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a Tesr 1 2 9 6 10 11 5 4 3 8 7 Índia M aldivas Ilhas de Andam ã e N icobar N epal Butão Tim bu Katm andu N ova Déli Bangladesh Paquistão Sri Lanka China Afeganistão U N IÕ ES IGREJAS M EM BRO S PO PU LAÇÃO Centro-Leste Indiana 2.595 987.901 111.490.349 N ordeste Indiana 218 53.429 44.294.444 N orte-Indiana 468 182.399 849.685.362 Centro-Sul Indiana 255 78.032 68.155.847 Sudeste Indiana 459 133.158 78.166.665 Sudoeste Indiana 238 37.533 35.106.432 Indiana Ocidental 257 124.853 184.034.499 Andam ã e N icobar 1 303 411.404 Leste do Him alaia 12 762 817.000 Him alaia 26 9.349 29.718.000 M aldivas 0 0 428.000 TOTAL 4.529 1.607.719 1.402.308.000 D IV ISÃO SU L-A SIÁTICA P R O JE TO S 1 Igreja em Am ritsar, estado de Punjab. 2 Segunda fase de um prédio escolar na Faculdade Adventista de Roorkee, estado de U ttarakhand. 3 Dorm itório no Colégio Adventista de Varanasi, estado de U ttar Pradesh. 4 Igreja em Ranchi, estado de Jharkhand. 5 Prédio escolar na U niversidade Adventista Spicer, Aundh, Pune, estado de M aharashtra. 6 Duas salas de aula na Escola Adventista de Inglês em Azam N agar, estado de Karnataka. 7 Dorm itório para rapazes no Colégio Adventista Garm ar, em Rajanagaram , estado de Andhra Pradesh. 8 Cinco salas de aula na Faculdade Adventista Flaiz, em Rustum bada, estado de Andhra Pradesh. 9 N ovos edifícios para as igrejas do centro de Kannada e de Savanagar Tam il, no estado de Karnataka. 10 Dorm itórios para rapazes no Colégio M em orial E.D. Thom as, em Thanjavur, estado de Tam il N adu. 11 Laboratórios e biblioteca no Colégio Adventista Thirum ala, em Thiruvananthapuram , estado de Kerala. O U T N O V D E Z 2 0 2 0 A D U LT O S •PROFESSOR Educação e redenção • OUT | NOV | DEZ 2020 Ex em pl ar A vu ls o: R $ 12 ,7 0. A ss in at ur a A nu al : R $ 41 ,4 0 Educação e redenção 41595 – LIADP 4º Trimestre de 2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1 41595 – LiADP-4Tri'2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1P3 Esta lição pertence a: __________________________________________________________________ Igreja: _________________________________________ Fone: __________________________________ Autor: Líderes de instituições educacionais adventistas Tradutoras: Carla N. Modzeieski e Fernanda Andrade Editor: André Oliveira Santos Revisoras: Josiéli Nóbrega e Rosemara Santos Projeto Gráfico e Capa: André Rodrigues e Eduardo Olszewski Programação Visual: Levi Gruber Ilustração de Capa: Thiago Lobo Ilustrações Internas: Kalebe Carvalho Serviço de Atendimento ao Cliente: (15) 3205-8888 Para assinar, ligue grátis: 0800-9790606. De 2a a 5a, das 8h às 20h. Sexta, das 7h30 às 15h45. Domingo, das 8h30 às 14h. E-mail: sac@cpb.com.br Visite nosso site para obter comentário adicional sobre esta lição: www.cpb.com.br E-mail: licaoes@cpb.com.br Twitter: @LEScpb Exemplar Avulso: R$ 12,70 Assinatura Anual: R$ 41,40 5493 / 41595 / G4eJ8R Exemplar Avulso Espiral: R$ 15,10 Assinatura Anual Espiral: R$ 53,10 12290 / 42250 Lição + Coment. EGW – Avulso: R$ 23,20 Lição + Coment. EGW – Ass. Anual: R$ 77,30 13692 / 42251 A Lição da Escola Sabatina constitui marca registrada perante o Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Copyright © da edição internacional: General Conference of Seventh-day Adventists, Silver Spring, EUA. Direitos internacionais reservados. Direitos de tradução e publicação em língua portuguesa reservados à Casa Publicadora Brasileira Rodovia SP 127 – km 106 Caixa Postal 34 18270-970 – Tatuí, SP Tel.: (15) 3205-8800 Fax: (15) 3205-8900 www.cpb.com.br Diretor-Geral: José Carlos de Lima Diretor Financeiro: Uilson Garcia Redator-Chefe: Marcos De Benedicto Gerente de Produção: Reisner Martins Chefe de Arte: Marcelo de Souza Gerente de Vendas: João Vicente Pereyra A Lição da Escola Sabatina dos Adultos é pre- parada pelo Departamento da Escola Sabatina e Ministério Pessoal da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. 20% das ofertas de cada sábado são dedicados aos projetos missionários ao redor do mundo, in- cluindo os projetos especiais da Escola Sabatina. A Casa Publicadora Brasileira é a editora ofi- cialmente autorizada a traduzir, publicar e distri- buir, com exclusividade, em língua portuguesa, a Lição da Escola Sabatina, para todas as faixas etárias, sendo proibida a sua edição, alteração, modificação, adaptação, tradução, reprodução ou publicação, de forma total ou parcial, por qualquer pessoa ou entidade, sem a prévia e expressa au- torização por escrito de seus legítimos proprietá- rios e titulares. Todos os direitos reservados. Proibida a repro- dução, total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora. Publicação trimestral – no 502 – ISSN 1414-364X O U T N O V D E Z 2 0 2 0 A D U LT O S •PROFESSOR ÍNDICE 1. Educação no Jardim do Éden ..................................... 6 2. A família ..........................................................................19 3. A Lei como professor ................................................. 32 4. Os olhos do Senhor: a cosmovisão bíblica ......... 45 5. Jesus como Mestre dos mestres............................ 58 6. Outras lições do Mestre dos mestres .................. 71 7. Adoração no contexto da educação .....................84 8. Educação e redenção ................................................ 97 9. A igreja e a educação ................................................110 10. Educação em artes e ciências ................................123 11. O cristão e o trabalho ................................................136 12. Sábado: experimentando e vivendo o caráter de Deus .......................................................................... 149 13. Céu, educação e aprendizado eterno ................. 162 Educação e redenção | 4 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 5 | P1P3 TEM – TODOS ENVOLVIDOS NA MISSÃO TEMPO PARA O TODOS ENVOLVIDOS NA MISSÃO O que é o Todos Envolvidos na Missão? O TEM é um esforço evangelístico da igreja mundial em grande escala que envolve cada pessoa, cada igreja, cada entidade administrativa e todo tipo de ministério de divul- gação pública, e inclui ações missionárias pessoais e institucionais. É um plano intencional para alcançar pessoas ao longo do calendário anual. O primeiro passo é descobrir as necessidades das famílias, dos amigos e dos vizinhos. O segundo pas- so é testemunhar como Deus satisfaz cada necessidade. O resultado é o plantio e o cresci- mento de igrejas com foco na conservação, pregação, evangelismo e discipulado. COMO IMPLEMENTAR O TEMPO DO TEM NA ESCOLA SABATINA Dedique os primeiros 15 minutos* de cada lição para planejar, orar e compartilhar: TEM VOLTADO PARA DENTRO: Planeje visitar, orar e prestar assistência aos membros desaparecidos ou feridos, e atribuir responsabilidades territoriais. Ore e encontre formas de ministrar às necessidades de famílias da igreja, membros inativos, jovens, homens e mulhe- res, abordando as várias maneiras de envolver toda a igreja. TEM VOLTADO PARA FORA: Ore e discuta formas de alcançar a comunidade, a cidade e o mundo, cumprindo a grande comissão do evangelho, semeando, colhendo e conser- vando. Envolva todos os ministérios da igreja enquanto planeja projetos de curto e longo prazo para alcançar pessoas para Cristo. O objetivo do TEM é a realização de atos conscien- tes de bondade. Aqui estão algumas maneiras práticas de se envolver pessoalmente: 1. desenvolva o hábito de encontrar necessidades em sua comunidade; 2. faça planos para atender a essas necessidades; 3. ore pelo derramamento do Espírito Santo. TEM VOLTADO PARA CIMA: Estudo da lição. Incentive os membros a se envolverem no estudo bíblico individual.Incentive-os a se tornarem participativos no estudo da Bíblia na Escola Sabatina. Estudem para transformação, em vez de buscar apenas informação. TEM Tempo Explicação Comunhão Ações sociais e evangelísticas Missão mundial 15 min.* Ore, planeje e se organize para agir. Alcance os membros desaparecidos com o amor de Cristo. Programe a ação missionária. Oferta para a missão. Estudo da lição 45 min.* Envolva todos no estudo da lição. Faça perguntas. Destaque os textos-chave. Almoço Planeje um almoço para a classe após o culto. ENTÃO SAIA E ALCANCE ALGUÉM! * Ajuste o tempo conforme a necessidade da igreja. Introdução A educação cristã “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Pv 9:10). Dois conceitos estão relacionados: “te- mor”, como reverência e admiração diante da glória de Deus; e “conhe- cimento”, a descoberta da verdade sobre Deus. Portanto, a sabedoria, o conhecimento e o entendimento se fundamentam no próprio Deus. Isso faz sentido. Afinal, Deus criou e sustenta toda a existência (Jo 1:1-3; Cl 1:16, 17). Por isso, todo verdadeiro conhecimento, sabedoria e enten- dimento têm sua fonte no Senhor. “Deus é amor” (1Jo 4:8). Ellen G. White escreveu: “O amor, base da criação e redenção, é o fundamento da educação verdadeira. [...] Amá-Lo – o Ser infinito e onisciente – com toda a força, todo o entendimento e todo o coração implica o mais alto desenvolvimento de todas as potencialidades. Significa que, no ser todo – corpo, mente e alma –, a imagem de Deus deve ser restaurada” (Educação, p. 16). Por meio da natureza, da Palavra Escrita e da revelação de Cristo nas Escrituras, recebemos o que precisamos para ter um relacionamento salví- fico com o Senhor e, de fato, amá-Lo de todo o coração. Mesmo a natureza, corrompida pelo pecado, ainda fala da bondade de Deus. Porém, a Pala- vra escrita é o padrão perfeito da verdade sobre quem Deus é, e do que Ele fez e faz pela humanidade. A criação e redenção são centrais na educação. Jesus Cristo é “a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1:9). Nele temos vida e recebemos raios de luz. Contudo, no grande conflito, o inimigo trabalha para nos impedir de receber esse co- nhecimento. Portanto, a educação cristã deve ajudar os estudantes a com- preender a luz que Deus nos oferece. De que adiantaria uma excelente educação em ciências, literatura, eco- nomia ou engenharia se, no final, enfrentarmos a segunda morte no lago de fogo? (Mc 8:36). O que significa a “educação cristã”? Como levá-la aos nossos membros? Esta Lição da Escola Sabatina para Adultos foi escrita por vários educadores de faculdades e universidades adventistas do sétimo dia na América do Norte. Notas do editor: 1. As perguntas do estudo de segunda a quinta-feira, com alternativas de múltipla escolha, “falso ou verdadeiro”, “assinale a alternativa correta”, etc., são elaboradas para dinamizar e facilitar o estudo da lição. O estudo de sexta- feira traz respostas sugestivas para essas questões. Contudo, essas respostas não excluem a possibilidade de opi- niões e interpretações diferentes, principalmente em pontos para os quais não há uma clara definição bíblica nem uma posição definida pela Igreja. 2. A versão bíblica adotada nesta Lição é a Almeida Revista e Atualizada no Brasil, 2a edição. Outras versões utiliza- das são identificadas como segue: NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje; NVI – Nova Versão Internacional; ARC – Almeida Revista e Corrigida no Brasil. | 4 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 5 | 41595 – LiADP-4Tri'2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1P3 TEM – TODOS ENVOLVIDOS NA MISSÃO TEMPO PARA O TODOS ENVOLVIDOS NA MISSÃO O que é o Todos Envolvidos na Missão? O TEM é um esforço evangelístico da igreja mundial em grande escala que envolve cada pessoa, cada igreja, cada entidade administrativa e todo tipo de ministério de divul- gação pública, e inclui ações missionárias pessoais e institucionais. É um plano intencional para alcançar pessoas ao longo do calendário anual. O primeiro passo é descobrir as necessidades das famílias, dos amigos e dos vizinhos. O segundo pas- so é testemunhar como Deus satisfaz cada necessidade. O resultado é o plantio e o cresci- mento de igrejas com foco na conservação, pregação, evangelismo e discipulado. COMO IMPLEMENTAR O TEMPO DO TEM NA ESCOLA SABATINA Dedique os primeiros 15 minutos* de cada lição para planejar, orar e compartilhar: TEM VOLTADO PARA DENTRO: Planeje visitar, orar e prestar assistência aos membros desaparecidos ou feridos, e atribuir responsabilidades territoriais. Ore e encontre formas de ministrar às necessidades de famílias da igreja, membros inativos, jovens, homens e mulhe- res, abordando as várias maneiras de envolver toda a igreja. TEM VOLTADO PARA FORA: Ore e discuta formas de alcançar a comunidade, a cidade e o mundo, cumprindo a grande comissão do evangelho, semeando, colhendo e conser- vando. Envolva todos os ministérios da igreja enquanto planeja projetos de curto e longo prazo para alcançar pessoas para Cristo. O objetivo do TEM é a realização de atos conscien- tes de bondade. Aqui estão algumas maneiras práticas de se envolver pessoalmente: 1. desenvolva o hábito de encontrar necessidades em sua comunidade; 2. faça planos para atender a essas necessidades; 3. ore pelo derramamento do Espírito Santo. TEM VOLTADO PARA CIMA: Estudo da lição. Incentive os membros a se envolverem no estudo bíblico individual. Incentive-os a se tornarem participativos no estudo da Bíblia na Escola Sabatina. Estudem para transformação, em vez de buscar apenas informação. TEM Tempo Explicação Comunhão Ações sociais e evangelísticas Missão mundial 15 min.* Ore, planeje e se organize para agir. Alcance os membros desaparecidos com o amor de Cristo. Programe a ação missionária. Oferta para a missão. Estudo da lição 45 min.* Envolva todos no estudo da lição. Faça perguntas. Destaque os textos-chave. Almoço Planeje um almoço para a classe após o culto. ENTÃO SAIA E ALCANCE ALGUÉM! * Ajuste o tempo conforme a necessidade da igreja. Introdução A educação cristã “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Pv 9:10). Dois conceitos estão relacionados: “te- mor”, como reverência e admiração diante da glória de Deus; e “conhe- cimento”, a descoberta da verdade sobre Deus. Portanto, a sabedoria, o conhecimento e o entendimento se fundamentam no próprio Deus. Isso faz sentido. Afinal, Deus criou e sustenta toda a existência (Jo 1:1-3; Cl 1:16, 17). Por isso, todo verdadeiro conhecimento, sabedoria e enten- dimento têm sua fonte no Senhor. “Deus é amor” (1Jo 4:8). Ellen G. White escreveu: “O amor, base da criação e redenção, é o fundamento da educação verdadeira. [...] Amá-Lo – o Ser infinito e onisciente – com toda a força, todo o entendimento e todo o coração implica o mais alto desenvolvimento de todas as potencialidades. Significa que, no ser todo – corpo, mente e alma –, a imagem de Deus deve ser restaurada” (Educação, p. 16). Por meio da natureza, da Palavra Escrita e da revelação de Cristo nas Escrituras, recebemos o que precisamos para ter um relacionamento salví- fico com o Senhor e, de fato, amá-Lo de todo o coração. Mesmo a natureza, corrompida pelo pecado, ainda fala da bondade de Deus. Porém, a Pala- vra escrita é o padrão perfeito da verdade sobre quem Deus é, e do que Ele fez e faz pela humanidade. A criação e redenção são centrais na educação. Jesus Cristo é “a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1:9). Nele temos vida e recebemos raios de luz. Contudo, no grande conflito, o inimigo trabalha para nos impedir de receber esse co- nhecimento. Portanto, a educação cristã deve ajudar os estudantes a com- preender a luz que Deus nos oferece. De que adiantaria uma excelente educação em ciências, literatura, eco- nomia ou engenharia se, no final, enfrentarmos a segunda morte no lago de fogo?(Mc 8:36). O que significa a “educação cristã”? Como levá-la aos nossos membros? Esta Lição da Escola Sabatina para Adultos foi escrita por vários educadores de faculdades e universidades adventistas do sétimo dia na América do Norte. Notas do editor: 1. As perguntas do estudo de segunda a quinta-feira, com alternativas de múltipla escolha, “falso ou verdadeiro”, “assinale a alternativa correta”, etc., são elaboradas para dinamizar e facilitar o estudo da lição. O estudo de sexta- feira traz respostas sugestivas para essas questões. Contudo, essas respostas não excluem a possibilidade de opi- niões e interpretações diferentes, principalmente em pontos para os quais não há uma clara definição bíblica nem uma posição definida pela Igreja. 2. A versão bíblica adotada nesta Lição é a Almeida Revista e Atualizada no Brasil, 2a edição. Outras versões utiliza- das são identificadas como segue: NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje; NVI – Nova Versão Internacional; ARC – Almeida Revista e Corrigida no Brasil. | 6 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 7 | 1 P1P3 Educação no Jardim do Éden VERSO PARA MEMORIZAR: “Eis que Deus Se mostra grande em Seu poder! Quem é mestre como Ele?” (Jó 36:22). Leituras da semana: Gn 2:7-23; 3:1-6; 2Pe 1:3-11; 2:1-17; Hb 13:7, 17, 24 ■ Sábado, 26 de setembro Ano Bíblico: Habacuque Amaioria dos estudantes da Bíblia conhece a história de Gênesis 1–3 eseus personagens: Deus, Adão, Eva, os anjos e a serpente. O cenário é um esplêndido jardim em um paraíso chamado “Éden”. O enredo pare- ce obedecer a uma sequência lógica de eventos: Deus criou e, em seguida, instruiu Adão e Eva. Eles pecaram e foram banidos do Éden. No entanto, uma análise mais detalhada dos primeiros capítulos de Gênesis, especial- mente através das lentes da educação, revelará percepções sobre os perso- nagens, o cenário e a história. “O método de educação instituído ao princípio do mundo deveria ser para o homem o modelo durante todo o tempo subsequente. Como ilus- tração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden, o lar de nossos primeiros pais. O Jardim do Éden era a sala de aula; a natu- reza, o compêndio; o próprio Criador, o instrutor; e os pais da família hu- mana, os alunos” (Ellen G. White, Educação, p. 20). O Senhor foi o fundador, diretor e professor dessa primeira escola. Mas, como sabemos, Adão e Eva, por fim, escolheram outro professor e aprenderam as lições erradas. O que aconteceu? Por quê? O que aprende- mos com esse relato inicial da educação e como ele pode nos ajudar hoje? Lição 1 ■ Domingo, 27 de setembro Ano Bíblico: Sofonias A primeira escola Embora não pensemos em um jardim como sala de aula, a comparação faz sentido, especialmente um jardim como o Éden, repleto das rique- zas intactas da criação. Da nossa perspectiva atual, é difícil imaginar quan- to esses seres não caídos, em um mundo não caído e sendo ensinados por seu Criador, devem ter aprendido nessa “sala de aula”! 1. Leia Gênesis 2:7-23. Em sua opinião, qual foi o propósito de Deus em criar, estabelecer e empregar Adão? _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e lhes deu um lar e um trabalho significativo. Quando consideramos a dinâmica professor-aluno, esse é um relacionamento ideal. Deus conhecia as habilidades de Adão por- que Ele o tinha criado. Podia ensinar Adão, sabendo que ele poderia al- cançar todo o seu potencial. Deus deu responsabilidades ao ser humano e desejava que a humanida- de fosse feliz. E talvez, um dos meios para dar felicidade à família humana foi conceder-lhe responsabilidades. Afinal, quem não obtém satisfação, e até mesmo felicidade, de receber responsabilidades e cumpri-las fielmente? Deus conhecia o coração de Adão e o que ele precisaria para prosperar. Por isso, deu a ele a tarefa de cuidar do jardim. “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no Jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2:15). Pelo fato de conhecermos apenas este mundo de pecado e morte, é difícil imaginar o que o trabalho envolvia e as lições que, evidentemente, Adão aprendeu enquanto trabalhava e cuidava do jardim, seu lar. Em Gênesis 2:19-23, Deus criou animais para serem companheiros de Adão e criou Eva como esposa dele. Deus sabia que ele precisava da com- panhia e auxílio de um par. Então, criou a mulher. Deus também sabia que o homem necessitava estar em íntimo relacio- namento com Ele. Por isso, criou um espaço particular no Éden dentro dos limites do jardim. Tudo isso comprova o propósito de Deus na criação e Seu amor pela humanidade. Novamente, pela grande distância entre nós e o Éden, é difícil imaginar como ele deve ter sido – embora seja agradá- vel tentar imaginar, não é mesmo? Embora estejamos distantes do Éden, aprendemos lições com a natureza. Quais são algumas dessas lições e como nos beneficiamos delas ao interpretá-las através das lentes das Escrituras? G 4e J8 R | 6 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 7 | 1 41595 – LiADP-4Tri'2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1P3 Educação no Jardim do Éden VERSO PARA MEMORIZAR: “Eis que Deus Se mostra grande em Seu poder! Quem é mestre como Ele?” (Jó 36:22). Leituras da semana: Gn 2:7-23; 3:1-6; 2Pe 1:3-11; 2:1-17; Hb 13:7, 17, 24 ■ Sábado, 26 de setembro Ano Bíblico: Habacuque A maioria dos estudantes da Bíblia conhece a história de Gênesis 1–3 e seus personagens: Deus, Adão, Eva, os anjos e a serpente. O cenário é um esplêndido jardim em um paraíso chamado “Éden”. O enredo pare- ce obedecer a uma sequência lógica de eventos: Deus criou e, em seguida, instruiu Adão e Eva. Eles pecaram e foram banidos do Éden. No entanto, uma análise mais detalhada dos primeiros capítulos de Gênesis, especial- mente através das lentes da educação, revelará percepções sobre os perso- nagens, o cenário e a história. “O método de educação instituído ao princípio do mundo deveria ser para o homem o modelo durante todo o tempo subsequente. Como ilus- tração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden, o lar de nossos primeiros pais. O Jardim do Éden era a sala de aula; a natu- reza, o compêndio; o próprio Criador, o instrutor; e os pais da família hu- mana, os alunos” (Ellen G. White, Educação, p. 20). O Senhor foi o fundador, diretor e professor dessa primeira escola. Mas, como sabemos, Adão e Eva, por fim, escolheram outro professor e aprenderam as lições erradas. O que aconteceu? Por quê? O que aprende- mos com esse relato inicial da educação e como ele pode nos ajudar hoje? Lição 1 ■ Domingo, 27 de setembro Ano Bíblico: Sofonias A primeira escola Embora não pensemos em um jardim como sala de aula, a comparação faz sentido, especialmente um jardim como o Éden, repleto das rique- zas intactas da criação. Da nossa perspectiva atual, é difícil imaginar quan- to esses seres não caídos, em um mundo não caído e sendo ensinados por seu Criador, devem ter aprendido nessa “sala de aula”! 1. Leia Gênesis 2:7-23. Em sua opinião, qual foi o propósito de Deus em criar, estabelecer e empregar Adão? _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e lhes deu um lar e um trabalho significativo. Quando consideramos a dinâmica professor- aluno, esse é um relacionamento ideal. Deus conhecia as habilidades de Adão por- que Ele o tinha criado. Podia ensinar Adão, sabendo que ele poderia al- cançar todo o seu potencial. Deus deu responsabilidades ao ser humano e desejava que a humanida- de fosse feliz. E talvez, um dos meios para dar felicidade à família humana foi conceder-lhe responsabilidades. Afinal, quem não obtém satisfação, e até mesmo felicidade, de receber responsabilidades e cumpri-las fielmente? Deus conhecia o coração de Adão e o que ele precisaria para prosperar. Por isso,deu a ele a tarefa de cuidar do jardim. “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no Jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2:15). Pelo fato de conhecermos apenas este mundo de pecado e morte, é difícil imaginar o que o trabalho envolvia e as lições que, evidentemente, Adão aprendeu enquanto trabalhava e cuidava do jardim, seu lar. Em Gênesis 2:19-23, Deus criou animais para serem companheiros de Adão e criou Eva como esposa dele. Deus sabia que ele precisava da com- panhia e auxílio de um par. Então, criou a mulher. Deus também sabia que o homem necessitava estar em íntimo relacio- namento com Ele. Por isso, criou um espaço particular no Éden dentro dos limites do jardim. Tudo isso comprova o propósito de Deus na criação e Seu amor pela humanidade. Novamente, pela grande distância entre nós e o Éden, é difícil imaginar como ele deve ter sido – embora seja agradá- vel tentar imaginar, não é mesmo? Embora estejamos distantes do Éden, aprendemos lições com a natureza. Quais são algumas dessas lições e como nos beneficiamos delas ao interpretá-las através das lentes das Escrituras? | 8 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 9 | 1 P1P3 ■ Segunda, 28 de setembro Ano Bíblico: Ageu Intromissão Uma das alegrias dos professores é organizar a sala de aula: pendurar qua-dros de avisos, organizar suprimentos e tornar a sala agradável. Consi- derando a visão de Deus para Sua sala de aula, o Jardim do Éden, vemos o cuidado divino ao preparar um ambiente de aprendizado para Adão e Eva. Ele desejava cercá-los de beleza. Cada flor, pássaro, animal e árvore ofere- cia uma oportunidade para aprender mais sobre o mundo e sobre o Criador. No entanto, há uma mudança abrupta de Gênesis 2 para Gênesis 3. Listamos as coisas boas criadas por Deus. Mas em Gênesis 3:1 nos damos conta de Sua provisão para o livre-arbítrio. A presença da serpente, “mais sagaz que todos os animais selváticos”, é um afastamento da linguagem usada até então. Palavras como “muito bom”, “não se envergonhavam” e “agradáveis” são adjetivos usados para descrever a criação nos capítulos anteriores. Em seguida, porém, com a serpente, há uma mudança de tom. A palavra “sagaz” também é traduzida em algumas versões como “astu- ta”. De repente, um elemento negativo é introduzido no que, até então, era apenas perfeição. Em contraste com isso, Deus é apresentado como o oposto de “astuto”. Ele é claro sobre Suas expectativas para o casal. A ordem de Gênesis 2:16, 17 mostra que Deus havia estabelecido uma regra a que eles deviam obe- decer: não deviam comer da árvore proibida. De tudo o que podemos extrair dessa história, uma coisa se destaca: Adão e Eva foram criados como seres morais livres, capazes de escolher entre a obediência e a desobediência. Portanto, desde o início, mesmo em um mundo não caído, podemos ver a realidade do livre-arbítrio humano. 2. Leia Gênesis 3:1-6 e examine as descrições que a serpente usou e que Eva aceitou. O que você observa sobre as informações que a serpente apre- sentou à mulher? De que modo Eva passou a considerar a árvore do co- nhecimento do bem e do mal? _________________________________________________________________ Em Gênesis 2:17, o Senhor disse a Adão que se ele comesse da árvore “cer- tamente” morreria. Quando Eva, em Gênesis 3:3, repetiu a ordem, ela não a expressou com tanta intensidade, deixando de fora a palavra “certamen- te”. Em Gênesis 3:4, a serpente colocou a palavra de volta, mas em completa contradição com o que Deus havia dito. Parece que, embora Eva tivesse sido ensinada por Deus no jardim, ela não levou tão a sério quanto deveria o que tinha aprendido, como podemos ver pela própria linguagem usada por ela. ■ Terça, 29 de setembro Ano Bíblico: Zc 1-4 Negligenciando a mensagem Como vimos na lição de ontem, apesar da clara ordem de Deus, Eva, mesmo em sua linguagem, atenuou o que havia sido ensinado. Embo- ra ela não tivesse interpretado mal o que o Senhor lhe havia dito, ela evi- dentemente não levou a questão a sério o suficiente. É difícil descrever as terríveis consequências de suas ações. Portanto, quando Eva encontrou a serpente, ela lhe repetiu (mas não exatamente) o que Deus havia dito sobre as árvores do jardim (Gn 3:2, 3). Evidentemente, essa mensagem não era novidade para a serpente, que esta- va familiarizada com a ordem e, portanto, bem preparada para distorcê-la, roubando assim a inocência de Eva. 3. Examine Gênesis 3:4-6. Além de negar o que Deus havia dito, o que mais a serpente disse para enganar a mulher? De quais princípios ela se apro- veitou? ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ Quando a serpente disse à Eva que parte da mensagem estava incor- reta, a mulher poderia ter consultado a Deus. Esta é a beleza da educação do Éden: o acesso que os alunos tinham ao seu poderoso Mestre estava certamente além de qualquer compreensão humana. No entanto, em vez de fugir, em vez de procurar a ajuda divina, Eva aceitou a mensagem da serpente. Aceitar a revisão da mensagem proposta pela serpente exigia da parte de Eva certa dúvida em relação a Deus e ao que Ele havia dito. Entretanto, Adão entrou numa situação difícil. “Adão compreendeu que sua companheira havia transgredido a ordem de Deus, desrespeitando a única proibição a eles imposta como prova de sua fidelidade e amor. Teve uma terrível luta interior. Lamentou haver permitido que Eva se afastas- se dele. Agora, porém, a ação estava praticada; ele devia se separar daque- la cuja companhia tinha sido sua alegria. Como poderia suportar isso?” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 56). Infelizmente, apesar de sa- ber distinguir o certo do errado, Adão também fez uma escolha errada. Pense na ironia enganosa aqui: a serpente disse que, se eles comessem da árvore, se- riam “como Deus” (Gn 3:5). Mas Gênesis 1:27 não afirma que eles já eram como Deus? Como podemos ser facilmente enganados e por que a fé e a obediência são nossa única proteção, mesmo quando recebemos a melhor educação, como Adão e Eva receberam? | 8 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 9 | 1 41595 – LiADP-4Tri'2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1P3 ■ Segunda, 28 de setembro Ano Bíblico: Ageu Intromissão Uma das alegrias dos professores é organizar a sala de aula: pendurar qua-dros de avisos, organizar suprimentos e tornar a sala agradável. Consi- derando a visão de Deus para Sua sala de aula, o Jardim do Éden, vemos o cuidado divino ao preparar um ambiente de aprendizado para Adão e Eva. Ele desejava cercá-los de beleza. Cada flor, pássaro, animal e árvore ofere- cia uma oportunidade para aprender mais sobre o mundo e sobre o Criador. No entanto, há uma mudança abrupta de Gênesis 2 para Gênesis 3. Listamos as coisas boas criadas por Deus. Mas em Gênesis 3:1 nos damos conta de Sua provisão para o livre-arbítrio. A presença da serpente, “mais sagaz que todos os animais selváticos”, é um afastamento da linguagem usada até então. Palavras como “muito bom”, “não se envergonhavam” e “agradáveis” são adjetivos usados para descrever a criação nos capítulos anteriores. Em seguida, porém, com a serpente, há uma mudança de tom. A palavra “sagaz” também é traduzida em algumas versões como “astu- ta”. De repente, um elemento negativo é introduzido no que, até então, era apenas perfeição. Em contraste com isso, Deus é apresentado como o oposto de “astuto”. Ele é claro sobre Suas expectativas para o casal. A ordem de Gênesis 2:16, 17 mostra que Deus havia estabelecido uma regra a que eles deviam obe- decer: não deviam comer da árvore proibida. De tudo o que podemos extrair dessa história, uma coisa se destaca: Adão e Eva foram criados como seres morais livres, capazes de escolher entre a obediência e a desobediência. Portanto, desde o início, mesmo em um mundo não caído, podemos ver a realidade do livre-arbítrio humano.2. Leia Gênesis 3:1-6 e examine as descrições que a serpente usou e que Eva aceitou. O que você observa sobre as informações que a serpente apre- sentou à mulher? De que modo Eva passou a considerar a árvore do co- nhecimento do bem e do mal? _________________________________________________________________ Em Gênesis 2:17, o Senhor disse a Adão que se ele comesse da árvore “cer- tamente” morreria. Quando Eva, em Gênesis 3:3, repetiu a ordem, ela não a expressou com tanta intensidade, deixando de fora a palavra “certamen- te”. Em Gênesis 3:4, a serpente colocou a palavra de volta, mas em completa contradição com o que Deus havia dito. Parece que, embora Eva tivesse sido ensinada por Deus no jardim, ela não levou tão a sério quanto deveria o que tinha aprendido, como podemos ver pela própria linguagem usada por ela. ■ Terça, 29 de setembro Ano Bíblico: Zc 1-4 Negligenciando a mensagem Como vimos na lição de ontem, apesar da clara ordem de Deus, Eva, mesmo em sua linguagem, atenuou o que havia sido ensinado. Embo- ra ela não tivesse interpretado mal o que o Senhor lhe havia dito, ela evi- dentemente não levou a questão a sério o suficiente. É difícil descrever as terríveis consequências de suas ações. Portanto, quando Eva encontrou a serpente, ela lhe repetiu (mas não exatamente) o que Deus havia dito sobre as árvores do jardim (Gn 3:2, 3). Evidentemente, essa mensagem não era novidade para a serpente, que esta- va familiarizada com a ordem e, portanto, bem preparada para distorcê-la, roubando assim a inocência de Eva. 3. Examine Gênesis 3:4-6. Além de negar o que Deus havia dito, o que mais a serpente disse para enganar a mulher? De quais princípios ela se apro- veitou? ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ Quando a serpente disse à Eva que parte da mensagem estava incor- reta, a mulher poderia ter consultado a Deus. Esta é a beleza da educação do Éden: o acesso que os alunos tinham ao seu poderoso Mestre estava certamente além de qualquer compreensão humana. No entanto, em vez de fugir, em vez de procurar a ajuda divina, Eva aceitou a mensagem da serpente. Aceitar a revisão da mensagem proposta pela serpente exigia da parte de Eva certa dúvida em relação a Deus e ao que Ele havia dito. Entretanto, Adão entrou numa situação difícil. “Adão compreendeu que sua companheira havia transgredido a ordem de Deus, desrespeitando a única proibição a eles imposta como prova de sua fidelidade e amor. Teve uma terrível luta interior. Lamentou haver permitido que Eva se afastas- se dele. Agora, porém, a ação estava praticada; ele devia se separar daque- la cuja companhia tinha sido sua alegria. Como poderia suportar isso?” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 56). Infelizmente, apesar de sa- ber distinguir o certo do errado, Adão também fez uma escolha errada. Pense na ironia enganosa aqui: a serpente disse que, se eles comessem da árvore, se- riam “como Deus” (Gn 3:5). Mas Gênesis 1:27 não afirma que eles já eram como Deus? Como podemos ser facilmente enganados e por que a fé e a obediência são nossa única proteção, mesmo quando recebemos a melhor educação, como Adão e Eva receberam? | 10 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 11 | 1 P1P3 ■ Quarta, 30 de setembro Ano Bíblico: Zc 5-8 Recuperando o que foi perdido Ao escolherem obedecer à mensagem da serpente, Adão e Eva enfren-taram, entre muitas outras consequências, a expulsão da sala de aula de Deus. Pense no que eles perderam por causa do pecado. Quando enten- demos sua queda podemos compreender melhor o propósito da educação para nós na atualidade. Apesar de terem sido expulsos, a vida no mundo imperfeito inaugurou um novo propósito para a educação. Antes da queda, a educação era a maneira pela qual Deus fazia com que Adão e Eva conhecessem Seu caráter, Sua bondade e Seu amor. Após a expulsão deles, a obra da educação passou a ser ajudar a humanidade a conhecer essas coisas, bem como recriar a imagem de Deus em nós. Ape- sar de sua remoção física da presença do Senhor, os filhos de Deus ainda podem conhecer Sua bondade e Seu amor. Por meio da oração, serviço e estudo de Sua Palavra, podemos nos aproximar de Deus como Adão e Eva faziam no Éden. A boa notícia é que, por causa de Jesus, e do plano da redenção, nem tudo está perdido. Temos a esperança de salvação e restauração. E a edu- cação cristã deve conduzir os alunos a Jesus, ao que Ele fez por nós e à res- tauração que Ele oferece. 4. Leia 2 Pedro 1:3-11. À luz de tudo o que se perdeu quando o ser humano deixou o jardim, esses versos nos mostram que muito pode ser recupe- rado. O que devemos fazer para buscar a restauração da imagem de Deus em nossa vida? Assinale a alternativa correta: A. ( ) Buscar todas as virtudes que Cristo nos oferece, como a fé, a per- severança, o conhecimento e o domínio próprio. B. ( ) Devemos fazer penitências. Por meio de Jesus recebemos “todas as coisas que conduzem à vida e à piedade”. Que promessa! Quais são algumas dessas coisas? Pedro nos deu uma lista: fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança e as- sim por diante. Observe também que o conhecimento é uma das coisas mencionadas por Pedro. Evidentemente, essa ideia leva à noção de edu- cação. A verdadeira educação leva ao verdadeiro conhecimento, o conhe- cimento de Cristo, e, assim, não apenas nos tornamos mais semelhantes a Ele, como também podemos compartilhar nosso conhecimento Dele. Pense por um momento no fato de que a árvore proibida era a árvore do “conhecimen- to do bem e do mal”. Por que nem todo conhecimento é bom? Como sabemos a dife- rença entre o conhecimento bom e o ruim? ■ Quinta, 1o de outubro Ano Bíblico: Zc 9-11 Os que desprezam a autoridade Na sala de aula, alguns são considerados “estudantes por natureza”. Eles mal precisam estudar para obter excelentes notas. Absorvem a matéria facilmente. O conhecimento deles parece se “fixar”. No entanto, em 2 Pedro, capítulos 1 e 2, vemos que nossa educação em Cristo é uma experiência de oportunidades iguais para aqueles que se dedicarem. As palavras encorajadoras de 2 Pedro 1 estão em contraste com a sé- ria advertência de 2 Pedro 2. 5. Leia 2 Pedro 2:1-17. Quais palavras fortes e condenatórias foram apresen- tadas nesse texto? Ao mesmo tempo, em meio a essa severa advertência e condenação, que grande esperança nos é prometida? _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Observe o que Pedro escreveu no verso 10 sobre aqueles que despre- zam a autoridade. Que repreensão severa ao que também é uma realida- de em nossos dias! Como corpo da igreja, devemos trabalhar com base no princípio de que devem existir certos níveis de autoridade (veja Hb 13:7, 17, 24), e somos chamados a nos submeter e obedecer-lhes, pelo menos na medida em que essas autoridades estão sendo fiéis ao próprio Senhor. No entanto, em meio a essa dura condenação, Pedro apresentou, no verso 9, um contraponto, ao afirmar que, embora Deus seja poderoso para expulsar aqueles que escolheram o engano, “sabe livrar da provação os pie- dosos”. Seria possível que parte de nossa educação cristã não seja apenas evitar a tentação, mas também descobrir as maneiras pelas quais Deus nos livra dela, além de nos proteger dos que introduzem, “dissimulada- mente, heresias destruidoras” (2Pe 2:1)? Além disso, já que o desprezo à autoridade é condenado, nossa educação não deveria consistir em apren- der o caminho certo para compreender e obedecer aos que nos guiam, e nos submeter a eles (Hb 13:7)? Embora não se possa dizer que Adão e Eva desprezaram a autoridade, eles acabaram desobedecendo ao Criador. E o que tornou sua transgres- são tão grave foi que eles a cometeram em resposta a uma flagrante con- tradição daquilo que a autoridade, o próprio Deus, lhes havia ordenado, para seu própriobem. Reflita nessa questão da autoridade, não apenas na igreja e na família, mas na vida em geral. Por que o exercício adequado da autoridade bem como a submissão adequada a ela são tão importantes? Apresente sua resposta à classe no sábado. | 10 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 11 | 1 41595 – LiADP-4Tri'2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1P3 ■ Quarta, 30 de setembro Ano Bíblico: Zc 5-8 Recuperando o que foi perdido Ao escolherem obedecer à mensagem da serpente, Adão e Eva enfren-taram, entre muitas outras consequências, a expulsão da sala de aula de Deus. Pense no que eles perderam por causa do pecado. Quando enten- demos sua queda podemos compreender melhor o propósito da educação para nós na atualidade. Apesar de terem sido expulsos, a vida no mundo imperfeito inaugurou um novo propósito para a educação. Antes da queda, a educação era a maneira pela qual Deus fazia com que Adão e Eva conhecessem Seu caráter, Sua bondade e Seu amor. Após a expulsão deles, a obra da educação passou a ser ajudar a humanidade a conhecer essas coisas, bem como recriar a imagem de Deus em nós. Ape- sar de sua remoção física da presença do Senhor, os filhos de Deus ainda podem conhecer Sua bondade e Seu amor. Por meio da oração, serviço e estudo de Sua Palavra, podemos nos aproximar de Deus como Adão e Eva faziam no Éden. A boa notícia é que, por causa de Jesus, e do plano da redenção, nem tudo está perdido. Temos a esperança de salvação e restauração. E a edu- cação cristã deve conduzir os alunos a Jesus, ao que Ele fez por nós e à res- tauração que Ele oferece. 4. Leia 2 Pedro 1:3-11. À luz de tudo o que se perdeu quando o ser humano deixou o jardim, esses versos nos mostram que muito pode ser recupe- rado. O que devemos fazer para buscar a restauração da imagem de Deus em nossa vida? Assinale a alternativa correta: A. ( ) Buscar todas as virtudes que Cristo nos oferece, como a fé, a per- severança, o conhecimento e o domínio próprio. B. ( ) Devemos fazer penitências. Por meio de Jesus recebemos “todas as coisas que conduzem à vida e à piedade”. Que promessa! Quais são algumas dessas coisas? Pedro nos deu uma lista: fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança e as- sim por diante. Observe também que o conhecimento é uma das coisas mencionadas por Pedro. Evidentemente, essa ideia leva à noção de edu- cação. A verdadeira educação leva ao verdadeiro conhecimento, o conhe- cimento de Cristo, e, assim, não apenas nos tornamos mais semelhantes a Ele, como também podemos compartilhar nosso conhecimento Dele. Pense por um momento no fato de que a árvore proibida era a árvore do “conhecimen- to do bem e do mal”. Por que nem todo conhecimento é bom? Como sabemos a dife- rença entre o conhecimento bom e o ruim? ■ Quinta, 1o de outubro Ano Bíblico: Zc 9-11 Os que desprezam a autoridade Na sala de aula, alguns são considerados “estudantes por natureza”. Eles mal precisam estudar para obter excelentes notas. Absorvem a matéria facilmente. O conhecimento deles parece se “fixar”. No entanto, em 2 Pedro, capítulos 1 e 2, vemos que nossa educação em Cristo é uma experiência de oportunidades iguais para aqueles que se dedicarem. As palavras encorajadoras de 2 Pedro 1 estão em contraste com a sé- ria advertência de 2 Pedro 2. 5. Leia 2 Pedro 2:1-17. Quais palavras fortes e condenatórias foram apresen- tadas nesse texto? Ao mesmo tempo, em meio a essa severa advertência e condenação, que grande esperança nos é prometida? _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Observe o que Pedro escreveu no verso 10 sobre aqueles que despre- zam a autoridade. Que repreensão severa ao que também é uma realida- de em nossos dias! Como corpo da igreja, devemos trabalhar com base no princípio de que devem existir certos níveis de autoridade (veja Hb 13:7, 17, 24), e somos chamados a nos submeter e obedecer-lhes, pelo menos na medida em que essas autoridades estão sendo fiéis ao próprio Senhor. No entanto, em meio a essa dura condenação, Pedro apresentou, no verso 9, um contraponto, ao afirmar que, embora Deus seja poderoso para expulsar aqueles que escolheram o engano, “sabe livrar da provação os pie- dosos”. Seria possível que parte de nossa educação cristã não seja apenas evitar a tentação, mas também descobrir as maneiras pelas quais Deus nos livra dela, além de nos proteger dos que introduzem, “dissimulada- mente, heresias destruidoras” (2Pe 2:1)? Além disso, já que o desprezo à autoridade é condenado, nossa educação não deveria consistir em apren- der o caminho certo para compreender e obedecer aos que nos guiam, e nos submeter a eles (Hb 13:7)? Embora não se possa dizer que Adão e Eva desprezaram a autoridade, eles acabaram desobedecendo ao Criador. E o que tornou sua transgres- são tão grave foi que eles a cometeram em resposta a uma flagrante con- tradição daquilo que a autoridade, o próprio Deus, lhes havia ordenado, para seu próprio bem. Reflita nessa questão da autoridade, não apenas na igreja e na família, mas na vida em geral. Por que o exercício adequado da autoridade bem como a submissão adequada a ela são tão importantes? Apresente sua resposta à classe no sábado. | 12 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 13 | 1 P1P3 ■ Sexta, 2 de outubro Ano Bíblico: Zc 12-14 Estudo adicional “O santo casal não era apenas formado por filhos sob o cuidado paternal de Deus, mas alunos recebendo instrução do sábio Criador. Eram vi- sitados pelos anjos e podiam ter comunhão com seu Criador, sem nenhum véu de separação. Estavam cheios do vigor proporcionado pela árvore da vida, e sua capacidade intelectual era só um pouco menor do que a dos an- jos. Os mistérios do universo visível – “maravilhas Daquele que é perfeito em conhecimento” (Jó 37:16) – conferiam-lhes uma fonte inesgotável de instrução e prazer. As leis e os fenômenos da natureza, que têm incentiva- do o estudo dos homens durante 6 mil anos, estavam abertos à sua mente pelo infinito Construtor e Mantenedor de tudo. Interagiam com as folhas, flores e árvores, aprendendo de cada uma os segredos de sua vida. Adão es- tava familiarizado com cada criatura vivente, desde o poderoso leviatã que brinca nas águas até a menor criatura que flutua à luz de um raio de sol. Ele tinha dado a cada um seu nome e conhecia a natureza e hábitos de todos. A glória de Deus nos Céus, os mundos inumeráveis em seus ordenados mo- vimentos, o “equilíbrio das nuvens” (Jó 37:16), os mistérios da luz e do som, do dia e da noite – tudo estava ao alcance da compreensão de nossos pri- meiros pais. Em cada folha na floresta ou pedra nas montanhas, em cada estrela brilhante, na terra, no ar e no céu, estava escrito o nome de Deus. A ordem e a harmonia da criação lhes falavam de sabedoria e poder infini- tos. Estavam sempre descobrindo alguma atração que lhes enchia o cora- ção de um amor mais profundo e provocava novas expressões de gratidão” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 50, 51). Perguntas para consideração 1. A escola e o trabalho deviam ser oportunidades para conhecer o Cria- dor e a criação. Como conhecer a Deus por meio do trabalho, educação, voluntariado e ministério? 2. Diante da astúcia de Satanás no Éden, ficamos frustrados com nossa fra- queza? Adão e Eva sabiam que Deus estava próximo, mas aceitaram a meia- verdade da serpente. Como encontrar o poder divino para vencer a tentação? 3. Por que é importante obedecer às autoridades? O que acontece quando os limites da autoridade ficam obscuros? Como reagir diante de abusos de autoridade? Respostas e atividades da semana: 1. Deus é amor. Para compartilhar o amor, Ele criou Adão e Eva e os colocou no jardim para que fossem felizes. 2. A serpente apresentou uma meia-verdade (uma mentira). Adão e Eva não mor- reram logo, mas começou neles o processo da morte. Eva considerava a árvore “agradável aos olhos” e “desejável para darentendimento”. 3. A serpente a convenceu de que ela seria como Deus, conhecendo o bem e o mal. A ser- pente tirou vantagem da curiosidade de Eva. 4. A. 5. Palavras de condenação aos falsos mestres, que desprezam a autoridade. Aos obedientes e piedosos, é prometida libertação. Anotações ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ | 12 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 13 | 1 41595 – LiADP-4Tri'2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1P3 ■ Sexta, 2 de outubro Ano Bíblico: Zc 12-14 Estudo adicional “O santo casal não era apenas formado por filhos sob o cuidado paternal de Deus, mas alunos recebendo instrução do sábio Criador. Eram vi- sitados pelos anjos e podiam ter comunhão com seu Criador, sem nenhum véu de separação. Estavam cheios do vigor proporcionado pela árvore da vida, e sua capacidade intelectual era só um pouco menor do que a dos an- jos. Os mistérios do universo visível – “maravilhas Daquele que é perfeito em conhecimento” (Jó 37:16) – conferiam-lhes uma fonte inesgotável de instrução e prazer. As leis e os fenômenos da natureza, que têm incentiva- do o estudo dos homens durante 6 mil anos, estavam abertos à sua mente pelo infinito Construtor e Mantenedor de tudo. Interagiam com as folhas, flores e árvores, aprendendo de cada uma os segredos de sua vida. Adão es- tava familiarizado com cada criatura vivente, desde o poderoso leviatã que brinca nas águas até a menor criatura que flutua à luz de um raio de sol. Ele tinha dado a cada um seu nome e conhecia a natureza e hábitos de todos. A glória de Deus nos Céus, os mundos inumeráveis em seus ordenados mo- vimentos, o “equilíbrio das nuvens” (Jó 37:16), os mistérios da luz e do som, do dia e da noite – tudo estava ao alcance da compreensão de nossos pri- meiros pais. Em cada folha na floresta ou pedra nas montanhas, em cada estrela brilhante, na terra, no ar e no céu, estava escrito o nome de Deus. A ordem e a harmonia da criação lhes falavam de sabedoria e poder infini- tos. Estavam sempre descobrindo alguma atração que lhes enchia o cora- ção de um amor mais profundo e provocava novas expressões de gratidão” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 50, 51). Perguntas para consideração 1. A escola e o trabalho deviam ser oportunidades para conhecer o Cria- dor e a criação. Como conhecer a Deus por meio do trabalho, educação, voluntariado e ministério? 2. Diante da astúcia de Satanás no Éden, ficamos frustrados com nossa fra- queza? Adão e Eva sabiam que Deus estava próximo, mas aceitaram a meia- verdade da serpente. Como encontrar o poder divino para vencer a tentação? 3. Por que é importante obedecer às autoridades? O que acontece quando os limites da autoridade ficam obscuros? Como reagir diante de abusos de autoridade? Respostas e atividades da semana: 1. Deus é amor. Para compartilhar o amor, Ele criou Adão e Eva e os colocou no jardim para que fossem felizes. 2. A serpente apresentou uma meia-verdade (uma mentira). Adão e Eva não mor- reram logo, mas começou neles o processo da morte. Eva considerava a árvore “agradável aos olhos” e “desejável para dar entendimento”. 3. A serpente a convenceu de que ela seria como Deus, conhecendo o bem e o mal. A ser- pente tirou vantagem da curiosidade de Eva. 4. A. 5. Palavras de condenação aos falsos mestres, que desprezam a autoridade. Aos obedientes e piedosos, é prometida libertação. Anotações ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ | 14 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 15 | 1 P1P3 RESUMO DA LIÇÃO 1 Educação no Jardim do Éden eficaz. Por meio de uma análise cuidadosa da conversa entre a serpente e Eva, você, como professor, pode mostrar quão astuta foi a estratégia de Satanás – e quão eficaz ela ain- da é, milênios depois. A escola do Éden e o teste de obediência O Éden não era simplesmente um jardim; era um sistema educacional: “O método de educação instituído no começo do mundo deveria ser o modelo para o ser humano em to- dos os tempos. Como ilustração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden: o lar de nossos primeiros pais. O Jardim do Éden era a sala de aula; a nature- za, o livro-texto; o próprio Criador, o instrutor; e os pais da família humana, os alunos” (Ellen G. White, Educação, p. 20). Mas a continuidade da educação de Adão e Eva estava condicionada à sua lealdade ina- balável a todos os preceitos e mandamentos de seu divino Mestre. “Enquanto permaneces- sem fiéis à lei divina, sua capacidade para saber, vivenciar e amar cresceria continuamente. Estariam constantemente adquirindo novos tesouros de saber, descobrindo novas fontes de felicidade e obtendo concepções cada vez mais claras do incomensurável e infalível amor de Deus” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 51). Assim, para garantir a lealdade do casal, Deus testaria sua obediência. “Semelhantes aos anjos, os moradores do Éden haviam sido postos à prova; sua condição de felicidade só poderia ser conservada mediante a fidelidade para com a lei do Criador. Poderiam obe- decer e viver, ou desobedecer e morrer. Deus os fizera receptores de ricas bênçãos; mas, se deixassem de atender à Sua vontade, Aquele que não poupou os anjos que pecaram não poderia poupá-los; a transgressão os privaria de seus dons e sobre eles traria miséria e ruína” (ibid., p. 53). O exame final envolveu uma árvore e uma proibição. “No meio do jardim, perto da árvore da vida, estava a árvore do conhecimento do bem e do mal. Essa árvore havia sido especialmente designada por Deus para ser a garantia de sua obediên- cia, fé e amor a Ele. O Senhor ordenou a nossos primeiros pais que não comessem dessa árvore nem tocassem nela, senão morreriam. Disse que podiam comer livremente de to- das as árvores do jardim, exceto daquela, pois, se dela comessem, certamente morreriam” (Ellen G. White, História da Redenção, p. 24). Deus fez mais do que simplesmente instruir Adão e Eva a não tocar no fruto ou não provar dele. Ele enviou anjos para dar instruções adicionais ao par, dizendo-lhes que, contra a tentação, seriam mais fortes juntos do que separados. “Os anjos haviam adver- tido Eva de que tivesse o cuidado de não se afastar do esposo enquanto se ocupavam com seu trabalho diário no jardim, pois junto dele estaria em menor perigo de tentação do que se estivesse sozinha. Contudo, distraída em sua agradável ocupação, inconscien- temente se afastou de Adão. Percebendo que estava só, sentiu uma sensação de perigo, mas afugentou seus temores, entendendo que possuía sabedoria e força suficientes para discernir o mal e resistir a ele. Desconsiderando o aviso dos anjos, logo estava olhando, com um misto de curiosidade e admiração, a árvore proibida” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 53, 54). Eva não subordinou sua curiosidade às orientações dos anjos que a ad- vertiram e a Deus, seu Mestre. ESBOÇO No princípio, não havia escolas nem universidades. Mas, mesmo sem livros, salas de aula ou eletrônicos com internet, o conhecimento – rico em sabedoria e virtude – era comunicado. Por meio da neblina que irrigava o solo (Gn 2:6), era possível discernir a presença divina, uma sala de aula no jardim e dois alunos feitos de barro fresco, recen- temente animados por Seu fôlego de vida (Gn 2:7). Não se costuma pensar no Jardim do Éden como uma sala de aula onde Deus Se senta como instrutor, mas a lição desta sema- na nos guia nessa direção. O início do livro de Gênesis nos instrui sob duas perspectivas diferentes: a primeira, o Gênesis nos permite andar com as sandálias de Adão e Eva (ou melhor, nas pegadas de seus pés descalços) e ouvir as aulas magnas que Deus provavelmente realizou sobre a história da criação, o propósito e as responsabilidades da família humana (Gn 1:26-28), li- ções da natureza, meditações sobre o casamento (Gn 2:18) e avisos sobre um inimigo e a árvore proibida (Gn 2:17); a segunda nos permite aprender com a narrativa do Gênesis como aprenderíamos com um livro didático. Revelações sobre a natureza do plano da ser- pente, as consequências da desconfiança e desobediência, o caráter de Deus desafiado e justificado e o plano da salvação emergem como temas de instrução e contemplação. Conhecer os fundamentos históricos de qualquer ramo do conhecimento sempre traz uma perspectiva maior e uma compreensão mais abrangente. Assim como é indispensável conhecer os axiomas de Euclides no estudo da geometria, é essencial compreender os ca- pítulos iniciais do Gênesis para entender o restante da Bíblia e toda a história da redenção. COMENTÁRIO Inocência versus astúcia Em Gênesis 3, a descrição inicial da serpente como “sagaz”, “astuta” e “esperta” (ARA, NVI, NTLH) destaca um contraste importante entre esse animal e Adão e sua ishsha, o ho- mem e sua esposa. A palavra hebraica traduzida como “sagaz” (‘arum) tem a mesma raiz consonantal e sons vocálicos semelhantes aos da palavra hebraica traduzida como “nu” (‘arom), usada para descrever a condição de Adão e Eva no verso anterior. Ao ler o hebrai- co em voz alta, os termos arom/arum são falados quase que consecutivamente e alerta o leitor sobre um jogo de palavras (paronomásia). Estamos prestes a ver uma Eva inocen- te entrar na arena de um enganador experiente e astuto. A mulher e o homem comem o fruto, e tudo muda a partir de então. Mas como a serpente fez isso? Como foi capaz de usar 26 palavras para fazer com que um ser sem pecado, completamente satisfeito e bem cuidado, se rebelasse contra um Deus cuja essência é puro amor(1Jo 4:8)? O que quer que a serpente tenha feito, foi | 14 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 15 | 1 41595 – LiADP-4Tri'2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1P3 RESUMO DA LIÇÃO 1 Educação no Jardim do Éden eficaz. Por meio de uma análise cuidadosa da conversa entre a serpente e Eva, você, como professor, pode mostrar quão astuta foi a estratégia de Satanás – e quão eficaz ela ain- da é, milênios depois. A escola do Éden e o teste de obediência O Éden não era simplesmente um jardim; era um sistema educacional: “O método de educação instituído no começo do mundo deveria ser o modelo para o ser humano em to- dos os tempos. Como ilustração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden: o lar de nossos primeiros pais. O Jardim do Éden era a sala de aula; a nature- za, o livro-texto; o próprio Criador, o instrutor; e os pais da família humana, os alunos” (Ellen G. White, Educação, p. 20). Mas a continuidade da educação de Adão e Eva estava condicionada à sua lealdade ina- balável a todos os preceitos e mandamentos de seu divino Mestre. “Enquanto permaneces- sem fiéis à lei divina, sua capacidade para saber, vivenciar e amar cresceria continuamente. Estariam constantemente adquirindo novos tesouros de saber, descobrindo novas fontes de felicidade e obtendo concepções cada vez mais claras do incomensurável e infalível amor de Deus” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 51). Assim, para garantir a lealdade do casal, Deus testaria sua obediência. “Semelhantes aos anjos, os moradores do Éden haviam sido postos à prova; sua condição de felicidade só poderia ser conservada mediante a fidelidade para com a lei do Criador. Poderiam obe- decer e viver, ou desobedecer e morrer. Deus os fizera receptores de ricas bênçãos; mas, se deixassem de atender à Sua vontade, Aquele que não poupou os anjos que pecaram não poderia poupá-los; a transgressão os privaria de seus dons e sobre eles traria miséria e ruína” (ibid., p. 53). O exame final envolveu uma árvore e uma proibição. “No meio do jardim, perto da árvore da vida, estava a árvore do conhecimento do bem e do mal. Essa árvore havia sido especialmente designada por Deus para ser a garantia de sua obediên- cia, fé e amor a Ele. O Senhor ordenou a nossos primeiros pais que não comessem dessa árvore nem tocassem nela, senão morreriam. Disse que podiam comer livremente de to- das as árvores do jardim, exceto daquela, pois, se dela comessem, certamente morreriam” (Ellen G. White, História da Redenção, p. 24). Deus fez mais do que simplesmente instruir Adão e Eva a não tocar no fruto ou não provar dele. Ele enviou anjos para dar instruções adicionais ao par, dizendo-lhes que, contra a tentação, seriam mais fortes juntos do que separados. “Os anjos haviam adver- tido Eva de que tivesse o cuidado de não se afastar do esposo enquanto se ocupavam com seu trabalho diário no jardim, pois junto dele estaria em menor perigo de tentação do que se estivesse sozinha. Contudo, distraída em sua agradável ocupação, inconscien- temente se afastou de Adão. Percebendo que estava só, sentiu uma sensação de perigo, mas afugentou seus temores, entendendo que possuía sabedoria e força suficientes para discernir o mal e resistir a ele. Desconsiderando o aviso dos anjos, logo estava olhando, com um misto de curiosidade e admiração, a árvore proibida” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 53, 54). Eva não subordinou sua curiosidade às orientações dos anjos que a ad- vertiram e a Deus, seu Mestre. ESBOÇO No princípio, não havia escolas nem universidades. Mas, mesmo sem livros, salas de aula ou eletrônicos com internet, o conhecimento – rico em sabedoria e virtude – era comunicado. Por meio da neblina que irrigava o solo (Gn 2:6), era possível discernir a presença divina, uma sala de aula no jardim e dois alunos feitos de barro fresco, recen- temente animados por Seu fôlego de vida (Gn 2:7). Não se costuma pensar no Jardim do Éden como uma sala de aula onde Deus Se senta como instrutor, mas a lição desta sema- na nos guia nessa direção. O início do livro de Gênesis nos instrui sob duas perspectivas diferentes: a primeira, o Gênesis nos permite andar com as sandálias de Adão e Eva (ou melhor, nas pegadas de seus pés descalços) e ouvir as aulas magnas que Deus provavelmente realizou sobre a história da criação, o propósito e as responsabilidades da família humana (Gn 1:26-28), li- ções da natureza, meditações sobre o casamento (Gn 2:18) e avisos sobre um inimigo e a árvore proibida (Gn 2:17); a segunda nos permite aprender com a narrativa do Gênesis como aprenderíamos com um livro didático. Revelações sobre a natureza do plano da ser- pente, as consequências da desconfiança e desobediência, o caráter de Deus desafiado e justificado e o plano da salvação emergem como temas de instrução e contemplação. Conhecer os fundamentos históricos de qualquer ramo do conhecimento sempre traz uma perspectiva maior e uma compreensão mais abrangente. Assim como é indispensável conhecer os axiomas de Euclides no estudo da geometria, é essencial compreender os ca- pítulos iniciais do Gênesis para entender o restante da Bíblia e toda a história da redenção. COMENTÁRIO Inocência versus astúcia Em Gênesis 3, a descrição inicial da serpente como “sagaz”, “astuta” e “esperta” (ARA, NVI, NTLH) destaca um contraste importante entre esse animal e Adão e sua ishsha, o ho- mem e sua esposa. A palavra hebraica traduzida como “sagaz” (‘arum) tem a mesma raiz consonantal e sons vocálicos semelhantes aos da palavra hebraica traduzida como “nu” (‘arom), usada para descrever a condição de Adão e Eva no verso anterior. Ao ler o hebrai- co em voz alta, os termos arom/arum são falados quase que consecutivamente e alerta o leitor sobre um jogo de palavras (paronomásia). Estamos prestes a ver uma Eva inocen- te entrar na arena de um enganador experiente e astuto. A mulher e o homem comem o fruto, e tudo muda a partir de então. Mas como a serpente fez isso? Como foi capaz de usar 26 palavras para fazer com que um ser sem pecado, completamente satisfeito e bem cuidado, se rebelasse contra um Deus cuja essência é puro amor (1Jo 4:8)? O que quer que a serpente tenha feito, foi | 16 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 17 | 1 P1P3 “Eva se deu conta de que estava contemplando com um misto de curiosidade e ad- miração o fruto da árvore proibida. Ela viu que o fruto era muito belo, e pensava consi- go mesma por que Deus havia decidido proibi-los de comê-lo ou tocar nele. Era então a oportunidade de Satanás. Ele se dirigiu a ela como se fosse capaz de adivinhar seus pen- samentos: ‘Foi isto mesmo que Deus disse: Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?’” (Gn 3:1; Ellen G. White, História da Redenção, p. 32). A pergunta introdutória da serpente faria corroer a visão de mundo de Eva e minaria muito daquilo que ela havia sido ensinada a valorizar e considerar como verdade. “Diante da pergunta ardilosa do tentador, ela respondeu: ‘Do fruto das árvores do jar- dim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal’ (Gn 3:2-5). O dia- bo afirmou que, ao comer do fruto dessa árvore, Adão e Eva atingiriam uma esfera mais elevada de existência e entrariam para um campo mais vasto de conhecimento. Ele pró- prio havia comido do fruto proibido e, como resultado, adquirira o dom da fala. E insinuou que, por egoísmo, o Senhor desejava privá-los daquele fruto, com receio de que chegas- sem a um nível de igualdade com Ele. Foi por causa de suas maravilhosas propriedades, que transmitiam sabedoria e poder, que Ele lhes havia proibido de prová-lo ou mesmo de tocar nele” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 54). Essa narrativa mostrauma educação fundamentada em visões de mundo. A cosmovisão de Eva antes da queda estava arraigada no conhecimento do Criador que havia providen- ciado abundantemente para Sua criação, motivado apenas por Seu amor altruísta. A árvore proibida era um teste e um símbolo de que Adão e Eva, embora livres, não deveriam viver autonomamente à parte do seu Criador. Mas a serpente gravou uma imagem diferente na impressionável e inocente Eva. Usando os mesmos dados ao seu redor, ela reinterpretou a dinâmica do jardim de um modo que pintou Deus como: (1) restritivo ao máximo daqui- lo que é bom; (2) ameaçado por aqueles que compartilham dos poderes do conhecimento da árvore proibida; e (3) desinformado/enganado quanto às consequências letais da ár- vore. Quem não seria levado a duvidar do amor de um Deus assim? Uma vez que o amor é minado, a pessoa questiona a confiabilidade das palavras divinas, e dali para rejeitar Sua autoridade é um pequeno passo. Adão e Eva fizeram isso, e todos seguimos o exemplo. É missão da educação adventista do sétimo dia reverter essa distorção inicial do caráter di- vino na mente da criação e substituí-la pela verdade sobre quem é Deus. Ninguém melhor para cumprir essa incumbência do que os seres criados como portadores da imagem divina. Aplicação para a vida 1. O trio vergonha, nudez e medo abrange a ideia central na narrativa da tentação. Nudez e ausência de vergonha são as descrições introdutórias do primeiro par humano antes de sucumbirem à tentação (Gn 2:25). A percepção de sua nudez e vergonha implícita são os primeiros resultados da desobediência (Gn 3:7). Novamente, o medo e a vergonha os fazem se esconder quando ouvem a voz de Adonai Elohim, o Senhor Deus (Gn 3:9, 10). O Senhor até perguntou como sabiam que estavam nus (Gn 3:11). Não há uso das palavras hebrai- cas para pecado, rebelião ou iniquidade na narrativa. Qual é a sua opinião sobre isso? De que maneira a vergonha e o medo são fundamentais para a humanidade? Como o conhe- cimento de Deus e Sua salvação nos ajudam a responder a essas questões? 2. As pessoas ainda consideram o Deus cristão como restritivo. Quantas vezes ouvimos: “O que há de errado em fazer” isso ou aquilo? Qual é a maneira mais eficaz de dissipar essa mancha de milênios na reputação divina? Uma estratégia é mostrar que Deus ainda restringe apenas uma coisa de Sua criação: o pecado. O fato de uma árvore dar mil fru- tos diferentes não significa que Deus nos restringe de mil coisas diferentes, mas que Ele quer nos preservar do sofrimento. | 16 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 17 | 1 41595 – LiADP-4Tri'2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1P3 “Eva se deu conta de que estava contemplando com um misto de curiosidade e ad- miração o fruto da árvore proibida. Ela viu que o fruto era muito belo, e pensava consi- go mesma por que Deus havia decidido proibi-los de comê-lo ou tocar nele. Era então a oportunidade de Satanás. Ele se dirigiu a ela como se fosse capaz de adivinhar seus pen- samentos: ‘Foi isto mesmo que Deus disse: Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?’” (Gn 3:1; Ellen G. White, História da Redenção, p. 32). A pergunta introdutória da serpente faria corroer a visão de mundo de Eva e minaria muito daquilo que ela havia sido ensinada a valorizar e considerar como verdade. “Diante da pergunta ardilosa do tentador, ela respondeu: ‘Do fruto das árvores do jar- dim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal’ (Gn 3:2-5). O dia- bo afirmou que, ao comer do fruto dessa árvore, Adão e Eva atingiriam uma esfera mais elevada de existência e entrariam para um campo mais vasto de conhecimento. Ele pró- prio havia comido do fruto proibido e, como resultado, adquirira o dom da fala. E insinuou que, por egoísmo, o Senhor desejava privá-los daquele fruto, com receio de que chegas- sem a um nível de igualdade com Ele. Foi por causa de suas maravilhosas propriedades, que transmitiam sabedoria e poder, que Ele lhes havia proibido de prová-lo ou mesmo de tocar nele” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 54). Essa narrativa mostra uma educação fundamentada em visões de mundo. A cosmovisão de Eva antes da queda estava arraigada no conhecimento do Criador que havia providen- ciado abundantemente para Sua criação, motivado apenas por Seu amor altruísta. A árvore proibida era um teste e um símbolo de que Adão e Eva, embora livres, não deveriam viver autonomamente à parte do seu Criador. Mas a serpente gravou uma imagem diferente na impressionável e inocente Eva. Usando os mesmos dados ao seu redor, ela reinterpretou a dinâmica do jardim de um modo que pintou Deus como: (1) restritivo ao máximo daqui- lo que é bom; (2) ameaçado por aqueles que compartilham dos poderes do conhecimento da árvore proibida; e (3) desinformado/enganado quanto às consequências letais da ár- vore. Quem não seria levado a duvidar do amor de um Deus assim? Uma vez que o amor é minado, a pessoa questiona a confiabilidade das palavras divinas, e dali para rejeitar Sua autoridade é um pequeno passo. Adão e Eva fizeram isso, e todos seguimos o exemplo. É missão da educação adventista do sétimo dia reverter essa distorção inicial do caráter di- vino na mente da criação e substituí-la pela verdade sobre quem é Deus. Ninguém melhor para cumprir essa incumbência do que os seres criados como portadores da imagem divina. Aplicação para a vida 1. O trio vergonha, nudez e medo abrange a ideia central na narrativa da tentação. Nudez e ausência de vergonha são as descrições introdutórias do primeiro par humano antes de sucumbirem à tentação (Gn 2:25). A percepção de sua nudez e vergonha implícita são os primeiros resultados da desobediência (Gn 3:7). Novamente, o medo e a vergonha os fazem se esconder quando ouvem a voz de Adonai Elohim, o Senhor Deus (Gn 3:9, 10). O Senhor até perguntou como sabiam que estavam nus (Gn 3:11). Não há uso das palavras hebrai- cas para pecado, rebelião ou iniquidade na narrativa. Qual é a sua opinião sobre isso? De que maneira a vergonha e o medo são fundamentais para a humanidade? Como o conhe- cimento de Deus e Sua salvação nos ajudam a responder a essas questões? 2. As pessoas ainda consideram o Deus cristão como restritivo. Quantas vezes ouvimos: “O que há de errado em fazer” isso ou aquilo? Qual é a maneira mais eficaz de dissipar essa mancha de milênios na reputação divina? Uma estratégia é mostrar que Deus ainda restringe apenas uma coisa de Sua criação: o pecado. O fato de uma árvore dar mil fru- tos diferentes não significa que Deus nos restringe de mil coisas diferentes, mas que Ele quer nos preservar do sofrimento. | 18 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 19 | 1 P1P3 A família VERSO PARA MEMORIZAR: “Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe” (Pv 1:8). Leituras da semana: Gn 3:1-15; 2Co 4:6; Lc 1:26-38; Mt 1:18-24; Ef 4:15; 1Jo 3:18; Dt 6 ■ Sábado, 3 de outubro Ano Bíblico: Malaquias Como seres humanos, devemos sempre aprender. A vida é uma escola.“Desde os tempos mais antigos, os fiéis em Israel haviam dado mui- ta atenção à educação dos jovens. O Senhor lhes tinha dado instruções para que, desde pequenas, as crianças fossem ensinadas sobre Sua bondade e grandeza, especialmente conforme reveladas em Sua lei e demonstradas na história de Israel. Cânticos, orações e lições das Escrituras deviam ser adaptados às mentes em desenvolvimento. Pais e mães deviam instruir os filhos na verdade de que a lei de Deus é a expressão de Seu caráter e que, ao receberem os princípios da lei no coração, Sua imagem era gravada no espírito e na mente. Muito do ensino era feito oralmente, mas os jovens aprendiam também a ler os escritos hebraicos.
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