas opções disponíveis no mercado, irá nos preparar para 
investir bem e nos possibilitar, principalmente, otimizar e potencializar nossos escassos 
recursos financeiros disponíveis. 
 
 
1. CONCEITOS 
a. Poupança e Investimento 
Coloquialmente, podemos definir poupança como a parcela da renda não consumida. Mas 
por que um indivíduo deixa de consumir? Para poder gastar mais no futuro. Esta poupança ou 
qualquer disponibilidade financeira pode ser investida, para aumentar o consumo futuramente. 
O investimento dos recursos financeiros de qualquer pessoa deve ser muito bem planejado 
para permitir atingir seus objetivos de consumo futuro. 
As várias alternativas disponíveis devem ser analisadas observando-se suas necessidades 
quanto a rentabilidade, segurança e liquidez. 
O objetivo da administração de investimentos é atender às necessidades do investidor 
em termos de rentabilidade, segurança e liquidez. Esses aspectos estão intimamente 
associados e a preferência por um, representa a aceitação de perda em outro. Exemplificando: 
- A aplicação em caderneta de poupança é segura por contar com a garantia da 
instituição financeira e do Fundo Garantidor de Crédito, mas rende apenas 6% ao ano de juros. 
- A compra de um imóvel pode se dar por uma pechincha, mas o investidor precisa estar 
consciente de que sua venda poderá ser demorada. 
- A aplicação em ações pode ser rentável, mas o investidor terá de suportar as oscilações 
do mercado e assumir eventuais perdas de capital. 
b. Rentabilidade, Segurança e Liquidez de um investimento. 
INVESTIMENTO RENTABILIDADE SEGURANÇA LIQUIDEZ 
Poupança Baixa Boa Alta 
Imóveis Baixa Boa Baixa 
Ações Potencialmente alta Baixa Conforme a ação 
Ouro Baixa Boa Alta 
A rentabilidade de um investimento é apurada pelo resultado da divisão do valor de 
resgate ou venda pelo valor da aplicação ou compra. Representa o resultado financeiro da 
operação. 
Quanto mais previsível o valor de resgate/venda, maior a segurança e menor o risco do 
investidor. 
Já liquidez é a capacidade de transformar o investimento em dinheiro. 
Não existe investimento que seja simultaneamente rentável, seguro com liquidez. 
O investidor terá de optar pelo aspecto mais relevante na sua preferência. 
 
Fl 28 
O risco pode ser definido como probabilidade de perda. Pode ser classificado como de 
mercado e de crédito. O risco de mercado está associado à variação de preços do 
investimento, enquanto o risco de crédito é possibilidade do investidor não receber o devido 
por ocasião do resgate. 
Uma máxima do mercado diz que “ao maior risco corresponde o maiorretorno”. 
 
BAIXO RISCO ALTO RISCO
B
A
IX
O
 R
E
T
Poupan
 
 
 
 A
L
T
O
 R
E
T
O
R
N
O
O
R
 
N
O
 
ça
Renda Fixa
Fundos DI
Poupança
Multimercado
Negócio
 
c
cê precisa ter em 
men s 
estudos, ga 
met nter 
o d licações sobre o risco e 
liqu
 
d. Definindo seu pe
s
próprios
Imóveis
Ações
 
. Qual o objetivo do seu investimento? 
Antes de decidir como investir o seu dinheiro, vo
te qual o seu objetivo: você quer comprar uma casa, pagar seu
rantir um pé de meia para emergências? É com base em suas
as que poderá definir, por exemplo, o prazo pelo qual poderá ma
inheiro aplicado. Prazo este que terá imp
idez da sua aplicação. 
rfil de investidor 
RESPONDA SIM OU NÃO SIM NÃO 
1 - O investimento que você está analisando representa um percentual 
patrim io? 
 
alto do seu ôn
2 - Você tem mais de 40 anos? 
3 h- Você tem fil os ou outros parentes que dependem integralmente de 
você em termos financeiros? 
 
4 - Você investe a maior parte dos seus recursos em poupança ou renda 
fixa? 
 
5 - Você acha que vai precisar deste dinheiro no curto prazo? 
6 - Você prefere um porto seguro a uma aventura? 
7 - Você não toleraria perder parte do principal deste investimento? 
8 - Você se considera conservador em termos de investimentos? 
9 - Você faz seguro de tudo que é possível? 
10 - Você nunca investiu em ações e fundos de ações? 
 
Conte o número de respostas afirmativas: 
 
 
 
c. Rentabilidade – 
 
d. Segurança - 
7 ou mais 
Você é conservador. 
Mantenha-se em 
fundos de renda fixa 
ou poupança. 
Entre 4 e 6 
Você tem um perfil 
moderado. Pode 
arriscar um pouco. 
3 ou menos 
Um perfil agressivo. 
Pense em 
investimentos de 
maior risco. 
Fl 29 
e. CDI e Taxa Selic 
A taxa básica de juros da economia brasileira, definida nas reuniões do Comitê de Política 
Monetária do Banco Central (Copom), é conhecida como Selic meta. Nos encontros mensais, 
os membros do Copom discutem uma série de fatores que afetam a economia, a fim de 
estabelecer qual será a taxa básica daquele período. "Eles examinam expectativas de inflação, 
taxas de juros dos países desenvolvidos, preços do petróleo, entre outras variáveis, e definem 
uma taxa de juros, com o objetivo de cumprir a meta de inflação para o ano", ensina o 
professor de mercados financeiros do Ibmec, Ricardo Humberto Rocha. 
Na reunião de março, o Copom optou por manter a Selic em 11,25% ao ano, com o 
objetivo de evitar que a inflação de 2008 ultrapasse a meta de 5,5%. "A taxa estabelecida pelo 
Comitê, porém, é uma meta, um alvo. No dia-a-dia, a Selic costuma ser um pouco maior ou 
menor do que a definida na reunião", explica César Castanhar, professor de finanças da 
Fundação Getúlio Vargas. 
A Selic diária, portanto, é um pouco diferente dos juros estabelecidos pelo Copom. 
Divulgada pelo próprio Banco Central (BC), ela é uma taxa média das operações com títulos 
públicos no dia. Estas negociações são registradas no Selic (Sistema Especial de Liquidação e 
Custódia), que dá origem ao nome da taxa. 
Um dos fatores que pode influenciar a taxa diária é a liquidez do mercado. Quanto mais 
dinheiro há em circulação, maior a procura por títulos públicos federais e, portanto, menor a 
taxa oferecida pelo BC. "Se a taxa diária começar a escapar muito da meta estabelecida pelo 
Copom, o BC vai atuar no mercado e tentar trazê-la de volta", afirma Ricardo Humberto 
Rocha. 
Selic e CDI: taxas próximas 
Os movimentos da Selic interferem nas mais diversas aplicações. Alguns dos 
investimentos mais populares, como os Fundos DI, têm como referência (benchmark) o CDI 
(Certificados de Depósito Interfinanceiro), que, por sua vez, tende a acompanhar a taxa básica 
de juros. 
"O CDI é o instrumento com que as tesourarias dos bancos negociam recursos de curto 
prazo", define César Castanhar. "Mas funciona também como indexador. A média das taxas 
negociadas entre os bancos é calculada diariamente e usada como referência para aplicações 
financeiras", completa o professor. 
As taxas Selic e do CDI tendem a ser muito próximas. Por isso, um fundo DI ou de renda 
fixa, que tem como objetivo acompanhar o CDI, costuma ter títulos públicos federais 
indexados à taxa básica de juros em suas carteiras. 
"O CDI é como se fosse uma taxa espelho da Selic, mas, enquanto um é estabelecido 
pelas negociações entre os bancos, a outra é definida pelas operações com títulos do governo", 
conclui o professor Ricardo Humberto Rocha. 
 
f. Índices de inflação - são utilizados para medir o custo de vida. Estes índices medem o 
quanto em média os preços de um conjunto de produtos variou de um período para o outro. A 
inflação afeta diretamente nossos investimentos, uma vez que do ganho nominal deverá ser 
descontada a inflação para termos o ganho real. 
Dentre os principais índices de inflação podemos destacar o Índice Nacional de Preços ao 
Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M). 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA - calculado mensalmente pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o índice utilizado pelo Banco Central do 
Brasil para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação. 
Abrange as famílias com rendimentos mensais de 1 a 40 salários mínimos. 
O Índice Geral de Preços de Mercado – IGP-M – calculado mensalmente pela Fundação 
Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M é o índice mais utilizado para a correção de contratos de 
aluguel e como indexador de algumas tarifas como energia elétrica. É composto pela média 
ponderada do Índice de Preços por Atacado – IPA (60%), Índice de Preços ao Consumidor – 
IPC (30%) e pelo Índice Nacional da Construção Civil – INCC (10%). 
 
g. Taxa Real 
É calculada a partir da taxa nominal de juros, descontando-se os efeitos inflacionários, 
podendo inclusive ser negativa. O objetivo é determinar o quanto se ganhou ou perdeu, 
desconsiderando a inflação, medida pelo IPCA, IGP-M ou qualquer outro índice de inflação. O 
cálculo da taxa real é feito, de acordo com a fórmula abaixo: 
Fl 30 
IR= 1001
1
1 x
INFL
iN
⎥
⎦
⎤
⎢
⎣
⎡
−⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
+
+
 
 
Onde: 
IR = Taxa Real de Juros 
IN=Taxa Nominal de Juros 
INFL=Índice de Inflação 
Exemplos: 
1. Considerando que uma taxa nominal de juros é de 7,14% ao semestre e a inflação do 
período medida pelo IGP-M foi de 3,22%, calcule a taxa real de juros. 
 
1001
0322,01
0714,01 ⎤⎞⎛ +
IR= x⎥
⎦
⎢
⎣
⎡
−⎟
⎠
⎜
⎝ +
 iR=3,80% 
2. Um CDB remunerou com 12% ao ano. Calcule o ganho real dessa aplicação, sabendo que 
a inflação foi medida em 4% aa, de acordo com o IPCA. 
 
 IR=
 
 
1001
04,01
12,01 x⎥
⎦
⎤
⎢
⎣
⎡
−⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
+
+
 iR=7,69% 
 
. OPÇÕES 
 
 
a. 
is conservadora. 
nto: TR + 0,5% ao mês. 
eiro passo para o investimento. 
adrão de investimento. 
 Tributação: isenta de IR. 
 
 
NCÁRIO 
s emitidos pelos bancos para captar recursos. 
 e 1800 dias (05 anos). 
o. 
ento e IOF. 
uros: aplicar no pré-fixado. 
 Tendência de alta: pós-fixado. 
 
2 DE INVESTIMENTOS 
 
Ap a licações em Renda Fix Aplicações e da Variável m Ren
Cader ança neta de Poup Ações 
CDB e RDB Multimercado 
Fundos DI Fund iais os Camb
Fun xa dos de Renda Fi Imóveis 
Títulos Públicos Negócios Próprios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renda Fixa 
- CADERNETA DE POUPANÇA 
 Aplicação ma
 Baixo Rendime
 Baixo Risco. 
 Alta liquidez. 
 Considerada com o prim
 Ajuda a desenvolver um p
 Disponível nos Bancos. 
 Garantida até R$ 60.000,00 pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). 
- CDB - CERTIFICADOS DE DEPÓSITO BA
 Títulos de crédito
 Período: entre 30
 CDB pré-fixad
 CDB pós-fixado. 
 Risco Médio. 
 Tributação: % IR sobre o rendim
 Tendência de queda dos j
 Garantia até 60.000,00. 
Fl 31 
 
 
 Idênticos ao CDB. 
mprados pelos bancos antes do prazo indicado para o vencimento. 
 
 
ução do CDI/Selic. 
 em títulos públicos pós-fixados. 
 Existe taxa de administração. 
ndam,

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