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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Processos de fabricação Tecnologia da USINAGEM Belo Horizonte Fluidos de Corte ▪ Tratando-se de manufatura, qualquer possibilidade em aumentar produtividade e/ou baixar custos devem ser avaliadas. ▪ O fluido de corte quando bem escolhido e aplicado pode apresentar alguns benefícios para o processo de usinagem. ▪ Na escolha do fluido de corte deve levar em consideração a composição química e propriedades que condizem com o material da peça e da ferramenta. ▪ Sua aplicação deve ser direcionada para o mais próximo possível da região da interface cavaco/ferramenta. Fluidos de Corte ▪ Em 1894 - F. Taylor verificou que aplicando uma grande quantidade de água na região de corte, era possível ter um acréscimo da Vc em 33%, sem prejudicar a vida útil da ferramenta. ▪ Em 1990 rigorosas leis quanto à proteção ambiental e à saúde fizeram com que novas pesquisas à respeito de fluidos de corte voltassem a tona, para desenvolvimento de fluidos menos nocivos à saúde e ao meio ambiente. ▪ Esses fatores contribuíram para que hoje tenhamos fluidos mais eficientes, que oferecem menos risco ao operador, que tenham maior durabilidade e que apresentem menores problemas em seu armazenamento e descarte. Fluidos de Corte https://www.youtube.com/watch?v=QUvnCEutihw Fluidos de Corte Principais Funções dos Fluidos de Corte: ▪ Lubrificação a baixas velocidades de corte; ▪ Refrigeração a altas velocidades de corte; ▪ Remoção dos cavacos da zona de corte; ▪ Proteção da máquina-ferramenta e da peça contra a oxidação; Fluidos de Corte ▪ Não se sabe como o fluido de corte tem acesso a interface, nem até onde ele pode chegar. ▪ Alguns estudos relatam que o fluido não tem acesso a zona de aderência, mas na zona de escorregamento possa ser possível sua a presença. ▪ Essa presença do fluido de corte na zona de escorregamento é relatada por alguns pesquisadores como uma ação da capilaridade e que o fluido tem um comportamento contrário o fluxo do cavaco. Fluidos de Corte Classificação dos fluidos de corte: ▪ Não há uma padronização quanto à classificação dos fluidos de corte, e embora seja grande a utilização dos fluidos de corte líquidos, eventualmente são utilizados fluidos de corte nos estados gasoso e sólido. ▪ O fluido de corte gasoso mais utilizado é o ar comprimido, com função de expulsar os cavacos da região de corte, uma vez que na temperatura ambiente possui baixa capacidade de refrigeração e lubrificação; Fluidos de Corte Classificação dos fluidos de corte: ▪ A utilização de fluidos de corte gasosos a alta pressão e temperatura negativa (𝐶𝑂2 𝑒 𝑁2) se demonstraram que podem aumentar a vida útil da ferramenta. Entretanto são economicamente inviáveis. ▪ Lubrificantes sólidos, tais como grafita e bissulfeto de molibdênio, são aplicados na superfície de saída da ferramenta, para redução do coeficiente de atrito. Entretanto as paradas para reaplicação do produto, limita a sua aplicação. Fluidos de Corte Os fluidos líquidos são os fluidos de corte mais comumente utilizados e são agrupados de acordo com a seguinte classificação: ▪ Óleos; ▪ Emulsões; ▪ Soluções; Fluidos de Corte Óleos ▪ Inicialmente utilizava-se óleos vegetais e animais, entretanto sua utilização se tornou inviável, em virtude do alto custo e rápida deterioração. ▪ Atualmente utiliza-se óleos minerais, a base de petróleo. Estes são hidrocarbonetos e suas propriedades são dependentes do comprimento da cadeia, estrutura molecular e do grau de refino. Fluidos de Corte Emulsões ▪ Nessa categoria se encontram os fluidos emulsionáveis e semissintéticos. ▪ Fluidos emulsionáveis (erroneamente chamados de “óleos solúveis”) são compostos bifásicos de óleos minerais ou vegetais (1 a 10%) adicionados a água e agentes emulgadores (emulsificante ou surfactantes). ▪ Uma emulsão é uma dispersão estável de duas fases que não se misturam, por meio de um agente tensoativo ou emulsificante. Tais fases normalmente constituem dois líquidos, como o óleo e a água, que não se misturam naturalmente. Mas também podem ser um líquido e um gás, como a espuma do xampu, que nada mais é que uma emulsão de água e ar. Fluidos de Corte Emulsões ▪ As emulsões tratam-se de dispersões onde uma fase está incorporada em outra, quase como se uma estivesse dentro da outra, ou seja, temos uma fase interna (dispersa) e outra externa (contínua). Fluidos de Corte Emulsões ▪ As emulsões são instáveis termodinamicamente e, portanto não se formam espontaneamente, sendo necessário fornecer energia para formá-las. ▪ Os agentes emulsificantes (e/ou surfactantes) são substâncias adicionadas às emulsões para aumentar a sua estabilidade cinética tornando-as razoavelmente estáveis e homogêneas. Fluidos de Corte Soluções ▪ São compostos monofásicos de óleos que se dissolvem completamente na água. ▪ As soluções também chamadas de “fluidos sintéticos”, são isentas de óleo mineral ou vegetal. ▪ Apresentam maiores durabilidades uma vez que são menos atacados por bactérias e dessa forma reduzem o número de parada de máquina. ▪ Formam soluções translúcidas o que resulta em uma boa visibilidade durante a operação de corte. Fluidos de Corte ▪ Antiespumante; ▪ Anticorrosivo e Antioxidante; ▪ Antidesgaste; ▪ Antissolda (EP); ▪ Boa umectação; ▪ Capacidade de absorção de calor e transparência; ▪ Baixa variação de viscosidade em uso; ▪ Compatibilidade com o meio ambiente; ▪ Não provocar irritações na pele; Os fluidos de corte para atender as funções para as quais são especificados devem possuir as seguintes propriedades: Fluidos de Corte Aditivos ▪ Antiespumante: Evita formação de espuma que possam dificultar a visibilidade da região de corte. Ceras especiais ou óleos à base de silicone; ▪ Anticorrosivo: Protegem a peça, máquina e ferramenta da corrosão. Produto a base de nitrito de sódio. (recomenda-se o uso moderado devido ao risco de ser cancerígeno); ▪ Detergentes: Reduzem deposição de lodo, lamas e borras. Compostos organometálicos a base de magnésio, bário, cálcio entre outros; ▪ Emulsificantes: Responsáveis pela formação de emulsões de óleo na água e vice-versa. Fluidos de Corte Aditivos ▪ Surfactantes: Responsável por garantir a uniformidade das emulsões. ▪ Biocidas: Substâncias ou misturas químicas que inibem o desenvolvimento de microorganismos; ▪ Aditivos de Extrema Pressão (EP): São aditivos que conferem ao fluido capacidade de suportar as elevadas temperaturas e pressão de corte, reduzindo o contato cavaco/ferramenta. Aditivos de EP geralmente a base de compostos de enxofre, fósforo ou cálcio apesar de muito importantes, podem atacar o cobalto presente em ferramentas de metal duro. Fluidos de Corte Vantagens na utilização dos fluido de corte: ▪ Aumentar a taxa de produtividade; ▪ Evitar alterações microestruturais e dimensionais; ▪ Aumentar a vida da ferramenta; ▪ Reduzir as forças de usinagem; ▪ Melhoria do acabamento superficial; ▪ Auxiliar na remoção do cavaco; Fluidos de Corte Desvantagens na utilização dos fluido de corte: ▪ Custo de aquisição, armazenamento, preparo, controle, descarte; (faixa de 15 a 20 % do custo de produção); ▪ Risco à saúde tais como doenças respiratórias, alergia (doença de pele), dermatite; ▪ Controle ambiental; ▪ Em algumas situações pode ser inócuo ou até prejudicial ao processo; Fluidos de Corte Seleção do Fluido de Corte: ▪ Recomendações quanto ao material da peça: O uso do fluido é intrínseco as propriedades de usinabilidade da peça. Exemplo: Ferro fundido não utiliza fluido, enquanto para a usinagem do alumínio seu uso é imprescindível. ▪ Recomendações quanto ao material da ferramenta: O uso do fluido está condicionado ao comportamento da ferramenta. Exemplo: HSS deve se utilizar o fluido, enquanto em ferramentas cerâmicas devido ao choque térmico não se aconselha o uso. Fluidos de Corte Direções de Aplicação do Fluido de Corte: Fluidos de CorteMétodos de Aplicação do Fluido de Corte: Existem basicamente três métodos de aplicação do fluido: ▪ Jorro a baixa pressão (5 a 60l/min); ▪ Sistema de alta Pressão (até 160 bar); ▪ Atomitização –MQF / MQL (1 a 5 bar; 10 a 200 ml/h); Tanto pelo fator econômico assim como ambiental a aplicação do MQL tem sido bastante estudada com maior intensidade desde os anos 2000. Fluidos de Corte https://www.youtube.com/watch?v=2n7PICO3vyo https://www.youtube.com/watch?v=WbUBGile-zk https://www.youtube.com/watch?v=faBAMascLbY https://www.youtube.com/watch?v=jKfiWj_VD6U https://www.youtube.com/watch?v=2n7PICO3vyo https://www.youtube.com/watch?v=WbUBGile-zk https://www.youtube.com/watch?v=faBAMascLbY https://www.youtube.com/watch?v=jKfiWj_VD6U PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Processos de fabricação Tecnologia da USINAGEM Belo Horizonte
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