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Fisioterapia na atenção básica

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FACULDADE DE IMPERATRIZ/WYDEN
BACHARELADO EM FISIOTERAPIA
MARCELO DOS SANTOS ALVES
PRÁTICAS DE REABILITAÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA
Imperatriz
2020
FACULDADE DE IMPERATRIZ/WYDEN
BACHARELADO EM FISIOTERAPIA
MARCELO DOS SANTOS ALVES
PRÁTICAS DE REABILITAÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA
 (
Trabalho apresentado
 à disciplina de 
Fisioterapia na Saúde da Família
 como requisito
 para obtenção
 parcial 
de nota
Orientador
a
: 
Prof
ª
. 
Esp. 
Karyna
 Coelho
)
Imperatriz 
2020
A atenção primária à saúde (APS) está no centro das ações desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. Além de serem responsáveis pelo diagnóstico e tratamento inicial, profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) coordenam iniciativas de prevenção nas comunidades. Nesse contexto, o fisioterapeuta está apto a integrar as equipes da APS.
Conforme o Conselho Federal de Fisioterapia (Coffito), o profissional de fisioterapia tem autonomia e propriedade para executar ações de saúde primárias, secundárias e terciarias o que contempla desde a educação até a reabilitação. Logo, engana-se quem pensa que o fisioterapeuta trabalha exclusivamente com atenção terciária e individual. Prova disso é a existência de mais de 10 mil fisioterapeutas na atenção primária à saúde espalhados pelo país, segundo o DataSUS.
Uma pesquisa coordenada pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) analisou as principais ações desenvolvidas por fisioterapeutas em diferentes regiões em 2015. Os profissionais trabalharam com idosos, gestantes, crianças, portadores de deficiência física, indivíduos com patologias neurológicas e pessoas com dificuldades de locomoção ou problemas musculoesqueléticos. Ou seja, um público heterogêneo. Em suas atividades, eles realizaram palestras sobre temas de relevância dentro da comunidade, criaram espaços e eventos periódicos de reflexão e promoção da saúde, além de iniciaram redes de apoio.
Durante o período de estruturação e implementação de práticas, o trabalho também foi afetado por aspectos negativos, como falta de recursos e infraestrutura em UBS, carência de profissionais e desconhecimento de alguns gestores quanto ao papel da fisioterapia. Ainda assim, todas as intervenções foram consideradas satisfatórias e bem-sucedidas.
A atenção primária também engloba o atendimento na esfera individual. Os fisioterapeutas prestaram consultas domiciliares para pacientes com problemas posturais, auxiliaram crianças com atraso neuropsicomotor e reabilitaram trabalhadores com lesões por esforços repetitivos. Além disso, treinaram cuidadores e ajudaram a criar uma rotina de exercícios com indivíduos acamados.
Fisioterapia na Saúde da Criança e do Adolescente
As estratégias de promoção de saúde para a população infantil e adolescente correspondem a programas de orientação por meio de palestras, treinamento aos pais, folhetos explicativos e outros veículos de comunicação, sobre diferentes assuntos que envolvem os cuidados com a criança. Através da apropriação do conhecimento, a criança e a família ganham autonomia no manejo da doença e na manutenção da saúde.
Temas relevantes como profilaxia ambiental, métodos de prevenção de acidentes domésticos, conscientização sobre o aleitamento materno e a imunização, orientações quanto a medidas antirreflexo, limpeza nasal, uso e higiene de inaladores devem ser abordados. Assuntos apontados pela comunidade como necessários, por meio de questionários e entrevistas, são incluídos nessa dinâmica. Em situações especiais, informações são oferecidas quanto aos cuidados com a oxigenoterapia e o suporte ventilatório domiciliar.
Para o manejo de pacientes crônicos, são realizados programas de treinamento aos cuidadores envolvendo técnicas de fisioterapia respiratória e motora, na tentativa de garantir um cuidado domiciliar adequado. Orientações para evitar agudizações ou crises devem ser enfatizadas e uma atenção especial deve ser oferecida aos pacientes asmáticos, doença hoje responsável por elevado número de consultas na rede básica. Nas afecções respiratórias, o treinamento é dirigido para as técnicas de remoção de secreções brônquicas e exercícios ventilatórios. Na área motora, este treinamento objetiva orientar os familiares para a prevenção de encurtamentos e deformidades musculoesqueléticas, uso adequado de órteses, cuidados com escaras de decúbito e também na aplicação de estímulos para o desenvolvimento sensório-motor da criança.
Todo o programa de orientação leva em consideração o nível de entendimento dos cuidadores, a idade da criança, o quadro clínico em questão, bem como os recursos disponíveis para a sua resolução.
Fisioterapia na Saúde do Idoso
Práticas fisioterapêuticas voltadas a promoção da Saúde da população idosa tem como objetivos permitir o estabelecimento de bons cuidados no dia a dia das pessoas idosas e o manejo efetivo de doenças agudas e crônicas a partir de um diagnóstico preciso, um tratamento lógico e um prognóstico adequado. Estas políticas de atenção à saúde são necessárias devido ao aumento na expectativa de vida nos últimos 30 anos, somando o total de 14,3% da população brasileira.
As intervenções do fisioterapeuta devem ser programadas com o objetivo de atender as necessidades de cada um, sempre buscando a interação com a equipe visando tornar esse processo de envelhecimento mais digno. Através de atividades lúdicas, é possível trabalhar a cognição, equilíbrio e fortalecimento muscular, tornando mais segura a realização das ADVs. A manutenção da capacidade funcional está diretamente ligada à saúde mental e qualidade de vida do idoso.
Ações de promoção à saúde podem utilizar a estrutura de um programa do governo federal já existente o academia da Saúde no qual espaços públicos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para a promoção de práticas corporais e atividades físicas podem desenvolver atividades com foco principal a manutenção da capacidade funcional do indivíduo que envelhece, implicando na valorização da independência e autonomia do idoso, bem como na conservação de sua máxima capacidade físico-funcional e saúde mental.
Fisioterapia na Saúde da Mulher 
Para o Ministério da Saúde, a Estratégia Saúde da Família prioriza as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas, de forma integral e contínua nos diferentes ciclos de vida. Devido à predominância feminina no Brasil e por estas serem as principais usuárias do SUS, o Ministério da Saúde dá significativa importância à saúde da mulher. As políticas de saúde à mulher preconizavam, inicialmente, ações materno-infantis, porém o MS elabora novos programas para romper esse enfoque e transformar suas ações baseando-se na humanização da assistência pré-natal, ao parto e puerpério.
Desde o início da gravidez o organismo materno, em decorrência da liberação hormonal, sofre mudanças que afetam o funcionamento habitual dos sistemas digestivo, circulatório, respiratório, da biomecânica postural, enfim, ocorre um processo de transformações e adaptações, necessárias ao perfeito crescimento e desenvolvimento fetal. Em vista disso, torna-se inegável a importância da fisioterapia nesta fase, pois o fisioterapeuta estabelece importante vínculo que aliado ao seu conhecimento específico, torna-o qualificado para oferecer assistência em busca da melhor qualidade de vida para as gestantes. A atuação do profissional não se restringe à reabilitação das alterações do período gestacional, mas também na sua prevenção, atenuando e/ou prevenindo as conseqüências das alterações desta fase.
Além da atuação na saúde da mulher gestante, o fisioterapeuta pode desenvolver ações relevantes nas orientações e tratamento de enfermidades frequentes da população feminina, como incontinência urinária, disfunções sexuais, prolapso, dores pélvicas e câncer.
Fisioterapia na Saúde do Homem
Relacionado à saúde do homem, há falta de procura pelo cuidado e esse fator é associado ao modo patriarcal que ainda persiste na sociedade,no qual a imagem do sexo masculino deve estar ligada à força, ao domínio, virilidade, dentre outros. O que for antônimo disto torna-se uma frustração, visto que, a fraqueza, a fragilidade e outros, são descritos para o sexo feminino e diante disso, por questões socioculturais, muitos homens acabam por não procurar atendimentos de saúde, principalmente na prevenção, por não ser algo instigado para eles. 
Tendo em vista a necessidade de inclusão do homem nos atendimentos da atenção básica, o Ministério da Saúde cria estratégias para sensibilizar e atrair por meio de ações ampliadas (em diferentes espaços da comunidade, onde os homens estão) e da reconfiguração de estruturas e práticas da ESF/APS, com especial foco na sensibilização e capacitação da equipe de saúde. Também define estratégias contextualizadas com base no reconhecimento da diversidade (idade, condição sócio-econômica, local de moradia, diferenças regionais e de raça/etnia, deficiência física e/ou mental, orientação sexual e identidades de gênero, entre outras.
O fisioterapeuta atua na saúde do homem tanto em estratégias de combate a complicações de doenças crônicas, palestras e orientações relacionadas ao trabalho. Quanto ao tratamento de patologias, ganham destaque o tratamento da incontinência urinária e tratamento pré e pós operatório de prostatectomia.
Fisioterapia na Saúde do Trabalhador
Um importante meio de atuação do fisioterapeuta na saúde do trabalhador é o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), que atua na produção de ações de vigilância em saúde, segundo o modelo de atenção orientado pela promoção, prevenção e proteção da saúde, buscando se organizar de forma intersetorial entre as áreas que abrangem e afetam a saúde do trabalhador. A partir do reconhecimento das condições de vida das pessoas, do ambiente e das condições de acesso às ações e serviços de saúde, é possível reforçar a qualidade das informações geradas sobre os casos de agravos a exemplo de Dort, visando melhor planejamento de estratégias em todos os níveis de atenção.
Nesse contexto, o fisioterapeuta enquanto participante do processo de consolidação de ações de vigilância tem o desafio de compreender a abrangência de suas habilidades, o conhecimento do perfil epidemiológico de adoecimento dos trabalhadores e, assim, agregar em sua atuação novos elementos para análise de Dort, possibilitando melhores condições para o desenvolvimento de ações de saúde integrais.Os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) incorporados à prática profissional podem subsidiar um olhar crítico sobre as demandas de cobertura de notificação dentro desses serviços. Tendo em vista a insuficiência de estudos que contemplem a temática de atuação de fisioterapeutas dentro do campo da saúde do trabalhador.
Entre as atividades desempenhadas por esses profissionais de fisioterapia, ações vinculadas à vigilância em saúde do trabalhador estavam presentes em mais de 50,0% dos Cerest respondentes. Entretanto, vale ressaltar que apesar da proposta da vigilância estar 
sendo contemplada na maioria das ações, uma parcela dos Cerest (42,6%) relatou a presença das atividades de atendimento clínico e reabilitação como parte da função exercida por esses profissionais na equipe.
A intervenção da fisioterapia na saúde coletiva ainda é recente. entretanto, o modelo de atenção à saúde vigente no país requer ampliação do olhar sobre a saúde funcional da população, que relacione a dimensão social, ao admitir a legitimidade de investigação de fatores não biológicos, a exemplo das relações produtivas de trabalho e características de territorialização, que influenciam diretamente na complexidade dos agravos e na assistência de saúde do trabalhador.

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