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Cenografia Unidade 5

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Prévia do material em texto

Cenografia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Renata Guimarães Puig
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Santos
Instalações Efêmeras e a Cenografia
• Definição arquitetura efêmera;
• Exposições Internacionais;
• Princípios do Design;
• Arquitetura Promocional – Estandes e Vitrines.
 · Estudar alguns tipos de instalações efêmeras ligadas aos interiores: 
vitrines, estandes entre outros.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Instalações Efêmeras e a Cenografi a
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Instalações Efêmeras e a Cenografia
Definição arquitetura efêmera
A arquitetura efêmera segundo Paz (2008) é aquela que se caracteriza pela 
sua impermanência no espaço, possibilitando ao homem abrigar-se minimamente, 
podendo incluir-se neste contexto desde as barracas de camping até um galpão 
industrial. A princípio toda arquitetura é efêmera; a sensação de efemeridade se dá 
quanto menor o tempo desta em um determinado espaço, e o quanto esta melhora 
o desempenho de um lugar que possuí um fim igualmente temporário, como por 
exemplo, uma via de tráfego que sede seu espaço para uma feira livre. 
O critério definidor da arquitetura efêmera não é a durabilidade potencial do 
objeto arquitetônico, mas sim o tempo que esta se desfaz de um dado lugar. Não 
existe uma relação direta entre a tecnologia construtiva e a efemeridade real da 
construção; pode-se dizer que a arquitetura de Shigeru Ban é efêmera por este se 
utilizar do papelão como sistema construtivo e por possuir caráter transitório (Fig. 
1); e similarmente falar que o Pavilhão do Brasil projetado por Paulo Mendes da 
Rocha, na Exposição Universal de Osaka, projetado em concreto armado o tam-
bém é pela sua curta existência (Fig. 2). 
Figura 1 – Takatori Cahtolic Church, Hyogo, Japan. Projetada por Shigeru Ban
Fonte: Wikimedia Commons
Paulo Mendes da Rocha, Pavilhão de Osaka: https://goo.gl/So7HYv
Ex
pl
or
Exposições Internacionais
Por vezes a arquitetura efêmera é detentora de determinadas qualidades esté-
ticas e ou funcionais que a fazem perdurarem além do seu tempo previsto, como 
exemplo tem-se o famoso Palácio de Cristal (Fig. 2) de Joseph Paxton (1803-1865) 
8
9
que foi construído em 1851 no Hyde Park para a Exposição Universal de Londres 
foi desmontado depois do evento e reconstruído em 1852 em Sydenham Hill para 
ser utilizado como museu até 1936 quando um incêndio o destruiu por completo; a 
sua reutilização foi possível graças ao sucesso do edifício junto ao público londrino 
ocorrido durante a Exposição Universal.
Figura 2 – Palácio de Cristal, Londres
Fonte: Wikimedia Commons
A Torre Eiffel (324 metros, 10 toneladas) é também um bom exemplo desta 
possibilidade. Projetada como arco de entrada da Exposição Universal de 1889 
pelo engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923) no Champs de Mars e como marco do 
centenário da Revolução Francesa (Fig. 3), a Torre foi edificada para ser desmonta-
da após a exposição, que nunca ocorreu, pois a instalação de uma antena de trans-
missão de rádio em seu ápice possibilitou-lhe uma extensão de uso. Opostamente 
a obsolescência da arquitetura pode conduzi-la a efemeridade. 
Figura 3 – Torre Eiff el
Fonte: iStock/Getty Images
Quando o edifício não mais possui condições técnicas de abrigar as funções a 
ele destinadas, torna-se obsoleto, efêmero por definição, podendo passar por um 
9
UNIDADE Instalações Efêmeras e a Cenografia
retrofit ou ser demolido, pois a demolição e a desmontagem é que confere a efe-
meridade a arquitetura. 
Retrofit é um termo utilizado principalmente em engenharia para designar o processo de 
modernização de algum equipamento já considerado ultrapassado ou fora de norma. Ex
pl
or
Existem várias modalidades da arquitetura efêmera a ecológica, a móvel, a pe-
recível e a promocional:
• Arquitetura ecológica – para concebê-la faz-se necessário conhecer os princípios 
de degradação dos materiais, da possibilidade de transformação ou reaproveita-
mento da matéria. Tem-se que compreender o objeto arquitetônico em todo o seu 
ciclo de vida, de sua origem (matéria-prima), seu tempo de vigência (insumos de 
energia) e seu descarte. Requerem baixa tecnologia para consolidar-se. Exemplos: 
habitações dos Uros no lago Titicaca, dos habitantes da região do Sahel nas regi-
ões desérticas africanas, habitações indígenas do Alto Xingu, e os iglus.
• Arquitetura móvel – através da partição e compactação o objeto arquitetô-
nico é passível de ser transportado para sítios de diferentes configurações. A 
efemeridade da arquitetura móvel não se cumpre enquanto não for desmon-
tada e montada novamente. Exemplos: arquitetura de emergência, barraca de 
camping, circos, Pavilhão Itinerante da IBM (1980) de Renzo Piano (1937). 
• Arquitetura Perecível – é aquela que se desfaz de forma perceptível dentro da 
escala humana de tempo. ‘Nenhuma obra humana é eterna. Os elementos so-
bre a terra fazem parte da cadeia de dissociações e recombinação, quando não 
transmutam em novas substâncias (Paz, 2008)’. A arquitetura perecível histori-
camente se consolida com material de entorno; na natureza este se degrada e no 
meio urbano se descarta. A sua construção é consolidada com baixo dispêndio 
energético e uso de material renovável. É uma arquitetura que ainda está calcada 
no ciclo natural preexistente, passível de ser absorvida pelo meio ambiente não 
sobrecarregando os fluxos naturais. Exemplos: ice bar, hotel de gelo etc. 
• Arquitetura promocional – é efêmera não pelo sistema construtivo ou ma-
teriais empregados, mas por atrelar-se a uma ação de marketing de caráter 
temporário, normalmente de envergadura urbana. Caracteriza-se por efêmera 
não pelo seu potencial de durabilidade do material empregado, mas pela sua 
durabilidade real (CIANCIARDI, 2010).
Princípios do Design
O uso correto de cores e elementos compositivos, tais como: linhas e formas 
permitem ao designer: encurtar o ambiente, alongar o ambiente, esconder objetos, 
destacar objetos, rebaixar o teto, elevar o teto, alargar o corredor, alongar a parede, 
encurtar a parede. 
10
11
Aspectos a serem considerados na criação de um projeto de Design de Interiores:
• Aspectos técnicos: São os aspectos que objetivamo conforto físico do usuário: 
ergonomia, antropometria, circulação, acústica, luminotécnica, conforto térmico. 
• Aspectos estéticos: São os aspectos que objetivam o conforto visual do usu-
ário em busca de uma organização harmônica e criativa do espaço: formas, 
linhas, texturas, luzes e cores. 
• Aspectos psicológicos: São os aspectos subjetivos do projeto que quando 
aplicados de forma correta podem auxiliar na estabilidade psíquica ao usuário. 
Elementos que Infl uenciam o Design 
Função
O espaço deve ser projetado para que se atendam às necessidades exigidas por de-
terminadas ações e tarefas. A partir da definição do uso do espaço é que se ponderará 
o uso dos elementos do design de interiores: espaço, forma, linha, textura, luz, cor. 
Materiais 
O conhecimento profundo dos materiais permite explorá-los de forma a propi-
ciar soluções criativas e funcionais. Podem inspirar o designer como limitar suas 
ações projetuais. 
Tecnologia 
As diversas vertentes tecnológicas possíveis é uma forma de liberação do proces-
so criativo, pois pode viabilizar diferentes, inovadoras e ousadas soluções. 
Estilo 
No decorrer do desenvolvimento da civilização houve uma difusão de novos ma-
teriais e tecnologias que acabaram por suscitar o aparecimento de diversos estilos. 
Explorá-los e reinterpretá-los pode conduzir o designer a resultados inovadores. 
Elementos do Design 
Espaço
O espaço é o elemento essencial para o desenhista de interiores, sem este não 
o projeto inexiste. É o ponto de partida para desenvolver-se o projeto, que quando 
corretamente trabalhado com os elementos compositivos pode propiciar diferentes 
sensações: abertos / fechados, livres / enclausurados, seguro / vulnerável. 
Forma 
• Retilínea - criam a sensação de monotonia, de ‘caixa’, devem ser usadas de 
forma criativa para explorar a pureza do ângulo reto. 
11
UNIDADE Instalações Efêmeras e a Cenografia
• Angular - criam a sensação de movimento, mas quando utilizadas em demasia 
criam a sensação de inquietação. Paredes inclinadas parecem mais longas. 
• Curva - criam a sensação de continuidade, de constante movimento. Sua re-
petição em excesso leva a sensação de monotonia. 
Linha 
É a extensão do ponto por definição. Pode ser reta ou curva, fina ou grossa. 
Enfatiza ou suaviza a forma dos objetos ou dos ambientes. 
• Reta - quando predominante proporciona um caráter mais masculino ao ambiente.
• Vertical - aumenta a altura do ambiente, da dignidade e formalidade ao espaço, 
sensação de frescura e altivez: pé-direito alto, portas e janelas altas, pilares. 
• Horizontal - linha relaxante e mais informal. Aumenta a largura ou comprimento 
dos ambientes: vigas, pisos em régua, móveis.
• Diagonal - sugere movimento, é mais dinâmica que as demais. Quando longa 
aumenta o espaço: paredes oblíquas, tetos inclinados.
• Curva - linha feminina, dá mais suavidade e movimento ao ambiente. Quando 
suave proporciona relaxamento: escadas, paredes de destaque, balcões e piscinas.
Textura 
Gera no espaço pontos de interesse, diversidade e estímulo sensorial. 
• Texturas visuais - são bidimensionais, aquelas que reveladas por determinadas 
superfícies, embora lisas: veios de madeira, trompe l’oeil. 
• Texturas táteis - são tridimensionais, com mais de uma altura de superfície. 
Destacam-se mais se dispostas em contraste com superfícies lisas: pisos de 
pedra, paredes de tijolo, veludo cotelê.
Luz 
Sem luz não há cor, forma, linha, e demais elementos compositivos. Natural ou 
artificial pode transformar qualquer ambiente e criar diferentes atmosferas. Com 
o domínio de suas propriedades podem-se conseguir soluções criativas e originais. 
Cor 
Elemento que pode propiciar a dissimulação espacial do ambiente: aumenta / 
diminui o pé-direito, alarga / encurta o ambiente, esconde / evidencia elementos. 
Princípios do Design 
Equilíbrio 
Alcança-se o equilíbrio quando os elementos compositivos e seus respectivos 
pesos visuais neutralizam-se. 
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• Equilíbrio simétrico bilateral - Quando o arranjo é equilibrado de elementos 
semelhantes e equivalentes dos dois lados opostos de um eixo mediano. 
• Equilíbrio assimétrico - Quando a composição é equilibrada pelo peso visual 
dos elementos, independentemente de seus atributos estéticos. 
• Equilíbrio radial - Quando a composição volta ao centro desta. 
• Desequilíbrio - proporciona uma sensação de instabilidade, não é repousante. 
Ritmo 
Pode ser definido como um movimento organizado e contínuo, a fim de criar 
movimento no espaço e torná-lo menos monótono. Torna o ambiente dinâmico. 
Harmonia 
É a disposição bem ordenada entre dos elementos de forma a propiciar um con-
junto uníssono que se relacionam e se interagem. 
Unidade 
 O design de interiores deve seguir o mesmo caráter da edificação que o contém, 
a edificação e os elementos que compõe os interiores devem ser correlatos. 
Escala 
Refere-se ao tamanho absoluto de um elemento comparado a outros tamanhos 
absolutos (grandes móveis devem estar distribuídos em grandes espaços). A escala 
do design de interiores é a escala humana. 
Proporção 
É a relação estabelecida entre as partes de um todo, uma parte e o todo, ou 
entre um todo e outro todo (uma sala que não possua uma boa proporção entre 
largura e comprimento pode parecer um corredor).
Contraste 
O contraste entre opostos deve ser explorado, pois desta forma obtém-se efeitos 
mais ricos (brilhante / fosco, claro / escuro, liso e texturizado). 
Ênfase e Centros de Interesse 
Estabelecer pontos focais valoriza a composição como um todo. O espaço será 
mais valorizado com centros de interesses que chamem a nossa atenção. 
Variedade 
É sempre perigoso cair na monotonia ao elaborar-se um projeto; utilizar-se de 
diferentes linhas, formas, texturas, cor e luz são fundamentais para conseguir um 
resultado interessante.
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UNIDADE Instalações Efêmeras e a Cenografia
Importante!
Princípios de ordem 
Eixo + Simetria + Hierarquia + Ritmo + Dado + Transformação 
Importante!
Arquitetura Promocional – 
Estandes e Vitrines
A arquitetura promocional deve promover a interação entre o trinômio: espaço, 
produto e consumidor e destes com o espaço exterior (pavilhão). A visibilidade de 
uma empresa em um evento, do ponto de vista comercial, significa o quanto o 
consumidor a percebe entre os outros concorrentes com as mesmas similaridades, 
exposta em igualdade. 
Stand ou estande promocional é uma ferramenta de marketing utilizada para 
dar visibilidade à empresa em uma feira promocional, que possuí como objetivo a 
divulgação de novos produtos, assim como a consolidação dos existentes. “Toda 
a concepção do stand é pensada para que seja um espaço marcante, com poucos 
conceitos, para que a mensagem principal não se perca. Tudo deve refletir o slogan 
inovador, visionário e caloroso” (Lauro Fontes) (Link a seguir).
Stand ou estande - montagem: https://goo.gl/fPrdmi
Ex
pl
or
• Tipologia de área para os stands: 
 » Ilha 
 » Ponta de ilha 
 » Entre stands 
 » Esquina 
 » Entre stands 
• Tipologia de sistema construtivo:
 » Sistema construtivo construído. 
 » Sistema construtivo padronizado. 
 » Sistema construtivo misto. 
• O stand e suas partes componentes:
 » Piso / fachada / torre / testeira / coluna / vitrina / display. 
 » Estilo: quanto ao estilo os stands podem se classificar em Contemporâneos, 
Étnicos, Clássicos etc. O estilo deve seguir o briefing proposto pelo cliente 
de modo a atender as suas ações promocionais. 
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 » Programa arquitetônico básico: o programa arquitetônico básico de um stand 
de porte médio ou grande deve possuir os seguintes espaços: 
 » Recepção / sala vip / estar / copa / depósito / bar / closet / sala de vendas 
/ show room / vitrinas / SAC / sala para as recepcionistas. 
Para apresentar o projeto podemos nos utilizar de três formas básicas: gráfica 
instrumentada, digital e maquetes físicas. Devido a grande concorrência do mer-
cado e o curto prazo destas, a apresentaçãodigitalizada acabou por dominar o 
mercado por sua agilidade e eficácia de representação.
Importante!
A construção de stand, assim como qualquer outra edifi cação arquitetônica, possui uma 
legislação específi ca que deve ser atendida. Esta legislação é normatizada pela Pro-
motora do evento e regularizada pelo CONTRU (Departamento de Controle de Uso de 
Imóveis), CREA e pelo Corpo de bombeiros. Os acessos a pessoas com necessidades espe-
ciais não podem ser vistas somente como mais uma ação de marketing, pois as normas 
legislativas devem ser atendidas para que não haja a interdição do stand.
Você Sabia?
Para dar continuidade ao nosso tema é necessário fazermos uma reflexão: Vitri-
na ou vitrine? Em nosso texto veremos o uso das duas palavras.
Vitrina é o termo correto na língua portuguesa, uma versão da palavra vitrine, da 
língua francesa, assim como lingerie, abat-jour etc. (Fig. 4). As vitrinas são o cartão 
de visita de uma loja. Elas ajudam a dar identidade ao produto e diferenciá-lo dos de-
mais, de modo que o consumidor se veja representado nele. Por isso, a importância da 
vitrina não pode ser subestimada, nem sua execução feita sem conhecimento técnico. 
Uma vitrine, vitrina é um espaço envidraçado dentro de uma loja, onde são dispostos 
produtos para venda de tal forma que possam ser vistos da rua pelos transeuntes.
Figura 4 – Vitrina
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Instalações Efêmeras e a Cenografia
[...] o mais importante é sempre atrair o consumidor para o interior da 
loja e para isso não é só a loja, a marca ou o produto que contam. O 
posicionamento da marca já se inicia desde a fachada, logotipia, as em-
balagens, a produção da vitrina, o serviço e o atendimento, e até mesmo 
nos mínimos detalhes como a sacola ou a etiqueta de preço do produto. 
Tudo isso é importante. Os manequins devem estar de acordo com o pro-
duto e o posicionamento da marca e hoje se encontram à disposição uma 
variedade imensa de modelos. A luz é o elemento mais importante e deve 
ser sempre bem projetada, de acordo com o produto exposto. (Sylvia 
Demetresco em entrevista ao Falando de Varejo, 2009)
Sylvia Demetresco é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, com pós- 
-doutorado em Semiótica no Instituto Universitário da França, em Paris uma das 
maiores autoridades sobre o assunto do país. Um exemplo são as vitrinas e interior 
de La Maison de Natura au coeur, de Paris (Figs. 5 e 6).
Vitrina Maison de Natura au coeur de Paris: https://goo.gl/bqPbPY e https://goo.gl/LW7HZQ
Ex
pl
or
Feiras são eventos direcionados a segmentos específicos de mercado, têm du-
ração média de uma semana e são organizados e comercializados por empresas 
especializadas no ramo. Normalmente ocorrem dentro de pavilhões de Exposições, 
especialmente preparados para essa finalidade (CIANCIARDI, 2010).
Normalmente tem objetivo comercial direto. Trata-se de um espaço (que pode 
ser público ou reservado a um público restrito) no qual organizam-se estandes que 
visam apresentar o produto a este público. Ali encontram-se pessoas prontas a tirar 
dúvidas e a fornecer as informações necessárias para buscar o interesse dessas pes-
soas. Quando você expõe em uma feira, ficará lado a lado com os seus concorren-
tes, e é por isso que este tipo de evento demanda, além da estética do estande, bom 
atendimento e diferenciais em forma de brindes ou pequenos grupos. Se optar por 
este tipo de evento, criatividade é fundamental (Fig. 5).
Figura 5 – Feira ABCasa, Expo Center Norte/ SP
Fonte: ABCasa, 2018
16
17
Os objetivos pretendidos com a promoção de uma feira são de atrair grande 
número de consumidores de um determinado segmento de mercado a um único 
local para lhes apresentar produtos e serviços de maneira bastante atraente e mo-
tivadora, de modo a induzi-los à compra.
Objetivos pretendidos pelo expositor: 
• Apresentar ou consolidar a imagem institucional da empresa. 
• Manter um contato direto e pessoal com os clientes e prospects. 
• Apresentar a linha de produtos. 
• Lançar novos produtos. 
• Comercializar os produtos. 
• Desenvolver um mailing de prospecção. 
• Coletar informações sobre a concorrência. 
Exposição ou mostra é a modalidade que mais se assemelha a uma feira. Mui-
tas pessoas ainda se referem (erroneamente) a ambos os eventos como se fossem 
uma coisa só. Porém, para entender a diferença, é necessário focar no objetivo de 
cada um e à qual público eles são direcionados. Uma exposição pode ter ou não 
caráter comercial. Trata-se de uma exibição pública de obras artísticas e produtos 
técnicos, científicos ou até mesmo do segmento industrial. Neste caso, as peças 
expostas são apreciadas pelo público que passará a conhecê-las e poderá a partir 
de então interessar-se ou não por elas (Fig. 6).
Figura 6 – Mostra Casa Cor São Paulo
Fonte: Casa Cor, 2018
Fluxograma de Elaboração e Execução de um Stand: 
Contato  Briefing  Projeto  Apresentação Montado-
ra  Orçamento  Apresentação Cliente  Alterações 
Solicitadas  Maquete  Aprovação  Projeto Executivo 
 Compra de Materiais  Execução do Stand  Trans-
porte do Material  Montagem no Pavilhão  Entrega 
Pavilhão  Anutenção  Desmontagem  Divulgação
17
UNIDADE Instalações Efêmeras e a Cenografi a
Importante!
O briefi ng é uma forma verbal onde o expositor objetiva descrever os tópicos necessários 
para a elaboração do stand. É a necessidade da empresa para poder realizar a sua ação de 
marketing no evento.
Você Sabia?
O Visual Merchandising é uma ferramenta do marketing, que consiste em uma 
série de princípios que objetivam propiciar uma melhor visibilidade ao produto no 
intento de alavancar a comercialização do mesmo. 
Estes princípios devem ser considerados na elaboração do projeto do stand, por 
exemplo, pois este é uma poderosa ferramenta de marketing, onde decorre a rea-
lização e finalização do processo de merchandising em um evento. 
Desta forma a ação de marketing depende de um adequado planejamento 
projetual, onde o PARTIDO DO PROJETO DO STAND é a chave do sucesso 
ou do insucesso da participação da empresa no evento. (CIANCIARDI, 2010)
Partido – É a forma verbal, pela qual 
o projetista comunica ao cliente as 
suas intenções projetuais na busca 
do equacionamento dos proble-
mas a ele apresentados. 
Para a sua formatação devem-se le-
var em conta os seguintes fatores: 
PRODUTO - É o objeto do processo 
de comercialização. 
PÚBLICO ALVO - São as pessoas 
que se pretende atingir com o pro-
duto. Para estabelecer o público 
alvo levamos em conta alguns fa-
tores: idade / sexo / raça / credo / 
nível sócio - econômico. 
 
IMAGEM INSTITUCIONAL - A for-
ma pela qual a instituição deve se 
apresentar junto ao público, para 
uma identificação de imagem e a 
consequente relação comercial. 
AÇÃO DE MARKETING – É o pla-
nejamento estratégico que a em-
presa pretende implementar no 
evento utilizando-se dos princípios 
básicos do visual merchandising. 
E como escolher os locais para a exposição dos produtos?
Ponto Quente 
É o ponto dentro do stand que natural ou artificialmente o produto possui uma 
maior chance de visibilidade, gerando uma zona de atração. Pontos quentes na-
turais: colunas ou outros elementos arquitetônicos, caixas, serviços de embrulho, 
seções com tempo de espera, cabeceiras ou pontas de gôndolas, displays. 
Pontos quentes artificiais: locais criados para demonstrações, degustações, etc. 
/ espaços especialmente preparados para shows, com iluminação diferenciada, 
decoração especial / displays / locais com exposição de produtos com preços bai-
xíssimos / stands que possuam um bom trabalho de merchandising. 
18
19
Ponto Frio 
É o ponto dentro do stand com baixo apelo visual, que escapa ao fluxo natural 
do stand. 
Cantos / face dos stands em ruas secundárias / parte inferior das prateleiras 
e expositores. 
A exposição dos produtos deve ser feita no melhor tráfego da área interna do 
stand. Evitar colocar produtos nos primeiros metros da área da exposição, a essa 
alturao consumidor ainda não está preparado para a compra por impulso. Intensi-
ficar a colocação de produtos nos últimos 2/3 da área da exposição. 
Sendo a arquitetura promocional um conjunto complexo de valores fixos e va-
riáveis, que possuem o poder de fazer-se notar junto ao seu público consumidor, 
diferenciando-se de sua concorrência. Utilizar-se criativamente da tecnologia é 
agregar valor ao produto exposto, possibilitando torna-lo um ponto focal do stand 
e da própria feira. 
Alguns itens que contribuem para a percepção do consumidor: 
• Design diferenciado (formas arrojadas ou diferenciadas) • Iluminação • Composição 
cromática • Materiais de revestimentos • Posicionamento no espaço do evento • Ângulo 
de visão • Percepção rápida • Concorrentes
Ex
pl
or
Estes elementos estudamos acima, são fundamentais para a criação das ceno-
grafias variadas – espetáculo teatral, exposições de arte, lojas, vitrinas, estandes, 
interiores residenciais -, como já vimos nas unidades anteriores. 
19
UNIDADE Instalações Efêmeras e a Cenografia
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
CasaCor
Entre no site da Casa Cor São Paulo 2018 e veja as tendências nos interiores.
https://goo.gl/5Qw5qJ
 Livros
Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma
Apresentado um sistema de leitura visual da forma do objeto, fazendo uso de funda-
mentos científicos da Psicologia da Percepção da Escola Gestalt.
 Vídeos
Teste seus Conhecimentos ( Básicos ) Simetria na Decoração | Por Maryane Nunes
Responda ao QUIZ sobre elementos da composição.
https://youtu.be/qgFyO49xx2M
 Leitura
Shigeru Ban e sua contribuição para a arquitetura efêmera
Texto sobre Shigeru Ban e sua contribuição para a arquitetura efêmera
https://goo.gl/7L8m7Z
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Referências
CIANCIARDI, Glaucus. Arquitetura efêmera. Instituto de Pós-graduação de Goiás 
Master em Arquitetura IPOG, 2010.
DEMETRESCO, Sylvia. Vitrina: construção de encenações. 3. ed. São Paulo: 
Senac, 2007. 264 p.
DEMETRESCO, Sylvia. Vitrinas e exposições: arte e técnica do visual merchandising. 
São Paulo: Érica, 2014. 144 p. (Série eixos).
DEL NERO, Cyro. Máquina para os deuses: anotações de um cenógrafo e o 
discurso da cenografia. São Paulo: Senac, SESC, 2009. 384 p.
FILHO, João Gomes. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. São 
Paulo: Editora Escrituras, 2013.
PAZ, Daniel J. Mellado. Arquitetura efêmera ou transitória. Esboços de uma 
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Sylvia Demetresco: entrevista- http://www.falandodevarejo.com/2009/03/
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