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Atividade Constitucional 19-03-2020

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Atividade – 19-03-2020 
Resenha Cap 1 Curso de Direito Constitucional – Gilmar Mendes e Paulo Branco.
Na Europa, os movimentos liberais, enfatizaram o principio da supremacia da lei e do parlamento, o que terminou por deixar ensombrecido o prestigio da Constituição como norma vinculante. Hobbes entende que o soberano deve ser individualizado de modo claro, para se prevenir a dissolução do Estado. Segundo Locke, o legislador não cria direitos, mas aperfeiçoa a sua tutela, no suposto de que esses direitos preexistem ao Estado. Dai o Poder Público não pode afetar arbitrariamente a vida e a propriedade dos indivíduos. Na era moderna deve-se a Locke a concepção da fórmula de divisão dos poderes como meio de proteção dos valores que a sociedade política está vocacionada a firmar. Locke não fala de um Poder Judiciário, mas do Poder Legislativo, do Poder Executivo e do Poder Federativo. Apesar dessa distinção, a teoria de Locke não preconiza uma igualdade hierárquica entre os Poderes.
Não se tolera a produção de norma contrária à Constituição, porque isso seria usurpar a competência do poder constituinte. Este, sim, passa a ser a voz primeira do povo, condicionante das ações dos poderes por ele constituídos. A Constituição assume o seu valor mais alto por sua origem. A noção de Constituição a tudo que se refira à organização de alguma coisa. Levar, porém o delineamento da Constituição a tais extremadas latitudes equivale a destituir o conceito de utilidade para o jurista. Não tem como deixar de se ver carregado da ideologia do constitucionalismo. Desse movimento, como visto, a Constituição emerge como um sistema assegurador das liberdades, daí a expectativa que proclame direitos fundamentais. Fontes do direito são os modos de criação ou de revelação das normas jurídicas. A Constituição brasileira, como de resto a da mais vasta maioria dos sistemas, tem fontes primárias escritas. Ela resulta da aprovação e inclusão em um documento escrito e solene, aprovado pela Assembleia Nacional Constituinte, de um conjunto de disposições normativas. As dezenas de emendas à Constituição, advindas do poder constituinte de reforma, como as seis emendas de revisão todas são fontes formais do Direito Constitucional brasileiro.
As normas constitucionais caracterizam-se, também, pela especificidade dos meios de tutela e das sanções jurídicas que as cercam. São, nesse sentido, chamadas de normas imperfeitas, porque a sua violação não se acompanha de sanção jurídica suficiente para repor a sua força normativa, até porque não há nenhuma instância superior da ordem jurídica que lhe assegure a observância pelos órgãos da soberania. As normas constitucionais dependem da vontade dos órgãos de soberania de respeitá-las e cumpri-las. Os princípios seriam aquelas normas com teor mais aberto do que as regras, os princípios corresponderiam às normas que carecem de mediações concretizadas por parte do legislador do Juiz ou da Administração, as regras seriam as normas suscetíveis de aplicação de princípios. A doutrina em torno da distinção entre regras e princípios recebeu contribuição de relevo, tanto teórico como prático, com os estudos de Ronald Dworkin e Robert Alexy. Os dois autores buscaram esclarecer que a diferença entre regras e princípios não é meramente de grau, sendo, antes, qualitativa. O critério que desenvolveu auxilia na compreensão das peculiaridades próprias das regras e aquelas próprias dos princípios, a partir de uma maior precisão metodológica. 
Boa noite,
Daniela Remião Fraga

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