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GVGO - Psicologia nas Emergências e Desastres

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FACULDADE SANTO AGOSTINHO - FASA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA 
Bruna Emanuelle Botelho de Oliveira¹; 
Fabiana Pereira Mori² 
¹ Acadêmica do 7º período de Psicologia da FASA-MOC 
² Docente da disciplina Seminário de Temas Atuais no curso de Psicologia da FASA-MOC 
 
 
GV-GO ADAPTADO - PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
 
O artigo As contribuições da Psicologia nas emergências e desastres de Cecília 
Araújo Melo e Felipe Almeida dos Santos, publicado na 5ª edição da Revista Psicólogo 
Informação, no ano de 2011 nos apresenta a discussão um tema ainda pouco explorado no 
campo psicológico. 
A priori, faz-se importante destacar que situações de desastres estão sendo cada 
vez mais comuns no mundo inteiro, sejam elas naturais ou provocadas pelo homem, 
produzindo um grande número de vítimas e causando grande comoção popular. Essa 
grande comoção popular é uma peculiaridade da atualidade, visto que um desastre pode 
acontecer em uma comunidade específica, mas com a velocidade em que são propagadas as 
informações, elas podem ser veiculadas em questão de segundos para o mundo inteiro 
através das mídias sociais e meios de comunicação, ocasionando um abalo emocional à 
nível mundial, como também gerando um sentimento de invulnerabilidade e ameaça 
constante. 
De acordo com a Política Nacional de Defesa Civil, o desastre é considerado o 
resultado de eventos adversos, naturais ou provocado pelo homem sobre o ecossistema, 
causando danos humanos, materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e 
sociais 
A defesa civil é o órgão governamental que visa à segurança da comunidade e 
proteção global da população, trata-se de um conjunto de ações de prevenção e de socorro, 
assistenciais e reconstrutivas, destinadas a evitar ou minimizar os desastres, procurar 
restabelecer a normalidade social. Não obstante, esse órgão busca também empoderar e 
psicoeducar as comunidades através de ações de prevenção - cabe aqui citar que estas são 
as ações mais importantes, com o objetivo de reduzir a ocorrência dos desastres, bem como 
amenizar os prejuízos e danos causados. 
No Brasil, essa regulamentação é muito nova, visto que apenas em 2010 ocorreu a 
1ª Conferência Nacional de Defesa Civil e Assistência Humanitária, desde então, têm-se 
ampliado essas discussões e reflexões a fim de se criar políticas públicas efetivas no meio. 
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) e a Associação Brasileira de Ensino em 
Psicologia - ABEP, firmaram um protocolo de intenções em favor dessa conferência para 
mobilizar ações com o objetivo de envolver a sociedade nessas discussões de como 
minimizar os efeitos das condições relacionadas aos desastres. O que denota o interesse da 
Psicologia em ampliar as ações para contribuir nas situações de emergências e desastres. 
Por conseguinte, o papel do profissional psicólogo nas emergências e desastres é 
fundamental, para a prevenção e redução dos desastres e tratamento das sequelas 
psicológicas advindas desses eventos nos sujeitos, comunidades e até mesmo cidades que 
os experienciam. 
Como mencionado anteriormente, o trabalho dos agentes da Defesa Civil é 
prioritário para a prevenção, em vista disso, o psicólogo pode atuar direta ou indiretamente. 
A ação direta envolve: atendimento às vítimas que sofreram a emergência, através da 
escuta ativa, ou mesmo empoderando essas pessoas com informações básicas e precisas 
que possam ajudá-las a se situar diante da situação vivenciada. A ação indireta envolve o 
acolhimento e preparo das equipes que atuam nas ocorrências, considerando que os agentes 
que atuam nessas situações devem ter consciência dos impactos que esses desastres 
provocam em si mesmos e, para tanto, precisam se resguardar, estando atentos à dimensão 
e complexidade da tarefa e aprendendo a identificar suas próprias limitações. 
A fase assistencial envolve especificamente ajuda humanitária, aqui, cabe ao 
psicólogo, o fortalecimento e preservação dos vínculos afetivos com o intuito de preservar 
o equilíbrio psíquico, pode auxiliar na gestão dos abrigos proporcionando que grupos 
familiares permaneçam no mesmo abrigo, cuidados especiais que devem ser dirigidos às 
mães gestantes ou lactantes, idosos, pessoas com deficiência. Não obstante, o psicólogo 
pode ainda, com o apoio de uma equipe multiprofissional, identificar recursos disponíveis 
no local para a inserção da população assistida em atividades culturais, saúde, lazer e 
educação. 
Um fator muito importante que o texto apresenta, é que na fase de reconstrução o 
psicólogo pode auxiliar na elaboração de políticas públicas, o que demonstra a importância 
dessa atuação a psicologia de fato como uma disciplina que se ampara na tríade ciência, 
profissão e ato político no sentido de promover mudanças na sociedade. 
É válido salientar que a psicologia das emergências e desastres busca compreender 
as relações entre pessoas e os seus espaços com o objetivo de promover maior qualidade de 
vida e satisfação. O trabalho da Psicologia Comunitária aqui faz-se primordial, visto que 
uma das premissas dessa linha teórica é promover o sentimento de pertença e satisfação das 
pessoas com seus determinados bairros, comunidades, cidades, e etc. 
As contribuições da Psicologia na área de emergência e desastres apesar de serem 
novas, são amplas e relevantes, tanto para o desenvolvimento social como também para o 
desenvolvimento e a afirmação da Psicologia no campo científico/acadêmico. Os órgãos 
fiscalizadores da profissão têm se movimento para fazer com que a sociedade e a classe se 
envolvam nessas reflexões e discussões, visto a complexidade e minúcias da atuação nesses 
momentos.

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