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1 Disciplina: Processo Penal Geral – Campi Tijuca Docente: Prof. Marcelo Trindade Velloso Turma: 1JUR36A 2020.1 Quarta-feira - Noite A1 ( ) A2 ( x ) A3 ( ) A4 ( ) Aluno(a): Lucas Bezerra Ávila Matrícula: 20181101633 Data: 13/06/2020 Obs As respostas das questões discursivas deverão ser digitadas no espaço destinado abaixo do enunciado e não deverão exceder o máximo de 10 linhas. 01- Daniel, Ana Paula, Leonardo e Mariana, participantes da quadrilha “X”, e Carolina, Roberta, Cristiano, Juliana, Flavia e Ralph, participantes da quadrilha “Y”, fazem parte de grupos criminosos especializados em assaltar agências bancárias. Após intensos estudos sobre divisão de tarefas, locais, armas, bancos etc., ambos os grupos, sem ciência um do outro, planejaram viajar até a pacata cidade de Arroizinho com o intuito de ali realizarem o roubo. Cumpre ressaltar que, na cidade de Arroizinho, havia apenas duas únicas agências bancárias, a saber: uma agência do Banco do Brasil, sociedade de economia mista, e outra da Caixa Econômica Federal, empresa pública federal. No dia marcado, os integrantes da quadrilha "X" praticaram o crime objetivado contra o Banco do Brasil; os integrantes da quadrilha "Y" o fizeram contra a Caixa Econômica Federal. Cada grupo, com sua conduta, conseguiu auferir a vultosa quantia de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Nesse caso, atento tão somente aos dados contidos no enunciado, responda fundamentadamente de acordo com a Constituição, as questões A e B: 1.A) Qual a justiça competente para o processo e julgamento do crime cometido pela quadrilha "Y"? (Valor: 1,0) Por se tratar de empresa pública, a competência será da Justiça Federal. 1.B) Qual a justiça competente para o processo e julgamento do crime cometido pela quadrilha "X"? (Valor: 1,0) Por se tratar de uma sociedade de economia mista, a competência será da Justiça Estadual. 02- Em uma discussão de futebol, Rubens e Enrico, em comunhão de ações e desígnios, chamaram Eduardo de “ladrão” e “estelionatário”, razão pela qual Eduardo formulou uma queixa- crime em face de ambos. No curso da ação penal, porém, Rubens procurou Eduardo para pedir desculpas pelos seus atos, razão pela qual Eduardo expressamente concedeu perdão do ofendido em seu favor, sendo esse prontamente aceito e, consequentemente, extinta a punibilidade de Rubens. Eduardo, contudo, se recusou a conceder o perdão para Enrico, pois disse que não era a primeira vez que o querelado tinha esse tipo de atitude. Considerando apenas as informações narradas, responda aos itens A e B a seguir. 2.A) Qual o crime praticado, em tese, por Rubens e Enrico? Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. (Valor: 1,0) O crime praticado, em tese, foi o de injúria, conforme art. 140 do CP. 2 2.B) Que argumento poderá ser formulado pelo advogado de Enrico para evitar sua punição? Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. (Valor: 1,0) Conforme o art. 51 do CP, uma vez oferecido o perdão para um dos ofensores, o mesmo se aproveita para os demais, gerando assim a extinção da punibilidade dos coautores, conforme art. 107, V, do CP. Questões Objetivas: Marque a letra correspondente à resposta das questões objetivas no quadro abaixo: 5ª Questão: (1,0 ponto) ( D ) 6ª Questão: (1,0 ponto) ( A ) 7ª Questão: (1,0 ponto) ( A ) 8ª Questão: (1,0 ponto) ( B ) 9ª Questão: (1,0 ponto) ( B ) 10ª Questão: (1,0 ponto) ( D ) 5ª Questão: (1,0 ponto) No dia 30 de março de 2014, Marta foi vítima de um crime de homicídio, razão pela qual foi instaurado inquérito policial para identificação do autor do delito. Após diversas diligências, não foi possível identificar a autoria, razão pela qual foi realizado o arquivamento do procedimento, pela falta de justa causa, de acordo com as exigências legais. Ocorre que, em abril de 2015, a filha de Marta localizou o aparelho celular de Marta e descobriu que seu irmão, Lúcio, havia enviado uma mensagem de texto para sua mãe, no dia 29 de março de 2014, afirmando para a vítima “se você não me emprestar dinheiro novamente, arcará com as consequências”. Diante disso, a filha de Marta apresentou o celular de sua mãe para a autoridade policial. - Considerando a situação narrada, é correto afirmar que o arquivamento do inquérito policial: (a) fez coisa julgada material, de modo que não mais é possível seu desarquivamento; (b) não fez coisa julgada, mas não é possível o desarquivamento porque a mensagem de texto não pode ser considerada prova nova, já que existia antes mesmo da instauração do inquérito policial; (c) foi realizado diretamente pela autoridade policial, de modo que não faz coisa julgada material; (d) não fez coisa julgada material, podendo o inquérito ser desarquivado, tendo em vista que a mensagem de texto pode ser considerada prova nova; (e) não fez coisa julgada material, mas não mais caberá desarquivamento, pois passados mais de 06 meses desde a decisão. 6ª Questão: (1,0 ponto) Após receber denúncia anônima, por meio de disque denúncia, de grave crime de estupro com resultado morte que teria sido praticado por Lauro, 19 anos, na semana pretérita, a autoridade policial, de imediato, instaura inquérito policial para apurar a suposta prática delitiva. Lauro é chamado à Delegacia e apresenta sua identidade recém-obtida; em seguida, é realizada sua identificação criminal, com colheita de digitais e fotografias. Em que pese não ter sido encontrado o cadáver até aquele momento das investigações, a autoridade policial, para resguardar a prova, pretende colher material sanguíneo do indiciado Lauro para fins de futuro confronto, além de desejar realizar, com base nas declarações de uma testemunha presencial localizada, uma reprodução simulada dos fatos; no entanto, Lauro se recusa tanto a participar da reprodução simulada quanto a permitir a colheita de seu material sanguíneo. É, ainda, realizado o reconhecimento de Lauro por uma testemunha após ser-lhe mostrada a fotografia dele, sem que fossem colocadas imagens de outros indivíduos com características semelhantes. Ao ser informado sobre os fatos, na defesa do interesse de seu cliente, o(a) advogado(a) de Lauro, sob o ponto de vista técnico, deverá alegar que 3 (a) o inquérito policial não poderia ser instaurado, de imediato, com base em denúncia anônima isoladamente, sendo exigida a realização de diligências preliminares para confirmar as informações iniciais. (b) o indiciado não poderá ser obrigado a fornecer seu material sanguíneo para a autoridade policial, ainda que seja possível constrangê-lo a participar da reprodução simulada dos fatos, independentemente de sua vontade. (c) o vício do inquérito policial, no que tange ao reconhecimento de pessoa, invalida a ação penal como um todo, ainda que baseada em outros elementos informativos, e não somente no ato viciado. (d) a autoridade policial, como regra, deverá identificar criminalmente o indiciado, ainda que civilmente identificado, por meio de processo datiloscópico, mas não poderia fazê-lo por fotografias. 7ª Questão: (1,0 ponto) – (V Exame da OAB Unificado 2011). Quando se tratar de acusação relativa à prática de infração penal de menor potencial ofensivo, cometida por estudante de direito, a competência jurisdicional será determinada pelo(a) (a) natureza da infração praticada e pelo local em que tiver se consumado o delito. (b) local em que tiver se consumado o delito. (c) natureza da infração praticada. (d) natureza da infração praticada e pela prevenção. 8ª Questão: (1,0 ponto) A competência será determinada pela conexão: (a) quando duas ou mais pessoas foram acusadas pela mesma infração. (b) se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, porvárias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras. (c) nos casos de concurso formal. (d) nos casos de infração cometida em erro de execução ou resultado diverso do pretendido. (e) nos casos de crime continuado 9ª Questão: (1,0 ponto) – Marque a resposta correta sobre a ação penal: (a) privada subsidiária da pública poderá ser proposta pelo ofendido ou seu representante legal quando o juiz deferir pedido de arquivamento tempestivamente formulado pelo Ministério Público. (b) privada, quando o ofendido for declarado ausente por decisão judicial, poderá ser intentada por seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (c) nas contravenções penais será iniciada por portaria expedida pela autoridade policial. (d) pública será instaurada por denúncia do Ministério Público, que dela poderá desistir se convencer-se da inocência do acusado. (e) pública condicionada à representação da vítima será julgada extinta se esta se retratar antes da sentença. 10ª Questão: (1,0 ponto) - A respeito das espécies de ação penal, correlacione: I. Furto art. 155 do CP. II. Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento para o casamento, art. 236 do CP. III. Estelionato art. 171 do CP. As referidas ações penais são denominadas, respectivamente, de: (a) ação penal exclusivamente privada, ação penal privada personalíssima e ação penal pública condicionada. (b) ação penal privada personalíssima, ação penal pública incondicionada e ação penal pública condicionada. (c) ação penal pública condicionada, ação penal privada personalíssima e ação penal pública incondicionada. 4 (d) ação penal pública incondicionada, ação penal privada personalíssima e ação penal pública condicionada. (e) ação penal pública condicionada, ação penal privada exclusiva e ação penal privada subsidiária da pública.
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