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Identificação
Turma: Pedagogia 2020
Docente: Rosiellem Almeida
Joel Maciel Abreu
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
Mesmo depois de cinquenta anos que o autor do livro “Pedagogia do Oprimido” Paulo Freire, escreveu esta obra, ela continua sendo fonte de grande inspiração para uma transformação na forma de educação que ainda se encontra a atual realidade social.
Paulo freire foi um educador, filósofo, brasileiro, nascido no Recife, em 19 de setembro de 1921, considerado um dos mais importantes pensadores da historia da educação, teve suas obras reconhecidas em vários países, e é também o Patrono da Educação Brasileira.
No cenário da ditadura no Brasil em 1968, e exilado em outro país, o autor já pensava num novo conceito de pedagogia, uma “educação libertadora”, onde educar teria que ser um ato político, e o objetivo do educador seria o autoconhecimento e a consciência de pertencimento como opressor ou como oprimido, e como deveria ser o seu papel nesta luta de classes em busca da libertação.
No primeiro capítulo, “Justificativa da Pedagogia do Oprimido”, Freire, nos faz refletir e enxergar como somente os oprimidos podem reconhecer e destruir o poder ideológico do sistema educacional de opressão, ao mesmo tempo que identifiquem o opressor que carregam dentro de si, para que estando em posição de mudar, não sejam movidos pelo poder de seu conhecimento.
O autor enfatiza que pra esta mudança acontecer o homem deve trazer de volta para si e para os outros a humanização, a sua capacidade de refletir, de observar e ser crítico para a transformação do mundo, fazendo isto em conjunto um com os outros, eliminando a desumanização que existe absurdamente forte, onde um número pequeno, opressor, que manipulam e se beneficiam do outro, dominam e exploram (aqueles que não se conscientizaram desta opressão) como se fossem objetos, o autor também demonstra como os oprimidos deixariam de ser homens vazios onde somente recebem, se transformando e
transformando opressores que tão somente entregam o saber a também aprenderem um com
os outros. (p.16).“Sempre aberto para substituir uma certeza que eu não conhecia ou substituir
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ-UEPA
CAMPUS XIV-MOJU
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO-CCSE
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
uma razão de ser.” (Paulo Freire, 2011. entrevista).
No segundo capítulo, “A concepção bancária da educação como instrumento da opressão”, Freire analisa esta forma de educação onde a ideia não é o educador construir algo em conjunto com o educando, mas onde o educador sabe mais, e por isso dão continuidade a uma educação autoritária e opressora que imperam até os dias de hoje, sendo o educador um ser que vem de cima e que fornece seu conhecimento sobre o outro como uma grande narrativa, sem admitir intervenções, onde depositam os conteúdos que consideram prioridade, importando somente o processo de memorização, em uma educação de decorar, repetir e concordar, deste modo, o educando perde o direito de opinar, e são vetados de dividir suas experiências, não podendo discordar de afirmações que são impostas como absolutas, impedindo assim, como ressalta o autor, a possibilidade de criar, transformar, e aprender. (p.36).“Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados” e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem.” (p.33).
No terceiro capítulo intitulado como “A dialogicidade- essência da educação como prática da liberdade”, Freire relatou um novo conceito de educação, segundo ele, para se libertar do sistema opressor, o verdadeiro diálogo deve existir, porém, um diálogo com um profundo amor, onde o educador não negue a práxis verdadeira, impossibilitando o diálogo, mas na ação- reflexão entre educador e educando, restaure a capacidade de compartilhar e trocar saberes, construindo um encontro entre eles e um caminho para pronunciar o mundo, como um ato de criação para esta conquista e para a libertação dos homens, e neste pensamento Freire também acredita que por outro lado não há dialogo se não há humildade, pois esta pronuncia do mundo não pode ser construída com arrogância, e este encontro se romperia se nele existisse um opressor que se sentisse dono da verdade e do saber, não podendo então, existir interação. (p.44).
A auto suficiência é incompatível com o diálogo. Os homens que não têm humildade ou a perdem, não podem aproximar-se do povo. Não podem ser seus companheiros de pronúncia do mundo. Se alguém não é capaz de sentir-se e saber-se tão homem quanto os outros, é que lhe falta ainda muito que caminhar[...] não há ignorantes absolutos, nem sábios absolutos: há homens que, em comunhão, buscam saber mais. (FREIRE, 1987, p.45).
 Assim como disse Freire, também não há diálogo se não há fé intensa nos homens, e
no seu poder de refazer e recriar, “de ser mais”, não sendo só privilégio de poucos eleitos,
mas direito de todos, portanto, sem esta fé o dialogo é uma farsa. (p.45).Com amor, humildade e fé nos homens, cria-se a confiança e nestas relações de companheirismo na criação deste mundo, encontram o caminho para a libertação. (p.45).
Freire ressalta, que o objetivo não é mostrar qual seria a melhor visão do mundo ou tentar impô-la, mas dialogar sobre todas elas, formando uma educação onde quem educa pode também aprender com quem esta sendo educado e com esta troca vão se transformando e transformando o outro. (p.49).
No quarto e último capítulo, “A teoria da ação antidialógica”, Paulo Freire reforça a afirmação de que os homens são seres da práxis e podem transformar o mundo com o seu trabalho (fundamentado no diálogo) que tem total importância para a construção de uma “educação libertadora” e possam impedir o movimento opressor, e no processo da busca pela libertação reconheçam na revolução o caminho para a superação, porém para que esta revolução aconteça, os oprimidos ao se conscientizarem da manipulação devem restaurar a humanização nele e na classe opressora e lutar por sua liberdade e a liberdade de todos (p.78) mas, principalmente se recusarem de continuar recebendo a falsa generosidade que os opressores usam para se justificarem da injustiça que causam ás massas oprimidas. (p.17).
 Eu concluo que a historia da educação no Brasil parece estagnada, como se todos que se achegam, se encontrasse em estado de procrastinação, esquecendo que são seres humanistas e para transformarem o mundo precisam primeiro se transformarem e transformarem suas relações.
Devemos, juntamente com todos aqueles que enxergam na “educação libertadora” o caminho para a mudança, buscar formas de educar utilizando métodos de ensino que encontramos nesta obra enriquecedora e colocá-las em prática, trazendo para nossa realidade atual uma educação que transforme, onde as pessoas possam ser capazes de criar um mundo melhor para se viver, se libertando deste sistema opressor.
	Por tanto, a obra de Paulo Freire “Pedagogia do Oprimido” se revela um livro essencial para pensarmos acerca da educação e de como podemos ser peças fundamentais para a práxis na pedagogia do nosso país. “Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento e realizar inovações no seu próprio interior.” (Dalai Lama, 1935).
Assim como foi relatado no livro esta práxis acontece primeiro dentro de cada um, e com o ser interior em constante transformação podemos transformar aqueles que se encontram oprimidos ou oprimindo e não mais oprimir ou se deixar oprimir.
Esta luta é árdua e leva tempo já que para isso devemos expulsar o opressor que carregamos dentro de nós, deixando de idealizá-los, a conscientização é o primeiro passo, e a troca do saber seguido de uma educação problematizadora, onde a critica é o caminho que nos leva a libertação, com atitudes políticas para a construção coletiva de uma sociedade mais justa, e reafirmo o que Paulo Freire nos deixou como reflexão: “Se nada ficar destas páginas,algo, pelo menos, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens, e na criação de um mundo em que seja menos difícil amar.” (p.96).
Por fim, recomendo fortemente a leitura desta obra de Paulo Freire, “Pedagogia do oprimido”, objetivando o entendimento sobre assuntos pedagógicos importantes para a formação tanto do professor, quanto do aluno.
Referências.
· BALTAR, M. A. R; CERUTTI-RIZZATTI, M. E; ZANDOMENEGO, D. Leitura e produção textual acadêmica I. Florianópolis: LLE/CCE/UFSC, 2011.
· SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cientifico. 22 ed. rev. e ampl. de acordo com a ABNT. São Paulo: Cortez, 2002.

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